NATO confirma morte de crianças em local atacado pela aviação
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DATA: 2012-02-13
SUMÁRIO: A força da NATO no Afeganistão confirmou a morte de várias crianças num local bombardeado na semana passada pela aviação aliada. O ataque gerou a indignação do Governo de Cabul, mas a ISAF diz não poder ainda confirmar se as mortes foram causadas pela sua acção.
TEXTO: O incidente ocorreu quarta-feira nos arredores da aldeia de Giawa, na província de Kapisa, região no Leste do Afeganistão sob comando do contingente francês. As forças internacionais lutavam contra um grupo de homens armados quando foi decidido pedir apoio aéreo. “Após os combates foram encontradas mais vítimas, que eram jovens afegãos de várias idades”, disse aos jornalistas o general Carsten Jacobson. “Neste momento das nossas investigações, não podemos confirmar ou negar, com um grau de certeza razoável, se houve uma relação directa com os combates”, acrescentou o porta-voz da ISAF, sublinhando, porém, que “qualquer morte de inocentes não associada ao conflito armado é sempre uma tragédia”. Na quinta-feira, uma delegação de deputados e ministros afegãos enviados ao local mostrou fotografias dos corpos de oito menores – sete crianças com idades entre os seis e os 14 e um rapaz um pouco mais velho – que terão sido mortos quando pastoreavam animais nos arredores da aldeia. “Onde estão os direitos destas crianças? Ou será que não tinham direitos?”, insurgiu-se Mohammad Tahir Safi, um deputado que falou à Reuters após visitar Kapisa. Os dirigentes afegãos acusam os soldados franceses de não terem cumprido as regras quando pediram a intervenção da aviação. O general Jacobson insiste, porém, que foi seguido o regulamento em vigor para o apoio aéreo, revisto nos últimos anos perante o multiplicar de bombardeamentos que resultaram na morte de civis. Apesar da anunciada cautela, o número de civis mortos em ataques aéreos voltou a aumentar em 2011 (187 pessoas) em comparação com o ano anterior, de acordo com um relatório das Nações Unidas divulgado no início deste mês.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave direitos morte homens