Autor de filme anti-islão detido nos Estados Unidos
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DATA: 2012-09-28
SUMÁRIO: O autor do filme anti-islão Innocence of Muslims, um copta radical egípcio a viver dos Estados Unidos, foi detido na quinta-feira na Califórnia e acusado pelas autoridades judiciais de ter violado a liberdade condicional.
TEXTO: Nakoula Basseley, de 55 anos, tinha sido condenado em 2010 por fraude bancária. Chegou a cumprir uma pena de prisão de 21 meses mas, entretanto, foi colocado em liberdade condicional. Estava, por isso, impedido de aceder à Internet. Depois de parte do filme que produziu ter sido colocado no canal de partilha online YouTube, as autoridades consideraram que violou a liberdade condicional em vários aspectos, explicou o tribunal federal do estado norte-americano da Califórnia. As autoridades avançaram também que Nakoula Basseley se refugiou num esconderijo, após as ameaças de morte relacionadas com o filme que produziu, mas que foi sempre seguido pela polícia. Um ministro paquistanês chegou mesmo a oferecer dinheiro a quem conseguisse matar o autor do filme. A juíza responsável pelo caso, Suzanne H. Segal, garantiu ao jornal Los Angeles Times que Nakoula representava “um certo perigo para a comunidade”. “O tribunal tem falta de confiança no réu neste momento”, acrescentou a magistrada, citada pela Reuters. O filme Innocence of Muslims tem enfurecido muçulmanos em todo o mundo, por ridicularizar o profeta Maomé, apresentado como um mulherengo e bandido. Qualquer representação visual do profeta é, de resto, considerada uma blasfémia para os muçulmanos. Innocence of Muslims gerou protestos da Nigéria à Indonésia, que se estenderam também a cidades europeias. Nalguns países, grupos de radicais salafistas atacaram mesmo as embaixadas e consulados dos Estados Unidos e de outros países ocidentais, em especial dada a proximidade da simbólica data do 11 de Setembro. Já foram registados dezenas de mortos em confrontos, que se agravaram após um jornal francês ter publicado novas caricaturas do profeta Maomé. Entre os mortos está o embaixador norte-americano em Bengasi. Do filme de duas horas, há excertos publicados no YouTube numa espécie de trailer em que os muçulmanos são apresentados como imorais e violentos. O profeta Maomé aparece em várias cenas de sexo, com mulheres e com homens, aprova o abuso sexual de crianças, aponta para um burro como “o primeiro animal muçulmano”. É ainda dito que o Corão não teve inspiração divina, que foi escrito a partir da Tora e do Novo Testamento.
REFERÊNCIAS: