Novos ataques contra igrejas no Quénia causam 16 mortos
MINORIA(S): Refugiados Pontuação: 6 Africanos Pontuação: 5 | Sentimento 0.136
DATA: 2012-07-01
SUMÁRIO: Pelo menos 16 pessoas morreram em ataques contra duas igrejas em Garissa, cidade do noroeste do Quénia que alberga uma importante base militar de onde foram mobilizadas tropas para combater rebeldes ligados à Al-Qaeda na Somália.
TEXTO: Os ataques, perpetrados por homens envergando máscaras que lhes tapavam as caras, estão a ser vistos como uma represália pelo envio das tropas quenianas, em Outubro passado, em missões para lá da fronteira de combate aos militantes da Al-Shabaab. As autoridades de Nairobi apresentaram estas operações como visando pôr fim aos raptos e ataques feitos em território queniano em que responsabilizam aquele grupo islamista radical somali – o qual jamais reivindicou tais ataques, antes nega ter participado neles. Os atacantes abriram fogo de espingardas e lançaram granadas para dentro das duas igrejas durante os serviços religiosos da manhã e, além dos já confirmados 16 mortos, há também mais de 40 feridos, alguns em estado muito grave, de acordo com o chefe-adjunto da polícia da cidade, Philip Ndolo. O primeiro balanço de vítimas mortais falava em dez pessoas, mas a Cruz Vermelha e fontes médicas locais actualizaram entretanto esse número em alta. Segundo a polícia, um grupo de pelo menos cinco homens encapuzados atacou uma igreja da African Inlan Mission, e outros dois homens foram responsáveis pelo ataque à outra igreja, também católica. “Ainda não detivemos nenhum suspeito”, avançou ainda Ndolo, citado pela agência noticiosa francesa AFP. A cidade de Garissa fica a cerca de 140 quilómetros de distância da fronteira com a Somália e a menos de 70 quilómetros do gigantesco campo de refugiados de Dadaab, o qual acolhe perto de 465 mil refugiados somalis e onde quatro trabalhadores das agências humanitárias e de nacionalidade estrangeira foram raptados e o seu condutor, queniano, foi morto na passada sexta-feira. O Quénia tem vindo a ser palco de ataques deste tipo nos últimos meses, incluindo a explosão de uma bomba no domingo passado num clube nocturno em Mombaça, em que morreram três pessoas, um dia depois de a embaixada norte-americana no país ter alertado para a ameaça de um atentado iminente naquela cidade. O Conselho supremo Muçulmano do Quénia condenou o duplo ataque desta manhã, frisando que “todos os locais de culto devem ser respeitados”. “Queremos expressar as nossas condolências e dizer que estamos tristes por não ter sido feita ainda nenhuma detenção”, sublinhou o presidente da organização, Abdulghafur el-Busaidy. Notícia actualizada às 13h10
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave homens campo ataque morto