Suspeito de triplo homicídio de Beja fica em prisão preventiva
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DATA: 2012-02-16
SUMÁRIO: Ao fim de duas horas de interrogatório, o suspeito do triplo homicídio em Beja deu entrada no estabelecimento prisional da cidade, pelas 17 horas. O juiz de instrução criminal que o interrogou aplicou-lhe como medida de coacção a prisão preventiva.
TEXTO: Francisco Esperança, de 59 anos, é o presumível autor da morte da esposa, de 52 anos, da sua filha de 28 e da neta, com apenas 4 anos. O homicida terá feito uso de uma catana, que provocou feridas profundas e mortais no pescoço e noutras partes do corpo das vítimas. As vítimas deste acto “bárbaro”, nas palavras do superintendente da PSP de Beja, Viola da Silva, foram hoje a enterrar no cemitério de Beja. À cerimónia assistiram mais de meio milhar de pessoas que, em profundo silêncio e uma grande comoção, quiseram prestar-lhes uma última homenagem. Dívidas à bancaO suspeito disse às autoridades que tinha problemas financeiros e dívidas à banca, revelou fonte policial, nesta quarta-feira, à Lusa. De acordo com a mesma fonte, o alegado homicida, de 59 anos, referiu que o banco lhe terá transmitido que iria colocar em hasta pública os seus bens. Embora tenha confirmado que a neta do suspeito, de quatro anos, era filha de pai incógnito, a fonte desvalorizou essa situação na resolução do processo. A mesma fonte confirmou à Lusa que as vítimas foram degoladas com “golpes profundos” na zona do pescoço, efectuados com uma catana, mas a cabeça não ficou separada do restante corpo. Fonte do Instituto Nacional de Medicina Legal (INML) disse à Lusa que, segundo o resultado das autópsias, realizadas na terça-feira, as três vítimas foram mortas “há vários dias, no máximo há uma semana”, apresentando “múltiplos golpes” no pescoço e “noutras partes do corpo”. O homem é indiciado de três crimes de homicídio qualificado, tendo o Tribunal de Beja decretado hoje à tarde a sua prisão preventiva, avançou à Lusa a fonte policial. Após ser presente ao juiz de instrução criminal, que determinou a medida de coação mais gravosa, o homem foi transportado para o Estabelecimento Prisional de Beja, onde vai aguardar julgamento. O suspeito incorre numa pena entre 12 e 25 anos de prisão por cada um dos três homicídios, mas em cúmulo jurídico só pode ser condenado a uma pena única até 25 anos de prisão. O alegado homicida foi detido na segunda-feira à noite na sua casa, em Beja, onde foram encontrados os cadáveres das vítimas. O homem entregou-se por volta das 19h40 à PSP, sem oferecer qualquer resistência. Isto depois de se ter barricado em casa. Os elementos policiais, após a detenção, entraram na casa, na Rua de Moçambique, onde encontraram os cadáveres da mulher, de 53 anos, da filha, de 28, e da neta, de quatro. O cadáver da mulher foi encontrado no quarto do casal tapado com um lençol, enquanto os da filha e da neta estavam noutro, indicaram à Lusa fontes policiais. As mesmas fontes avançaram que os crimes terão sido cometidos há cerca de uma semana e que o alegado autor do triplo homicídio também “matou todos os animais” domésticos que tinha em casa, nomeadamente um cão e um gato. Segundo as fontes, após ter cometido os crimes, o homem terá feito aparentemente “uma vida normal”, uma vez que foi visto várias vezes nas ruas da cidade. O alegado homicida é um antigo bancário, que já tinha cumprido pena de prisão por um desfalque no banco onde trabalhava. Notícia actualizada às 8h44 de 16/02/2012: Acrescentados parágrafos do take da Lusa sobre as dívidas e o contexto em que ocorreu a detenção, os crimes e os resultados das autópsias.
REFERÊNCIAS: