Defesa do sargento americano que matou 16 afegãos assenta em “estado mental”
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento -0.1
DATA: 2012-03-17
SUMÁRIO: O sargento norte-americano responsável pelo massacre de 16 civis afegãos, no passado domingo, sofrera lesões físicas durante o tempo em que combatera no Iraque, expressara relutância em cumprir nova missão e dava sinais de precariedade psíquica, foi sustentado pelo seu advogado.
TEXTO: Confirmando que o militar – cujo nome permanece por divulgar – fizera já três missões no Iraque, o jurista John Henry Browne afirmou ainda que o mesmo vira, na véspera do massacre, um dos seus companheiros de unidade a perder uma perna numa explosão. O advogado negou ainda os rumores de que o sargento estava alcoolizado na altura em que abandonou a base em que estava colocado, em Kandahar, na madrugada de domingo, e se dirigiu para as aldeias próximas de Alkozai e Balandi, a cerca de meio quilómetro de distância uma da outra, onde investiu contra três casas e matou a tiro 16 pessoas, incluindo três mulheres e nove crianças. Três das crianças foram mortas com um único tiro na cabeça e alguns dos corpos queimados, segundo os dados da investigação preliminar. Browne negou ainda as informações antes avançadas de que o militar estaria a ter problemas no seu casamento e descreveu o sargento como um homem “gentil” e um “soldado condecorado”, com um percurso “exemplar” antes do tiroteio e sem jamais ter revelado qualquer antipatia contra os muçulmanos. O advogado, em declarações feitas ainda ontem à noite na base de Lewis-McChord, em Seattle, à qual o sargento pertence, frisou ainda que o seu cliente não estava em condições psíquicas para ter sido enviado para o Afeganistão. “Creio que é muito relevante o facto de termos um soldado que foi ferido no Iraque, no cérebro e no corpo, e mesmo assim enviado de volta [a missões de combate]”, disse. As autoridades norte-americanas não formularam ainda as acusações contra o sargento, e Browne avançou por seu lado que não divulgaria o nome do soldado antes de tal ser feito pelos responsáveis militares.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave homem mulheres corpo casamento