Estes dois pinguins machos apaixonaram-se e preparam-se para ter uma cria em conjunto
Quando a equipa do aquário percebeu a ligação entre os dois pinguins deu-lhes um ovo fictício, mas os instintos naturais paternais dos animais fizeram com que lhes fosse dado um ovo real. (...)

Estes dois pinguins machos apaixonaram-se e preparam-se para ter uma cria em conjunto
MINORIA(S): Animais Pontuação: 8 | Sentimento 0.25
DATA: 2018-10-26 | Jornal Público
SUMÁRIO: Quando a equipa do aquário percebeu a ligação entre os dois pinguins deu-lhes um ovo fictício, mas os instintos naturais paternais dos animais fizeram com que lhes fosse dado um ovo real.
TEXTO: No aquário australiano Sea Life, em Sydney, dois pinguins machos construíram um ninho juntos. A equipa de funcionários que os acompanha percebeu que os dois pinguins eram mais do que “só amigos” e resolveu dar um ovo ao casal. Os dois pinguins-gentoo machos, Magic e Sphen, estão a cuidar da sua futura cria. Enquanto o fazem são as estrelas do aquário australiano e protagonizam momentos de dança e passeios a dois. Magic e Sphen aproximaram-se este ano, durante a época de acasalamento. Pouco depois, começaram a recolher seixos para construir o ninho em conjunto. Depois de a equipa perceber a proximidade entre o casal Sphengic – como carinhosamente o apelidou –, decidiu dar-lhe um ovo fictício, escreve a Reuters. Ao comprovar os instintos paternais do casal, resolveu avançar com um ovo real, retirado de um outro casal de pinguins que tinha dois ovos. “Cada vez que os víamos, o Magic e o Sphen estavam juntos, com uma ligação forte entre eles”, explicou Tish Hannan, supervisor do departamento dos pinguins do aquário, em declarações à ABC. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. “Quando receberam o ovo fictício sabiam exactamente do que se tratava e encarregaram-se à vez da incubação do ovo. ”Agora, os dois partilham a tarefa de incubação e protecção do ovo, enquanto o outro garante que os intrusos e ameaças se mantêm afastados.
REFERÊNCIAS:
Marcas COM FUTURA MAGIC
Vítimas de caso de Alfragide vão testemunhar sem “constrangimento” de agentes na sala
Ministério Público evocou estatuto de vítimas especialmente vulneráveis. Bruno l. foi a primiera vítima a ser ouvida. Diz ter sido alvo de agressões com cacetete, socos e ofensas racistas. (...)

Vítimas de caso de Alfragide vão testemunhar sem “constrangimento” de agentes na sala
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 8 | Sentimento 0.0
DATA: 2018-10-15 | Jornal Público
SUMÁRIO: Ministério Público evocou estatuto de vítimas especialmente vulneráveis. Bruno l. foi a primiera vítima a ser ouvida. Diz ter sido alvo de agressões com cacetete, socos e ofensas racistas.
TEXTO: As sessões do julgamento dos 17 agentes da Esquadra de Alfragide, acusados de crimes de tortura, sequestro, falsificação de auto e ódio racial, vão decorrer sem a presença dos arguidos de modo a não provocar "constrangimento", nem intimidar as seis vítimas e testemunhas, decidiu esta terça-feira o colectivo de juízes do Tribunal de Sintra, onde decorre o julgamento desde 22 de Maio. No primeiro dia em que se chamou uma das vítimas, o ofendido Bruno L. , uma das principais testemunhas do que aconteceu a 5 de Fevereiro de 2015, o Ministério Público pediu que os polícias da PSP se retirassem da sala. Estes seriam depois convidados pela juíza a não estarem nas imediações do tribunal durante a próximas sessões. O procurador evocou o estatuto de “vítimas especialmente vulneráveis” para fazer este requerimento já que os arguidos estão acusados da prática de um crime violento que prevê esta hipótese. Os advogados dos agentes opuseram-se, dizendo que isso iria quebrar o princípio da presunção da inocência, e que iria impedir de confrontar as testemunhas com o reconhecimento de alguns arguidos. Os juízes mantiveram a sua posição. Os agentes da PSP já foram todos ouvidos. Nesta terça-feira, pelas 18h, finda a audiência a Bruno L. , os polícias ainda se encontravam à porta do tribunal à civil, junto à carrinha da PSP que os tem trazido. A sessão durou mais de três horas. Bruno L. foi a primeira vítima a ser ouvida desde que o julgamento teve início (estavam agendadas outras duas testemunhas). Inquirido pela juíza do colectivo, pelo procurador do Ministério Público e pelos advogados, Bruno L. acabou por repetir várias vezes os mesmos episódios, chegando a desabafar a determinada altura “foi há três anos”. E há três anos o que se passou? O que se segue foi o que contou. Bruno L. estava no alto da Cova da Moura a conversar com o primo, na esquina do Café do Tio. Viu chegar uma carrinha da PSP, agentes saíram. Um deles aproximou-se de Bruno L. e pôs-se de frente. Perguntou: “Estás a rir do quê?” Ele respondeu: “Estou a rir da conversa com o meu primo. "Questionado, não sabe identificar o agente que o agarrou, que o virou, que o mandou encostar à parede, enquanto ele perguntava “o que é que eu fiz?”, levando a seguir com um cacetete. “Comecei a sangrar, perdi os sentidos. Quando voltei a mim estava pendurado na mão dos agentes, baixaram-me a cabeça, arrastaram-me, puseram-me de joelhos na carrinha e algemaram-me. Senti que fizemos um percurso mais longo, se tivéssemos ido logo para a esquadra era a direito. ”A juíza quis saber: “Quando diz arrastar, é arrastar?” Sim, respondeu. Na carrinha pouco conseguiu ver. E ali levou com o cacetete, “com a parte do ferro”, com socos e ofensas verbais, contou ainda. Não ofendeu, não injuriou os polícias, disse, mas foi injuriado. Já na esquadra disseram-lhe “para limpar sangue de macaco”. Chamaram-lhe “preto”. “Mas porque é que os agentes lhe deram com o cacetete?”, perguntou a juíza. “Isso era o que eu queria saber”, respondeu. O que soube identificar sem hesitações foi “o agente da shotgun” e outro que lhe bateu mais tarde na esquadra, enquanto ele estava algemado: “Começaram a dar-me vários remates (pontapés) no peito. ” Isto foi uma questão de minutos, disse. Não conseguia ver nada. E a juíza quis saber: “Isto foi no dia 5 de Fevereiro, não é outro episódio?”, perguntou. Não é outro episódio, confirmou Bruno L. . “E agridem-no ao pontapé, com aquelas botas e só tem uma ferida no nariz?”, questionou com desconfiança a juíza. “Mas tinha hematomas, estava todo inchado nas costas, tinha o corpo todo danificado”, respondeu. A juíza também questionou o facto de Bruno L. , depois de ser agredido, ter tido sono. “Não tinha dores? Não lhe doía o corpo? Onde é que há margem para o sono?” Sem hesitar, respondeu que tinha dormido pouco na noite anterior, que tinha o corpo dorido. “Para ser sincero, estava cheio de medo”, concluiu. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. Bruno L. tem sido acusado pelos agentes de ter atirado uma pedra à carrinha da PSP quando esta se deslocou à Cova da Moura, razão que os levou a detê-lo, tendo um dos agentes disparado a shotgun no momento da detenção. Os agentes acusam os outros jovens de terem tentado invadir a esquadra para o “ir buscar”. Bruno L. esteve preso antes dos outros jovens chegarem e ouviu “gritos” mas não presenciou a detenção dos amigos na esquadra. No tribunal acusou um dos agentes, que estaria a chefiar a equipa, de induzir “ou ajudar” o autor dos autos a escrever que ele tinha atirado uma pedra à carrinha da PSP. “Havia um agente com um distintivo dourado, não sei se é comissário, entrou, viu-me e disse: ‘isto é só merda’". As audiências continuam a 10 de Julho.
REFERÊNCIAS:
Siemens terá refugiado até seis mil milhões de euros no BCE
O grupo alemão Siemens terá transferido entre quatro mil milhões e seis mil milhões de euros de um importante banco francês para o Banco Central Europeu (BCE), avança o jornal britânico Financial Times (FT). (...)

Siemens terá refugiado até seis mil milhões de euros no BCE
MINORIA(S): Refugiados Pontuação: 7 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-09-20 | Jornal Público
SUMÁRIO: O grupo alemão Siemens terá transferido entre quatro mil milhões e seis mil milhões de euros de um importante banco francês para o Banco Central Europeu (BCE), avança o jornal britânico Financial Times (FT).
TEXTO: De acordo com o jornal, que cita uma fonte anónima com conhecimento do processo, a Siemens terá retirado dinheiro do banco francês, cujo nome nao é conhecido, e tê-lo-á colocado nas mãos da autoridade monetária da zona euro há duas semanas. Segundo a mesma fonte, o grupo industrial germânico optou por esta operação devido aos receios acerca da saúde financeira do referido banco, procurando refúgio para os seus activos no BCE, mas também para beneficiar das taxas de juros mais elevadas que são pagas por esta entidade monetária, em comparação com os bancos comerciais. O Financial Times lembra que são poucas as empresas que dispõem de autorizações bancárias para depositar dinheiro directamente na instituição sediada em Frankfurt, na Alemanha. O mesmo jornal sublinha que a decisão da Siemens demonstra o impacto que a crise da dívida soberana na zona euro tem tido sobre a confiança das empresas nos bancos europeus. A decisão da Siemens surge quase um ano depois de o maior conglomerado de engenharia da Europa ter lançado o seu próprio banco, uma operação pouco usual para um grupo industrial fora do sector automóvel. Em Dezembro passado, o director executivo da unidade de serviços financeiros, Roland Châlons-Browne, admitiu que o negócio bancário permite à Siemens obter liquidez do banco central e fazer depósitos no BCE. “Na eventualidade de uma nova crise financeira, poderemos [Siemens] aumentar a nossa flexibilidade e afastar o risco através do nosso próprio banco”, disse Châlons-Browne, cita o FT.
REFERÊNCIAS:
Tempo Dezembro
E um brinquedo sexual para mulheres, já pode ser?
Pode o “Santo Graal” dos brinquedos eróticos conquistar um prémio na maior montra tecnológica do mundo? Sim, se for dirigido ao público masculino. (...)

E um brinquedo sexual para mulheres, já pode ser?
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 7 Homossexuais Pontuação: 7 | Sentimento 0.0
DATA: 2019-07-10 | Jornal Público
SUMÁRIO: Pode o “Santo Graal” dos brinquedos eróticos conquistar um prémio na maior montra tecnológica do mundo? Sim, se for dirigido ao público masculino.
TEXTO: É a maior feira tecnológica do mundo. Na edição deste ano, em Janeiro, em Las Vegas, a CES revelou os últimos avanços da indústria em campos como a robótica, as casas inteligentes e os carros autónomos. Mas também houve espaço para produtos de nicho ou para soluções que não associamos de imediato à área tecnológica, como por exemplo o hambúrguer vegan da Impossible Foods que sabe exactamente como o tradicional prato de carne picada, e que entretanto já chegou ao menu da Burger King nos Estados Unidos. Ainda assim, foi com surpresa que os fundadores da Lora DiCarlo, uma start-up tecnológica do estado norte-americano do Oregon, receberam em Outubro de 2018 a notícia de que o seu inovador produto, o Osé, iria ser premiado na edição de 2019 da CES. É que o Osé não é um hambúrguer ou carro autónomo - é um brinquedo íntimo. Não se tratando exactamente de um vibrador (não vibra, efectivamente), o produto tem sido elogiado pela tecnologia inerente, que é capaz de desencadear um orgasmo vaginal e clitoriano em simultâneo através de um mecanismo de estimulação inovador, de natureza robótica - o New York Times descreve-o como o “Santo Graal” dos brinquedos eróticos. Do ponto de vista técnico, o júri da CES considerou que o produto tinha mérito para ser distinguido com o prémio de inovação da feira na categoria de robôs e drones. Mas foi com igual surpresa que a empresa recebeu outra mensagem, poucas semanas depois da atribuição do prémio, a anunciar a retirada do galardão. A justificação, indicaram os organizadores da feira, era uma cláusula do regulamento que impedia a distinção de produtos “imorais, obscenos, indecentes e profanos”. Numa carta aberta que se tornaria viral, Lora Haddock, CEO da start-up, acusou a organização da CES de ter “dois pesos e duas medidas no que diz respeito à sexualidade e à saúde sexual”, recordando que, em edições anteriores, a feira deu palco a tecnologias eróticas como uma boneca sexual robótica ou a aplicação da realidade virtual à pornografia, distinguindo-as mesmo com prémios em pelo menos dois casos. “À sexualidade masculina permitem que seja explícita, com um robô sexual com formas femininas irrealistas e pornografia com realidade virtual em lugar de destaque. A sexualidade feminina, por outro lado, é altamente censurada ou é proibida por completo”, escreveu Haddock, uma ex-militar de 33 anos que actualmente é uma engenheira especialista em anatomia, e que desenvolveu o seu produto em colaboração com a Universidade do Oregon. A acusação juntar-se-ia a outras que sublinhavam o sexismo dos organizadores, que nas edições de 2017 e de 2018 não contaram com qualquer mulher no lote dos conferencistas principais do evento, e ao testemunho de outros inventores no campo da saúde sexual que viram as suas inovações serem vetadas pela feira, ainda que se tratassem de tecnologias eminentemente clínicas. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. Debaixo de fogo durante quatro meses, a organização da CES veio este mês anunciar a restituição do prémio e expressar “um sincero pedido de desculpas” à Lori diCarlo. Citada pela CNN, a feira disse ainda que iria rever o regulamento do evento e dos seus concursos, reconhecendo que as regras estavam a ser aplicadas de forma discriminatória. Imune à polémica, ou talvez mesmo beneficiando dela (a Lori diCarlo recebeu entretanto um investimento superior a dois milhões de dólares), o Osé chega às lojas no segundo semestre de 2019, com um preço de venda estimado em cerca de 200 euros.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave campo mulher carne sexual sexualidade feminina
A maioria dos trabalhadores do sexo no Norte usa preservativo
Estudo da Associação para o Planeamento da Família apresentado esta quarta-feira na Universidade do Porto. (...)

A maioria dos trabalhadores do sexo no Norte usa preservativo
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 7 Homossexuais Pontuação: 6 | Sentimento 0.5
DATA: 2015-10-02 | Jornal Público
SUMÁRIO: Estudo da Associação para o Planeamento da Família apresentado esta quarta-feira na Universidade do Porto.
TEXTO: A maioria dos homens que se prostitui na região Norte é homossexual, reside sozinha e usa preservativo nas relações profissionais, revela um estudo da Associação para o Planeamento da Família. Em entrevista à agência Lusa, Nuno Teixeira, coordenador do projecto ECOS - Educação, Conhecimento, Orientação e Saúde, revela que a maioria dos trabalhadores do sexo masculino na região Norte é de nacionalidade portuguesa e mora sozinha principalmente no Grande Porto, mas também em Braga, Vila do Conde, Felgueiras, Guimarães e Póvoa de Varzim. O estudo baseia-se numa pequena amostra. "Tratou-se de uma amostra de conveniência recolhida através do método de snowball, onde participaram 57 indivíduos, aos quais foi atribuído o sexo masculino na altura do nascimento e todos eles a exercerem trabalho sexual na zona Norte do país", descreve o coordenador. Os participantes têm idades compreendidas entre os 19 e os 54 anos, 28 nasceram em Portugal (49, 1%) e 29 possuem outra nacionalidade (50, 9%). Quase todos (98, 2%) afirmaram ter realizado o teste Vírus de Imunodeficiência Humana (VIH) e 21, 1% revelam ser portadores do VIH. No "sumário executivo" apresentado esta quarta-feira na Universidade do Porto, no seminário Corpos, Sexo e Territórios no Trabalho Sexual Masculino, pode ler-se que 30 indivíduos pensam em si próprios como homens (52, 6%), 14 como mulheres (24, 6%), 12 como transgéneros (21%), e um não sabe/não quer definir-se (1, 8%). De acordo com a mesma fonte, 26 indivíduos identificam-se como homossexuais, 13 como bissexuais, dez como heterossexuais e cinco como tendo outra orientação sexual (9, 3%). "Quase 68% dos inquiridos estão desempregados e 58, 5% reportam não ter qualquer outra fonte de rendimento para além do trabalho sexual. Nesse trabalho, valorizam a possibilidade de conhecer clientes importantes, ganhar dinheiro, aumentar a autoestima, e ir a hotéis, pensões e bares. Nos últimos seis meses, a maioria dos participantes (73, 7%) afirma ter usado preservativo em todos os actos sexuais profissionais e 21, 1% em quase todos. Sobre o uso do preservativo em contexto pessoal nos últimos seis meses, a sua prevalência desce para 47, 4%. O estudo revela que os participantes do questionário associam fortemente o uso do preservativo à prevenção da transmissão do VIH.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave homens educação sexo estudo sexual mulheres homossexual autoestima
As questões de género também se dançam
O festival Gender Trouble, dedicado a representações de género e sexualidade, terá lugar entre 5 de Maio e 24 de Junho. (...)

As questões de género também se dançam
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 7 Homossexuais Pontuação: 5 | Sentimento 0.0
DATA: 2015-05-01 | Jornal Público
SUMÁRIO: O festival Gender Trouble, dedicado a representações de género e sexualidade, terá lugar entre 5 de Maio e 24 de Junho.
TEXTO: Passear pelas ruas de Lisboa, de mão dada com um desconhecido – seis desconhecidos, um de cada vez – durante meia hora, como se fossem um casal. E se esse desconhecido for uma lésbica de cabelo rapado? Um drag com collants de rede?O que é que os outros vão pensar? Desafiar os preconceitos dos espectadores e colocá-los no lugar do outro é a ideia – tão simples, tão temerária – que está na génese de Walking: Holding, performance da artista britânica Rosana Cade (é ela a lésbica de cabelo rapado) que o Teatro Maria Matos vai trazer a Lisboa, nos dias 30 e 31 de Maio. Walking: Holding é um dos oito espectáculos que integram o festival Gender Trouble, dedicado a representações de género e sexualidade, que terá lugar entre 5 de Maio e 24 de Junho. O mote – e a sustentação teórica – é o 25º aniversário de um dos livros canónicos sobre questões de identidade de género e teoria queer, Gender Trouble: Feminism And The Subversion of Identity, da americana Judith Butler, professora em Berkeley. Num ensaio que critica as teorias de Simone de Beauvoir, Foucault, Freud e Lacan, entre outros, Butler questiona a noção de género como uma categoria pré-existente, ontológica, e reposiciona-a como uma expressão identitária que se constrói, através de um conjunto de actos e gestos reiterados. Butler diz, em suma, que o género é performance. Além de workshops e conferências (uma delas com Judith Butler, a 2 de Junho), o festival irá apresentar, entre outros espectáculos, 69 Positions, da coreógrafa dinamarquesa Mette Ingvartsen (6 e 7 de Junho), altered natives say yes to another excess – TWERK, de François Chaignaud e Cecilia Bengolea, que recria o ambiente de um clube de dança (14 de Maio), ou Striptease e Bomberos Con Grandes Mangueras , do catalão Pere Fauras, que confrontam os espectadores com a nudez em palco e o imaginário pornográfico (23 de Maio). Bilhetes à venda a partir de sexta-feira, 10 de Abril.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave género sexualidade lésbica
Pub gay em Londres é classificado como património protegido
É a primeira vez que um estabelecimento gay recebe protecção patrimonial no Reino Unido. (...)

Pub gay em Londres é classificado como património protegido
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 7 Homossexuais Pontuação: 21 | Sentimento 0.416
DATA: 2015-09-15 | Jornal Público
SUMÁRIO: É a primeira vez que um estabelecimento gay recebe protecção patrimonial no Reino Unido.
TEXTO: Diz-se que a Princesa Diana terá aparecido uma noite, disfarçada de homem, no final dos anos 80, na companhia de Freddie Mercury, e que terá passado despercebida. Esse episódio não foi citado entre as razões por que o Royal Vauxhall Tavern, uma das mais antigas e emblemáticas instituições gay de Londres, acaba de integrar a lista de património classificado do Reino Unido, mas quando tanta realeza – uma princesa a sério e o líder de uma banda chamada Queen – entra num pub isso quer dizer qualquer coisa. É a primeira vez que um estabelecimento gay recebe protecção patrimonial no Reino Unido, graças a uma campanha que teve a participação de figuras conhecidas como o actor Ian McKellen e o apresentador de televisão Graham Norton. Muitos estabelecimentos gay fecharam nos últimos anos em Londres, em resultado da especulação imobiliária. O futuro do Royal Vauxhall Tavern, conhecido como RVT, passou a ser uma preocupação depois de, no ano passado, o edifício vitoriano ter sido comprado por um investidor imobiliário austríaco. A classificação protege o RVT contra eventuais alterações a nível de arquitectura ou da natureza do espaço. Situado no sul da cidade, e construído nos anos 1860-62, o RVT foi considerado um local de interesse arquitectónico e de importância histórica sendo “um dos mais conhecidos e antigos estabelecimentos LGBT [Lésbico, Gay, Bissexual e Transsexual] na capital, papel que desempenhou sobretudo na segunda metade do século XX”, segundo o parecer que justifica a classificação. O mesmo documento assinala que na década de 1960 o RVT consolidou-se como um assumido pólo de congregação e diversão da comunidade gay, e um espaço de resistência à homofobia durante a crise da epidemia de HIV/sida nos anos 80. É também um local com uma longa tradição de espectáculos de travestismo, onde muitos artistas drag conhecidos começaram as suas carreiras. O Stonewall Inn, um bar histórico em Nova Iorque que foi o berço da luta pelos direitos dos homossexuais nos Estados Unidos no final da década de 60, recebeu uma classificação patrimonial semelhante em Julho.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave direitos homem comunidade princesa gay lgbt homofobia bissexual
Homossexuais não devem trabalhar com rapazes, defende professor catedrático de Direito
O jurista António Menezes Cordeiro tem mais de 400 obras publicadas. No manual universitário Direito do Trabalho I, académico diz que as empresas não podem ser acusadas de discriminação ao não contratarem um vigilante de um internato de rapazes pelo facto de este ser homossexual. (...)

Homossexuais não devem trabalhar com rapazes, defende professor catedrático de Direito
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 7 Homossexuais Pontuação: 16 | Sentimento 0.35
DATA: 2018-10-26 | Jornal Público
SUMÁRIO: O jurista António Menezes Cordeiro tem mais de 400 obras publicadas. No manual universitário Direito do Trabalho I, académico diz que as empresas não podem ser acusadas de discriminação ao não contratarem um vigilante de um internato de rapazes pelo facto de este ser homossexual.
TEXTO: António Menezes Cordeiro, professor catedrático da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, defende num livro da sua autoria que as empresas não podem ser acusadas de discriminação por decidirem não contratar um homem para vigilante de um internato de rapazes caso este seja homossexual, ou por não contratarem uma mulher que se candidate a um trabalho de modelo apenas pelo facto de esta ser recém-casada. Ao PÚBLICO, o autor defendeu a escolha dos exemplos citados, garantindo que “a obra não tem qualquer conteúdo sexista” e que se discute apenas “a adequação do perfil à função”. O texto em causa surge na página 566 do livro Direito do Trabalho I, um manual universitário publicado este mês por Menezes Cordeiro, e foi referido pelo site Coisas do Género, que denuncia casos de discriminação. Eis o excerto completo:A vida íntima de uma pessoa pode, em qualquer momento, ser conhecida; e sendo-o, pode prejudicar a imagem de uma empresa. Assim, como exemplos: para quem pretenda lidar com valores, melhor será que não tenha cadastro e que não esteja insolvente; um homossexual não será a pessoa indicada para vigilante nocturno num internato de jovens rapazes; uma recém-casada não pode ser contratada como modelo; um alcoólico fica mal num bar, o mesmo sucedendo com um tuberculoso numa pastelaria ou com um esquizofrénico num infantário. Não vale a pena fazer apelos ao politicamente correto, nem crucificar os estudiosos que se limitem a relatar o dia-a-dia das sociedades: o Direito vive com factos e não com ideologias. No texto, o jurista e docente defende que “a vida íntima de uma pessoa pode, em qualquer momento, ser conhecida” e isso “pode prejudicar a imagem de uma empresa”. Como exemplo, Menezes Cordeiro diz que “um homossexual não será a pessoa indicada para vigilante nocturno num internato de jovens rapazes”. Questionado pelo PÚBLICO sobre a escolha do exemplo, o académico afirma que “são exemplos comuns em qualquer obra” sobre direito de trabalho “em vários países”. “Não tem qualquer conteúdo sexista”, insistiu o autor, doutorado em Ciências Jurídicas. “Por exemplo, se eu não tiver uma boa constituição física não posso ser estivador”, disse. Confrontado com a aplicação do mesmo critério para um segurança heterossexual num internato de raparigas, Menezes Cordeiro diz que “se for uma vigilância interna já pode levantar questões”. “Veja-se o exemplo dos guardas prisionais. Nas prisões femininas, são mulheres. Nos aeroportos, por exemplo, quando passa na zona se segurança, se for mulher não é apalpada por um homem, mas por uma mulher. Reflecte uma adequação da pessoa relativamente à sua função”, vincou o professor da Universidade de Lisboa. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. Em relação ao exemplo da mulher recém-casada e da sua inadequação ao trabalho de modelo, Menezes Cordeiro repete o mesmo argumento, acrescentando que o matrimónio recente poderá ser sinónimo de uma gravidez num futuro próximo. “Parece que neste momento, a nossa sociedade, por causa de uma moral do politicamente correcto, se foca nestas apenas nestas questões, especialmente quando discutimos a sexualidade”, afirmou. “A orientação sexual é um direito que está previsto na Constituição”, lembra. “Não há nenhum político que corra o risco de tocar nisto, mas nas universidades somos pessoas livres”, acrescentou. “O livro trata de tantos temas mais complexos, mas são os exemplos deste género, destas situações ilustrativas, que são os mais discutidos”, concluiu, voltando a afastar a ideia de discriminação ou quaisquer interpretações sexistas que os referidos exemplos possam suscitar.
REFERÊNCIAS:
Portugal cai, mas continua no top 20 dos melhores países para se ser mãe
O país ocupa a 16.ª posição no relatório da Save the Children. Lisboa é a quinta melhor capital. (...)

Portugal cai, mas continua no top 20 dos melhores países para se ser mãe
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 7 Africanos Pontuação: 7 Animais Pontuação: 7 | Sentimento 0.75
DATA: 2015-10-01 | Jornal Público
SUMÁRIO: O país ocupa a 16.ª posição no relatório da Save the Children. Lisboa é a quinta melhor capital.
TEXTO: Portugal ainda não está no top 10 dos melhores países para se ser mãe, segundo o relatório da organização não-governamental Save the Children de 2015, embora continue a ocupar uma posição entre os 20 países que melhores condições oferecem a uma mulher para ter um filho. Em 2014, o país estava no 14. º lugar, mas este ano desceu para o 16. º, numa lista de 179 países. Lisboa surge, no entanto, em quinto, quando analisada a taxa de mortalidade infantil entre 25 capitais com maior rendimento económico. O ranking da Save the Children, revelado nesta terça-feira, atribuiu o 16. º lugar a Portugal com base em cinco critérios: a saúde materna e infantil, incluindo a taxa de mortalidade abaixo dos cinco anos, o nível de educação, o bem-estar económico e a participação das mulheres na política do seu país. Segundo dados recolhidos junto de organizações a operar nos países avaliados, em alguns casos até Março deste ano, a Save the Children avança que, no caso português, uma em cada 8800 mulheres morreu durante a gravidez ou o parto e registou-se uma média de 3, 8 mortes por cada mil nascimentos. As portuguesas estudam uma média de 16 anos e recebem cerca de 18. 900 euros anuais, mais 500 euros do que os valores difundidos em 2014 pela organização. Cerca de 31% dos assentos no Parlamento português são ocupados por mulheres. No ano passado, Portugal ocupava a 14. ª posição mas este ano caiu dois lugares, depois de ter sido ultrapassado pela Eslovénia e Singapura, em 2014 na 17. ª e 15. ª posições, respectivamente. A Noruega é considerado o melhor país entre 179 para se ser mãe, seguindo-se a Finlândia e a Islândia. Espanha surge em 7. º lugar, à frente da Alemanha (8. º), Itália (12. º) e Suíça (13. º). A Austrália, em 9. º, é o único país não-europeu a entrar no top 10. Os Estados Unidos estão no 33. º lugar. As piores condições para a maternidade confirmaram-se na Somália, em último, mas também na Guiné-Bissau, Chade, Costa do Marfim, Mali ou Níger. Segundo a Save the Children, nestes países as condições para mães e crianças são “severas”. Uma em cada 30 mulheres morre devido a complicações na gravidez e uma em cada oito crianças não chega ao quinto aniversário. “Nove dos 11 países no fim da lista são afectados por conflitos ou são considerados como Estados frágeis, o que significa que estão a falhar em aspectos fundamentais para realizar funções necessárias para satisfazer as necessidades básicas dos seus cidadãos”, explica a organização. No relatório foi ainda criada uma lista com dados sobre a taxa de mortalidade em 25 capitais do mundo com os rendimentos mais elevados. Lisboa surge em quinto num índice liderado por Praga (República Checa), seguida de Estocolmo (Suécia), Oslo (Noruega) e Tóquio (Japão). A média de 3, 8 mortes por cada mil nascimentos atribuiu o quinto lugar à capital portuguesa (em Praga a média é de 3, 6). No fim da lista surge Washington, Estados Unidos, com uma média de 6, 6 mortes por mil nascimentos, cerca de três vezes mais do que as verificadas em Tóquio e em Estocolmo. No relatório deste ano, a Save the Children sublinha que, todos os dias, morrem 17 mil crianças antes de celebrarem cinco anos. “Cada vez mais, essas mortes evitáveis ocorrem em favelas das cidades, onde a sobrelotação e as más condições sanitárias existem ao lado de arranha-céus e centros comerciais”, indica o documento, sublinhando que, actualmente, metade da população mundial vive em áreas urbanas. As diferenças no acesso a cuidados de saúde e alimentação equilibrada deixaram de se estabelecer só entre as zonas rurais e as cidades para passarem a ser assinaladas também nos grandes centros urbanos. Segundo a ONG, em 60% dos países em desenvolvimento, as crianças que vivem em situação de pobreza nas cidades têm probabilidades mais baixas de sobreviver do que aquelas que vivem em áreas rurais. Em dois terços dos países analisados, as crianças pobres que vivem em zonas urbanas correm, pelo menos, duas vezes mais riscos de morrer antes dos cinco anos do que as crianças em áreas urbanizadas consideradas ricas. O ranking encontrou “enormes disparidades” no acesso aos cuidados pré-natais e de obstetrícia. As maiores diferenças no acesso à saúde pré e pós-natal foram encontradas em Nova Deli (Índia), Daca (Bangladesh), Port-au-Prince (Haiti) e em Díli (Timor-Leste). Quando se fala em nutrição infantil, as disparidades mais significativas foram registadas também em Daca, Nova Deli e ainda em Addis-Abeba (Etiópia) e Kigali (Ruanda). Notícia corrigida às 16h34: Altera valor em dólares (21. 200) para valor em euros (18. 900).
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave filho educação mulher mulheres pobreza infantil marfim
Militares franceses suspeitos de abuso sexual de crianças na República Centro-Africana
Um responsável do Alto-Comissariado da ONU para os Direitos Humanos foi suspenso por ter transmitido relatório sobre o caso às autoridades francesas. (...)

Militares franceses suspeitos de abuso sexual de crianças na República Centro-Africana
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 7 Africanos Pontuação: 14 | Sentimento 0.125
DATA: 2015-05-01 | Jornal Público
URL: https://arquivo.pt/wayback/20150501195450/http://www.publico.pt/1694079
SUMÁRIO: Um responsável do Alto-Comissariado da ONU para os Direitos Humanos foi suspenso por ter transmitido relatório sobre o caso às autoridades francesas.
TEXTO: Militares franceses enviados para a República Centro-Africana estão a ser investigados por suspeita de violação de crianças. A procuradoria de Paris abriu um inquérito preliminar em Julho de 2014, depois de o ministério da Defesa lhe ter remetido um relatório das Nações Unidas sobre o caso, disse à agência AFP fonte judicial. “O inquérito está em curso, não temos comentários a fazer”, limitou-se a declarar à Reuters um porta-voz do ministério francês da Justiça. O ministério da Defesa disse, segundo o diário Le Monde, que o exército tomou as “medidas necessárias para o apuramento da verdade”. A investigação diz respeito a suspeitas de abusos que terão sido cometidos entre Dezembro de 2013 e Janeiro de 2014 num centro de deslocados, no aeroporto M’Poko, de Bangui. Segundo jornal britânico The Guardian, investigadores das Nações Unidas recolheram testemunhos de rapazes que acusaram soldados franceses de terem abusado sexualmente deles, oferecendo-lhes em troca comida e dinheiro. Um dos rapazes tinha nove anos. O caso já teve efeitos colaterais: o jornal britânico noticiou que um responsável das Nações Unidas, Anders Kompass, director de operações de campo do Alto-Comissariado da ONU para os Direitos Humanos, foi suspenso, por ter quebrado as regras internas e ter transmitido às autoridades francesas um relatório interno sobre os alegados abusos. Fontes conhecedoras do caso disseram que Kompass, sueco, veterano com mais de 30 anos de trabalho humanitário, terá tomado a iniciativa devido à inacção dos serviços do Alto-Comissariado. O porta-voz adjunto da ONU, Farhan Haq, confirmou, segundo a AFP, a suspensão de um responsável, sem o identificar, e justificou a medida com o desrespeito dos procedimentos internos. Disse que do relatório transmitido oficiosamente às autoridades francesas, sem conhecimento dos superiores hierárquicos, não foram retirados os nomes das vítimas, testemunhas e investigadores, o que os poderia “colocar em perigo”Em Dezembro de 2013, com um mandato das Nações Unidas, a França deslocou um primeiro contingente de 1200 soldados para o país africano, numa acção destinada a apoiar uma força panafricana incapaz de conter a espiral de violência sectária. Depois de massacres da coligação Séléka, que aceleraram o envio da força francesa, viriam a ocorrer perseguições das milícias anti-balaka, predominantemente formadas por cristãos, movidas por sentimentos de vingança. A chamada missão Sangaris envolveu no total cerca de 2000 efectivos. Já este ano foi reduzida a 1700 soldados, passando progressivamente as suas tarefas para a Minusca, força das Nações Unidas que começou a actuar em Setembro de 2014.
REFERÊNCIAS:
Entidades ONU