Forças sírias atacam a cidade de Hama, oleoduto explodiu em Homs
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DATA: 2012-02-15
SUMÁRIO: As forces sírias lançaram nas últimas horas uma ofensiva contra a cidade de Hama, disparando contra bairros residenciais a partir de blindados, indicaram activistas da oposição. Em Homs, nesta manhã de quarta-feira explodiu um importante oleoduto.
TEXTO: Um activista chamado Amer – que falou à Reuters via telefone por satélite - disse que as linhas telefónicas terrestres e os telemóveis foram cortados em toda a cidade de Hama, uma cidade sunita que ficou tristemente famosa pelo massacre de cerca de 10 mil pessoas quando o pai do actual Presidente, Hafez, enviou para aí as suas tropas para esmagar uma contestação, em 1982. Precisamente por causa dos problemas de comunicação em Hama - a quarta maior cidade da Síria - os activistas afirmam ainda não haver informação sobre o número de mortos e feridos. As forças do Presidente Bashar al-Assad também voltaram ao ataque em Homs naquele que é o 13. º dia de bombardeamentos de uma cidade que tem estado na linha da frente da revolta contra o regime. Uma grande explosão destruiu um oleoduto junto à cidade de Homs, afirmam testemunhas oculares e activistas. Uma enorme coluna de fumo eleva-se do local. Os meios de comunicação estatais culpam “terroristas armados” por este ataque, ao passo que um grupo de activistas já culpou caças governamentais pelo ataque. Este oleoduto vai do deserto do leste do país até à refinaria de Homs, uma das duas existentes no país, que abastece a capital, Damasco, e o sul do país. Estados Unidos desiludidos com veto chinêsA França criou um fundo de emergência de um milhão de euros para as agências humanitárias poderem ajudar o povo sírio e irá propor a criação de outro fundo semelhante numa reunião marcada para a próxima semana na Tunísia. A determinação de Assad em esmagar a revolta - apesar das vozes de condenação por parte da comunidade internacional pela violência usada contra civis - fizeram com que os países árabes, liderados pela Arábia Saudita, apresentassem uma nova resolução junto das Nações Unidas para pôr fim ao conflito. Esta resolução insta os árabes a “fornecerem apoio político e material” à oposição e até armas. “Inicialmente iremos apoiar a oposição financeiramente e diplomaticamente, mas se o regime continuar os assassinatos, os civis têm de ser ajudados a protegerem-se. A resolução dá aos países árabes todas as opções para a protecção do povo sírio”, disse um embaixador árabe citado pela Reuters. Esta ameaça de apoio militar árabe tem como finalidade pressionar o Presidente sírio e os aliados russos e chineses, mas também poderá resvalar para um conflito semelhante ao que ocorreu na Líbia, originando uma guerra civil. A Rússia e a China vetaram no passado dia 4 de Fevereiro uma resolução apresentada no Conselho de Segurança da ONU e apoiada pelo mundo ocidental e pelo mundo árabe que exigia a demissão de Assad. O Presidente americano Barack Obama disse ontem ao vice-Presidente chinês Xi Jinping, num encontro na Casa Branca, que os EUA ficaram desapontados com este veto chinês. O vice-ministro chinês dos Negócios Estrangeiros, Cui Tiankai, disse aos jornalistas após esta conversa que a China apoia a Liga Árabe e que apoia o “diálogo inclusivo” para pôr fim à violência, acrescentando que o Conselho de Segurança precisa de ter uma atitude “muito cautelosa e muito responsável” face à Síria porque, se assim não for, a situação pode resvalar para “um banho de sangue”. Até ao momento já terão morrido muitos milhares de civis, segundo a ONU, ao passo que o regime diz que pelo menos 2000 membros das suas forças armadas e de segurança já terão perdido a vida no conflito. Notícia actualizada às 8h35 com informações sobre o ataque a um oleoduto perto de Homs
REFERÊNCIAS:
Entidades ONU EUA