Seis museus da Direcção Regional de Cultura do Centro passam a ter três directores
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DATA: 2012-08-24
SUMÁRIO: Seis museus da região Centro até agora dependentes do Instituto Português dos Museus e da Conservação ficam na tutela da Direcção Regional de Cultura (DRCC) e serão chefiados por três directores, revelou hoje a responsável pelo organismo regional.
TEXTO: Segundo a directora regional de Cultura do Centro, Celeste Amaro, três directores vão assegurar a chefia destes seis museus e ainda do Mosteiro de Santa Clara-a-Velha, em Coimbra, com a nomeação de sete coordenadores em cada um dos espaços. Para ficar “responsável por esta reestruturação” ascende ao cargo de director de Serviços de Bens Culturais na DRCC Artur Côrte-Real, até aqui a liderar a equipa do Mosteiro de Santa Clara-a-Velha, disse ainda Celeste Amaro à Agência Lusa. Para a direcção do Museu de Aveiro e a supervisão de equipa de projecto de Santa Clara-a-Velha foi nomeada Zulmira Gonçalves, enquanto a direcção dos museus de Cerâmica e José Malhoa (Caldas da Rainha) e da Nazaré (Etnográfico e Arqueológico Dr. Joaquim Manso) é assegurada por Matilde Tomaz do Couto. A actual directora do Museu Francisco Tavares Proença Júnior (Castelo Branco), Aida Rechena, assume também a direcção do Museu da Guarda, referiu a diretora regional de Cultura do Centro. “Estas pessoas foram nomeadas em regime de substituição e, até ao final do ano, abrir-se-ão os concursos para os cargos de direcção” das unidades museológicas, adiantou Celeste Amaro. De acordo com esta responsável, Artur Côrte-Real “vai ficar responsável por traçar esta política dos museus”, nos quais é objectivo replicar o modelo de “sustentabilidade a 100%, a nível do funcionamento” que existe no Mosteiro de Santa Clara-a-Velha, estrutura que já se encontrava na dependência da Direcção Regional de Cultura do Centro e cujo processo de classificação como museu vai ser iniciado em breve. “É uma experiência que julgo que vai resultar”, afirmou Celeste Amaro, destacando que se vai apostar no trabalho em rede entre museus e na dinamização do ‘merchandising’, entre outros aspectos. Segundo a directora regional, estes seis museus passam a estar dependentes da DRCC “por uma questão de proximidade”. Para Artur Côrte-Real, “os museus não podem estar distantes das regiões”. Tentar “dar vida aos museus”, como aconteceu em Santa Clara-a-Velha, onde se regista “um aumento exponencial de visitantes e uma dinâmica cultural muito grande”, e instaurar “uma mudança de paradigma”, com horários alargados e o não encerramento na hora de almoço são algumas das metas do director de serviços da DRCC. Artur Côrte-Real pretende apostar também na criação de uma rede entre os museus que leve, nomeadamente, à realização de exposições e espectáculos transregionais. Noticiada pelos matutinos de Coimbra, a nova orgânica da DRCC agora publicada em Diário da República responde ainda a um dos objectivos definidos pela ‘troika’, a redução de chefias na administração pública, sublinhou a directora regional de Cultura do Centro.
REFERÊNCIAS:
Entidades TROIKA