Suspeito de triplo homicídio em Beja também terá matado animais domésticos
MINORIA(S): Animais Pontuação: 12 | Sentimento -0.1
DATA: 2012-02-14
SUMÁRIO: O homem suspeito de ter matado a mulher, filha e neta, em Beja, terá cometido os crimes há uma semana, disse hoje fonte policial, revelando que o suspeito também matou os animais que tinha em casa.
TEXTO: Os crimes terão sido cometidos “na terça-feira à noite” da semana passada, afirmou a fonte, relatando que o alegado autor do triplo homicídio também “matou todos os animais” domésticos que tinha em casa, nomeadamente “um gato”. O suspeito está detido nos calabouços da PSP local e é hoje presente ao tribunal da cidade para primeiro interrogatório judicial, disse a fonte. O Ministério Público ainda não pediu a realização das autópsias médico-legais aos corpos das vítimas do triplo homicídio e que foram transportados hoje de madrugada para os serviços de Medicina Legal da cidade. Fonte do Instituto Nacional de Medicina Legal adiantou hoje que “ainda não há ordem do Ministério Público” de Beja para a realização das autópsias no Gabinete Médico-Legal da cidade. Foi um cenário de terror aquele que elementos da PSP observaram ontem pelas 19h45 no primeiro andar de uma residência perto do centro de Beja. O indivíduo, de 56 anos, ex-bancário, terá assassinado, presume-se que à catanada, três membros da sua família: a mulher com 50 anos, a filha de 30 e a neta de cinco anos. O primeiro sinal de que algo de anormal se passava foi transmitido pelo namorado da filha do ex-bancário à PSP em Lisboa. Havia vários dias que tentava contactá-la via telefone, mas não conseguia obter qualquer resposta, achando estranho tão prolongado silêncio. Como acontece nestas circustâncias, explicou o superintendente da PSP de Beja, Viola da Silva, elementos desta força policial deslocaram-se à residência indicada. E quando se aproximaram do local, pelas 17h de ontem, "os agentes ouviram um suposto tiro" e rapidamente foi dada ordem para cercar a residência. Elementos do Grupo de Operações Especiais (GOE) deslocaram-se de imediato para o local, prevendo-se a possibilidade de ter "de actuar pela força". Pensava-se na altura que o indivíduo mantivesse os membros da família sob sequestro. Durante cerca de três horas os elementos da força de intervenção mantiveram-se na expectativa. Não se ouviu qualquer ruído depois do "suposto" disparo de uma arma de fogo. "Até chegámos a pensar que o indivíduo se tivesse suicidado", diz a PSP. A força de intervenção apontou projectores para as janelas da casa e foi então que se ouviu ruído e as autoridades pediram ao indivíduo para se entregar. Este abriu a porta, cerca das 20h de ontem, os agentes da polícia detiveram-no, com o alegado homicida a revelar alguma resistência, enquanto elementos do INEM entravam no interior das instalações. A descrição feita por quem se deparou com aquele trágico quadro é de consternação pelas imagens "horríveis" que foram observadas. Testemunhos da vizinhança garantem que o ex-bancário "não era visto em público há quatro dias", refere Viola da Silva, também ele constrangido com o que acabara de acontecer. O alegado homicida tem antecedentes criminais. Esteve preso por burla. Durante o tempo que esteve detido, tirou o curso de Direito, mas não exercia a profissão. Até ao fecho da edição, não eram conhecidas as razões do dramático acontecimento que deixou a população de Beja aturdida. Notícia actualizada às 13h17: Acrescenta informação relativa à realização das autópsias
REFERÊNCIAS: