PS não confunde os madeirenses com o Governo de Jardim, garantiu Seguro no Funchal
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DATA: 2012-01-16
SUMÁRIO: O secretário-geral do PS, António José Seguro, garantiu hoje no Funchal que o seu partido “não confunde os madeirenses com o Governo da Madeira” e, reiterando a sua confiança nas autonomias, defendeu que a autonomia tem de sinónimo de responsabilidade.
TEXTO: “Em momentos de dificuldades não há problemas dos outros, há problemas de todos nós", frisou no discurso de encerramento do congresso socialista que consagrou Victor Freitas como novo líder regional. Portugal é "um único país" e "um único povo", por isso "as divisões entre nós não têm sentido”, declarou Seguro aos congressistas, reiterando “ a unidade nacional e a solidariedade de todos os socialistas com a Madeira e com o povo madeirense". O líder nacional do PS defendeu que seja assinado “o mais rapidamente possível” o programa de assistência financeira à Madeira, "exequível" e "social". "Eu quero dizer, aqui e de uma forma bastante clara, que desejo rapidamente que seja assinado o acordo de assistência financeira à Madeira, não um programa qualquer, mas um programa que tenha como objectivo principal ajudar a recuperar a credibilidade da Madeira, que ajude a Madeira a pagar a divida mas que o faça em condições de exequibilidade, que o faça com sensibilidade social", disse António José Seguro. "Se eu fosse primeiro-ministro de Portugal neste momento teria um relacionamento com a Madeira completamente diferente daquele que o actual primeiro-ministro tem tido até este momento", referiu, acrescentando que adoptaria um comportamento de "transparência e verdade" no processo de ajuda financeira. Considerou também "ser inaceitável que o parlamento regional não esteja a ser associado a este programa". "Crime contra a Região Autónoma"Na intervenção final, o novo líder regional do PS, Victor Freitas, acusou o presidente do governo regional de ter traído a autonomia e os madeirenses. “Mesmo que seja alcançado um bom programa de ajustamento financeiro para Madeira, o mesmo não será exequível por um governo liderado por Alberto João Jardim”, afirmou. Vítor Freitas justificou que as medidas de austeridade incluídas por Jardim na Carta de Intenções, enviada ao governo da República em Dezembro, "é um crime contra a Região Autónoma, as famílias e as empresas". É também, frisou, “o reconhecimento do mal que fez à Madeira e do fracasso da sua governação”, “nega na nossa história” e “mata nossa autonomia e o desenvolvimento regional”. Nestas circunstâncias, disse Victor Freitas, “o elo mais fraco não é o dr. Jardim, como disse, mas os madeirenses que vão pagar a dívida com duras medidas de austeridade. São também os madeirenses que estão com as calças na mão, com o desemprego, a pobreza e a emigração, e não, como disse, o dr. Jardim, que acumula a reforma com o vencimento e foi responsável por toda esta situação”, frisou. "Cada madeirense, quando olha para o emblema do PSD, aquelas setas, de facto, apontam para o céu, mas levam os madeirenses para o inferno", observou Victor Freitas apontando como “insanável contradição”, Jardim “tratar Lisboa como inimigo e ir pedir ajuda a Lisboa. “Os inimigos da Madeira não estão em Lisboa, mas na Quinta Vigia e Rua dos Netos”, onde estão sediados o governo e o PSD regionais, concluiu. Notícia actualizada às 21h45
REFERÊNCIAS:
Partidos PS PSD