Aluna fez-se substituir na realização dos exames do secundário
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento -0.3
DATA: 2012-07-14
SUMÁRIO: Uma aluna ter-se-á feito substituir por outra pessoa que fez os exames de Biologia e Geologia A, Física e Química A e Matemática. Depois de uma denúncia, o caso está a ser investigado pela Inspecção-Geral de Educação. É o único, assegura o ministério. À SIC, a estudante admitiu a fraude.
TEXTO: Segundo a SIC, uma aluna do ensino recorrente apresentou-se a exame às disciplinas de Português, Matemática, Biologia e Geologia A e Física e Química A numa escola secundária pública de Lisboa. A estudante só precisava de fazer o exame de Matemática mas inscreveu-se nos quatro com o objectivo de obter melhores notas para ingressar no curso desejado: Medicina. Contudo, depois de uma denúncia anónima, as caligrafias dos quatro exames foram comparadas e a estudante foi chamada à escola. Ali, não foi capaz de identificar os professores que tinham vigiado as provas. No entanto, um dos docentes disse que aquela não era a aluna que tinha chegado atrasada ao exame e tinha apresentado um comprovativo do pedido de Cartão de Cidadão, em vez do documento propriamente dito. É aqui que reside a fraude, uma vez que o comprovativo é uma folha de papel sem um carimbo ou selo branco a fotografia pode ser adulterada. A aluna, três dias antes de realizar o primeiro exame, pediu o Cartão de Cidadão alegando que teria perdido os documentos durante as festas dos santos populares, em Lisboa. À SIC, a estudante admitiu a fraude e revelou que fez apenas o exame de Português tendo pedido a outra pessoa, que descobriu na Internet, que a substituisse na realização das outras três provas. A essa substituta pagaria 600 euros quando saíssem as notas. Mas, em vez das classificações, na pauta está escrito "suspensa" à frente do seu nome, em cada um dos exames. A rapariga confessou ainda que o esquema de usar um falso comprovativo do pedido de Cartão de Cidadão não é novo. A Inspecção-Geral de Educação está agora a investigar o caso. Desconhece quantas situações semelhantes poderão ter ocorrido este ano ou em anos anteriores. Ao PÚBLICO, o gabinete de imprensa do Ministério da Educação e Ciência informa que "esta é a única situação que está a ser investigada" pela inspecção. "Na sequência de uma denúncia sobre uma alegada fraude, foi solicitado à escola um relatório sobre a mesma. O relatório foi enviado para o Júri Nacional de Exames, que reencaminhou o processo para a Inspecção-Geral de Educação e Ciência. As notas da aluna nos quatro exames nacionais encontram-se preventivamente suspensas. "O regulamento dos exames, prevê que os alunos não podem realizar os exames sem o Cartão de Cidadão, Bilhete de Identidade ou um documento de substituição que contenha fotografia. Caso os estudantes não apresentem um documento de identificação podem fazer a prova e cabe ao secretariado de exames realizar, no final da mesma, um auto de identificação perante duas testemunhas. Este documento deverá ter a impressão digital do indicador direito do examinando. Esta situação, caso o aluno seja menor, deve ser comunicada ao encarregado de educação. Depois, o encarregado de educação e o aluno têm dois dias úteis para comparecer no estabelecimento de ensino com um documento de identificação, sob pena de anulação da mesma. Se tal não acontecer, a prova deverá ser anulada. "Quanto à possibilidade de examinandos levarem o BI de outros alunos, informa-se que a NORMA 02/JNE/2012, no n. º 17, estipula que os professores vigilantes, no início da prova, devem conferir a identidade dos examinandos face aos seus documentos de identificação e verificar se o nome coincide com o da pauta de chamada, bem como se a assinatura aposta no cabeçalho da prova coincide com o documento de identificação", conclui o comunicado. Notícia actualizada às 13h47. Foi acrescentada informação do ministério
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave escola educação rapariga