Mulheres portuguesas são mais pobres, mais sós e vivem mais tempo
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 9 | Sentimento 0.318
DATA: 2012-03-08
SUMÁRIO: Instituto Nacional de Estatística (INE) fez as contas no feminino e concluiu que as portuguesas são a maioria, vivem mais tempo, são mais pobres e as que são vítimas de crime têm vindo a aumentar.
TEXTO: As mulheres portuguesas são mais pobres, porque têm taxas de desemprego mais elevadas. Vivem mais, em média até aos 82 anos, e têm filhos cada vez mais tarde. As que estão presas têm vindo a diminuir, mas aumentam as que são vítimas de crimes. Em profissões como a Medicina estão em maioria, como, de resto, entre a população: são 5, 5 milhões, ou seja, 52, 2% portuguesa. Eis um retrato estatístico no feminino. Na véspera do Dia Internacional da Mulher, o Instituto Nacional de Estatística (INE) pôs-se a fazer as contas no feminino e concluiu, por exemplo, que a relação de feminilidade se alterou na última década: passou de 107, 1 para 109, 2 mulheres por cada cem homens. O maior aumento foi no grupo etário dos 75 e mais anos: em dez anos passamos a ter mais 27, 3% de mulheres nessa faixa etária. Em 2010, a idade média das mulheres ao primeiro casamento era de 29, 2 anos. Antes disso, têm o primeiro filho - aos 28, 9 anos - o que traduz um adiamento da maternidade em 2, 4 anos face ao que se passava em 2000. Eventualmente porque têm menos filhos (1, 37 crianças em 2011), as mulheres representam 63, 8% da população que vive só. Há uma frente em que estão em igualdade com os homens: nas prestações de desemprego. Em 2010, representavam 51, 2% dos beneficiários do subsídio de desemprego. O que recebiam era menos, porque também tinham auferido salários inferiores ao dos homens. Entre elas a taxa de pobreza é também, por isso, mais elevada: 18, 4%. Se estivermos a falar apenas das que tem 65 ou mais anos, a taxa sobe para os 23, 5%. No tocante ao crime e à violência, fazem-se representar mais como vítimas e menos como reclusas. Em números, as mulheres constituíam 58, 6% dos lesados ou ofendidos em crimes contra pessoas, em 2010. No mesmo ano, representavam apenas 5, 4% da população prisional (9, 4% em 2000). Em média, elas vivem mais do que os homens e têm nas doenças do aparelho circulatório a principal causa de morte. Só 2010 perderam, na sua totalidade, 12. 653 anos potenciais de vida por doenças daquele espectro. Os tumores também as matam: 182, 6 mulheres em cada cem mil.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave crime morte homens violência filho mulher igualdade mulheres pobreza desemprego casamento