UE quer quota mínima de 40% de mulheres nas administrações de grandes empresas
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 12 | Sentimento 0.207
DATA: 2012-09-04
SUMÁRIO: As empresas cotadas europeias vão ser obrigadas a reservar para as mulheres pelo menos 40% dos seus lugares de administradores não executivos, segundo uma proposta que está a ser elaborada pela Comissão Europeia e que foi noticiada nesta terça-feira pelo diário britânico Financial Times.
TEXTO: A legislação que está a ser preparada, da qual aquele jornal obteve uma cópia, tenta combater o que é visto pelos funcionários europeus como um grave desequilíbrio de género, no conjunto dos 27 Estados-membros da UE, onde dados de Janeiro indicam que as mulheres representavam apenas 13, 7% das posições de administração em empresas cotadas. Apesar de vários países europeus – incluindo a França, a Itália, Espanha e os Países Baixos – terem adoptado os seus próprios sistemas de quotas, limites desse tipo tiveram resistência no Reino Unido e na Suécia, que actualmente não têm quaisquer imposições nesse sentido. Segundo o documento preliminar visto pelo FT, as empresas com mais de 250 funcionários e receitas superiores a 50 milhões de euros anuais terão de informar anualmente acerca da composição de género das suas administrações. Se não cumprirem as quotas obrigatórias, ficam sujeitas a multas administrativas ou serão banidas dos contratos com o Estado. A comissária europeia da Justiça, Viviane Reding, que deverá apresentar esta proposta em Outubro, decidiu avançar com ela após um esquema de incentivos voluntários não ter conseguido melhorar o equilíbrio de género entre os gestores de topo. Um funcionário governamental britânico disse ao FT que o Governo ainda teria de analisar a proposta da Comissão, mas adiantou que o país mantém a oposição ao sistema de quotas. No entanto, esta legislação não está condicionada a sistema de veto, pelo que os britânicos e os suecos não poderão impedir sozinhos a sua adopção.
REFERÊNCIAS:
Entidades UE