Directora do FMI avisa que G20 terá de fortalecer resistência aos choques económicos
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 2 | Sentimento 0.2
DATA: 2012-02-27
SUMÁRIO: Christine Lagarde, responsável máxima do Fundo Monetário Internacional (FMI), avisou que a economia mundial não está fora de perigo apesar do abrandamento de tensões na zona euro.
TEXTO: Lagarde falava ontem no encontro do Grupo dos 20 (G20), na Cidade do México, que junta os ministros das finanças e os governadores dos bancos centrais das 19 maiores economias mundiais e da União Europeia. A directora do FMI defende que o G20 deverá continuar a “fortalecer” a sua resistência a choques que venham a ocorrer no futuro devido aos sistemas financeiros que se mantêm frágeis, à dívida pública e privada muito alta e ao encarecimento do petróleo a nível mundial. Já o presidente do Banco Central Europeu deu um tom mais optimista ao seu discurso, afirmando que a economia europeia começa agora a estabilizar. “Em alguns países vai registar-se uma recessão moderada, mas para a maioria da zona euro, a situação parece agora estabilizar”, disse Draghi, também na Cidade do México, ao salientar o regresso da confiança dos mercados financeiros em relação ao euro. Já a posição da China alinhou pela posição da directora do FMI. Em comunicado, o banco central chinês avisou que a recuperação económica e dos mercados financeiros deveria ser a prioridade para o G20, e apelou à tomada de medidas para lidar com a crise da dívida na zona euro, com os preços elevados do petróleo e a volatilidade dos movimentos de capitais. EUA insistem em “corta-fogo”Quanto ao secretário norte-americano do Tesouro, Timothy Geithner, defendeu que graças às iniciativas da Europa foi possível evitar uma potencial “catástrofe” financeira, mas insistiu que se deve criar um “corta-fogo” para evitar o contágio. Por outro lado, o responsável norte-americano aplaudiu os “importantes progressos” do G20, quanto ao estabelecimento de requisitos mais exigentes para as instituições financeiras, com o objectivo de evitar novas crises. Depois de explicar que os participantes na reunião analisaram os esforços globais para o reforço dos mecanismos de salvaguarda contra as crises financeiras, Geithner sublinhou que se está “a assistir a uma ampla convergência de estratégias de supervisão e transparência nos mercados de derivados”. A verdade é que, no final do encontro deste fim-de-semana, ficaram por fazer os progressos que se consideravam mais necessários, que dizem respeito à criação de um mecanismo de protecção mundial de quase 2 mil milhões de euros. O objectivo seria evitar que a crise da dívida se espalhasse para outros países. As economias mais ricas esclareceram que os meios à disposição do FMI só serão reforçados se a zona euro, por seu turno, aumentar o “poder de fogo” dos seus fundos de resgate – o Fundo Europeu de Estabilidade Financeira e o Mecanismo Europeu de Estabilidade.
REFERÊNCIAS:
Entidades EUA FMI