Mais de 200 civis mortos na última noite pelo regime sírio
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.099
DATA: 2012-02-05
SUMÁRIO: Mais de 200 civis foram mortos na noite de sexta-feira para sábado na sequência de bombardeamentos levados a cabo pelo regime sírio em Homs, um dos berços da contestação naquele país.
TEXTO: A informação, que está a ser avançada pelas agências noticiosas internacionais, foi dada pela oposição que fala num verdadeiro “massacre” por parte do regime de Bashar al-Assad e diz que foi “o pior desde o início da revolta”. Devido às restrições impostas pela Síria à imprensa internacional não é possível confirmar a informação no local. No entanto, a confirmarem-se as mais de 200 vítimas mortais este é mesmo o ataque mais mortífero desde Março do ano passado, quando começou a revolta no país. “Nas primeiras horas da madrugada de sábado, o regime de Assad perpetuou um dos mais terríficos massacres desde que começou a revolta”, afirmou num comunicado o conselho nacional sírio, que reúne a maior parte dos grupos da oposição. “As forças de Assad bombardearam as zonas residenciais de Homs, fazendo uns 260 mortos, todos civis, e dezenas de feridos, não poupando homens, mulheres e crianças”, disse a mesma fonte. Homs, 110 quilómetros a norte de Damas, é apelidada pelos opositores ao regime como “capital da revolução”, tendo por isso o principal local onde têm ocorrido massacres. O massacre acontece numa altura em que o Conselho de Segurança das Nações Unidas trabalha uma resolução para a Síria. Entretanto, o ministro russo dos Negócios Estrangeiros, Sergei Lavrov, e o chefe dos serviços de inteligência deste país, Mikhail Fradkov, já fizeram saber que vão na próxima terça-feira a Damasco, para se encontrarem com o Presidente sírio. O anúncio foi feito por Lavrov, num comunicado, que explica que “a pedido do Presidente russo Dmitri Medvedev, Sergei Lavrov e Mikhail Fradkov vão deslocar-se a Damasco a 7 de Fevereiro para se encontrarem com o Presidente sírio. Mas o documento também está longe de ser pacífico: esta sexta-feira o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia tinha dito que Moscovo “não pode apoiar” o rascunho de resolução que o Conselho de Segurança das Nações Unidas propôs para a Síria, que envolve um apelo para que o Presidente Bashar al-Assad aceite um plano para a transição de poder. A agência estatal Interfax avançou declarações de Gennadi Gatilov relativamente ao texto que está a ser discutido pelos membros do Conselho de Segurança, e que não difere de um documento que foi negociado pela Liga Árabe com o objectivo de pôr termo à instabilidade e insegurança na Síria. O rascunho original, aprovado pela União Europeia e pelos países árabes, já sofreu alterações a pedido da Rússia, mas segundo disse Gatilov, “a actual versão ainda não serve para nós”. “Recebemos o novo documento. Algumas das nossas preocupações foram tidas em conta, mas ainda assim não podemos apoiar o texto nesta segunda versão”, informou o vice-ministro. Gatilov não disse se a Rússia vai vetar a resolução, ou se vai abster-se na votação do Conselho de Segurança – uma das principais preocupações da comunidade internacional. A Síria vive desde há quase um ano um sangrento conflito entre as forças governamentais e os civis que pedem, em manifestações, a queda de Assad. À população juntou-se um exército da oposição. Estes grupos armados chegaram, na semana passada, à fronteira de Damasco (a capital) e tomaram algumas zonas. As forças militares sírias retomaram o controlo de alguns desses subúrbios onde o movimento rebelde tinha conseguido conquistar posições. Notícia actualizada às 14h46 - Acrescenta informação sobre a deslocação russa à Síria.
REFERÊNCIAS:
Étnia Árabes