Merkel visita tropas alemãs no Afeganistão
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2012-03-12
SUMÁRIO: A chanceler alemã, Angela Merkel, fez uma visita surpresa ao Afeganistão, onde disse que apesar dos progressos não poderia garantir uma retirada em 2013-14, como previsto.
TEXTO: A visita de Merkel ocorre numa altura de tensão, depois de um soldado americano ter saído do quartel e entrado em várias casas vizinhas, matando 16 pessoas, incluindo três mulheres e nove crianças, no Sul do Afeganistão, numa acção cujos motivos são ainda desconhecidos. Os taliban reagiram anunciando vingança contra “americanos selvagens de mentes doentias”. A acção é mais uma a contribuir para sentimentos contra a presença ocidental depois do caso da incineração do Corão no mês passado que provocou manifestações diárias durante uma semana em que morreram pelo menos 30 de civis afegãos e seis soldados americanos em incidentes relacionados. A viagem de Merkel foi organizada antes das mortes e o itinerário não foi alterado por esta razão – apenas o mau tempo a obrigou a cancelar uma visita a outra base com tropas alemães em Kunduz, ficando-se apenas pela base de Mazar-e-Sharif, no Norte, onde estão também militares germânicos. Comentando a retirada planeada das tropas da Nato do Afeganistão em 2014, Merkel apelou ao Presidente afegão, Hamid Karzai, para promover o processo de reconciliação político com os insurrectos. Apesar de se terem registado progressos, era preciso muito mais. “Por isso, não posso dizer que consigamos isto entre 2013-2014", disse. "A vontade existe, queremos conseguir e vamos trabalhar para isso”, garantiu. Mas as suas palavras deixaram a dúvida sobre se Merkel estava realmente a pôr em causa uma retirada em 2014, data em que está prevista a saída de todas as tropas de combate internacionais. “A chanceler não está a pôr em causa o plano de retirada”, esclareceu depois um responsável alemão à Reuters. Com mais de 5000 soldados no Afeganistão, a Alemanha é o terceiro país que mais tropas tem no país, a seguir aos EUA (perto de 90 mil) e Reino Unido (cerca de 9500).
REFERÊNCIAS:
Entidades EUA NATO