China vai retirar sopa de barbatanas de tubarão dos banquetes oficiais
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2012-07-04
SUMÁRIO: A China decidiu que será proibido servir sopa de barbatanas de tubarão nos banquetes oficiais de Estado, dentro de um a três anos, para ajudar a travar o declínio daquelas espécies marinhas.
TEXTO: A decisão foi tomada pelo Conselho de Estado em resposta a uma proposta apresentada por um grupo de 30 delegados do Congresso Nacional. “Este é um passo em frente muito positivo”, disse o director de conservação da WWF em Hong Kong, Andy Cornish, ao jornal New York Times. “É a primeira vez que o Governo central chinês expressou uma decisão para acabar, de forma gradual, as barbatanas de tubarão dos banquetes financiados com o dinheiro dos contribuintes”, acrescentou. Para Andy Cornish, esta decisão vai enviar uma mensagem muito clara aos consumidores chineses, o maior mercado mundial para as barbatanas de tubarão. A organização WildAid, que promoveu uma campanha de sensibilização da sociedade chinesa “Say No to Shark Fin Soup” (“Diz não à sopa de barbatanas de tubarão”), considera que “com este compromisso público, a China emerge como um líder na conservação dos tubarões”, disse Peter Knights, o seu director-executivo. “Existe agora o potencial para estabilizar as populações de tubarões e manter a saúde dos nossos oceanos. ”Já em Novembro de 2011, a cadeia de hotéis asiática Peninsula Hotels anunciou que iria deixar de servir esta sopa nos restaurantes dos seus estabelecimentos. Meses depois, em Janeiro deste ano, foi a vez da cadeia Shangri-La Hotels and Resorts. A WildAid – organização que se dedica a travar o consumo e procura de produtos derivados de espécies selvagens - estima que todos os anos até 73 milhões de tubarões sejam usados para fazer as sopas de barbatanas de tubarão e outros produtos alimentares. De acordo com a União Mundial de Conservação da Natureza (UICN), um terço das espécies pelágicas de tubarões do planeta está ameaçada de extinção, com algumas espécies a registar declínios até 90%.
REFERÊNCIAS: