Os conservacionistas não gostam de boas notícias
Notícias boas, para os conservacionistas, são perigosas porque podem conduzir à redução dos recursos disponíveis para a conservação. (...)

Os conservacionistas não gostam de boas notícias
MINORIA(S): Animais Pontuação: 7 | Sentimento 0.7
DATA: 2013-03-01 | Jornal Público
SUMÁRIO: Notícias boas, para os conservacionistas, são perigosas porque podem conduzir à redução dos recursos disponíveis para a conservação.
TEXTO: A conservação da natureza e a gestão da paisagem são áreas de conhecimento em que a distinção entre facto e opinião nem sempre é fácil. As muitas, e complexas, teias de relação causa-efeito que estão por trás de cada observação explicam essa dificuldade. Penso que é Jorge Palmeirim que diz, com muita propriedade, que a natureza não existe para que nós a estudemos, nós é que insistimos em estudá-la. Nestas circunstâncias não admira que, na dúvida, o crédito dado às más notícias seja muito maior que o crédito dado às boas notícias. Presumir que uma espécie não tem problemas de conservação, quando eles existem, é muito mais perigoso do que presumir que a espécie precisa de medidas de conservação, quando, afinal, não está assim tão ameaçada. A valorização das más notícias, em detrimento das boas, leva ao uso de recursos na conservação de espécies que não precisam de medidas de conservação. E porque os recursos são sempre escassos, aumentamos o risco de faltarem onde precisamos mesmo deles. Vale a pena ilustrar a ideia com um exemplo. O lince esteve muito, muito ameaçado, confinado a pequenas áreas no Sul de Espanha com populações em forte contracção. Esta situação decorreu, na minha pouco consensual opinião sobre o assunto, da brusca redução da população de coelho, primeiro nos anos 50 do século XX por causa da mixomatose, depois nos anos 80 por causa da pneumonia hemorrágica viral. Para se ter uma ideia do efeito devastador destas doenças refira-se que a população de coelho na Europa diminuiu 90% a 95% nos primeiros anos da mixomatose. Embora existam referências a uma terceira doença actualmente em progressão nas populações de coelho, a verdade é que entre o fim dos anos 80 e os meados dos anos 90, as populações de coelho adaptaram-se a estas doenças e têm vindo a recuperar visivelmente. A boa notícia é que à recuperação das populações de coelho se associa a recuperação de muitas outras espécies que dependem, em maior ou menor grau, da disponibilidade de coelho, como a águia imperial ou o lince. É assim que a população de lince tem vindo a recuperar, a taxas de crescimento anuais por volta dos 10%, vai para dez anos, tendo já mais que triplicado a população que existia no ponto mais extremo da retracção. É inevitável que o lince deixe de ser considerado uma espécie “criticamente em perigo”, o grau de ameaça mais próximo da extinção, para ser considerada uma espécie “em perigo”, como tem vindo a ser discutido na União Internacional para a Conservação da Natureza. Na verdade, esse passo de reconhecimento de que a espécie está hoje num perigo menor (eu diria, muito menor) de extinção do que há dez anos só ainda não foi dado porque os conservacionistas realmente não gostam de boas notícias. Acham-nas perigosas porque podem conduzir à redução dos recursos disponíveis para a conservação. Com alguma razão. Mas não toda, diriam as espécies mais ameaçadas, para as quais faltam os recursos de conservação que estão a ser dirigidos para outro lado.
REFERÊNCIAS:
Conserveira Ramirez investe 18 milhões em nova fábrica em Matosinhos
Empresa tem 160 anos de actividade e ainda é gerida pela mesma família. (...)

Conserveira Ramirez investe 18 milhões em nova fábrica em Matosinhos
MINORIA(S): Animais Pontuação: 7 | Sentimento 0.136
DATA: 2013-07-31 | Jornal Público
SUMÁRIO: Empresa tem 160 anos de actividade e ainda é gerida pela mesma família.
TEXTO: A conserveira Ramirez lança na quarta-feira a primeira pedra da sua nova fábrica, em Lavra, Matosinhos, um investimento de 18 milhões de euros que permitirá duplicar a capacidade da actual unidade, anunciou hoje a empresa. Em comunicado, a conserveira - que está a comemorar 160 anos de actividade – adianta que a nova fábrica, designada ‘Ramirez 1853’, será construída no lugar de Avilhoso, em Lavra, Matosinhos, dispondo de 20. 000 metros quadrados de edifícios industriais e de uma área total de 40. 000 metros quadrados. A nova unidade permitirá duplicar a capacidade da actual fábrica, que é “a mais antiga do mundo em laboração no sector das conservas de peixe” e que, nos últimos anos, “tem absorvido 25% das descargas anuais de sardinha no porto de pesca de Matosinhos”. Contudo, refere a Ramirez, actualmente esta unidade “já não permite o crescimento e a inovação desejados”. Constituída em 1853, em Vila Real de Santo António, a Ramirez estabeleceu-se em Matosinhos no final de década de 1920 e fixou aí a sua sede em 1940, ainda antes da entrada em laboração da actual fábrica em Leça da Palmeira. Actualmente, a gestão da conserveira está a cargo das 4. ª e 5. ª gerações da família fundadora, a Ramirez & Cª (Filhos), SA. “A nossa história revela o sucesso de uma série de investimentos em períodos de adversidade. A ‘Ramirez 1853’ será uma estrutura industrial de vanguarda, com todas as especificações tecnológicas dos dias de hoje”, destaca a empresa. Segundo o presidente do conselho de administração da Ramirez & Cª (Filhos), SA, Manuel Ramirez, a nova fábrica substituirá as atuais instalações, “diminuindo os custos operacionais e logísticos e favorecendo o recurso a novos equipamentos e a criação de novos produtos, dando continuidade à aposta na segurança alimentar e na inovação”. Apoiada pelo PROMAR - Programa Operacional de Pescas, a nova fábrica da Ramirez foi considerada um projecto de Potencial Interesse Nacional (PIN). Para Manuel Ramirez, este facto “permitiu acelerar os processos burocráticos do licenciamento, como aliás todos deveriam ser, para bem do investimento no país”. Para além da actividade produtiva a desenvolver, a ‘Ramirez 1853’ pretende assumir-se como “um pilar do turismo industrial em Matosinhos” através do museu alusivo à sua história empresarial em Vila Real de Santo António, Olhão, Albufeira, Setúbal, Lisboa, Matosinhos e Peniche, bem como “uma plataforma de divulgação e degustação das mais diversas propostas de conservas de peixe”. Agendada para as 11h, a cerimónia de lançamento da 1. ª pedra da ‘Ramirez 1853’ será presidida pelo presidente da Câmara Municipal de Matosinhos, Guilherme Pinto, e pelas directora e sub-directora geral dos Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos, Maria Teresa Bessa e Ana Rita Berenguer, respectivamente. Na ocasião será ainda feita uma homenagem simbólica a todos os que colaboraram no planeamento da nova unidade industrial, com duas latas com o formato típico da indústria conserveira (onde serão inscritos os nomes da administração e dos colaboradores da Ramirez) a serem depositadas nos alicerces da nova estrutura fabril. Com um total de 180 trabalhadores e unidades fabris em Matosinhos e Peniche, a Ramirez tem uma facturação anual de 30 milhões de euros, 64% dos quais resultantes da exportação para 50 mercados, e vende 45 milhões de latas/ano de um total de 55 referências de conservas de peixe.
REFERÊNCIAS:
Tempo quarta-feira
Tubarão morto encontrado no metro de Nova Iorque
Achado insólito num dos transportes mais utililizados na cidade norte-americana. (...)

Tubarão morto encontrado no metro de Nova Iorque
MINORIA(S): Animais Pontuação: 7 | Sentimento -0.03
DATA: 2013-08-08 | Jornal Público
SUMÁRIO: Achado insólito num dos transportes mais utililizados na cidade norte-americana.
TEXTO: Um tubarão com cerca de 1, 2 metros de comprimento foi encontrado morto numa carruagem do metro de Nova Iorque na noite de quarta-feira. O animal acabou por ser deitado no lixo sem que fosse aberta uma investigação pela autoridade responsável pelo metropolitano. Ainda molhada, com vestígios de sangue na boca, a carcaça do tubarão, foi encontrada debaixo do assento de uma carruagem do metro da cidade norte-americana que circulava na zona de Queens. Inicialmente, os poucos passageiros que estava no interior da carruagem pensavam que se tratava de um brinquedo. “Pensei que fosse apenas um peluche ou uma partida”, confessou à CNN Juan Cano. Ao aproximar-se do animal percebeu que era um tubarão verdadeiro. “Foi só quando vi os dentes que percebi que era real e não um brinquedo”, contou. Durante algumas estações, o tubarão permaneceu no interior da carruagem sem que ninguém alertasse as autoridades, admitiram outros passageiros a alguns jornais norte-americanos. Algumas das pessoas que se aperceberam da presença do tubarão tiraram fotografias. Algumas das imagens que já circulam na Internet mostram mesmo o animal com um cigarro na boca. Depois de alertada a Metropolitan Transportation Authority, autoridade responsável pelo transporte subterrâneo, o animal acabou por ser retirado por um supervisor quando o metro chegou à estação de Astoria/Ditmars Boulevard. Aí foi colocado num saco para o lixo e deitado fora. A espécie de tubarão encontrada acabou por não ser identificada. A CNN recorda que este não é o primeiro caso insólito com um tubarão. Na semana passada, em Nantucket, no Massachusetts, foi encontrada a carcaça de um tubarão com cerca de 1, 5 metros à porta de um bar. Até agora, a polícia não conseguiu apurar como é que o animal foi ali parar. Estes casos levaram muitos a associá-los à Semana do Tubarão, um programa do Discovery Channel, numa espécie de acção de publicidade. A direcção do canal viu-se mesmo obrigada a reagir. “A Semana do Tubarão está centrada na conservação, por isso entristece-nos muito que alguém possa pensar que isto é engraçado ou esteja de alguma forma associado à nossa celebração dedicada aos tubarões”, afirmou a porta-voz do canal, Laurie Goldberg, num comunicado enviado aos jornais.
REFERÊNCIAS:
Há mais um golfinho-roaz a nadar no Sado
O Sapal foi avistado pela primeira vez na quarta-feira e junta-se aos outros 27 membros da população residente. (...)

Há mais um golfinho-roaz a nadar no Sado
MINORIA(S): Animais Pontuação: 7 | Sentimento 0.0
DATA: 2013-08-09 | Jornal Público
SUMÁRIO: O Sapal foi avistado pela primeira vez na quarta-feira e junta-se aos outros 27 membros da população residente.
TEXTO: Chama-se Sapal e é um recém-nascido, tanto que ainda tem a barbatana dorsal dobrada, depois dos 12 meses passados no útero da mãe. O novo membro da população de golfinhos-roazes do Sado, que conta agora com 28 elementos, foi avistado pela primeira vez nesta quarta-feira à tarde. Como nos primeiros meses de vida as crias são protegidas em simultâneo pelas várias fêmeas adultas do grupo, ainda não se sabe quem é a mãe, explica o Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF), em comunicado. O Sapal foi visto a nadar em frente a uma das embarcações licenciadas para a observação de cetáceos no Sado. Este instituto lembra que as primeiras semanas são cruciais para a sobrevivência dos golfinhos, pelo que “não é desejável que um grande número de embarcações permaneça nas proximidades do grupo”. O ICNF avisa que as observações de cetáceos, uma das actividades que atrai os turistas ao Sado, na região de Setúbal, devem ser dirigidas a outros roazes nos próximos tempos. O Sapal, assim baptizado pelos participantes de um concurso lançado pelo ICNF, é o elemento mais novo da população de roazes [Tursiops truncatos] do estuário, a única residente no país. Em 2012 nasceram outras duas crias, a Serrote e o Ácala. Actualmente existem ali 28 roazes, mas chegaram a ser cerca de 50, há duas décadas. No ano passado desapareceu o Arpão, um dos animais mais velhos do grupo (estima-se que tivesse pelo menos 40 anos). “Nos últimos avistamentos estava quase sempre sozinho e nadava com alguma lentidão”, pelo que não se exclui a possibilidade de ter morrido, admite o ICNF. O Bocage, um juvenil nascido em 2005, também deixou de ser avistado. “É possível que tenha emigrado, situação normal em roazes residentes”, lê-se na nota. Durante os próximos tempos, o ICNF pede às empresas marítimo-turísticas e aos particulares que respeitem com mais cautela as regras relativas à observação de cetáceos. Por exemplo, manter uma distância de 30 metros em relação ao grupo de golfinhos mais próximo, não ficar mais do que 30 minutos junto ao grupo e não exceder a sua velocidade de deslocação.
REFERÊNCIAS:
Tempo quarta-feira
O Sapal morreu após ter sido agredido por outros golfinhos do grupo
O roaz recém-nascido, encontrado morto na semana passada, tinha várias lesões internas, concluiu a necrópsia. (...)

O Sapal morreu após ter sido agredido por outros golfinhos do grupo
MINORIA(S): Animais Pontuação: 7 | Sentimento -0.12
DATA: 2013-08-24 | Jornal Público
SUMÁRIO: O roaz recém-nascido, encontrado morto na semana passada, tinha várias lesões internas, concluiu a necrópsia.
TEXTO: O Sapal, golfinho recém-nascido que foi encontrado morto na semana passada no estuário do Sado, ao largo de Setúbal, terá sido agredido por outros golfinhos do grupo, um comportamento inédito nesta população. Essa é a conclusão da necrópsia feita ao corpo do roaz pelo Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF), divulgada neste sábado. Avistado pela primeira vez a 7 de Agosto, o Sapal era o mais jovem elemento da população de roazes residentes no Sado, que tem 27 golfinhos. Foi encontrado morto no dia 16, com a mãe, baptizada de Ligeiro, a tentar mantê-lo à superfície, para o ajudar a respirar. Mas já nada podia fazer. Os técnicos do ICNF recolheram o corpo para necrópsia e encontraram múltiplas lesões internas “relacionadas com agressão violenta”, diz o instituto em comunicado. O golfinho tinha uma costela fracturada e várias hemorragias internas em diversos órgãos, incluindo na base do crânio, congestão da espinal medula e cerebelo. O ICNF lembra que no dia anterior à detecção da cria morta foi alertado por uma das empresas de observação de cetáceos para um “comportamento estranho” de três roazes jovens com o Sapal. Dois machos de sete anos (o Cocas e o Tongas) e o irmão do Sapal (o Moisés, com seis anos), “empurravam” a cria para a superfície, fazendo algo semelhante ao que os adultos, sobretudo as fêmeas, fazem quando as crias estão em dificuldades. “Na altura o comportamento, apesar de estranho e de nunca ter sido observado na população do Sado, foi interpretado como podendo ser um comportamento lúdico (brincadeira), tanto mais que quando a cria era observada a nadar e a respirar sozinha junto da progenitora e de outros adultos aparentava um comportamento normal”, afirma o instituto. A agressão entre cetáceos da mesma espécie está documentada mas nunca tinha sido detectada na população de roazes residentes no Sado. O infanticídio pode, refere o ICNF, ser uma forma de induzir as fêmeas que estão a amamentar – como era o caso da Ligeiro – a entrarem novamente em cio. Mas também pode ser um comportamento lúdico, uma perturbação social ou simplesmente um caso de agressão pelo facto de as crias serem mais pequenas e indefesas. Falta fiscalizaçãoNão é a primeira vez que morre uma cria no estuário do Sado, onde se encontra a única população de golfinhos residente em Portugal e uma das poucas existentes na Europa. Mas cada caso é visto com preocupação por quem acompanha e chama pelo nome os roazes-corvineiros [Tursiops truncatus]. Durante o Verão não faltam barcos no estuário à procura dos golfinhos. Às embarcações com licença marítimo-turística somam-se os barcos de recreio de particulares. E nem sempre se respeitam as normas do regulamento: por exemplo, manter uma distância de 30 metros em relação ao grupo de golfinhos mais próximo, não ficar mais do que 30 minutos junto aos animais e não exceder a sua velocidade de deslocação. Há também quem se queixe da falta de fiscalização por parte das autoridades marítimas. Quando deu a notícia do nascimento do Sapal, o ICNF lembrava que as primeiras semanas são cruciais para a sobrevivência dos golfinhos, pelo que “não é desejável que um grande número de embarcações permaneça nas proximidades do grupo”. Pedia ainda que as observações de cetáceos, uma das actividades que mais atrai os turistas ao Sado, na região de Setúbal, fossem dirigidas a outros roazes nos próximos tempos. Agora, o INCF alerta mais uma vez os utilizadores do estuário para a necessidade de cumprirem o código de conduta de observação de cetáceos.
REFERÊNCIAS:
Uma das rãs mais pequenas do mundo consegue ouvir com a boca
Antes pensava-se que as rãs Gardiner, que vivem nas Seychelles, eram surdas. Descoberta pode ajudar a resolver alguns casos de surdez em humanos. (...)

Uma das rãs mais pequenas do mundo consegue ouvir com a boca
MINORIA(S): Animais Pontuação: 7 | Sentimento 0.0
DATA: 2013-09-03 | Jornal Público
SUMÁRIO: Antes pensava-se que as rãs Gardiner, que vivem nas Seychelles, eram surdas. Descoberta pode ajudar a resolver alguns casos de surdez em humanos.
TEXTO: Um grupo de cientistas descobriu que as minúsculas rãs Gardiner, que vivem nas florestas tropicais das ilhas Seychelles, no Oceano Índico, conseguem ouvir com a boca. Antes pensava-se que esta espécie era surda. Num estudo publicado na revista Proceedings of the Natural Academy of Sciences (PNAS), da Academia Americana de Ciências, os investigadores revelam que, embora não tenham ouvido médio nem tímpano, estas rãs usam a cavidade bucal para transmitir sinais sonoros ao cérebro. Geralmente, as rãs não têm ouvido externo como os humanos, mas possuem um ouvido médio com tímpano, na parte externa da cabeça. Os tímpanos vibram com as ondas sonoras e a vibração é enviada para o ouvido interno e depois para o cérebro. Até agora pensava-se que as rãs Gardiner não conseguiam ouvir sem um ouvido médio, porque 99, 9% da onda sonora reflecte-se na superfície da pele. Mas não. Os cientistas expuseram estes pequenos animais – têm apenas um centímetro de comprimento – a gravações do coaxar de outras rãs. Instalaram sistemas de alta voz na floresta e reproduziram esses sons, aos quais os machos Gardiner responderam imediatamente. Para perceber que partes do corpo é que permitiam aos anfíbios ouvir, fizeram radiografias e concluíram que a boca funciona como um amplificador da frequência dos sons, estimulado por pequenas membranas localizadas entre a cavidade bucal e o ouvido interno. Justin Gerlach, do Fundo de Protecção da Natureza das Seychelles e membro da equipa de investigadores, disse à BBC que o barulho feito pelas rãs é um dos sons característicos da floresta. “É um grito muito alto e agudo”, explicou. Ao ouvirem este grito, os machos respondem. “Ou mudam de posição – eles podem movimentar-se para o local de onde vem o som – ou, muitas vezes, respondem à chamada”, disse o cientista. "Esta combinação da [ressonância da] cavidade bucal e da cavidade óssea permite às rãs Gardiner perceber os sons sem utilizarem um ouvido médio", conclui o coordenador da investigação, Renaud Boistel, do Centro Nacional Francês para a Investigação Científica, citado pela BBC. Boistel acredita que a descoberta deste novo mecanismo de audição pode ser aplicada na medicina, para ajudar a resolver determinados tipos de surdez em humanos. As rãs Gardiner apenas vivem nas Seychelles, no meio do Oceano Índico, e são por isso uma das espécies de rãs mais isoladas do mundo. A espécie está classificada como em perigo devido à degradação do seu habitat por causa dos incêndios e de espécies invasoras, e também devido à prática da agricultura e do turismo. “A possível extinção destas rãs significaria a perda de 65 milhões de anos de evolução notável: não só por o seu sistema de audição ser invulgar, mas também por serem uma das espécies de rãs mais pequenas do mundo”, diz Gerlach.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave humanos estudo espécie corpo extinção
PAN quer promover uso da bicicleta em Lisboa, Oeiras e Sintra
Candidato do PAN à Câmara Municipal de Sintra foi a pedalar de Sintra até Lisboa. (...)

PAN quer promover uso da bicicleta em Lisboa, Oeiras e Sintra
MINORIA(S): Animais Pontuação: 7 | Sentimento 0.2
DATA: 2013-09-22 | Jornal Público
SUMÁRIO: Candidato do PAN à Câmara Municipal de Sintra foi a pedalar de Sintra até Lisboa.
TEXTO: Ainda não são 10h00, mas em Sintra já se percebe que o dia vai ser quente. O calor e o sol não foram, porém, motivos suficientes para demover o candidato do PAN à autarquia local, Nuno Azevedo, de pedalar ao longo de cerca de 35 quilómetros e durante três horas, entre Sintra e Lisboa. Esta foi uma das iniciativas promovidas ontem pelo PAN, que pretende fomentar o uso da bicicleta em Sintra, Lisboa e Oeiras. A actividade, que se inseria no Dia Mundial Sem Carro e no âmbito da semana europeia da mobilidade, contou ainda com a presença dos candidatos a Oeiras, Richard Warrell, e a Lisboa, Paulo Borges, mas nenhum acompanhou Nuno Azevedo no percurso de bicicleta. Richard Warrell diz que detectou à última hora um pedal da bicicleta partido e Paulo Borges explicou que prefere as caminhadas e o montanhismo. O candidato do PAN a Oeiras, Richard Warrell, garantiu, porém, que, para se redimir do contratempo, iria fazer o percurso de Lisboa até Oeiras a correr: “Tive um problema técnico com a bicicleta, não pegava nela há algum tempo e o pedal estava partido. Vim de comboio, mas vou regressar a correr”, justifica, vestido a rigor para a corrida de cerca de dez quilómetros entre Lisboa e Paço de Arcos, onde vive. Ao lado, o candidato à Câmara de Lisboa também se desculpa por não ter acompanhado o candidato a Sintra, mas prefere as caminhadas e o montanhismo. “Andar a pé é uma das coisas que mais gosto de fazer”, garante Paulo Borges. O ambiente na partida, em frente ao Palácio de Sintra, e na chegada, em Lisboa, era de boa-disposição. Se em Sintra se metiam uns com os outros para saber se alguém precisava de “rodinhas” nas bicicletas, em Lisboa acabaram por desistir da ideia de fazer um comício: “Com tantas pessoas vamos ter de ir fazer o comício para outro lado”, ironizavam, bem-dispostos, no jardim em frente ao Mosteiro dos Jerónimos. Apesar de só o candidato de Sintra ter cumprido o programa previsto, o objectivo de promover o uso das bicicletas, através da criação de mais ciclovias, é comum aos programas eleitorais dos três concelhos. O candidato de Sintra quer ainda criar, na zona da Portela de Sintra, um parque multidisciplinar, com espaços verdes, área para crianças, estruturas para a prática desportiva, para passear animais, e para actividades radicais: “Queremos criar um grande parque em Sintra que esteja bem perto de uma estação de comboios”, afirmou. “As prioridades têm sido sempre as estradas e as auto-estradas. O PAN quer apostar no ambiente, no lazer, no desporto, na qualidade de vida dos cidadãos”, acrescentou. Richard Warrell também pretende criar mais vias para peões e para bicicletas que liguem as zonas do litoral de Oeiras ao interior do concelho. O candidato entende que, mesmo no passeio marítimo de Oeiras, há demasiada confusão entre quem anda a passear, quem anda de bicicleta e quem anda de patins e que devia haver um corredor exclusivo para ciclistas, onde se pudesse usar todo o dia a bicicleta como meio de transporte e não apenas como forma de fazer desporto. A acompanhar Nuno Azevedo no percurso entre Sintra e Lisboa estiveram 15 pessoas, e nem todas pertenciam ao partido. Rui Lopes, por exemplo, desempregado de 34 anos, aderiu à iniciativa não tanto por motivos políticos, mas por ser um “apoiante” da bicicleta: “Soube disto pelo facebook e resolvi aderir. Acho bem estas iniciativas do PAN para promover a bicicleta e o ambiente”, diz. Apesar de não pegar muitas vezes na bicicleta, Nuno Azevedo pratica desporto e, por isso, foi em forma que chegou a Lisboa. De propósito e com a t-shirt bem transpirada, fez questão de “fazer a maldade” de abraçar os candidatos que não o acompanharam e que o esperavam, asseados e frescos, em Lisboa.
REFERÊNCIAS:
Partidos PAN
Futebolistas e pescadores
O penúltimo classificado da Liga islandesa oferece um part-time aos seus jogadores fora do futebol. (...)

Futebolistas e pescadores
MINORIA(S): Animais Pontuação: 7 | Sentimento 0.0
DATA: 2013-10-05 | Jornal Público
SUMÁRIO: O penúltimo classificado da Liga islandesa oferece um part-time aos seus jogadores fora do futebol.
TEXTO: Durante mais de uma década, a maior parte dos adeptos de futebol só terá conseguido identificar um jogador islandês de relevo. Eidur Gudjohssen, avançado, andou por alguns dos maiores clubes da Europa, como o PSV Eindhoven, o Chelsea e o Barcelona, e, aos 35 anos, cumpre os momentos finais da sua carreira no Club Brugges, da Bélgica. A grande referência actual do futebol islandês é Gylfi Sigurdsson, médio do Tottenham de Villas-Boas, e, em Portugal, há dois jogadores internacionais por este país nórdico, ambos no Belenenses, os médios Helgi Danielsson e Eggert Jonsson – o clube do Restelo até tentou explorar mais este filão, tentando contratar Gudjohnssen, mas não conseguiu. Mais difícil será identificar algum clube islandês. A resposta que qualquer adepto dará à pergunta sobre qual será o maior clube da Islândia é Futebol Clube Reiquejavique e, mesmo sendo “ao calhas”, não andará longe da verdade, embora a sigla pelo qual é conhecido, KR, diz pouco sobre a sua localização. O Knattspyrnufélag Reykjavíkur (FC Reiquejavique) é o actual campeão da Islândia, tendo conquistado na passada semana o seu 26. º título (o campeonato, de 12 equipas, disputa-se entre Maio e Setembro), mas tem pouca expressão no futebol europeu, nunca tendo passado da primeira ronda das provas da UEFA. Mais conhecido dos portugueses será o Akranes, contra quem o Sporting conseguiu uma das suas maiores vitórias europeias. Na viagem à Islândia, para a primeira eliminatória da Taça UEFA em 1986-87, os “leões” venceram por 9-0, enquanto em Alvalade o triunfo foi por “apenas” 6-0. KR e Akranes estão em polos opostos do futebol islandês. O primeiro foi campeão, o segundo, que tem 18 títulos no seu historial, foi último e despromovido. Na descida foi acompanhado pelo Víkingur Ólafsvík, que apenas se manteve uma época no primeiro escalão, depois de ter tido uma ascensão fulgurante, da terceira divisão à primeira em três anos, um feito incrível para o clube de uma localidade com apenas mil habitantes. Não será fácil atrair jogadores para esta pequena vila piscatória, mas o Víkingur até tem um plantel surpreendentemente internacional. Tem jogadores da Bósnia, da Eslovénia, do Togo, das Ilhas Feroé, da Croácia, da Polónia, da Letónia e da Espanha, que é o país mais representado nesta “Babel” nórdica, com cinco atletas. Segundo conta ao jornal Marca Samuel Jiménez, um desses espanhóis, o dono da equipa oferece um suplemento de salário aos jogadores em troca dos seus serviços na sua frota pesqueira. “Alguns vão duas ou três vezes por semana para a faina para complementar o ordenado. Eu também fui, mas foi mais por diversão”, explicou Jiménez, que também jogou na equipa de futsal do Víkingur. * Planisférico é uma rubrica semanal sobre histórias e campeonatos de futebol periféricos
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave salário
Contrabando de ovos de papagaio vale 14 meses de prisão com pena suspensa
Mulher condenada pelo Tribunal de Lisboa. (...)

Contrabando de ovos de papagaio vale 14 meses de prisão com pena suspensa
MINORIA(S): Animais Pontuação: 7 | Sentimento 0.3
DATA: 2013-10-09 | Jornal Público
SUMÁRIO: Mulher condenada pelo Tribunal de Lisboa.
TEXTO: Uma mulher que, em Maio, viajou do Brasil para Portugal com 61 ovos de papagaio foi condenada a 14 meses de prisão, com pena suspensa. A decisão foi tomada pelo Tribunal de Pequena Instância Criminal de Lisboa a 4 de Julho e anunciada nesta quarta-feira pela Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa. A mulher foi condenada pela “prática de um crime de contrabando qualificado”. A detenção ocorreu a 18 de Maio, quando a mulher proveniente do Brasil trazia 61 ovos de papagaio, embrulhados em papel e enfiados em meias, o conjunto todo enrolado à volta da cintura, por baixo da camisa. “Cada ovo da espécie referida [Gradydicascalus brachyurius] tem o valor de mil euros”, refere o mesmo comunicado. Os ovos de papagaio são um negócio de ouro para os traficantes de animais. Entre 2002 e 2004, foram apreendidos cerca de 90 ovos por ano em Portugal. Era apenas uma pequena amostra de um tráfico em larga escala. A investigação então lançada pela Polícia Judiciária, em conjunto com as autoridades aduaneiras e o Instituto Nacional de Conservação da Natureza e Florestas, concluiu que, só em Dezembro de 2003, terão entrado ilegalmente no país 3000 ovos de espécies cuja comercialização está proibida ou condicionada pela Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies da Fauna e da Flora Selvagem Ameaçadas de Extinção – conhecida mundialmente pela sigla CITES. A investigação levou ao desmantelamento de quatro redes de contrabando de espécies selvagens em Portugal. Sete pessoas foram condenadas a penas entre um ano e meio e quatro anos e meio de prisão. Durante cinco anos a partir de 2004, não houve mais apreensões. Mas em 2009, a actividade recrudesceu. Nesse ano, houve um caso, em 2010 houve outro e em 2011 as autoridades fizeram seis apreensões, num total de 160 ovos.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave crime tribunal mulher prisão espécie extinção
Este rato não sente o veneno dos escorpiões e até os come
Para o Onychomys torridus, os escorpiões servem de refeição e nem sente as suas picadas. Agora descobriu-se por que resiste ao veneno, o que pode ajudar a desenvolver novos analgésicos. (...)

Este rato não sente o veneno dos escorpiões e até os come
MINORIA(S): Animais Pontuação: 7 | Sentimento 0.0
DATA: 2013-10-25 | Jornal Público
SUMÁRIO: Para o Onychomys torridus, os escorpiões servem de refeição e nem sente as suas picadas. Agora descobriu-se por que resiste ao veneno, o que pode ajudar a desenvolver novos analgésicos.
TEXTO: O vídeo de um roedor do deserto norte-americano a atacar um escorpião conterrâneo impressiona. Os dois animais estão a ser filmados dentro de um aquário com areia e pedras, que imitam uma paisagem desértica como a do Arizona, nos Estados Unidos. Felpudo, focinho pontiagudo e orelhas de peluche, o Onychomys torridus não atinge mais do que 12, 5 centímetros, é um predador e avança sem medo para o Centruroides sculpturatus – sete centímetros, cor amarela esbatida, dono de uma das ferroadas mais dolorosas da América do Norte. Os momentos seguintes parecem um acto de masoquismo por parte do mamífero. O ferrão do escorpião atira-se à cara do rato repetidamente, e pica, pica, pica. Mas o roedor esfrega o focinho duas ou três vezes, e continua impávido a dar-lhe mordidelas. Adivinha-se que a batalha está concluída quando a cauda do escorpião não se levanta mais do chão. O rato venceu, come o escorpião, não há veneno que o abale. Ao contrário dos outros roedores, esta espécie tem uma mutação numa proteína que torna estes mamíferos resistente ao veneno do Centruroides sculpturatus, mostra um estudo publicado na edição desta sexta-feira da revista Science. “A maioria das pessoas descreve a picada do Centruroides sculpturatus como a sensação de queimadura de um cigarro e depois ter uma unha a pressionar esse local. É uma dor que queima e arde, mas há também alguma coisa no veneno que provavelmente activa os receptores mecânicos [importantes para se sentir o toque] que tornam as vítimas hipersensíveis a uma pequena pressão”, descreve Ashlee Rowe no podcast da Science. A investigadora é uma das autoras do estudo, da Universidade do Texas em Austin, nos Estados Unidos. Ashlee Rowe nunca foi picada pelo Centruroides sculpturatus, mas todos os Verões vai ao deserto do Arizona apanhar indivíduos desta espécie para as suas experiências. No deserto, pergunta às pessoas se já foram picadas e qual a sensação que o veneno deste escorpião causa. Há poucos registos de mortes provocadas por esta espécie, as pessoas doentes, as crianças e os idosos são os mais vulneráveis. Mas a dor que os animais e os humanos sentem é tão grande que chega para afastar potenciais predadores do escorpião. Um caso excepcionalMas o Onychomys torridus é uma excepção – e isso levanta algumas questões científicas. A dor salva-nos constantemente de estímulos que podem, se não matar-nos, pelo menos causar a morte de tecidos. É uma adaptação à realidade, que nos avisa: “Não faças isso, não toques no fogo senão queimas-te. ” Por isso, processos de adaptação à dor são sempre um motivo de curiosidade para quem estuda a natureza. “Se estes roedores não respondessem à dor em geral, não sobreviveriam muito tempo no ambiente natural”, refere a investigadora. Mas parece que são apenas resistentes a alguns venenos. Para compreender o que se passa com o veneno do escorpião, a equipa internacional de investigadores comparou o Onychomys torridus com o rato doméstico (Mus musculus). Fizeram uma primeira experiência muito simples: injectaram uma pequena dose de veneno do escorpião nas patas de indivíduos das duas espécies e viram quanto tempo é que cada roedor ficava a lamber a pata. Enquanto o rato doméstico lambia a pata durante mais de três minutos, o roedor americano fazia-o durante poucos segundos. Se injectassem uma solução salina na pata, o Onychomys torridus lambia-a durante mais alguns segundos do que quando recebia o veneno. Paradoxo fisiológicoDepois, os investigadores tentaram perceber o que se passava nesta espécie ao nível dos processos nervosos que desencadeiam a sensação de dor. Há dois canais de sódio, situados nas membranas das células nervosas, que são os principais responsáveis pela sensação de dor. Estes canais – que não são mais do que grandes proteínas que formam um poro na membrana das células nervosas e permitem a passagem de iões, que acabam por desencadear um sinal – situam-se em células nervosas do sistema nervoso periférico. Na pele, por exemplo. Uma substância que causa dor, como um veneno, liga-se a aminoácidos (os tijolos das proteínas) da parte extracelular do canal de sódio 1. 7, e desencadeia um primeiro fluxo de iões. Mas é necessário depois a activação do segundo canal de sódio, chamado de 1. 8, para o sinal ser suficientemente forte e seguir até ao cérebro, provocando a sensação de dor. O veneno do escorpião tem várias substâncias diferentes. No Mus musculus, há substâncias a activar o canal de sódio 1. 7, provocando a dor intensa. Mas a equipa descobriu, analisando os potenciais de acção destes dois canais, que no Onychomys torridus alguma substância do veneno estava a bloquear o canal de sódio 1. 8. Assim, apesar de o veneno poder estar a activar à mesma o canal de sódio 1. 7, o bloqueio do canal de sódio 1. 8 impedia que o sinal se propagasse e provocasse a dor. “Paradoxalmente, os ratos usam uma toxina do veneno para bloquear o efeito do próprio veneno”, explica Ashlee Rowe. Ironicamente, o veneno do escorpião acaba por servir de analgésico nestes ratos. Ao bloquear o canal de sódio 1. 8, o veneno impede, pelo menos momentaneamente, o início do processo de dor. Novos analgésicos?Os cientistas estudaram ainda os canais de sódio 1. 8 no Onychomys torridus, noutras espécies de roedores e de mamíferos para perceber qual a diferença que permitiu esta adaptação. Como estes canais estão associados a um processo tão disseminado e importante que é a capacidade de sentir dor, sabe-se que estas proteínas se mantêm semelhantes ao longo da evolução das espécies. No entanto, a equipa descobriu pequenas variações nestes canais nas diferentes espécies, e identificou os dois aminoácidos que se ligam à toxina do veneno do escorpião e permitem bloquear a dor. “Há variabilidade nas estruturas dos canais de sódio das diferentes espécies. Mesmo pequenas variações podem produzir efeitos fisiológicos profundos”, refere a cientista, defendendo que esta descoberta pode ter aplicações. “Esta investigação mostra a importância do canal de sódio 1. 8 na sinalização e regulação da dor. Se compreendermos melhor a interacção das toxinas do veneno e deste canal no bloqueio da dor, podemos usar isto como base para conceber uma nova classe de analgésicos que não causem dependência. ”
REFERÊNCIAS: