Aumento de 3,9 por cento do preço do gás entra hoje em vigor
O preço do gás natural aumenta hoje 3,9 por cento para os consumidores domésticos, com a entrada em vigor da nova tarifa anunciada pela ERSE, e que vai vigorar até 30 de Junho do próximo ano. (...)

Aumento de 3,9 por cento do preço do gás entra hoje em vigor
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-07-01 | Jornal Público
SUMÁRIO: O preço do gás natural aumenta hoje 3,9 por cento para os consumidores domésticos, com a entrada em vigor da nova tarifa anunciada pela ERSE, e que vai vigorar até 30 de Junho do próximo ano.
TEXTO: Esta tarifa abrange todos os consumos abaixo dos dez mil metros cúbicos por ano, pois acima desta quantidade o fornecimento é geralmente garantido em regime de mercado. A ERSE (Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos) justificou esta decisão sobretudo com os “custos de aprovisionamento de energia e os custos da utilização das infra-estruturas reguladas”, que respeitam ao terminal de GNL, ao armazenamento subterrâneo e à rede de transporte e redes de distribuição. Por seu lado, os custos de aprovisionamento de gás natural reflectem, entre outros factores, a evolução do preço do petróleo, com um diferimento temporal de seis meses, explica-se no comunicado em que o aumento foi anunciado, de meio do mês passado. A evolução do preço do petróleo é importante para o preço do gás natural em Portugal, pois este depende de quatro contratos de longa duração (alguns deles superiores a dez anos) com a Argélia e a Nigéria, indexados ao preço do petróleo, que está em alta nos últimos 12 meses. No parecer que deu sobre as propostas iniciais da ERSE para o período, o seu Conselho Tarifário pediu que fossem reformuladas, tendo manifestado preocupação com o impacto que este aumento, a par da previsível subida do IVA sobre o gás para a taxa intermédia ou a taxa máxima, a partir de Janeiro (como previsto no acordo de resgate financeiro com a troika), poderá ter sobre o poder de compra das famílias e sobre a inflação. Estas taxas de IVA estão agora em 13 e 23 por cento, mas é provável que haja uma subida. O Conselho Tarifário defendeu também a convergência de tarifas, de modo a que os consumidores paguem o mesmo independentemente da sua localização geográfica, o que ainda não está plenamente alcançado.
REFERÊNCIAS:
Entidades TROIKA ERSE
Presidente guineense acusa políticos de implicação no assassínio de Nino Vieira
O Presidente da República da Guiné-Bissau, Malam Bacai Sanhá, aumentou hoje ainda mais o clima de suspeições que se vive no seu país ao afirmar, sem dar nomes, que há "personalidades políticas implicadas" no assassínio do seu antecessor Nino Vieira. (...)

Presidente guineense acusa políticos de implicação no assassínio de Nino Vieira
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-06-01 | Jornal Público
SUMÁRIO: O Presidente da República da Guiné-Bissau, Malam Bacai Sanhá, aumentou hoje ainda mais o clima de suspeições que se vive no seu país ao afirmar, sem dar nomes, que há "personalidades políticas implicadas" no assassínio do seu antecessor Nino Vieira.
TEXTO: Aproveitando a presença em Nice, para a XXV Cimeira França-África, Sanhá disse à revista semanal "Jeune Afrique" que, dentro de semanas, a comissão de inquérito aos assassínios de Nino Vieira e do general Tagma Na Waie, então Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, irá apresentar as suas conclusões preliminares, que colocam em xeque alguns políticos. Aqueles crimes verificaram-se em Março do ano passado ; e nessa altura entendeu-se que alguns militares tinham morto Nino para vingar Tagma Na Waie, assassinado horas antes, mas entretanto muitas outras suspeitas e versões têm surgido, sem que oficialmente nada seja esclarecido. Dias depois, o "Diplomatic Courier", de Washington, escrevia que tanto o Chefe do Estado-Maior General como o Presidente Vieira estavam implicados no narcotráfico, podendo a bomba que matou o general ter sido levada para Bissau por narcotraficantes da Tailândia, em eventual conluio com cartéis latino-americanos. Já em Julho de 2007, aliás, o jornal britânico "The Independent" chamara à Guiné-Bissau o "primeiro narco-estado africano", apontando nomeadamente o dedo ao então ministro do Interior, major Baciro Dabó, que viria a ser morto a tiro em Junho de 2009, e ao então Chefe do Estado-Maior da Armada, José Américo Bubo Na Tchuto, que em Abril acabou por ser formalmente indiciado pelos Estados Unidos, juntamente com o Chefe do Estado-Maior da Força Aérea, general Ibraima Camará. Apesar de todo este ambiente que nos últimos anos se tem vivido no país, o Presidente Sanhá disse agora, na sua entrevista à "Jeune Afrique", que o que aconteceu em 1 de Abril último, na mais recente das convulsões, foi "um conflito pessoal" entre o sucessor de Tagma Na Waie, almirante Zamora Induta, e o respectivo número 2 no Estado-Maior, general António Indjai. Induta está agora detido no quartel de Mansoa, a 60 quilómetros de Bissau, e segundo o próprio Sanhá "é acusado de abuso de poder, desvio de fundos e tráfico de droga", o que aparentemente parece ser uma prática muito corrente na Guiné, havendo muitos políticos e militares a acusar outros de se dedicarem a ela. Desde que Induta foi afastado do cargo por uma simples sublevação, as Forças Armadas guineenses ainda não têm um novo chefe, funcionando na prática Bubo Na Tchuto e António Indjai como os dois oficiais com mais seguidores entre os militares. Tanto o presidente Sanhá como o primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior, líder do histórico PAIGC, encontram-se desde há semanas no estrangeiro, enquanto o país continua em convulsão, sempre no receio de novas acções que possam levar ao derramamento de sangue. Carlos Gomes Júnior, em especial, parece estar a adiar o regresso, depois de no dia 1 de Abril ter chegado a ser sequestrado durante algumas horas por Na Tchuto e Indjai, que se comportam aos olhos de alguns observadores como uma espécie de chefes de milícias, ou de "senhores da guerra".
REFERÊNCIAS:
Étnia Africano
WikiLeaks: Grace Mugabe tem enriquecido à custa dos "diamantes de sangue"
Grace Mugabe, mulher do Presidente do Zimbabwe, teria sido um dos elementos da elite dirigente do país a beneficiar com o comércio ilegal de diamantes, segundo um telegrama diplomático norte-americano divulgado pela WikiLeaks. (...)

WikiLeaks: Grace Mugabe tem enriquecido à custa dos "diamantes de sangue"
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.375
DATA: 2010-12-11 | Jornal Público
SUMÁRIO: Grace Mugabe, mulher do Presidente do Zimbabwe, teria sido um dos elementos da elite dirigente do país a beneficiar com o comércio ilegal de diamantes, segundo um telegrama diplomático norte-americano divulgado pela WikiLeaks.
TEXTO: Tanto a mulher de Robert Mugabe como Gideon Gono, governador do Reserve Bank of Zimbabwe (RBZ), e outras figuras do regime teriam conseguido milhões de dólares ao contratarem equipas de garimpeiros, diz a mensagem enviada em Novembro de 2008 para Washington pelo então embaixador norte-americano em Harare, James D. McGee. Os aliados do Presidente andariam a aproveitar-se dos diamantes do campo de Chiadzwa, no distrito de Marange, jazida que pertencia a uma empresa com sede no Reino Unido e foi nacionalizada em 2006. “Vendem os diamantes, não documentados, a uma série de compradores estrangeiros, incluindo belgas, israelitas, libaneses, russos e sul-africanos, que os retiram do país para serem lapidados e revendidos”, afirma a correspondência diplomática reproduzida esta sexta-feira pela imprensa britânica e pelo site norte-americano Bloomberg. As minas de diamantes de Marange, nas proximidades da fronteira com Moçambique, têm sido cenário de abusos dos direitos humanos, com as Forças Armadas a controlarem o trabalho forçado de crianças e adultos, conforme denunciou o ano passado a Human Rights Watch (HRW). “Parte do rendimento daqueles campos tem sido canalizado para destacados elementos da ZANU-Frente Patriótica”, já então dizia a HRW, tal como agora a informação posta a circular pela WikiLeaks, cuja novidade é especificar o nome de elementos da família presidencial e do poderoso governador do banco central. Esquemas corruptos“Num país cheio de esquemas corruptos, o negócio dos diamantes é um dos mais sujos”, diz o telegrama de Novembro de 2008 citado em jornais como o “Daily Telegraph”. Washington tem vindo a estar particularmente atenta ao que se passa no distrito de Marange, a sueste de Harare, na província de Manicaland, por suspeitar de que alguns dos libaneses aos quais os diamantes são vendidos trabalham para a rede Al-Qaeda, de Osama bin Laden. A maioria dos diamantes que dão lucro a Grace Mugabe e a outras figuras que rodeiam o Presidente segue para os Emiratos Árabes Unidos e é vendida no Dubai Multi Commodities Centre, que funciona na zona franca de Jumeira. O Processo de Kimberley, entidade global com base em Jerusalém que fiscaliza as vendas dos chamados “diamantes de sangue”, oriundos de zonas de conflito, terá ainda de decidir se as exportações das gemas dos campos de Marange serão ou não permitidas. Grace Mugabe, a que muitos dos seus compatriotas se referem como “Dis Grace”, já mandou construir dois palácios desde que há 14 anos se casou com o Presidente, do qual era secretária, até ele enviuvar de Sally Hayfron, natural do Gana. Em Outubro, o “Sunday Times”, da África do Sul, alegou que a primeira dama zimbabweana manteria há cinco anos uma ligação afectiva com o governador do banco central agora citado a seu lado nos documentos da WikiLeaks. Entretanto, não é só de diamantes que esta correspondência diplomática fala, mas também das relações de poder e de uma ZANU-Frente Patriótica bastante fracturada. “É como um cartucho de TNT, susceptível de entrar em ignição e se desintegrar”, disse uma fonte local citada num telegrama do embaixador Charles A. Ray, em Fevereiro deste ano. O partido de Mugabe só se manteria relativamente coeso devido à ameaça constituída pelo Movimento Democrático para a Mudança (MDC), do primeiro-ministro Morgan Tsvangirai, e às pressões externas. A ZANU-PF foi comparada por aquela fonte, cujo nome aparece rasurado no telegrama hoje reproduzido pelo “Guardian”, a “um bando de macacos que incessantemente se guerreiam, mas que se unem para enfrentar uma ameaça externa”.
REFERÊNCIAS:
Étnia Árabes
Cavaco pede a jovens para se empenharem em "missões e causas essenciais" para o futuro de Portugal
O Presidente da República instou hoje os jovens a empenharem-se em “missões e causas essenciais ao futuro do país” com a mesma coragem e determinação com que fizeram os militares que participaram há 50 anos na guerra em África. (...)

Cavaco pede a jovens para se empenharem em "missões e causas essenciais" para o futuro de Portugal
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.033
DATA: 2011-03-16 | Jornal Público
SUMÁRIO: O Presidente da República instou hoje os jovens a empenharem-se em “missões e causas essenciais ao futuro do país” com a mesma coragem e determinação com que fizeram os militares que participaram há 50 anos na guerra em África.
TEXTO: “Importa que os jovens deste tempo se empenhem em missões e causas essenciais ao futuro do país com a mesma coragem, o mesmo desprendimento e a mesma determinação com que os jovens de há 50 anos assumiram a sua participação na guerra do Ultramar”, afirmou o chefe de Estado, Aníbal Cavaco Silva. Pois, acrescentou, enquanto portugueses, não haverá “causa maior” do que dedicar o esforço e a iniciativa “ao serviço da nação e dos combates que é necessário continuar a vencer, para promover um futuro mais justo, mais seguro e mais próspero”. “Juntos continuaremos a afirmar Portugal”, disse Cavaco Silva, numa intervenção na cerimónia de homenagem aos combatentes, por ocasião do 50º aniversário do início da guerra em África, que decorreu no Forte do Bom Sucesso, em Lisboa. Grande parte do discurso do Presidente da República, que é também o Comandante Supremo das Forças Armadas, foi dedicada a homenagear àqueles que estiveram envolvidos durante quase 14 anos na guerra do Ultramar, nomeadamente os cerca de nove mil portugueses que aí morreram. “Para lá da memória, impõe-se o reconhecimento de todos os que, pela sua acção na defesa de Portugal, sofreram no corpo e na alma o preço do dever cumprido. São merecedores do nosso profundo respeito”, sublinhou, saudando também “com especial apreço” os militares de etnia africana que de “forma valorosa” lutaram ao lado dos portugueses. Por isso, frisou, a cerimónia agora realizada não é de uma homenagem a “uma época, um regime ou a uma guerra”, mas simplesmente “uma homenagem da pátria àqueles que se encontram entre os seus melhores servidores”. Reconhecendo que os soldados portugueses foram em África “soldados de excepção”, o Presidente da República destacou ainda a forma como venceram depois o desafio de refazer as suas vidas quando regressaram a Portugal, “começando tudo de novo, fazendo apelo ao espírito empreendedor e à capacidade de lutar”. Cavaco Silva deixou ainda uma nota sobre a forma como se conseguiu abrir caminho para uma “cooperação fraterna e frutuosa” com os “países irmãos” africanos e sobre a “mais valia” da experiência de quem combateu em África e que quem criou condições para que Portugal seja um país “democrático, mais livre, mais solidário e mais aberto ao mundo”. “O país será mais bem defendido se contar com a mais-valia da vossa experiência e da vossa participação activa, como exemplo e fonte de motivação para os mais jovens que, tendo crescido num ambiente de maior conforto e de paz, enfrentam o futuro num mundo incerto, onde as crises e o conflito não deixam de ser uma constante”, sustentou.
REFERÊNCIAS:
Partidos LIVRE
Apreendidos mais de seis milhões de euros em notas falsas durante 2010
O dólar continua a ser a divisa preferida dos falsários. Em quatro operações foram confiscados mais de quatro milhões. Polícia Judiciária descobriu ainda duas "fábricas" em Portugal. (...)

Apreendidos mais de seis milhões de euros em notas falsas durante 2010
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.5
DATA: 2011-04-11 | Jornal Público
SUMÁRIO: O dólar continua a ser a divisa preferida dos falsários. Em quatro operações foram confiscados mais de quatro milhões. Polícia Judiciária descobriu ainda duas "fábricas" em Portugal.
TEXTO: As forças policiais portuguesas apreenderam no ano passado, em todo o país, notas falsificadas cujo valor total era superior a seis milhões de euros. A maior parte destas notas eram réplicas de dólares. No mesmo período foram desmanteladas, na Região Norte e na Zona Sul, duas "fábrica" de contrafacção. No total, entre casos de falsificação e distribuição de dinheiro falso, foram registadas 11. 566 participações, apenas mais 20 do que no ano anterior. A moeda falsa mais apreendida em 2010 foi, uma vez mais, o dólar americano. De acordo com os dados inscritos no Relatório Anual de Segurança Interna (RASI), terão sido encontradas, sobretudo pelas equipas especializadas da Polícia Judiciária (PJ), 73. 233 notas desta divisa, correspondendo a um total de 7, 2 milhões de dólares. Embora o euro seja, desde há muito, uma moeda mais valorizada que o dólar, esta continua a ser a divisa preferida dos falsificadores. A explicação, de acordo com inspectores da PJ, é fácil: as notas de dólar têm menos marcas de segurança e, em consequência, são bem mais fáceis de falsificar. Depois, há ainda o facto de em muitos países, sobretudo africanos, esta ser a divisa mais aceite e usada nas transacções. Em 2010, tal como já tinha vindo a acontecer em anos anteriores, assumiram relevo, em termos policiais, quatro grandes operações da PJ, das quais resultou, na totalidade, a apreensão de mais de quatro milhões de dólares e a detenção de nove suspeitos. Todas as notas americanas apreendidas, feitas em offset, eram de 100 dólares. Redes estrangeirasA dificuldade em obter boas cópias de notas de euro está, de resto, expressa na quantidade de exemplares apreendidos: apenas 11. 567, aos quais corresponderam pouco mais de 493 mil euros, oito por cento do montante total dos valores confiscados no ano passado em Portugal. As notas de 20 e 50 euros são as preferidas dos falsificadores. Não são de montantes de tal modo exagerados que levantem imediatas suspeitas e, por outro lado, também não são de montantes de tal modo baixos que tornem menos rentável a sua contrafacção. Os investigadores da PJ referem que são redes organizadas da América do Sul, sobretudo brasileiras, mas também do Leste da Europa, que, actualmente, mais dinheiro falso fabricam com qualidade. Para os falsários, mesmos os mais perfeccionistas, a maior dificuldade continua a ser a obtenção do papel com a gramagem ideal. As duas "fábricas" detectadas no ano passado em Portugal eram, de acordo com o RASI, de fraca dimensão. Utilizavam impressoras de jacto de tinta e as notas que reproduziam tinham uma qualidade considerada bastante duvidosa, sendo quase impossível não serem detectadas caso as tentassem passar individualmente. Para além dos dólares e dos euros, apenas mais 168 notas falsas relativas a outras divisas foram detectadas em Portugal durante 2010. Destacaram-se 101 exemplares de rands sul-africanos e 58 libras esterlinas. Curioso é também o facto de, apesar de o escudo português já ter saído de circulação há mais de dez anos, ainda agora continuarem a ser apreendidas algumas destas divisas contrafeitas. Comparando os valores do dinheiro falso apreendido em Portugal com o de outros países europeus, pode dizer-se que este é quase residual. Em Espanha, Itália ou França, segundo referem fontes policiais, a contrafacção assume proporções várias dezenas de vezes mais elevadas. O que parece "tabelado", seja em Portugal, seja noutros países da Europa, é o valor a pagar por cada uma das notas falsas. Embora o critério da qualidade apresentada continue a ser o mais importante, a regra diz que uma nota falsa é quase sempre negociada por 20 por cento do seu valor facial.
REFERÊNCIAS:
Entidades PJ
Dirigente republicana diz que Obama é filho de macacos
A dirigente do “Tea Party” Marilyn Davenport enviou um e-mail para os seus companheiros do Partido Republicano no condado de Orange, na Califórnia, em que diz que o Presidente dos EUA, Barack Obama, é filho de macacos. (...)

Dirigente republicana diz que Obama é filho de macacos
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-04-19 | Jornal Público
SUMÁRIO: A dirigente do “Tea Party” Marilyn Davenport enviou um e-mail para os seus companheiros do Partido Republicano no condado de Orange, na Califórnia, em que diz que o Presidente dos EUA, Barack Obama, é filho de macacos.
TEXTO: “Agora sabeis porque não há certificado de nascimento”, diz o e-mail de Devenport, que incluiu uma fotomontagem com Obama acompanhado por dois macacos. Nas últimas semanas o Partido Republicano tem centrado os seus ataques às origens do presidente dos EUA e o “Tea Party”, movimento ultra-conservador de oposição a Barack Obama, tem alinhado na polémica em que alguns afirmam que Obama não nasceu no Hawai, mas sim num país estrangeiro. “Todos os que me conhecem sabem que não sou racista. Foi uma brincadeira. Tenho amigos negros. Ainda assim o e-mail foi enviado a poucas pessoas, nunca pensei que incomodasse”, afirmou Marilyn Davenport à revista “OKWeekly”, que revelou o e-mail.
REFERÊNCIAS:
Entidades EUA
EUA não deram reconhecimento diplomático aos rebeldes da Líbia
Os Estados Unidos consideram que o Conselho de Transição Nacional da Líbia, constituído pelos rebeldes que lutam contra o regime do líder Muammar Khadafi, é o “interlocutor legítimo e credível do povo líbio”, mas ao contrário de outros países, ainda não estão preparados para atribuir reconhecimento diplomático oficial àquela representação. (...)

EUA não deram reconhecimento diplomático aos rebeldes da Líbia
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-05-15 | Jornal Público
SUMÁRIO: Os Estados Unidos consideram que o Conselho de Transição Nacional da Líbia, constituído pelos rebeldes que lutam contra o regime do líder Muammar Khadafi, é o “interlocutor legítimo e credível do povo líbio”, mas ao contrário de outros países, ainda não estão preparados para atribuir reconhecimento diplomático oficial àquela representação.
TEXTO: No final de um encontro entre o conselheiro de segurança nacional do Presidente norte-americano, Tom Donilon, e o ministro dos Negócios Estrangeiros do Conselho de Transição líbio, Mahmoud Jibril, a Casa Branca prometeu continuar a apoiar as acções dos rebeldes com vista à “transição política e ao futuro democrático” do país africano, nomeadamente através do reforço das contribuições financeiras a título de assistência humanitária. Os Estados Unidos acabam de autorizar uma nova parcela de 78 milhões de dólares ao seu programa de ajuda. O porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, garantiu ainda que Washington mantém o seu compromisso com a missão militar liderada pela NATO na Líbia. Aliás, o Presidente Barack Obama reuniu-se na sexta-feira com o secretário-geral da aliança, Anders Fogh Rasmussen, para discutir o futuro da operação, concordando que os ataques da NATO só cessarão quando as forças de Khadafi pararem as agressões à população civil. Mas apesar das renovadas promessas de apoio, o encontro acabou por ficar aquém das expectativas dos representantes rebeldes, que esperavam uma posição mais firme dos Estados Unidos. Como escreveu Jibril num artigo de opinião para o jornal The New York Times, a sua visita a Washington destinava-se a obter o reconhecimento do Conselho Nacional de Transição como “o único representante legítimo” do povo líbio – uma medida que o porta-voz da Casa Branca considerou “prematura”. Como explicou Jay Carney, os Estados Unidos ainda não estão totalmente esclarecidos quanto à composição do conselho de transição dos rebeldes e aos seus objectivos de longo prazo. “A questão do reconhecimento diplomático é uma das muitas que estão ainda em análise, mas não antecipo que seja decidida em breve”, frisou o porta-voz.
REFERÊNCIAS:
Entidades NATO
Medvedev propõe-se mediar crise na Líbia e envia emissário a Bengasi
O Presidente russo Dmitri Medvedev propôs mediar o conflito na Líbia durante a cimeira do G8 que está a decorrer em Deauville, França, e anunciou que irá enviar um emissário a Bengasi, o bastião dos rebeldes líbios. (...)

Medvedev propõe-se mediar crise na Líbia e envia emissário a Bengasi
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-05-28 | Jornal Público
SUMÁRIO: O Presidente russo Dmitri Medvedev propôs mediar o conflito na Líbia durante a cimeira do G8 que está a decorrer em Deauville, França, e anunciou que irá enviar um emissário a Bengasi, o bastião dos rebeldes líbios.
TEXTO: Medvedev defendeu que o líder líbio Muammar Khadafi deve abandonar o poder, e depois de ter aceite mediar o conflito na Líbia, perante os seus parceiros do G8, adiantou em conferência de imprensa que o alto representante da Rússia para África, Mikhail Margelov, irá deslocar-se a Bengasi, onde a rebelião contra o regime líbio começou há mais de três meses. A sua iniciativa foi bem acolhida pelos EUA. Ben Rhodes, conselheiro para a segurança nacional da Casa Branca, disse aos jornalistas que “a Rússia tem um papel a desempenhar, como um parceiro próximo, para podermos avançar”. E adiantou: “O povo líbio merece um futuro melhor e nós estaremos em contacto próximo com os russos para acompanhar as suas conversações com os líbios”. Mas pouco tempo após o anúncio de Medvedev, o regime líbio fez saber que o que se passava na reunião dos chefes de Estado dos oito países mais industrializados “não dizia respeito” à Líbia. “O G8 é uma cimeira económica. Não somos afectados por essas decisões”, declarou o vice-ministro líbio dos Negócios Estrangeiros, Khaled Kaaim, citado pela AFP. “Somos um país africano. Todas as iniciativas foram do quadro da União Africana serão rejeitadas”, afirmou, dizendo que a Rússia não os tinha informado previamente. Mikhail Margelov tinha dito, à margem da cimeira do G8, que os chefes de Estado dos Estados Unidos, Barack Obama, e França, Nicolas Sarkozy, “solicitaram” esta mediação à Rússia. Adiantou que o primeiro-ministro britânico, David Cameron, não aderiu ao pedido e que a chanceler alemã, Angela Merkel, apenas notou que Moscovo tem “possibilidades de levar a cabo uma mediação”. Medvedev explicou depois que, por agora, o melhor será Margelov deslocar-se a Bengasi. “A situação em Trípoli é mais difícil”, disse, referindo-se aos confrontos que se têm verificado na capital líbia, controlada pelas forças do regime. “Mas espero que tenhamos oportunidade de contactar com as duas partes: os rebeldes, novas forças políticas, e os representantes do antigo poder”, disse, citado pela AFP. Ao considerar que será difícil que as negociações decorram directamente com Khadafi, Margelov adiantou que o mais provável é que os contactos com o regime sejam feitos a partir de pessoas próximas do coronel, como os seus filhos. O comunicado final da cimeira do G8 em Deauville usa linguagem bastante clara no que se refere à Líbia: “Kadhafi e o Governo líbio não cumpriram a sua responsabilidade de proteger a população líbia e perderam toda a legitimidade. Ele não tem futuro numa Líbia livre e democrática. Tem de se afastar”. O avanço de Moscovo – que continua a opor-se à adopção de uma resolução do Conselho de Segurança da ONU a condenar o regime de Khadafi – surge numa altura em que a situação de combate na Líbia permanece num impasse, com a continuação dos raides aéreos da NATO contra as posições das forças leais ao regime que por seu lado mantém os bombardeamentos de artilharia contra o movimento de rebelião. Mas também numa fase em que Khadafi perde cada vez mais terreno no palco diplomático e, segundo os serviços secretos britânicos, mostra um comportamento “paranóico e em fuga”. Relatórios dos MI6 indicam que Khadafi, cuja residência em Trípoli já foi alvo dos ataques internacionais várias vezes, dorme em hospitais, nunca duas vezes seguidas no mesmo local. Os serviços secretos britânicos sustentam ainda que os comandantes militares do regime perderam a capacidade de comunicarem entre si e que os tanques se movem no território numa espécie de jogo do gato e do rato com os aviões da NATO.
REFERÊNCIAS:
E depois do “Je Suis Charlie”?
Perante a ascenção ao poder de Hitler, Martin Niemöller, pastor evangélico alemão, terá adaptado um célebre poema de Vladimir Maiakovski, procurando, desta forma, traduzir a realidade que observava. “Um dia vieram e levaram o meu vizinho que era judeu. Como não sou judeu, não me incomodei. No dia seguinte, vieram e levaram o meu outro vizinho que era comunista. Como não sou comunista, não me incomodei. No terceiro dia vieram e levaram o meu vizinho católico. Como não sou católico, não me incomodei. No quarto dia, vieram e levaram-me;Nessa altura, já não havia mais ninguém para protestar. . . ”80 anos depois somos... (etc.)

E depois do “Je Suis Charlie”?
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2015-05-01 | Jornal Público
TEXTO: Perante a ascenção ao poder de Hitler, Martin Niemöller, pastor evangélico alemão, terá adaptado um célebre poema de Vladimir Maiakovski, procurando, desta forma, traduzir a realidade que observava. “Um dia vieram e levaram o meu vizinho que era judeu. Como não sou judeu, não me incomodei. No dia seguinte, vieram e levaram o meu outro vizinho que era comunista. Como não sou comunista, não me incomodei. No terceiro dia vieram e levaram o meu vizinho católico. Como não sou católico, não me incomodei. No quarto dia, vieram e levaram-me;Nessa altura, já não havia mais ninguém para protestar. . . ”80 anos depois somos confrontados diariamente com os relatos de horror vindos de diversas partes do mundo. Na Síria, a emergência humanitária traduzida em dezenas de milhares de mortos (76 mil só em 2014) e em mais de 2, 5 milhões de pessoas a viver em situação de isolamento e fome, conduz a que milhares arrisquem a vida nas perigosas rotas do mar Mediterrâneo com o objectivo de alcançar a Europa. Na Nigéria, o grupo terrorista Boko Haram, que recorrentemente utiliza crianças como bombas-suicidas, terá assassinado duas mil pessoas na cidade de Baga, passando a dominar a região. No Iraque, milícias xiitas massacram sunitas em ações de vingança enquanto o Estado Islamico do Iraque e do Levante desenvolve sistemáticas acções de violência, em particular contra os muçulmanos xiitas, assírios, cristãos armênios, yazidis, drusos, shabaks e mandeanos. A Europa que, perante isto, pouco ou nada tem feito, parece ter acordado, da pior maneira, no passado dia 7 de janeiro. O maior atentado terrorista em 50 anos na França teve como alvo o jornal Charlie Hebdo e matou 12 pessoas. Perante a barbárie, milhares de pessoas sairam à rua em várias cidades de todo o mundo, gritando “Je Suis Charlie”, enquanto os principais responsáveis políticos de todo o mundo manifestaram publicamente a vontade de olhar com “outros olhos” para a problemática do terrorismo. Contudo, passado o primeiro momento de choque, importa perceber o que de verdadeiramente estrutural se pretende fazer. Ou seja, importa responder à questão: E Depois do “Je Suis Charlie”?A resposta a esta questão parece ser (também) económica. Senão vejamos. Em primeiro lugar, a Europa apresenta sérios desequilibrios económicos, quer entre regiões, quer dentro de cada uma das regiões, que corroem progressivamente as suas fundações. Exemplo disto pode ser observado através dos dados do INE relativos a Portugal, de acordo com os quais, e com uma linha de pobreza ancorada em 2009, a proporção de pessoas em risco de pobreza aumentou de 17, 9% em 2009 para 25, 9% em 2013. De igual forma, os desequilibrios no PIB per capita entre os diferentes países da União Europeia são preocupantes, conforme se infere do facto do Produto Interno Bruto per capita (expresso em Paridade de Poder de Compra) se situar na Albania nos 28% da média da União Europeia (2013), face aos 79% observados em Portugal e aos 275% observados no Luxemburgo. Neste contexto, importa reforçar a coesão económica e social, traduzida numa maior solidariedade entre os Estados-Membros e as regiões da União Europeia, uma vez que a manutenção do actual modelo de crescimento “dual” conduzirá, inevitavelmente, ao colapso do projecto europeu. Na realidade, a coesão económica e social, pilar da construção europeia que remonta ao Tratado de Roma de 1957, é elemento essencial para eliminar os “guetos” sociais que foram “nascendo” por toda a Europa e que se tornaram o “berço” de alguns dos autores destes recentes acontecimentos. Em segundo lugar, a Europa continua a deixar engrossar a “coluna” dos jovens com o futuro “adiado”, conforme aliás se comprova pelas estatísticas que nos revelam, por exemplo, que em Portugal (2012) cerca de 16, 8% dos jovens entre os 15 e os 34 anos não trabalhavam, não estudavam e não estavam em formação (geração “nem-nem”), face aos 12, 7% observados em 1998, ou que na Grécia e em Espanha a taxa de desemprego jovem (menos de 25 anos) atingiu em final de 2014 valores acima dos 50% (50, 6% e 51, 4%, respectivamente). Daqui resulta um segundo eixo de intervenção, o qual se traduz num combate sério e persistente ao desemprego jovem. Com efeito, uma Europa que, “sem pestanejar”, aceita que milhares de jovens não trabalhem, não estudem e não estejam em formação, é uma Europa de “vistas curtas” e que não percebe que os “excluídos e humilhados” de hoje serão, provavelmente, os “adversários” de amanhã.
REFERÊNCIAS:
Étnia Judeu Armênios Assírios
A Europa tem a obrigação de reagir com vigor e com inteligência
Pascal Ory, um consagrado professor francês de História Contemporânea, lembrava-nos anteontem num artigo publicado no Le Monde que o terrorismo é a guerra do nosso tempo e que na História este tinha sempre falhado. Ilustrava esta última afirmação evocando a primeira grande experiência terrorista moderna levada a cabo por um grupo radical russo - intitulado “ Vontade do Povo “ - que tentou, no decorrer dos anos oitenta do século XIX, aniquilar o regime czarista. Contudo, acabou por suscitar o efeito contrário anulando o processo reformista em curso e provocando o endurecimento do regime. Isto significa que não log... (etc.)

A Europa tem a obrigação de reagir com vigor e com inteligência
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.8
DATA: 2015-11-19 | Jornal Público
TEXTO: Pascal Ory, um consagrado professor francês de História Contemporânea, lembrava-nos anteontem num artigo publicado no Le Monde que o terrorismo é a guerra do nosso tempo e que na História este tinha sempre falhado. Ilustrava esta última afirmação evocando a primeira grande experiência terrorista moderna levada a cabo por um grupo radical russo - intitulado “ Vontade do Povo “ - que tentou, no decorrer dos anos oitenta do século XIX, aniquilar o regime czarista. Contudo, acabou por suscitar o efeito contrário anulando o processo reformista em curso e provocando o endurecimento do regime. Isto significa que não logrando nunca alcançar o triunfo o terrorismo não deixa, porém, de gerar transformações de forte relevância mental, cultural, social e política. Mesmo que não disponha da capacidade de dissolver a ordem que visa pôr em causa detém a potencialidade de alterar aspectos importantes da natureza daquela, reforçando quase sempre as suas dimensões mais autoritárias e securitárias. Ora, constituindo a liberdade e o princípio da inviolabilidade dos direitos fundamentais as bases estruturantes das democracias ocidentais facilmente se percebe que, não podendo aspirar à vitória total, o terrorismo pode pretender um sucesso relativo de elevado impacto. Os seus autores não o ignoram e escolhem criteriosamente os seus alvos. Nos Estados Unidos da América apontaram à mais emblemática referência urbana universal de verdadeiro cosmopolitismo liberal, a cidade de Nova Iorque; na passada sexta-feira em Paris optaram por atacar locais de manifestação de uma leveza existencial que caracteriza, em grande parte, a forma de vivência e de convivência das sociedades abertas e livres. Nunca me fascinou a teoria do “ choque das civilizações “, como tão pouco me entusiasma a proposta, aparentemente contrária, da valorização do diálogo entre as mesmas. Sob formas distintas ambas incorrem num erro que me parece básico: homogeneizam e reificam realidades que são historicamente dinâmicas e internamente diferenciadas. Por isso mesmo, reportando-me ao nosso aro civilizacional, tanto me repugna a vergonha de ser ocidental como me indigna a apologia de uma noção de Ocidente imbuída de uma vontade dominadora e discriminatória. O que é, aliás, o Ocidente enquanto ideia de civilização senão uma síntese nunca plenamente concluída de contradições, de indeterminações e de imprevisibilidades? As fontes judaico-cristã, greco-romana, renascentista e iluminista de que nos reclamamos não contém só a sua parte luminosa, também geraram sinistras interpretações e catastróficos aproveitamentos. Não foi em nome do humanismo de inspiração cristã ou do racionalismo de filiação iluminista que os ocidentais levaram a cabo a traumática experiência histórica do colonialismo? Sem dúvida que foi. Apesar disso há que combater a noção de um relativismo cultural absoluto que tudo nivela e desqualifica hierarquias axiológicas e normativas, com particular relevo para o tema dos Direitos Humanos. E aí não há qualquer dúvida que as nossas imperfeitas democracias liberais do Ocidente se distinguem pelos melhores motivos. Isso outorga-nos uma responsabilidade especial: a de não confundirmos firmeza na resposta com abdicação nos princípios. Convenhamos que a aplicação prática desta orientação não é fácil. Perante o medo é natural que se manifestem impulsos securitários que poderão mesmo integrar atitudes racistas e xenófobas. Só há uma forma de tentar evitar tal coisa - usar sem parcimónia todo o arsenal repressivo legalmente colocado à disposição dos Estados, quer na vertente interna, quer na vertente externa, e recusar qualquer tentativa de atribuição colectiva da culpa a grupos étnico-religiosos. O princípio da responsabilidade individual é também ele um valor essencial das nossas democracias. Pode-se matar em nome de um deus ou em nome de uma ideologia, mas quem mata é sempre um indivíduo concreto que tem que arcar com toda a responsabilidade pelo acto cometido. Isso nunca se pode perder de vista.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave direitos guerra humanos social medo vergonha