Luís Palha da Silva passa a vice-presidente da Galp
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DATA: 2012-07-27
SUMÁRIO: O ex-CEO da Jerónimo Martins, Luís Palha da Silva, vai ser vice-presidente da Galp Energia, na sequência do reforço accionista da Amorim Energia, que tem agora 38,3% da petrolífera, após ter comprado 5% à Eni num primeiro passo para a saída dos italianos do grupo português.
TEXTO: O gestor, que foi responsável pela recuperação financeira da Jerónimo Martins na década passada, fica assim como número dois de Manuel Ferreira de Oliveira na Galp, que tem como chairman Américo Amorim. Além de assumir a vice-presidência (cargo que não existia), Palha da Silva fica responsável pela área de retalho (refinação e distribuição). Também para a comissão executiva entra, vindo do Deutsche Bank em Portugal, Filipe Crisóstomo Silva, como administrador financeiro. O percurso de Palha da Silva passou nos últimos anos pelo grupo que detém o Pingo Doce. Na Jerónimo Martins, onde está na administração como não executivo, foi presidente entre 2004 e 2010 depois de ali assumir funções de administrador financeiro quando saiu da Cimpor, em 2001. O gestor, formado em Economia no ISEG e em gestão de empresas na Católica, foi Secretário de Estado do Comércio entre 1992 e 1995, no Governo de Cavaco Silva. Em 2011, dirigiu a campanha presidencial de Cavaco. As mudanças na administração da Galp são conhecidas na véspera de a petrolífera apresentar as contas do primeiro semestre. As alterações incluem ainda a entrada, como não executivos, de Sergio Gabrielli de Azevedo (ex-CEO da brasileira Petrobras) e Abdul Magid Osman (ex-ministro das Finanças e dos Recursos Minerais de Moçambique), o que reflecte a aposta da empresa nestes dois países. Sergio Gabrielli de Azevedo é Secretário do Planeamento do Governo do Estado da Bahia, no Brasil, enquanto Abdul Magid Osman é presidente do conselho de administração da Épsilon Investimento e da comissão executiva da Tchuma - Cooperativa de Crédito e de Poupança. Em Moçambique, os interesses da Galp residem em grandes descobertas de gás natural. E no Brasil, onde detém 70% da Petrogal Brasil, tem um plano ambicioso de investimentos, que conta agora com a participação da chinesa Sinopec, que detém 30% da subsidiária da Galp. As mudanças na composição da administração reflectem também o reforço da posição da Amorim Energia, consórcio que reúne, além de Américo Amorim, os interesses angolanos na Galp, através da Sonangol e da empresária Isabel dos Santos. O consórcio reforçou na Galp em mais 5% há menos de uma semana, passando a ser o maior accionista, numa altura em que os italianos estão de saída do capital da petrolífera portuguesa. A Eni acaba de reduzir a participação para 28, 34%, podendo agora alienar em várias fases o restante capital. No próximo passo, irão alienar 18% no mercado, podendo depois cumprir o resto do acordo estabelecido com a Amorim Energia para o consórcio ficar com mais 10, 34%. Nessa altura, a posição desta sociedade liderada por Américo Amorim poderá assim chegar a 48, 6%. Última actualização às 22h36
REFERÊNCIAS:
Países Portugal Irão Brasil Moçambique