Presidente do Banco Mundial interrompido na China
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DATA: 2012-02-28
SUMÁRIO: Um contestatário chinês das políticas do Banco Mundial interrompeu hoje uma conferência de imprensa do presidente Robert Zoellick em Pequim, contestando as recomendações sobre o “aprofundamento das reformas económicas” na China.
TEXTO: “O relatório do banco [ontem divulgado] não trará qualquer benefício à economia e ao povo da China. Não temos nenhuma razão para aceitar o seu veneno”, disse o contestatário, que se identificou com “um académico independente” e pediu desculpa por interromper o presidente do Banco Mundial, relatou a agência Associated Press. “Depois de arruinarem a China, arruinarão o resto mundo”, acrescentou. Zoellick apresentou na segunda-feira em Pequim um estudo elaborado pelo Banco Mundial e um Centro de Investigação do governo chinês que considera “insustentável” o actual modelo de crescimento económico da China e defende, nomeadamente, o “redimensionamento” do setor estatal. “As empresas estatais não devem ser privatizadas”, proclamou o contestatário num folheto que distribuiu antes de ser retirado da sala pelo pessoal do Banco e que tinha por título “Banco Mundial, levem o vosso veneno e voltem para os Estados Unidos” O presidente do Banco Mundial comentou que o estudo, intitulado “China 2030”, provocou “um intenso debate”, salientando que esse é “o objectivo de qualquer bom relatório de investigação”. “Alguns dos interesses instalados na actual estrutura resistirão (às reformas)? Suspeito que sim. Mas os interesses da liderança chinesa são os de todo o povo chinês e não de grupos específicos”, disse Zoellick. Na segunda-feira, numa conferência em que interveio também o ministro chinês das Finanças, Xie Xuren, o presidente do Banco Mundial, exortou a China a “reformar” a sua economia, afirmando que o país “atingiu um ponto de viragem”. “Chegou a altura de estar à frente dos acontecimentos e adoptar grandes mudanças nas economias mundial e nacional”, afirmou.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave estudo chinês