Libéria decreta estado de emergência por causa do ébola
Organização Mundial de Saúde encara anúncio de crise de saúde pública internacional. Propagação do vírus na Nigéria, país mais populoso de África, é a principal preocupação. (...)

Libéria decreta estado de emergência por causa do ébola
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 10 | Sentimento 0.0
DATA: 2014-08-07 | Jornal Público
SUMÁRIO: Organização Mundial de Saúde encara anúncio de crise de saúde pública internacional. Propagação do vírus na Nigéria, país mais populoso de África, é a principal preocupação.
TEXTO: O Governo da Libéria decretou um estado de emergência de 90 dias por causa do risco de epidemia de ébola, e mobilizou o Exército para travar o êxodo descontrolado de populações rurais para a capital, Monrovia, com mais de um milhão de habitantes. Ao lado, na Serra Leoa, onde o estado de emergência já leva uma semana, foi posta em marcha a “Operação Polvo”, cujo objectivo é garantir o isolamento dos doentes com ébola. O número de casos fatais de ébola já ascende quase a um milhar, desde o início do ano, com mais de 1700 infectados com o vírus. A epidemia concentra-se na Guiné Conacri, Libera e Serra Leoa — é nestes dois últimos países que se encontram cerca de 60% dos doentes — mas novos casos foram identificados noutros países da região. A grande preocupação agora tem a ver com a possível propagação do vírus à Nigéria, o país mais populoso do continente africano e onde já foram confirmadas sete infecções. As últimas vitimas do vírus foram uma enfermeira da Nigéria, um empresário da Arábia Saudita. Um padre espanhol de 75 anos, que se encontrava em missão na Libéria, onde contraiu o vírus, foi já repatriado para Madrid, juntamente com uma freira que não deverá estar infectada. O padre Miguel Pajares está num estado extremamente debilitado mas os médicos do hospital Carlos III já terão conseguido estabilizá-lo e estancar as hemorragias. O contágio com ébola é feito através do contacto directo com fluidos e secreções corporais de pessoas doentes — o vírus provoca uma febre hemorrágica que leva à falência dos órgãos. Até agora, nenhum tratamento ou cura foi cientificamente testada: uma droga experimental e que não foi ainda submetida a ensaios clínicos, foi usada a título excepcional em dois profissionais médicos norte-americanos que foram infectados com o vírus na Libéria. Os pacientes exibiram melhorias no seu estado, mas o recurso à droga tem levantado controvérsia a nível internacional. Vários países, nomeadamente a Nigéria, solicitaram que a terapia inovadora fosse disponibilizada, mas como esclareceu o Centro para o Controlo de doenças dos Estados Unidos, isso não vai acontecer. “O produto ainda está em fase experimental, e o fabricante já disse que só existe uma quantidade muito reduzida, que não pode ser vendida”, lia-se num comunicado daquele organismo. A Organização Mundial de Saúde reuniu em sessão extraordinária, e deverá decidir esta sexta-feira pela declaração de uma crise de saúde pública e emergência médica internacional. As medidas de emergência tomadas pela Libéria foram justificadas pela Presidente Ellen Johnson Sirleaf como precauções fundamentais para a “protecção das populações e a sobrevivência do Estado”. “A escala e abrangência da epidemia, bem como a virulência e mortalidade do vírus, excedem a capacidade e a responsabilidade dos diversos ministérios e agências governamentais”, reconheceu. Durante o prazo estabelecido, as escolas e os serviços públicos que não sejam considerados vitais permaneceram encerrados, e as movimentações serão condicionadas no país, sobretudo nas províncias mais afectadas pela epidemia. Segundo as agências internacionais, muitas famílias estão a esconder doentes, enquanto outros estarão a ser abandonados em estradas, fora das localidades. “Infelizmente, a ignorância, pobreza e as práticas culturais e religiosas tradicionais continuam a exacerbar a propagação da doença”, lamentou Ellen Johnson Sirleaf.
REFERÊNCIAS:
Étnia Africano
Nigéria adia legislativas devido a problemas de organização
As legislativas previstas para hoje na Nigéria só vão realizar-se na segunda-feira, anunciou a comissão eleitoral que alega problemas de organização para justificar o adiamento. (...)

Nigéria adia legislativas devido a problemas de organização
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 10 | Sentimento -0.12
DATA: 2011-04-02 | Jornal Público
SUMÁRIO: As legislativas previstas para hoje na Nigéria só vão realizar-se na segunda-feira, anunciou a comissão eleitoral que alega problemas de organização para justificar o adiamento.
TEXTO: “A fim de preservar a integridade das eleições e garantir um controlo geral efectivo do processo, a comissão tomou uma decisão difícil mas necessária de adiar para 4 de Abril as eleições para a Assembleia Nacional”, anunciou o porta-voz daquele organismo. O anúncio foi feito várias horas depois da hora prevista para a abertura das urnas (08h00 em Lisboa) e quando grandes filas de eleitores esperavam para votar. Segundo fontes governamentais, o adiamento estará relacionado com erros nos boletins de voto para o Senado, não sendo ainda claro como o problema será resolvido até segunda-feiraA eleição dos 360 membros da Câmara dos Representantes e dos 109 senadores é a primeira de um ciclo de votações que é visto como um teste à democracia nigeriana, manchada no passado por episódios de violência e fraude. A eleição mais importante deste ciclo está agendada para o próximo sábado, quando o país mais populoso de África vai decidir se mantém no poder o actual Presidente, Goodluck Jonathan, cujo partido venceu todas as eleições desde o restabelecimento da democracia, em 1999. O seu principal adversário é Muhammadu Buhari, um muçulmano do Norte e antigo chefe militar do país.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave violência
Nigéria fortemente dividida entre o Norte muçulmano e Sul cristão
Os resultados parciais das eleições presidenciais de sábado na Nigéria mostram uma clara divisão entre o Norte muçulmano, que votou em Muhammadu Buhari, e o Sul cristão, apoiante do Presidente incumbente Goodluck Jonathan. (...)

Nigéria fortemente dividida entre o Norte muçulmano e Sul cristão
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 10 | Sentimento 0.216
DATA: 2011-04-17 | Jornal Público
SUMÁRIO: Os resultados parciais das eleições presidenciais de sábado na Nigéria mostram uma clara divisão entre o Norte muçulmano, que votou em Muhammadu Buhari, e o Sul cristão, apoiante do Presidente incumbente Goodluck Jonathan.
TEXTO: É provável que devido à proximidade de resultados Jonathan, apontado apesar de tudo como à frente na contagem, venha a disputar uma segunda volta com Buhari. Contados oito estados, incluindo Abuja, a capital, e Lagos, a principal cidade do país, os resultados parciais davam a Jonathan uma liderança, com seis milhões de votos, e Buhari com dois milhões, avançou a Reuters. Mas seis destes estados estão no Sul, mais favorável a Jonathan. Os resultados completos dos 36 estados nigerianos poderão levar ao todo 48 horas a apurar. Mas Buhari, que entre 1984 e 1985 governou o país com mão-de-ferro numa ditadura militar e que pela terceira vez está a tentar chegar à presidência, estava a conseguir bons resultados no Norte, segundo a imprensa local com base nas primeiras contagens. Estas foram as primeiras presidenciais desde 1999 consideradas livres e transparentes e a afluência às urnas foi mais elevada do que o costume. “Há uma boa e uma má notícia nestas presidenciais. A boa é que contamos votos reais e que as pessoas estão interessadas. A má é que o país está gravemente dividido entre o Norte e o Sul”, comentou à AFP Chidi Odinkalu, da ONG Open Society Justice Initiative.
REFERÊNCIAS:
Cidades Lagos Abuja
Motins na Nigéria após divulgação de resultados das presidenciais
A confirmação da vitória do Presidente em exercício Goodluck Jonathan nas eleições presidenciais da Nigéria originou uma onda de violência no Norte do país, com várias cidades a serem atacadas por grupos de jovens apoiantes do seu adversário Muhammadu Buhari, que queimaram pneus e saquearam casas, lojas e igrejas em protesto contra os resultados. (...)

Motins na Nigéria após divulgação de resultados das presidenciais
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 10 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-04-19 | Jornal Público
SUMÁRIO: A confirmação da vitória do Presidente em exercício Goodluck Jonathan nas eleições presidenciais da Nigéria originou uma onda de violência no Norte do país, com várias cidades a serem atacadas por grupos de jovens apoiantes do seu adversário Muhammadu Buhari, que queimaram pneus e saquearam casas, lojas e igrejas em protesto contra os resultados.
TEXTO: A vantagem do Presidente em exercício, Goodluck Jonathan, um zoólogo que assumiu o cargo no ano passado depois da morte do Presidente Umaru Yar’Adua, sobre o rival Buhari já ultrapassava os 10 milhões de votos na contagem preliminar realizada no domingo. O resultado oficial deu-lhe 57 por cento do total dos votos, garantindo-lhe a vitória logo à primeira volta. A violência começou mal a imprensa noticiou a vitória de Jonathan. “A situação degenerou muito rapidamente. Estamos a falar da total ausência de lei e ordem em vários pontos do país”, lamentou o líder do Conselho Supremo da Sharia, Nafiu Baba-Ahmed, ao The Wall Street Journal. Na cidade de Kano, largas centenas de jovens, armados com facas e paus, marcharam pelas ruas, semeando violência e atacando qualquer símbolo da candidatura de Jonathan ou do seu Partido Democrático Popular (PDP). Em Kaduna, outra grande cidade do Norte do país, os motins atingiram as casas dos membros do PDP, igrejas e mesquitas, a sede da comissão eleitoral, uma esquadra da polícia e uma prisão. Os edifícios foram incendiados por apoiantes que gritavam “Só Buhari”. A partir de Suleja, no estado do Niger, um dirigente do Congresso dos Direitos Humanos dizia à CNN que a situação era de “pandemónio”, com fogueiras e tiros na rua, e pessoas mortas e feridas. Tal como os seus apoiantes, também Buhari se recusou aceitar o desfecho da votação e a conceder a derrota até que os resultados fossem oficializados pela comissão eleitoral. “Perante as irregularidades que detectámos na contagem dos votos, não consideramos os resultados anunciados até agora credíveis”, disse à Reuters o seu porta-voz, Yinka Odumakin, deixando no ar suspeitas de manipulação baseado nas votações acima de 90 por cento atribuídas ao candidato rival em vários estados.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave direitos morte lei humanos violência prisão
Como ajudar a Somália?
A pior seca dos últimos 60 anos está a deixar em risco cerca de 12 milhões de pessoas no Corno de África. Na Somália, mais de 3000 pessoas atravessam todos os dias a fronteira para a Etiópia ou o Quénia, em busca de ajuda. As Nações Unidas declararam formalmente a existência de fome em duas regiões do Sul do país. É uma corrida contra o tempo, a mais grave tragédia humanitária no mundo, garante o Alto Comissariado da ONU para os refugiados. Várias organizações lançaram campanhas, em todo o mundo. Eis como pode ajudar: (...)

Como ajudar a Somália?
MINORIA(S): Refugiados Pontuação: 9 Africanos Pontuação: 12 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-07-21 | Jornal Público
URL: https://arquivo.pt/wayback/20110721150803/http://www.publico.pt/Mundo/como-ajudar-a-somalia_1503980
SUMÁRIO: A pior seca dos últimos 60 anos está a deixar em risco cerca de 12 milhões de pessoas no Corno de África. Na Somália, mais de 3000 pessoas atravessam todos os dias a fronteira para a Etiópia ou o Quénia, em busca de ajuda. As Nações Unidas declararam formalmente a existência de fome em duas regiões do Sul do país. É uma corrida contra o tempo, a mais grave tragédia humanitária no mundo, garante o Alto Comissariado da ONU para os refugiados. Várias organizações lançaram campanhas, em todo o mundo. Eis como pode ajudar:
TEXTO: - A Unicef em Portugal (www. unicef. pt) está a recolher fundos, os donativos podem ser feitos no site ou nas caixas multibanco. Selecciona-se “Transferências”, depois “Ser solidário” e finalmente “Unicef”. Para efeitos fiscais, escolhe-se depois a opção “Factura” e introduz-se o número de contribuinte. Também podem ser enviados cheques para a morada Comité Português para a UNICEF, Av. António Augusto de Aguiar, 21 - 3º Esquerdo 1069-115 Lisboa. Também é possível contribuir por telefone, através do número 760 501 501, chamada de valor acrescentado que custa 60 cêntimos. Ou fazer depósitos para a conta no banco Millenium BCP (NIB 0033 0000 5013 1901 2290 5)- O Comité Internacional da Cruz Vermelha também tem uma página na Internet dedicada à Somália onde se podem efectuar donativos (http://www. icrc. org/eng/where-we-work/africa/somalia/index. jsp)- O Alto Comissariado das Nações Unidas para os refugiados lançou, também na Internet, uma campanha para ajudar a Somália, à qual se pode aceder em http://www. unhcr. org/emergency/somalia/- O Programa Alimentar Mundial está a efectuar recolha de donativos para ajudar as vítimas da seca no Corno de África em http://www. wfp. org/crisis/horn-of-africa- A Oxfam (http://www. oxfam. org/eastafrica) também está a aceitar donativos para as vítimas da fome. - A Care lançou a sua campanha na página http://www. care. org/index. asp- Os Médicos sem Fronteiras recolhem também donativos em https://www. doctorswithoutborders. org/donate/
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave fome
Kaurismäki mais Kaurismäki não há
O cineasta finlandês não mudou nada no seu cinema para falar dos refugiados em The Other Side of Hope — e mais do que uma conferência de imprensa, deu uma masterclass de cidadania e comédia stand-up. (...)

Kaurismäki mais Kaurismäki não há
MINORIA(S): Refugiados Pontuação: 9 | Sentimento 0.5
DATA: 2017-02-15 | Jornal Público
SUMÁRIO: O cineasta finlandês não mudou nada no seu cinema para falar dos refugiados em The Other Side of Hope — e mais do que uma conferência de imprensa, deu uma masterclass de cidadania e comédia stand-up.
TEXTO: “Eu queria mudar o mundo, mas as minhas capacidades políticas não são suficientemente boas”, diz Aki Kaurismäki à imprensa reunida no salão de conferências do Hyatt. “Por isso acho melhor começar por mudar a Europa. Primeiro mudamos a Europa, depois mudamos a Ásia. ”É a primeira vez que Aki Kaurismäki está a concurso em Berlim — depois de nove passagens no Fórum — e percebe-se porquê: se o certame alemão é o “festival do tema” e se há um ano deu o seu Urso de Ouro a um documentário sobre a crise dos refugiados, Fogo no Mar de Gianfranco Rosi, o realizador finlandês cai que nem ginjas nessa postura política com o novo The Other Side of Hope. História de um sírio que fugiu de Aleppo, procura asilo em Helsínquia e dá por si a trabalhar num restaurante nas lonas dirigido por um antigo vendedor de camisas, The Other Side of Hope é perfeito para Berlim, mas lá por ter feito um filme “do seu momento”, deste momento específico em que é feito, não pensem por um segundo que Kaurismäki mudou um milímetro que seja no seu cinema. A depuração rígida dos planos e da encenação, o rock’n’roll finlandês, o humor seco da solidariedade proletária, o humanismo esparso e tocante, desenhado com três linhas e já está, os acasos cruéis do destino que troca as voltas, a dedicatória final ao falecido mestre da escrita e da história do cinema Peter von Bagh; Kaurismäki mais Kaurismäki não há. (E é, aliás, o único filme da competição este ano a ser projectado em película de 35mm. )Ao melodrama enxuto e sóbrio de Khaled, o estranho a tentar sobreviver numa terra estranha, contado com aquela redução ao essencial de que o finlandês é capaz, contrapõe-se a comédia em câmara lenta das tentativas de Wikström, o ex-caixeiro-viajante, de dar a volta por cima à Caneca Dourada, o bar-restaurante nas lonas que comprou por tuta e meia (com empregados incluídos). (“Uma boa escolha”, aconselha uma cliente. “As pessoas bebem muito quando os tempos vão mal e ainda bebem mais quando os tempos vão bem. ”)Os contrastes tocam-se, iluminam-se mutuamente, o filme ganha uma ressonância contemporânea, uma urgência temática; é o segundo filme da planeada trilogia portuária iniciada com Le Havre (2011), mas, por favor, não lhe chamem “trilogia portuária”, porque o realizador diz que “agora passou a ser uma trilogia dos refugiados” e espera “que o próximo filme seja uma comédia feliz”. (Já agora: é uma trilogia porque “sou tão preguiçoso que tenho sempre de fazer uma trilogia para fazer qualquer coisa em vez de ficar em casa a cortar madeira”, diz o realizador. )Stand-up desaceleradaNão é surpresa para quem gosta de Kaurismäki e acompanha o seu cinema que a conferência de imprensa se tenha tornado uma espécie de performance de comédia stand-up desacelerada. Há uma interpretação musical a capella de Sakari Kuosmanen, perguntas que liminarmente não são respondidas (“Pode falar-nos um pouco da banda sonora?” “É muito normal: algum silêncio, diálogos, canções e o som constante do vento”) com a desculpa da surdez conseguida ao rodar, em 1981, um documentário de rock’n’roll. Vir aqui à espera de um statement artístico é mentira; quando uma jornalista pergunta sobre a procura de identidades num filme onde toda a gente se procura reinventar para encontrar a paz, Kaurismäki pura e simplesmente não responde, apenas diz: “Vou continuar a resposta à pergunta anterior, porque é isso que se faz nestas ocasiões. ”Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. Mas há também, e isso é visível no modo como adopta um tom sério para falar de coisas sérias, um reflexo da vontade que Kaurismäki teve de falar para o seu tempo e de levar as pessoas a compreender o que está em jogo. “Somos um país de cinco milhões de pessoas e, quando vieram 30 mil refugiados, os finlandeses acharam que íamos ter uma guerra como tivemos com a Rússia”, diz. “Eles acharam que os refugiados iam roubar tudo — o carro novo ou, senão o carro novo, pelo menos a escova para lavar o carro novo ou o balde de água. Não gostei de ver essa intolerância nos meus compatriotas. Jean Renoir disse que A Grande Ilusão foi a sua tentativa de evitar a Segunda Guerra Mundial, e não o conseguiu. O cinema não tem esse tipo de poder. Mas espero conseguir convencer as três pessoas que forem ver este filme de que hoje o refugiado é ele e amanhã podemos ser nós. ” Enquanto fala, aponta para Sherwan Haji, o actor sírio que interpreta Khaled, alguém que já conhecia o cinema de Aki antes de ir para a Finlândia e que o realizador diz ter sido “um golpe de sorte”. Kaurismäki pode dizer, e diz: “Nunca quis dizer nada na minha vida. ” Mas isso não o impede de tomar posição quando acha que o deve fazer. “Não temos, no último século, tomado conta da nossa cultura humanista. Temos um tipo de organização democrática que se vai desfazer em dez anos porque não somos boas pessoas. A nossa cultura resume-se a um milímetro de poeira sobre os nossos ombros. Há 50 anos tínhamos 60 milhões de refugiados na Europa; então ajudámo-los, hoje vemo-nos como inimigos. Se não formos capazes de ver isso e de sermos humanos, então não devíamos sequer existir, não merecemos existir. ”E remata com um elogio a Angela Merkel: “Respeito a senhora Merkel porque parece ser a única política interessada no problema. Todos os outros se limitam a fazer joguinhos. ” Faz uma pausa. “Isto não é uma declaração política. ” Não precisa. Basta fazer os seus filmes. Quem sabe, até lhe dão o Urso de Ouro por The Other Side of Hope.
REFERÊNCIAS:
Dois homens acusados por auxílio ao atirador de Copenhaga
Imprensa dinamarquesa adianta que atacante era filho de refugiados palestinianos e que na prisão terá manifestado vontade de ir combater na Síria (...)

Dois homens acusados por auxílio ao atirador de Copenhaga
MINORIA(S): Refugiados Pontuação: 9 | Sentimento 0.0
DATA: 2015-04-29 | Jornal Público
URL: https://arquivo.pt/wayback/20150429092254/http://www.publico.pt/1686261
SUMÁRIO: Imprensa dinamarquesa adianta que atacante era filho de refugiados palestinianos e que na prisão terá manifestado vontade de ir combater na Síria
TEXTO: Dois homens detidos domingo em Copenhaga foram acusados de auxiliar o atirador que na véspera atacou, com escassas horas de diferença, um café onde decorria um debate sobre liberdade de expressão e uma sinagoga – acções que fizeram dois mortos e que geraram nova onda de choque numa Europa ainda a digerir os atentados de Paris. Tal como no caso do atirador, morto domingo de manhã quando foi confrontado pela polícia, a polícia dinamarquesa invoca o segredo de justiça para não revelar a identidade dos detidos, presentes nesta segunda-feira a um juiz, que ordenou a sua detenção por um período inicial de 10 dias, adianta a Reuters. Ouvido pela AFP, o advogado de um deles revelou que “não estão acusados de terrorismo, mas de cumplicidade”, sob suspeita de terem ajudado o atirador a fazer desaparecer uma arma e a encontrar um esconderijo. Em tribunal declararam-se ambos inocentes, adiantou Michael Juul Eriksen. A polícia revela que os suspeitos foram detidos no domingo, mas não é claro se são os mesmos que foram vistos a sair algemados de um cibercafé em Norrebro, o mesmo bairro popular onde residia o atirador. O jornal Ekstra Bladet adianta que ambos, na casa dos 20 anos, são de origem estrangeira. As duas detenções, adianta a Reuters, poderão indiciar que este não foi um ataque de um “lobo solitário”, mas uma acção desencadeada com o apoio de um grupo organizado. No entanto, o ministro dos Negócios Estrangeiros dinamarquês, Martin Lidegaard, disse à BBC não existir qualquer indício do envolvimento de grupos jihadistas estrangeiros nos ataques de sábado. “Não estamos a falar de um combatente que tenha estado na Síria ou no Iraque. Estamos a falar de um homem que era conhecido da polícia por ligações a gangs, a actividades criminosas dentro da Dinamarca”. E apesar do sigilo das autoridades, vão-se conhecendo aos poucos pormenores sobre o dinamarquês de 22 anos, identificado pela imprensa como Omar El-Hussein – um nome que a polícia não desmentiu. Segundo o jornal Politiken, o jovem é filho de um casal de palestinianos que chegou à Dinamarca vindo de um campo de refugiados na Jordânia. Omar nasceu já na Dinamarca e, segundo o director do último colégio que frequentou antes de ter sido detido, em Janeiro do ano passado, “era um aluno dotado e talentoso”. Julie, nome fictício de uma colega ouvida pela AFP, recordou o dia em que ele a socorreu depois de ter sido atropelada. “Ele correu na minha direcção e ajudou-me a regressar à escola”, contou, lembrando Omar como alguém “gentil e muito inteligente”, mas que por vezes exibia “um comportamento bastante agressivo”. Seria, segundo várias fontes, membro do gang La Raza, conhecido pela sua adesão ao radicalismo islâmico, mas teria também ligações a outro grupo que recrutava entre os jovens de ascendência árabe de Norrebro. Em Novembro de 2013, três dias depois de auxiliar Julie, esfaqueou um jovem de 19 anos na estação de comboios do bairro – foi detido dois meses mais tarde e condenado, em Dezembro último, a dois anos de prisão, tendo sido libertado no final de Janeiro por já ter cumprido metade da pena. Foi da prisão que acompanhou as notícias sobre os ataques à redacção do jornal satírico Charlie Hebdo e a um supermercado kosher de Paris, – acções que, acreditam as autoridades dinamarquesas, lhe terão servido de inspiração. O jornal Berlingske adianta que foi também na prisão que terá, pela primeira vez, manifestado a intenção de ir combater para a Síria, o que o colocou na lista de pessoas sob vigilância dos serviços secretos. Um outro antigo colega de escola descreve-o como muçulmano praticante, que “adorava discutir sobre o conflito israelo-palestiniano”. “Não tinha medo de dizer que detestava os judeus”, afirmou ao jornal Ekstra Bladet, apesar de assegurar que nada no seu comportamento indiciava que um dia atacaria civis inocentes.
REFERÊNCIAS:
Afegã da capa da National Geographic falsificou documentos no Paquistão
Sharbat Gula é apenas uma em quase três milhões de refugiados afegãos que vivem no país: com Islamabad a tentar expulsar todos os que pode, cada vez mais usam subornos e documentação falsificada para obter o cartão de identidade. (...)

Afegã da capa da National Geographic falsificou documentos no Paquistão
MINORIA(S): Refugiados Pontuação: 9 | Sentimento 0.0
DATA: 2015-04-30 | Jornal Público
SUMÁRIO: Sharbat Gula é apenas uma em quase três milhões de refugiados afegãos que vivem no país: com Islamabad a tentar expulsar todos os que pode, cada vez mais usam subornos e documentação falsificada para obter o cartão de identidade.
TEXTO: Imortalizada há mais de 30 anos, quando a fotografia que Steve McCurry lhe tirou foi capa da revista National Geographic, Sharbat Gula voltou esta semana a ser notícia, acusada pelas autoridades paquistanesas de ter obtido documentos de identificação de forma fraudulenta. A jovem de olhos verdes-claros surge agora envelhecida, numa foto tipo passe do seu cartão de identidade nacional, um documento fundamental para trabalhar, comprar propriedade ou abrir uma conta, mas que não está disponível para quem não nasceu no Paquistão. Sharbat Gula é apenas uma em quase três milhões de refugiados afegãos que vivem no país: com Islamabad a tentar expulsar todos os afegãos que pode, cada vez mais refugiados usam subornos e documentação falsificada para obter este cartão de identidade. O nome, a fotografia, a data de nascimento, 1969, o nome do marido e o número de filhos, tudo está correcto no pedido entregue pela afegã, hoje com mais de 40 anos. A única mentira é o lugar de nascimento, que a refugiada diz ser o bairro de Nauthia Qadeem, em Peshawar, a cidade do Noroeste onde vivem 1, 6 milhões dos refugiados afegãos registados. Faik Ali Chachar, porta-voz da Autoridade Nacional de Registos, citado pelo Guardian e pela AFP, diz que o cartão de Gula foi detectado como falso e bloqueado em Agosto. Quatro responsáveis foram suspensos por causa do seu suspeito envolvimento, mas ainda decorre uma investigação. Gula terá conseguido o seu cartão falso em conjunto com um grupo de refugiados — as autoridades identificaram mais de 22 mil bilhetes de identidade emitidos ilegalmente e nas mãos de afegãos. As primeiras vagas de refugiados afegãos chegaram ao Paquistão logo em 1979, quando a União Soviética invadiu o Afeganistão, e a tendência só cresceu com a retirada das tropas russas, em 1989, à medida que a guerra civil no país se deteriorava. Há várias gerações de afegãos que nunca conheceram o seu país. Nos últimos anos, desde o derrube dos taliban, no fim de 2001, muitos regressaram ao seu país. Mas muitos permaneceram, apesar das tentativas do Paquistão para se ver livre deles. Os líderes paquistaneses já ameaçaram cancelar o estatuto de refugiados aos afegãos e destruíram bairros de lata ocupados por refugiados em Islamabad. Estas atitudes intensificaram-se depois dos atentados dos taliban contra uma escola, onde foram mortos mais de 130 alunos, em Dezembro. Nas semanas seguintes, a Organização Internacional das Migrações contabilizou 33 mil afegãos sem documentos que atravessam a fronteira, denunciando terem sido espancados pela polícia e expulsos das suas casas.
REFERÊNCIAS:
Partidos LIVRE
O pesadelo de Yarmouk caiu para os “níveis mais baixos da desumanidade”
A ONU exige a entrada de missões humanitárias em Yarmouk, que caiu na semana passada para o controlo do autoproclamado Estado Islâmico. Sem comida ou água potável, o campo de refugiados palestinianos está cada vez mais isolado. (...)

O pesadelo de Yarmouk caiu para os “níveis mais baixos da desumanidade”
MINORIA(S): Refugiados Pontuação: 9 | Sentimento 0.0
DATA: 2015-05-01 | Jornal Público
SUMÁRIO: A ONU exige a entrada de missões humanitárias em Yarmouk, que caiu na semana passada para o controlo do autoproclamado Estado Islâmico. Sem comida ou água potável, o campo de refugiados palestinianos está cada vez mais isolado.
TEXTO: Desde que, há uma semana, o autoproclamado Estado Islâmico invadiu Yarmouk e se colocou a apenas seis quilómetros do centro de Damasco que a situação da população palestiniana no campo de refugiados se tornou “mais desesperada do que nunca”. A ONU não sabe ao certo qual é a área do território actualmente sob o controlo dos jihadistas, nem quantos grupos armados combatem nas ruas, mas sabe que há milhares de palestinianos presos em suas casas a morrerem à fome e sem acesso a água potável ou medicamentos. O Conselho de Segurança da ONU exigiu nesta terça-feira que fosse concedida a entrada de missões humanitárias em Yarmouk “para a protecção de civis” e que se conceda “passagem segura para a retirada [dos habitantes]”. Foi a resposta à reunião de emergência de segunda-feira com Pierre Krähenbühl, o comissário-geral da Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinianos (UNRWA), que afirma que se vive em Yarmouk “uma situação completamente catastrófica em termos humanos”. Yarmouk está severamente cercado há quase dois anos pelo exército de Bashar al-Assad. Desde então que a única entrada de alimentos e água tem sido feita através das missões da ONU na localidade, intermitentes e sem capacidade para responder às necessidades dos cerca de 18 mil palestinianos, entre os quais 3500 crianças. Agora, com a entrada em cena do Estado Islâmico e a escalada nos combates e bombardeamentos, tornou-se impossível levar ajuda à população no campo. “É simplesmente demasiado perigoso entrar em Yarmouk”, disse na segunda-feira Krähenbühl numa conferência de imprensa. Antes da guerra, Yarmouk era uma das zonas mais populosas de Damasco, onde chegaram a viver cerca de 170 mil refugiados palestinianos. Dezenas de milhares fugiram à medida que o conflito evoluiu e que a zona se tornou numa das mais importantes frentes de combate entre o regime sírio e os grupos de oposição, onde se incluem os islamistas da Frente al-Nusra, a filial síria da Al-Qaeda e, agora, o autoproclamado Estado Islâmico. Não se conhece ao certo o número de palestinianos que neste momento ainda se encontram em Yarmouk. De acordo com a agência de notícias síria, 2000 pessoas conseguiram fugir do campo desde que o EI entrou pelo flanco sul. A ONU não confirma este número e limita-se a dizer que poucas centenas conseguiram sair do campo ao longo dos últimos dias, estando o número oficial de residentes ainda perto dos 18 mil. A população de Yarmouk tem sobrevivido com uma média de 400 calorias por dia, menos de um quarto do que é recomendado pela Organização Mundial de Saúde, afirmou Pierre Krähenbühl. Desde que se iniciou o cerco a Yarmouk que já morreram pelo menos 200 palestinianos à fome. E esta é uma situação que vai piorar, agora que o autoproclamado Estado Islâmico se apoderou de grande parte do terreno – 90%, de acordo com os relatos que surgem do campo – e que a assistência humanitária está impedida de entrar no campo. Al-Nusra e Estado IslâmicoNunca o EI esteve tão perto de Damasco. De acordo com o Observatório Sírio para os Direitos Humanos, com sede em Londres, o Governo sírio respondeu à entrada dos jihadistas com dezenas de bombas-barris, que explodem com estilhaços e munições no interior. Até ao momento, diz o Observatório, já caíram 25 destas bombas no campo de Yarmouk. Por causa da escalada nos conflitos, os refugiados palestinianos estão praticamente isolados em casa, como explicou na segunda-feira Christopher Gunness, da UNRWA. “A situação em Yarmouk desceu aos mais baixos níveis da desumanidade”, disse ao New York Times. A surpreendente chegada do EI aos arredores de Damasco obrigou Bashar al-Assad a fortificar as suas posições militares em torno da capital e deixou ao Governo sírio um novo cenário a equacionar: a possível aliança da Frente al-Nusra, aliados da Al-Qaeda, e dos jihadistas do autoproclamado Estado Islâmico. Os dois grupos islamistas sempre se opuseram desde o início do conflito sírio. Os relatos que surgem do terreno avançam que os dois grupos têm combatido em conjunto contra os rebeldes em Yarmouk. O Governo sírio diz que foi a filial da Al-Qaeda quem facilitou a entrada do Estado Islâmico em Yarmouk, na tentativa de sabotar um eventual processo de cessar-fogo com algumas milícias armadas em troca do levantamento parcial do cerco ao campo. Mas a al-Nusra nega uma aliança com o EI e afirma que mantém a sua postura de "neutralidade" face aos confrontos no campo de refugiados palestinianos. Algo que as imagens publicadas pelo grupo armado nas redes sociais parecem desmentir, como avança o jornal The Guardian.
REFERÊNCIAS:
Entidades ONU
Comité de Solidariedade da Palestina contra participação israelita no Festival de Almada
"Uma atitude de censura abriria uma imprevisível caixa de Pandora", argumenta o festival: "Que países seriam boicotáveis em seguida? Os Estados Unidos da América, por aplicarem a pena de morte? A China, por não ser uma democracia? A Hungria e a Polónia, por não acolherem refugiados?" (...)

Comité de Solidariedade da Palestina contra participação israelita no Festival de Almada
MINORIA(S): Refugiados Pontuação: 9 | Sentimento 0.0
DATA: 2017-09-24 | Jornal Público
SUMÁRIO: "Uma atitude de censura abriria uma imprevisível caixa de Pandora", argumenta o festival: "Que países seriam boicotáveis em seguida? Os Estados Unidos da América, por aplicarem a pena de morte? A China, por não ser uma democracia? A Hungria e a Polónia, por não acolherem refugiados?"
TEXTO: O Comité de Solidariedade com a Palestina vai manifestar-se esta quarta-feira contra um espectáculo da companhia israelita Kamea Dance Company – que diz ser "instrumentalizada" pelo Estado de Israel para branquear a ocupação da Palestina – na 34. ª edição do Festival de Almada. Neverland, com coreografia de Tamir Ginz, apresenta-se esta quarta-feira, às 22h, no Palco Grande da Escola D. António da Costa. A Companhia de Teatro de Almada não cancelou o espectáculo e defende que a eventual exclusão da Kamea Dance Company iria abrir uma "imprevisível caixa de Pandora", que poderia levar à proibição de participação de companhias de teatro de muitos outros países. "Não dances com o apartheid israelita, cancela o espectáculo do Kamea Dance Company" foi o slogan escolhido pelo Comité de Solidariedade com a Palestina para esta acção de protesto, face à posição da Companhia de Teatro de Almada, que organiza o festival. Em curso desde 4 de Julho em 15 palcos de Almada e Lisboa, a 34. ª edição do festival termina no próximo dia 18. Segundo Ziyaad Yousef, do Comité de Solidariedade com a Palestina, o protesto terá lugar a partir das 21h junto à Escola D. António da Costa. "Não é um protesto contra a presença da companhia israelita enquanto tal, mas por se tratar de uma companhia apoiada pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros de Israel, no âmbito de uma campanha de marketing – Brand Israel", disse à agência Lusa Ziyaad Yousef. "Esta campanha de marketing tem por objectivo enviar embaixadores culturais à volta do mundo para branquear as políticas de ocupação e colonização do estado hebraico", acrescentou, defendendo que a Kamea Dance Company não deveria poder actuar no Festival de Almada. O Comité de Solidariedade ainda apelou à Câmara Municipal de Almada, enquanto principal patrocinadora do festival, para que tomasse uma posição pública sobre a presença da Kamea Dance Company e pediu à Companhia de Teatro de Almada, que organiza o festival, para que o espectáculo fosse cancelado. Nenhuma das pretensões foi atendida. Segundo fonte do Gabinete da Presidência da Câmara de Almada, a autarquia está "solidária com a luta do povo da Palestina e condena a construção de muros em Israel, mas não interfere na programação do festival de teatro". Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. Contactada pela agência Lusa, a Companhia de Teatro de Almada considera inapropriado boicotar um artista pela sua nacionalidade e defende que eventos como o Festival de Almada constituem "espaços de criação, fruição e pensamento". Em nota de imprensa enviada à agência Lusa, a Companhia de Teatro de Almada refere ainda que "uma atitude de censura, num evento como o Festival de Almada, abriria uma imprevisível caixa de Pandora": "Que países seriam boicotáveis em seguida? Os Estados Unidos da América, por aplicarem a pena de morte? A China, por não ser uma democracia? A Hungria e a Polónia, por não acolherem refugiados?", questionam os responsáveis do Teatro de Almada. "Eventos como o Festival de Almada – que se inscreve na tradição dos festivais de arte europeus nascidos nos pós Segunda Guerra Mundial não podem estar sujeitos à manipulação política", conclui o documento, que nada diz sobre os argumentos invocados pelo Comité de Solidariedade para a Palestina.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave morte guerra escola exclusão