Seis mortos num ataque a uma base na Guiné-Bissau
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento -0.5
DATA: 2012-10-22
URL: https://arquivo.pt/wayback/20121022152337/http://www.publico.pt/1568198
SUMÁRIO: Pelo menos seis homens morreram durante um ataque a uma caserna em Bissau este domingo: segundo um jornalista da AFP, que viu os corpos, os mortos são cinco assaltantes e um dos militares que estava de sentinela.
TEXTO: A troca de tiros em redor desta base, a sede da unidade de elite do Exército, próxima do aeroporto da capital guineense, durou perto de uma hora. Segundo a AFP e habitantes de Bissau ouvidos entretanto pela TSF, o resto da cidade está tranquila. A agência francesa adianta que por trás do ataque desta madrugada estará o capitão Pansau N’Tchama – um militar de guarda reconheceu-o e identificou-o como tendo disparado contra o sentinela que foi morto. N’Tchama, membro ele próprio da unidade de elite do Exército, já esteve por trás do ataque de Março de 2009 que terminou com o assassínio do Presidente Nino Vieira e do chefe do Estado-maior das Forças Armadas, Batista Tagmé Na Waie. O capitão N’Tchama e o resto do comando, cuja dimensão não é conhecida, estão em fuga e são procurados pelo Exército. O último golpe de Estado na conturbada Guiné-Bissau aconteceu em Abril, entre duas voltas das eleições presidenciais. A primeira volta, a 18 de Março, tinha sido ganha por Carlos Gomes Júnior, presidente do PAIGC (Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde) e até então primeiro-ministro, com 48, 97%. Em segundo lugar ficou Kumba Ialá, 59 anos, ex-Presidente, à frente da principal força da oposição, o PRS (Partido da Reinserção Social). Depois do golpe, justificado pelos autores com o objectivo de evitar que as forças angolanas no país controlassem os militares guineenses, o poder ficou nas mãos de uma junta militar e um governo interino não reconhecido pela generalidade da comunidade internacional.
REFERÊNCIAS:
Étnia Africano