Prémios Pfizer 2010 para “ratos-cobra” e genes que protegem da malária cerebral
Este ano, os cientistas premiados são oito e os dois projectos recompensados dizem respeito à forma mais letal da malária e ao desenvolvimento do sistema musculo-esquelético. (...)

Prémios Pfizer 2010 para “ratos-cobra” e genes que protegem da malária cerebral
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-11-11 | Jornal Público
SUMÁRIO: Este ano, os cientistas premiados são oito e os dois projectos recompensados dizem respeito à forma mais letal da malária e ao desenvolvimento do sistema musculo-esquelético.
TEXTO: O que é que um cisne, uma cobra e um lagarto têm de diferente? Os primeiro tem um pescoço muito comprido, a segunda costelas em quase todo o corpo e o terceiro uma longuíssima cauda. Mas apesar destas claras diferenças morfológicas, são os mesmos genes, chamados Hox, que governam a construção precisa do esqueleto de cada uma destas espécies. Tânia Vinagre, Natalia Moncaut, Marta Carapuço, Ana Nóvoa e Joana Bom e Moisés Mallo, do Instituto Gulbenkian de Ciência de Oeiras e do Departamento de Histologia e Embriologia da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, mostraram-no criando no laboratório autênticos “ratinhos-cobra”, com costelas do pescoço até à cauda (ver Os genes que determinam as costelas no P2 de 05. 05. 2010). Por este trabalho, publicado em finais de Abril deste ano na revista científica Developmental Cell¸ estes seis cientistas vão receber, hoje ao fim da tarde na Faculdade de Ciências Médicas de Lisboa, o Prémio Pfizer 2010 de Investigação Básica. “Neste trabalho”, explica-nos por email Tânia Vinagre, “descobrimos qual o grupo de genes Hox que é responsável pela formação de costelas e, manipulando o local no embrião de ratinho onde estes genes estão presentes, produzimos um ratinho com um esqueleto semelhante ao de uma cobra. ”A equipa, liderada por Moisés Mallo, descobriu também algo de muito surpreendente: “A informação para formar costelas é dada inicialmente aos precursores dos músculos, que depois a transmitem aos precursores de osso”, diz Tãnia Vinagre. Algo que, salienta, “tem profundas implicações em termos evolutivos porque explica como se formam os diferentes esqueletos nos diferentes vertebrados e ainda porque fornece um mecanismo para o desenvolvimento coordenado do sistema musculo-esquelético”. A outra vertente do Prémio, na categoria da investigação clínica, foi para dois investigadores, Carlos Penha Gonçalves, do Instituto Gulbenkian de Ciência, e Rosário Bragança Sambo, do Hospital Pediátrico David Bernardino de Luanda, Angola, pela sua descoberta de dois genes humanos que protegem contra a malária cerebral, a forma mais mortal da doença, que atinge cinco por cento das crianças afectadas pela malária. Os resultados foram publicados em Junho passado na revista cientítica online PloS One. Os genes, HMOX1 e TGFB2, comandam o fabrico de duas proteínas que protegem o organismo da inflamação (ver Dois genes humanos associados à malária cerebral, PÚBLICO de 21. 06. 2010). “Os dois genes identificados (bem como outros dois que agora estamos a analisar)”, diz-nos por email Carlos Penha Goncalves, “são genes relacionados com a reposta inflamatória e actuam como moduladores da intensidade da inflamação. ” Qual poderá ser o mecanismo de acção destes genes? “O nosso achado de que variantes destes genes podem aumentar o risco de malária cerebral”, responde-nos o cientista, “sugere que esta doença é causada por uma reacção inflamatória excessiva à presença do parasita [da malária] na circulação cerebral, em que a inflamação pode chegar ao ponto de lesar o tecido cerebral, causando os sintomas clínicos da forma cerebral da malária. ” Donde, é portanto plausível “que variantes genéticas que levem a uma diminuição da resposta inflamatória sejam factores de resistência ao desenvolvimento da malária cerebral, enquanto que variantes genéticas que aumentem a reposta inflamatória levem a um aumento do risco de exibir malária cerebral. ” Quanto aos dois novos genes identificados, os resultados “estão agora a ser confirmados e esperamos que em breve sejam publicados”. Estes cientistas também querem estudar outras populações africanas e já iniciaram “contactos com outras equipas de investigação que possuem colecções de amostras de outras populações africanas, onde poderemos analisar os genes do nosso interesse relacionados com a malária cerebral. Contamos poder vir a colaborar com estas equipas num futuro próximo. ”
REFERÊNCIAS:
Papéis para a libertação de Aung San Suu Kyi já terão sido assinados
Responsáveis birmaneses asseguraram hoje estarem “certos” que a célebre dissidente birmanesa Aung San Suu Kyi, em prisão domiciliária há 18 meses, irá ser libertada nos próximos dias. A BBC chega mesmo a avançar que os papéis da sua libertação já terão sido assinados. (...)

Papéis para a libertação de Aung San Suu Kyi já terão sido assinados
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-11-12 | Jornal Público
SUMÁRIO: Responsáveis birmaneses asseguraram hoje estarem “certos” que a célebre dissidente birmanesa Aung San Suu Kyi, em prisão domiciliária há 18 meses, irá ser libertada nos próximos dias. A BBC chega mesmo a avançar que os papéis da sua libertação já terão sido assinados.
TEXTO: “As autoridades vão libertá-la, é certo”, indicou um responsável birmanês à AFP. “Ela será libertada, sem nenhuma dúvida, como previsto (. . . ) Estamos apenas à espera do horário de libertação”, acrescentou outro responsável. O correspondente da BBC em Banguecoque, Alastair Leithead, reportou mesmo que uma série de fontes dentro do regime lhe confirmaram que os documentos que autorizam a libertação de Suu Kyi já foram assinados. A última condenação de Aung San Suu Kyi a 18 meses de prisão domiciliária expira no sábado, menos de uma semana depois das primeiras eleições em 20 anos, apelidadas de “fantochada” pelo Ocidente. Na quarta-feira um responsável nacional - que a AFP não especifica - também já tinha indicado que os serviços de segurança preparavam uma eventual libertação nessa data, mesmo que ainda não tivessem tido nenhuma indicação nesse sentido. A laureada com um Prémio Nobel da Paz, de 65 anos, passou 15 dos últimos 21 anos privada da sua liberdade. O seu partido - a Liga Nacional para a Democracia (LND) - venceu as eleições de 1990, mas a junta militar que governa o país recusou-se a honrar os resultados. A LND não participou nas eleições de domingo. O Partido da Solidariedade e do Desenvolvimento (UDSP), pró-junta e acusado de fraudes pela oposição, foi o vencedor do escrutínio. Distinguida em 1991 com o Prémio Nobel da Paz, Aung San Suu Kyi é um dos presos políticos mais conhecidos em todo o mundo, com um estatuto equiparável ao de que gozou outrora o sul-africano Nelson Mandela. Notícia actualizada às 10h15
REFERÊNCIAS:
Étnia Africano
O Weekend chegou mais cedo
Vampire Weekend Lisboa, Campo Pequeno.Quarta, 22h. Cerca de 4 mil pessoas4 estrelas (...)

O Weekend chegou mais cedo
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.1
DATA: 2010-11-12 | Jornal Público
SUMÁRIO: Vampire Weekend Lisboa, Campo Pequeno.Quarta, 22h. Cerca de 4 mil pessoas4 estrelas
TEXTO: Não falham. Canções curtas e físicas, gerando empatia de forma imediata com a audiência. Durante hora e meia foi assim o primeiro concerto da nova digressão europeia dos Vampire Weekend em Lisboa. Pode assistir-se a muitas actuações dos americanos – a último, em Julho, no Super Bock Super Rock – mas fica-se sempre com uma sensação refrescante como se fosse a primeira vez. São sempre joviais, lançando canção atrás de canção sem demoras, com dinamismo rítmico e eficácia melódica. O baixista Chris Baio, com passos de dança muito singulares, e o baterista Chris Tomson são uma fonte inesgotável de energia, marcando o ritmo e a vivacidade de toda a função, enquanto o vocalista Erza Koenig canta, grita, interage circunstancialmente com a assistência (não indo além de frases de ocasião) e retira da sua guitarra acordes que remetem para alguma música africana. O mais discreto acaba por ser o teclista e ocasionalmente guitarrista Rostam Batmanglij, que pontua os ambientes. Apesar de terem apenas dois álbuns lançados (“Vampire Weekend” de 2008 e “Contra” de 2010) os americanos já têm um património de canções – “One (blake’s got a new face)”, “Holiday”, “Cape cod kwassa kwassa”, “Horchata”, “Giving up the gun”, “Animal” ou “Mansard roof” – que muita gente conhece de cor, o que facilita a função. Ao mínimo acorde o público reconhece-as, abandona-se a elas, deixando-se ir na festa colectiva. “Se estiverem numa de dançar esta é fácil” lançou às tantas Koenig, preparando a entrada de “A-punk”, mas poderia ter sido qualquer outra, de tal forma o frenesim se mantém estável. Por vezes, como na introdução de “I stand corrected”, as luzes baixam, a voz de Koenig torna-se mais flexível, o ambiente torna-se etéreo, mas logo de seguida a bateria torna-se nervosa, a guitarra movimenta-se em cascata e uma música pop mundana de grande vigor, com influências clássicas, africanas ou das Caraíbas em direcção ao ska, acaba por estabelecer-se definitivamente. Há três anos, quando surgiram, muitos disseram que a sua sonoridade limitava-se a exprimir um conhecimento cumulativo da história, dos Talking Heads aos Feelies, passando pelos Orange Juice ou King Sunny Adé. Haverá um pouco de verdade nessa preposição. Mas a verdade é que hoje já ninguém dúvida que conseguiram atingir um desígnio superior onde as fracções se pulverizaram no todo, fazendo nascer um novo organismo, capaz de criar uma festa de sábado à noite, numa 4ª feira, em Lisboa.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave animal
Portugal "sujou o fato" mas não conseguiu tudo o que queria
Portugal, por ser anfitrião da cimeira da Aliança Atlântica, é apenas mestre de cerimónias ou meteu a mão na massa e interveio nos temas de substância? (...)

Portugal "sujou o fato" mas não conseguiu tudo o que queria
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-11-18 | Jornal Público
SUMÁRIO: Portugal, por ser anfitrião da cimeira da Aliança Atlântica, é apenas mestre de cerimónias ou meteu a mão na massa e interveio nos temas de substância?
TEXTO: Não há uma fita métrica para medir com rigor a influência que Portugal teve nas questões de substância da cimeira da NATO, mas o novo Conceito Estratégico que sairá de Lisboa incorpora quatro das cinco principais ideias defendidas por Lisboa e inclui até frases cuja autoria a diplomacia portuguesa reivindica para si. Dentro do Ministério dos Negócios Estrangeiros há diplomatas - mesmo ao mais alto nível - que defendem que ser anfitrião de uma cimeira desta dimensão (50 chefes de Estado e de governo) é sobretudo organizar bem e "pôr um fato bonito". Mas nem todos pensam assim. "Isso é verdade", contrapõe uma fonte governamental próxima do processo negocial, "mas sujámos o fato algumas vezes". "Sujar o fato", neste contexto, significa que o Governo português propôs, defendeu e negociou ideias para a nova filosofia da NATO com os 28 membros da organização e os seus parceiros externos. Um parceiro activoÉ o secretário-geral da NATO, Anders Fogh Rasmussen, que organiza as cimeiras, não haja dúvida, mas o facto de a candidatura de Portugal (feita em 2003) ter sido aceite é também visto como um sinal de que o país "é um parceiro internacional activo", diz outra fonte diplomática. "Não é de mais sublinhar: há sempre competição e não é por acaso que o mundo se reúne num país e não noutro", diz a mesma fonte. "Esta era uma cimeira muito cobiçada porque não é uma cimeira celebratória, mas de substância: a agenda tem o Conceito Estratégico e a reforma da própria NATO. "Um resultado directo do trabalho de bastidores da diplomacia portuguesa foi a inclusão no novo Conceito Estratégico da frase "através e além dos quadros existentes". No capítulo "Promover a segurança interna pela cooperação", a nova "carta" da NATO diz que só haverá maior segurança euro-atlântica se houver uma "maior rede de parcerias com países e organizações à volta do mundo". Para isso, diz uma das versões finais do documento, a NATO vai "melhorar as parcerias através de formatos flexíveis que juntem NATO e parceiros - através e além dos quadros existentes", revelou ao PÚBLICO uma fonte da Aliança Atlântica. Juntar estas duas ideias reflecte o esforço de Lisboa para tentar abrir a NATO "além" dos seus 28 membros e "além" dos países e entidades com os quais a organização já tem laços formais (União Europeia, Rússia, Austrália, Japão, Coreia do Sul e Nova Zelândia, Cáucaso e Ásia Central, e o Mediterrâneo). Mas Portugal não conseguiu tudo o que queria. Das propostas de Lisboa ficou apenas a frase e não os nomes concretos do que esse "além" representa, como o Brasil e África. Em Março, no non paper que enviou ao "grupo de sábios" que iniciou a discussão do novo Conceito Estratégico, o Ministério dos Negócios Estrangeiros português defendeu a importância de a NATO desenvolver parcerias com as potências emergentes, a Rússia, a Europa, o Sul do Mediterrâneo, a África subsariana e a União Africana, e o Atlântico Sul. Nesse documento, Portugal defendeu cinco ideias principais: a NATO deve continuar a ser regional e não global; deve alargar as suas parcerias; deve melhorar a relação com a UE; o mesmo em relação à Rússia, e deve trabalhar a sua imagem. A "diplomacia pública" - explicar para que servem as políticas de defesa - foi a única que não teve qualquer efeito, uma vez que não está no documento. Mas noutras, como a relação UE-NATO, Portugal gostava que se tivesse ido mais longe, estabelecendo, por exemplo, mais sinergias nas operações no terreno.
REFERÊNCIAS:
Entidades NATO UE
A saga portuguesa dos Sete Cumes
O desafio foi estabelecido na década de 80 do século XX, quando um americano endinheirado pisou o cume do Evereste: Dick Bass tornava-se o primeiro homem a subir a mais alta montanha de cada um dos sete continentes. Duas décadas e meia depois, um português prepara-se para juntar o seu nome à lista. (...)

A saga portuguesa dos Sete Cumes
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-11-19 | Jornal Público
SUMÁRIO: O desafio foi estabelecido na década de 80 do século XX, quando um americano endinheirado pisou o cume do Evereste: Dick Bass tornava-se o primeiro homem a subir a mais alta montanha de cada um dos sete continentes. Duas décadas e meia depois, um português prepara-se para juntar o seu nome à lista.
TEXTO: Conhecem-se há algum tempo e, embora não sejam "amigos de ir a casa um do outro", cumprimentam-se com visível satisfação nesta manhã de Outubro, em Lisboa. Ângelo Felgueiras e João Garcia têm, desde Maio, outro ponto que os une: são os únicos dois portugueses que já escalaram o monte Evereste. Encontram-se numa "cimeira" com o seu quê de inédito e desatam a falar disso e de muitas outras coisas. É necessário impor alguma disciplina à mesa para que se aborde o tema da conversa: a conquista dos picos mais altos de cada continente, uma meta que Garcia deverá completar já em Dezembro, quando visitar a Austrália, e que Felgueiras tenciona alcançar daqui a um ano. Para o décimo homem do mundo a conquistar todos os 14 cumes do mundo com mais de 8000 metros sem recorrer a oxigénio artificial, este parece um objectivo menor. . . "E é", aceita João Garcia, de 43 anos. "Mas é como um galhardete. Vou de férias para a Austrália no dia 1 de Dezembro e a 4 ou 5 subo ao Kosciuzko. Faz-se pelo gozo; se me faltasse agora o Vinson, por exemplo, talvez não fosse. " E o cume mais elevado da Antárctida é exactamente o único que falta a Ângelo Felgueiras, de 46 anos, para completar a sua lista. Depois do Evereste na Primavera, decidiu não sobrecarregar o patrocinador e a família com mais uma expedição que se pode tornar muito demorada. "Para o Evereste, levei a família até ao campo-base. No Vinson, a ideia é fazer a montanha e depois eles encontrarem-se comigo em Punta Arenas [Chile]. " Ficou para 2011, o que cede a Garcia o tapete vermelho para vencer a "corrida". . . Mas "não há corrida nenhuma", garante Ângelo Felgueiras, que mal disfarça algum desconforto por estar a ser colocado lado a lado com o maior alpinista português. "Se isto fosse futebol, eu jogava nos distritais e o João era craque da Liga dos Campeões. . . " A diferença entre os dois marca o fosso entre o profissional e o amador. Garcia faz das montanhas vida, Felgueiras é piloto da TAP e escala nos tempos livres. E, no entanto, têm tantas montanhas em comum. . . Nenhuma na companhia um do outro, embora o amador tenha contado com alguns conselhos importantes do profissional ao longo da sua campanha para cumprir os Sete Cumes. Só diferem num pormenor: João vai fechar a lista com o Kosciuzko, na Austrália, enquanto a lista de Ângelo inclui o Carstenz, na Nova Guiné, no papel de ponto culminante da Oceânia. E este é um debate que vem de longe. "Vou fazer o que fez o primeiro homem a completar os Sete Cumes", avança Garcia. "O Kosciuzko só era a montanha mais alta da Oceânia porque ninguém tinha acesso ao Carstenz", contrapõe Felgueiras, que, já agora, garante ser sua intenção visitar também a Austrália e completar as duas listas possíveis. As montanhas discutem-seNa verdade, este debate ultrapassa-os e tem sido fonte de alguma polémica entre montanhistas (e não só). Dando de barato que os continentes são sete - e já estaremos a pisar terreno perigoso, de acordo com algumas opiniões -, então há algumas coisas que não se discutem. O McKinley ou Denali (6194m) é a montanha mais alta da América do Norte; o Aconcágua (6962m) "reina" na América do Sul; o Vinson (4892m) domina a paisagem da Antárctida; o Kilimanjaro (5892m) culmina o continente africano; e o Evereste (8848m), naturalmente, é o pico supremo da Ásia (e do mundo, já agora). Mas há zonas cinzentas. Parece mais ou menos aceite que o vértice da Europa se encontra no Elbrus (5642m) e não no Monte Branco (4810m), embora haja quem acene com dados geológicos que colocam a montanha do Cáucaso já na Ásia. Adiante. A grande fractura está na Oceânia. Se falamos apenas de continentes e não das ilhas que se encontram na sua plataforma continental, então é o Kosciuzko e os seus discretos 2228 metros de altitude que temos de considerar. Mas este nem sequer é o pico mais alto em território australiano: na remota ilha de Heard, há um vulcão (Mawson Peak) com 2745m.
REFERÊNCIAS:
Étnia Africano
Incêndio reduz a esperança de salvar os 29 mineiros soterrados
A esperança de encontrar vivos os 29 mineiros desaparecidos numa mina na Nova Zelândia, onde na sexta-feira houve uma derrocada causada por uma explosão, diminuiu após um incêndio que atrasou as operações de resgate. (...)

Incêndio reduz a esperança de salvar os 29 mineiros soterrados
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-11-21 | Jornal Público
SUMÁRIO: A esperança de encontrar vivos os 29 mineiros desaparecidos numa mina na Nova Zelândia, onde na sexta-feira houve uma derrocada causada por uma explosão, diminuiu após um incêndio que atrasou as operações de resgate.
TEXTO: Apesar das dificuldades, as autoridades garantem que estão a fazer tudo para resgatar os mineiros. “Esta não é uma operação que se faça com um golpe de mão. Estamos no segundo dia. Não sabemos quanto tempo vamos demorar, mas o nosso objectivo é resgatar os mineiros vivos”, disse aos jornalistas o comandante da polícia Gary Knowles. Os responsáveis da mina anunciaram que deflagrou um incêndio debaixo de terra e que a presença de gás tóxico está a impedir as operações de salvamento. Não foi estabelecido qualquer contacto com os mineiros desde a explosão na mina de carvão Pike Clavar, situada na costa ocidental do sul da Nove Zelândia. Gary Knowles negou que já se tivesse perdido a esperança de salvar os mineiros. “Estamos a falar da vida de pessoas e é muito desagradável que se diga isso. A minha decisão baseia-se em questões de segurança e naquilo que os especialistas me dizem”, adiantou. Peter Whittal, o director da mina, explicou que “as amostras recolhidas mostram que há uma libertação de calor no interior da mina, o que significa que há combustão de materiais e produção de gás”. O incêndio, que poderá dever-se a combustão de carvão, está a gerar a libertação de monóxido de carbono e um ambiente potencialmente perigoso para o resgate. O primeiro-ministro neozelandês, John Key, garantiu que estão a ser feitos todos os esforços para chegar aos mineiros. “É um momento difícil, mas estamos determinados a resgatá-los vivos”, disse, citado pela AFP. A secretária de Estado norte-americana Hillary Clinton, que visitou a Nova Zelândia no início de Novembro, também já disponibilizou ajuda técnica. Os 29 mineiros deverão estar bloqueados num túnel a cerca de 150 metros de profundidade, mas ainda não se sabe qual é a sua localização exacta ou se ainda estarão vivos. Têm entre 17 e 62 anos, são 24 neozelandeses, dois australianos, dois britânicos e um sul-africano. As famílias já se deslocaram para perto da mina e das equipas de socorro para acompanhar as operações.
REFERÊNCIAS:
Étnia Africano
Primeiro-ministro neozelandês acredita na sobrevivência dos 29 mineiros soterrados
O chefe do Governo neozelandês, John Keys, afirmou que existem “todas as possibilidades” de os 29 mineiros dados como desaparecidos numa mina de carvão ainda estarem vivos, apesar de os esforços de resgate continuarem sem resultados ao fim de três dias. (...)

Primeiro-ministro neozelandês acredita na sobrevivência dos 29 mineiros soterrados
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.136
DATA: 2010-11-22 | Jornal Público
SUMÁRIO: O chefe do Governo neozelandês, John Keys, afirmou que existem “todas as possibilidades” de os 29 mineiros dados como desaparecidos numa mina de carvão ainda estarem vivos, apesar de os esforços de resgate continuarem sem resultados ao fim de três dias.
TEXTO: “As informações que tenho indicam que há oxigénio dentro da mina e todas as possibilidades de os mineiros terem conseguido alcançar uma zona ventilada e, assim, de estarem vivos”, afirmou Keys esta manhã em conferência de imprensa. A convicção do primeiro-ministro terá animado o estado de espírito dos familiares dos mineiros soterrados, observava o correspondente da BBC online em Greymouth, onde se deu a explosão na mina de carvão Pike River, na madrugada de sexta-feira, na região montanhosa da ilha Sul. Até agora não foi estabelecido nenhum contacto com os 29 mineiros desaparecidos – 24 neozelandeses, dois australianos, dois britânicos e um sul-africano. Os trabalhos de resgate têm vindo a ser atrasados dada a presença de gases tóxicos na mina, que colocam sérios riscos de novas explosões, e não é esperada se não hoje que fique completo o poço de ventilação que está a ser construído, dando então azo a que apenas na terça-feira se iniciem as operações de busca dentro da mina, que se estende por dois quilómetros na horizontal no interior da montanha. Ao mesmo tempo que Keys expressava convicção na sobrevivência dos mineiros, responsáveis da polícia e das equipas de resgate manifestavam – pela primeira vez abertamente na probabilidade de todos os 29 desaparecidos terem morrido na explosão. “Estamos a preparar-nos para todos os cenário, incluindo o da perda de vidas dado o que aconteceu debaixo de terra”, afirmou o comandante da polícia local, Gary Knowles.
REFERÊNCIAS:
Étnia Africano
Jean-Pierre Bemba começa hoje a ser julgado por crimes de guerra e contra a humanidade
O há muito aguardado julgamento do antigo vice-presidente Jean-Pierre Bemba, da República Democrática do Congo (RDC), começa hoje no Tribunal Penal Internacional, na cidade holandesa de Haia. (...)

Jean-Pierre Bemba começa hoje a ser julgado por crimes de guerra e contra a humanidade
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-11-22 | Jornal Público
SUMÁRIO: O há muito aguardado julgamento do antigo vice-presidente Jean-Pierre Bemba, da República Democrática do Congo (RDC), começa hoje no Tribunal Penal Internacional, na cidade holandesa de Haia.
TEXTO: Quase um mês depois de um júri de recursos ter indeferido um pedido para arquivar este processo, o antigo líder do Movimento de Libertação do Congo (MLC), que depois foi vice-presidente e até mesmo candidato derrotado à Presidência da República, começa a ser julgado por ter comandado uma milícia responsável por atrocidades cometidas num país vizinho, a República Centro-Africana (RCA). Bemba, actualmente com 48 anos, detido na Bélgica em Maio de 2008, argumentou que as acusações feitas contra ele por delitos cometidos em 2002 e 2003 deveriam ser arquivadas porque as autoridades da RCA já lhe perdoaram, decidindo não o julgar. No entanto, a juíza letã Anita Usacka, que analisou o recurso, não se deu por convencida, recordou que um tribunal da própria RCA, onde fora amigo do Presidente Ange-Félix Patassé, até já anulou a decisão de 2004 que o indultava e que, portanto, o julgamento de há tanto esperado deveria mesmo ir por diante, no TPI. Este homem, que teve uma infância excepcionalmente privilegiada, num país de extrema pobreza, que tem um dos mais baixos índices de desenvolvimento humano, tem contra si duas acusações de crimes contra a humanidade e três de crimes de guerra, num tribunal que foi criado há oito anos como a primeira instância internacional permanente para julgar esta espécie de delitos. Antes de ter imposto recurso, um painel de juízes pré-julgamento havia chegado à conclusão da existência de provas suficientes de que se trata de alguém responsável por “assassínios, violações e pilhagens” na RCA, que tal como a RDC se situa no lote dos 14 países de menor desenvolvimento humano, todos eles africanos. E espera-se agora que este caso sirva de exemplo para outros políticos que têm estado à frente de movimentos acusados de igual modo terem cometido atrocidades. Depois de ter dirigido um grupo de guerrilhas durante a longa guerra civil na RDC, Bemba conseguiu ser um dos quatro vice-presidentes do Governo de transição que organizou as eleições gerais de 2006, nas quais acabaria por ser derrotado pelo actual chefe do Estado, Joseph Kabila, que tem apenas 39 anos. Ligações a PortugalDepois da derrota, Jean-Pierre Bemba, que se declara um grande admirador do primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, refugiou-se na sua residência da Quinta do Lago, no Algarve, mas foi ao sair ocasionalmente de Portugal para a Bélgica que foi interceptado. Entretanto, fora também acusado de traição na RDC, por não ter desarmado a sua milícia na sequência de ter perdido o acto eleitoral. Filho do empresário Bemba Saolona, um dos colaboradores do antigo ditador Mobutu Sese Seko, Jean-Pierre herdou até por esta via interesses em Portugal, onde tinha conta no Banco Português de Negócios (BPN) e a referida moradia algarvia, avaliada em mais de três milhões de euros. Bem como um Boeing 737 que costumava estar estacionado no aeroporto de Faro. O Ministério Público português, actuando a pedido do procurador-geral do TPI, Luis Moreno-Ocampo, apreendeu-lhe não só aqueles bens como também dois carros topo de gama e um iate que se encontrava atracado na Marina de Vilamoura. Quando foi detido em Bruxelas, na noite de domingo, 25 de Maio de 2008, o ex-vice-presidente da República Democrática do Congo tinha consigo um documento passado pelo consulado português em Washington, além de ter mencionado outras ligações ao mundo lusófono. O antigo senhor de guerra, casado com uma angolana, com sangue português, esteve pela primeira vez em Portugal em 1986 e gozou de protecção oficial portuguesa a partir de Abril de 2007, altura em que foi autorizado a residir no Algarve.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave guerra filho tribunal homem espécie pobreza
Primeiro-ministro declara que a Nova Zelândia é “uma nação de luto”
“A nação está de luto”, declarou o primeiro-ministro neozelandês John Key, depois de uma segunda explosão na mina de Pike River ter posto um fim às esperanças de encontrar com vida os 29 mineiros soterrados há cinco dias. (...)

Primeiro-ministro declara que a Nova Zelândia é “uma nação de luto”
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.136
DATA: 2010-11-24 | Jornal Público
SUMÁRIO: “A nação está de luto”, declarou o primeiro-ministro neozelandês John Key, depois de uma segunda explosão na mina de Pike River ter posto um fim às esperanças de encontrar com vida os 29 mineiros soterrados há cinco dias.
TEXTO: “É uma tragédia nacional”, acrescentou o primeiro-ministro em conferência de imprensa, adiantando que as bandeiras serão hasteadas a meia haste nos edifícios públicos. "A Nova Zelândia é um país pequeno, um país onde todos somos irmãos. Perder tantos dos nossos irmãos é um golpe terrível", disse John Key. Pouco antes, a polícia tinha anunciado que já não existiam esperanças de encontrar sobreviventes na mina, depois de uma segunda explosão ocorrida hoje. “Tenho, infelizmente, que anunciar aos neozelandeses que ocorreu uma outra explosão muito violenta hoje às 14h37 (01h37 em Lisboa) debaixo de terra e que, por causa disso, ninguém sobreviveu”, declarou o comandante da polícia Gary Knowles, que coordena as operações de resgate. “Todos morreram”, acrescentou. As vítimas, com idades entre os 17 e os 62 anos, eram 24 neozelandeses, dois australianos, dois britânicos e um sul-africano. "Entrámos já na fase de recuperação dos corpos", disse o responsável da polícia. Ainda durante a conferência de imprensa, o primeiro-ministro anunciou a abertura de uma comissão de inquérito para clarificar as causas das duas explosões na mina de carvão. Key disse, citado pelo jornal "New Zealand Herald", que vai começar a trabalhar nos detalhes desta comissão nos próximos dias. "Nada poderá ser um obstáculo a esta investigação para sabermos o que correu mal", garantiu o ministro da Energia, Gerry Brownlee. A ministra do Trabalho, Kate Wilkinson, afirmou que o Governo tem de agir depressa para descobrir as causas da tragédia. "Temos muitas questões a colocar. Temos de agir muito rapidamente", disse à Radio New Zealand. "As famílias precisam de respostas e também nós, enquanto país". Durante os cinco dias em que os mineiros estiveram soterrados, os seus familiares criticaram a espera das equipas de resgate em entrar na mina. Estas afirmaram que seria demasiado perigoso, devido aos gases tóxicos no interior da Pike River. "O ar registava uma concentração extremamente elevada de monóxido de carbono, uma concentração muito forte de metano e muito pouco oxigénio", disse o director da mina, Peter Whittall. Lawrie Drew, cujo filho de 21 anos morreu na mina, considera que as equipas de socorro deveriam ter entrado logo na mina, aquando da primeira explosão na sexta-feira passada.
REFERÊNCIAS:
Étnia Africano
Mineiros desaparecidos na Nova Zelândia estão todos mortos
Os 29 mineiros desaparecidos desde sexta-feira numa mina de carvão na Nova Zelândia morreram na sequência de uma segunda explosão esta madrugada, garantiu hoje à Reuters fonte policial. (...)

Mineiros desaparecidos na Nova Zelândia estão todos mortos
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento -0.08
DATA: 2010-11-24 | Jornal Público
SUMÁRIO: Os 29 mineiros desaparecidos desde sexta-feira numa mina de carvão na Nova Zelândia morreram na sequência de uma segunda explosão esta madrugada, garantiu hoje à Reuters fonte policial.
TEXTO: A explosão na exploração de Pike River, numa região remota da ilha Sul, aconteceu às 14h37 (01h37 da madrugada em Portugal Continental), escreve o jornal New Zealand Herald. “É nossa convicção que nenhum sobreviveu e todos terão desaparecido. Esta é uma das coisas mais trágicas que tive de transmitir enquanto oficial da polícia”, admitiu à agência britânica Gary Knowles. “Estava na mina quando ocorreu a explosão [de hoje] e foi uma grande explosão, tão grave quanto a primeira”, descreveu Knowles ao New Zealand Herald. As esperanças de encontrar com vida os trabalhadores (24 neo-zelandeses, dois australianos, três britânicos e um sul africano) tinham vindo a diminuir nos últimos dias. Desde sexta-feira que não houve qualquer contacto com os desaparecidos. Já no sábado as autoridades avisaram que só enviariam equipas de salvamento ao fundo do poço quando tivessem a certeza de que a operação seria segura e que não ocorreria nenhuma explosão. Ontem, um robô militar telecomandado enviado ao interior da mina através de um túnel deixou de funcionar a dois quilómetros do local onde as autoriades acreditavam estar os trabalhadores.
REFERÊNCIAS:
Étnia Africano