Incêndio em prisão nas Honduras faz mais de 300 mortos
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.5
DATA: 2012-02-16
SUMÁRIO: Um forte incêndio destruiu uma prisão nas Honduras, em Comayagua, cidade do centro daquele país, causando a morte a mais de 300 pessoas, quase todos reclusos.
TEXTO: “Infelizmente, estamos a falar num balanço superior a 300 mortos", disse à AFP o ministro da Segurança Pública, Pompeyo Bonilla. Responsáveis revelaram, ao início da tarde, que foram retirados três centenas de cadáveres dos escombros da prisão, mas havia ainda 56 reclusos por localizar, admitindo-se que poderão estar mortos. As informações eram, no entanto, confusas e alguns jornais noticiaram que dezenas de detidos (chegou a falar-se em mais de uma centena) teriam aproveitado o caos para se evadirem. Desconhecem-se ainda as causas do incêndio, que deflagrou pouco antes das 23h de terça-feira (5h00 de quarta-feira em Lisboa) e demorou várias horas a ser extinto. O chefe dos serviços prisionais, Danilo Orellana, negou as informações de que um motim teria estado na origem do incidente, avançando duas hipóteses sob investigação: “Uma é que um dos presos tenha incendiado um colchão, a outra é que tenha havido um curto-circuito”. Ansiosos por notícias, familiares dos presos acorreram ao início da manhã à prisão e, num misto de desespero e fúria, tentaram forçar a entrada no local. Formada na esmagadora maioria por mulheres, a multidão foi contida com gás lacrimogéneo e disparos para o ar. Construída para 500 reclusos, a prisão de Comayagua albergava 853 detidos. Esta é uma realidade comum a quase todas as prisões das Honduras, país com a mais alta taxa de homicídios do mundo, segundo as Nações Unidas, e onde são comuns os motins com origem em lutas entre gangs rivais. Em 2004, 107 reclusos morreram num incêndio noutra prisão do país, provocado por um curto-circuito. Notícia actualizada às 21h26
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave prisão mulheres