Sarkozy supera pela primeira vez Hollande nas sondagens
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 9 | Sentimento 0.25
DATA: 2012-03-13
SUMÁRIO: Era a boa nova que os seus apoiantes esperavam há meses: pela primeira vez desde o início da pré-campanha para as presidenciais de Abril, o Presidente francês, Nicolas Sarkozy, surge à frente do candidato socialista François Hollande na preferência dos eleitores – um desempenho que consegue depois de atacar a União Europeia e defender limites mais rígidos à imigração.
TEXTO: A sondagem do instituto Ifop/Fiducial para vários meios de comunicação social atribuiu a Sarkozy – que ainda há semanas era descrito como o Presidente mais impopular da V República francesa – 28, 5 por cento das preferências, 1, 5 pontos percentuais acima do principal rival de esquerda. A vantagem do líder da UMP (União para o Movimento Popular) limita-se a uma primeira volta: na segunda ronda, com apenas dois candidatos, Hollande arrecadaria 54, 5 por cento dos votos, contra 45, 5 por cento atribuídos ao Presidente. Ainda assim, os resultados não deixam de ser uma boa notícia para Sarkozy que, durante meses surgia invariavelmente atrás de Hollande e chegou a ter o segundo lugar ameaçado por Marine Le Pen, a líder da Frente Nacional. Foi precisamente depois de entrar no terreno da extrema-direita que a sorte do Presidente francês começou a mudar. Entrado tarde na corrida – só no mês passado oficializou a recandidatura –, Sarkozy aproveitou a última semana para divulgar um conjunto de medidas polémicas, como a criação de um imposto para os lucros dos grandes grupos económicos ou a redução, para metade, das autorizações de residência atribuídas anualmente a estrangeiros. Admitiu igualmente retirar a França do espaço Schengen se o acordo de livre circulação europeia não for revisto no sentido de endurecer o combate à imigração ilegal. Ainda no domínio europeu, defendeu a introdução de medidas de protecção da indústria comunitária, mesmo que para tal seja necessário recuperar algumas barreiras à importação. As proposta foram denunciadas pelos socialistas – que as apelidou de populistas – e pela extrema-direita, que acusou Sarkozy de aproveitamento eleitoral. A reviravolta de Sarkozy poderia ainda ser maior caso Le Pen não tivesse conseguido reunir os 500 apoios de eleitos necessários a uma candidatura ao Eliseu. A líder do partido de extrema-direita anunciou nesta terça-feira que atingiu essa fasquia, o que deverá privar o líder da UMP de boa parte dos 16 por cento dos votos que são atribuídos a Le Pen numa primeira volta.
REFERÊNCIAS:
Partidos LIVRE