Rússia, China e Cuba votam contra resolução que condena regime sírio
MINORIA(S): Refugiados Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2012-09-28
SUMÁRIO: O Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas aprovou esta sexta-feira uma resolução que condena as violações cometidas pelas forças militares leais ao regime do Presidente Bashar al-Assad – com os votos contra da Rússia, China e Cuba.
TEXTO: A resolução, que ainda prolonga em mais seis meses a missão dos investigadores mandatados pela ONU à Síria, foi aprovada com 41 votos a favor, aqueles três contra e ainda três abstenções. O embaixador sírio nas Nações Unidas, Faysal Khabbaz Hamoui, criticou o texto da resolução – apresentado ao Conselho por um grupo de países árabes –, avaliando-o como “extremamente politizado e selectivo”, e acusou “terroristas” islâmicos de inflamarem a violência no país – recorrendo à terminologia com que habitualmente as autoridades de Damasco se referem aos combatentes rebeldes. A missão de investigadores das Nações Unidas, lançada há cerca de um ano, entrevistou até agora cerca de 1. 100 pessoas, entre vítimas dos combates, refugiados e desertores das forças militares sírias, em campos já fora daquele país, uma vez que o regime continua a não permitir a sua acção na Síria. “O trabalho da comissão de inquérito é extremamente importante, pois enquanto continua a documentar os nomes dos indivíduos responsáveis por estes crimes e violações dos direitos humanos também ajuda a assegurar que este não será um caso em que a injustiça leve a melhor. Antes que os autores dos crimes que estão a ser cometidos contra o povo sírio irão enfrentar a justiça e ser responsabilizados”, sustentou a embaixadora norte-americana nas Nações Unidas, Eileen Chamberlain Donahoe, em defesa da resolução aprovada no organismo, formado por 47 países. Diplomatas envolvidos na reunião avançaram ainda que até ao final do dia deverá ser anunciado que se juntará em breve à comissão de inquérito para a Síria, liderada pelo brasileiro Paulo Pinheiro, a antiga procuradora do Tribunal Penal Internacional Carla del Ponte.
REFERÊNCIAS:
Entidades ONU