Como Ryan passou de distribuidor de correio a candidato a vice-presidente
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DATA: 2012-08-14
SUMÁRIO: O escolhido por Mitt Romney tem uma história de subida a pulso e através de ligações. O seu charme funciona no contacto directo e nas pequenas salas. Funcionará com multidões na campanha?
TEXTO: O candidato à vice-presidência Paul Ryan é o exemplo máximo do self-made man do Capitólio. Começou com 19 anos como estagiário que distribuía a correspondência do Congresso e subiu com um domínio de detalhes excêntricos e um talento para cultivar mentores poderosos. Ryan é agora um congressista com sete mandatos, presidente de um comité parlamentar e o principal arquitecto das ideias republicanas em relação ao Medicare [programa de saúde para os idosos], o orçamento e a dívida nacional. As grandes ideias de Ryan trazem o selo da sua história: sublinham a independência e o contar consigo próprio, as qualidades que o levaram da sala do correio para um lugar no ticket presidencial. O Governo não deve uma garantia de felicidade aos seus cidadãos, diz Ryan, só uma hipótese justa de a tentarem alcançar. "Ele perdeu o pai cedo e teve de crescer antes do que queria", disse o republicano do Arizona Jeff Flake. "Isso teve influência nas suas políticas e na sua abordagem. Responsabilidade individual é que conta. "Ryan, 42 anos, ainda vive na sua cidade natal, Janesville, Wisconsin, com a mulher, Janna, e os três filhos, e dorme no gabinete do Congresso nas noites de semana. Na vida privada tem hobbies comuns que pratica com um zelo fora do normal. Transpira em exercícios radicais no ginásio do Congresso. Ganha a outros deputados em concursos para quem recita mais falas do filme Fletch (sobre um repórter de investigação). E pesca peixe-gato - com as próprias mãos. Ryan teve, em muitos aspectos, uma vida que é o inverso da do seu companheiro de corrida. Romney é filho de um político que teve muito sucesso no sector privado. Ryan é filho de um advogado que morreu quando ele tinha 16 anos. Passou a sua vida adulta quase toda em Washington - no Governo ou em think tanks, tentando influenciar o Governo. Cita a sua fé católica e a autora Ayn Rand como grandes influências no seu pensamento conservador. Apesar das diferenças, Romney e Ryan têm química - uma química que começou em 2007, quando se encontraram pela primeira vez. "Eles deram-se logo bem", conta Cesar Conda, então conselheiro da campanha de Romney de 2008. A reunião com Ryan deveria ter durado poucos minutos. Durou uma hora. "Quando saímos, Romney disse: "Uau, gosto mesmo deste tipo!", lembrou Conda, actualmente na equipa do senador Marco Rubio, da Florida. As pessoas sempre gostaram de Ryan. A história da sua vida política tem sido o seu sucesso em ganhar as pessoas - incluindo uma série de amigos poderosos no Congresso, centros de estudos e media conservadores - em pequenas salas. Agora vêm aí as grandes salas, estádios até. Desconhecido para muitosRyan nunca concorreu a nada mais do que o seu lugar no Congresso. Não se sabe se a sua magia resulta nas grandes multidões das presidenciais, onde muitos o vão ver e ouvir pela primeira vez. Uma sondagem da CNN dizia que 54% não conheciam Ryan ou não tinham opinião sobre ele. "Eu represento uma parte da América que inclui cidades interiores, zonas rurais, subúrbios e cidades fabris", disse ao lado de Romney. "Ouço histórias de sonhos diminuídos, expectativas rebaixadas, futuros incertos. " Isso mudaria com um governo republicano em vez daquele que, acusou, está a sufocar as esperanças em vez de se afastar e as deixar florescer. "Prometemos oportunidades iguais", disse. "Não resultados iguais. "Ryan é de uma das mais importantes famílias de Janesville - cidade de 64 mil sustentada por fábricas da General Motors e de canetas Parker. Teve trabalhos normais: grelhou hambúrgueres no McDonalds. No liceu jogou dois desportos, participou em dez clubes e foi o "rei" do baile de finalistas. Mas também foi eleito pelos colegas "o maior lambe-botas".
REFERÊNCIAS: