Morreu a ex-editora que disse que as más raparigas vão para todo o lado
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 12 | Sentimento -0.34
DATA: 2012-08-14
SUMÁRIO: Quando, nos anos 1960, escreveu o livro Sexo e a rapariga solteira, Helen Gurley Brown chocou a América com a ideia de que as mulheres deviam ser felizes no sexo antes do casamento – ou mesmo sem ele. Como editora da Cosmopolitan, continuou a passar a mensagem. Helen, cujo lema era “as boas raparigas vão para o céu, as más vão para todo o lado”, morreu nesta segunda-feira aos 90 anos. Não é difícil de ver para onde foi.
TEXTO: Tem no currículo o mérito de ter sido a primeira a levar para as páginas das revistas femininas as discussões sobre sexo, no seu "reinado" na Cosmopolitan, de 1965 a 1997. Defendia, sem pudor, que o prazer no sexo não era exclusivo para os homens e lutou pela liberdade sexual feminina. Desenhou, nas páginas da revista, o ícone da mulher moderna. E pelo caminho ainda salvou a revista da falência. Numa entrevista à Vanity Fair, em 2007, admitiu que esse foi mesmo o seu maior feito. “Os seus conselhos directos e honestos sobre relações, carreira profissional e beleza revolucionaram a indústria das revistas”, resume Frank Bennack, actual chefe executivo da Hearst, empresa proprietária da Cosmopolitan, num comunicado em que anuncia a morte de Helen, num hospital em Nova Iorque, sem avançar as causas. Franck Bennack descreve Helen como uma "lenda" e uma "verdadeira pioneira", que deixou a sua marca na cultura popular e na sociedade, nomeadamente com o best seller "Sexo e a Rapariga Solteira". Nas mãos de Helen Gurley Brown, a revista antecipou-se à famosa série “O sexo e a cidade” em três décadas. Após a notícia da sua morte, a autora desta série de televisão, Candace Bushnell escreveu na sua conta do Twitter: “É mesmo o fim de uma era”. De estatura baixa, ar frágil e cabelo sempre pintado - além dos fatos Chanel, esta era mesmo a sua maior extravagância -, gostava de usar grandes jóias, meias de rede e vestidos curtos. Comia salada com as mãos porque achava que era sexy. Helen tinha em Cleópatra o seu maior ídolo, via nela uma boa chefe e uma boa amante: a sua poção mágica para a felicidade.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave morte homens cultura mulher sexo sexual feminina rapariga