Portugal começa mandato de dois anos no Conselho de Segurança
Portugal é, a partir deste sábado, membro não-permanente do Conselho de Segurança (CS) da ONU. Durante dois anos, vai sentar-se, com mais nove países, ao lado dos cinco grandes que fazem parte do núcleo permanente. (...)

Portugal começa mandato de dois anos no Conselho de Segurança
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-01-02 | Jornal Público
SUMÁRIO: Portugal é, a partir deste sábado, membro não-permanente do Conselho de Segurança (CS) da ONU. Durante dois anos, vai sentar-se, com mais nove países, ao lado dos cinco grandes que fazem parte do núcleo permanente.
TEXTO: Uma vitória suada e que excedeu as expectativas, a 12 de Outubro passado, colocou Portugal de novo no órgão ocupado de forma permanente pelos Estados Unidos, China, França, Inglaterra e Rússia, 14 anos depois da última eleição. Foram precisas duas horas de votação e três rondas entre os países-membros da Assembleia Geral para que Portugal entrasse no CS, com 150 votos, depois de o Canadá se ter retirado ao fim da segunda ronda e de a Alemanha ter já garantido assento na primeira. A eleição "revela bem que Portugal é hoje um país respeitado, com credibilidade na cena internacional", reagiu, na altura, o ministro português dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado. Embora o voto seja secreto, sabe-se que Portugal beneficiou do apoio da América Latina, da Europa Central e de Leste. No total, são dez os países eleitos por um período de dois anos como membros não-permanentes do Conselho de Segurança. Para Além da Alemanha, outros três foram eleitos na Assembleia Geral da ONU com Portugal: Colômbia, África do Sul e Índia. Brasil, Bósnia-Herzegovina, Gabão, Líbano e Nigéria, que entraram em funções há um ano, continuam com assento até Dezembro de 2011. Como membro não-permanente, Portugal não terá direito de veto, reservado aos cinco permanentes. Mas a entrada da Índia e da África do Sul é vista como um reforço, no interior do Conselho de Segurança, do bloco de países hostis à aplicação de novas sanções ao Irão. Da mesma forma, não se espera que a entrada dos cinco novos membros altere a posição das Nações Unidas relativamente ao dossier Coreia do Norte, sobre o qual a China – o principal aliado de Pyongyang – exerce o seu veto de forma regular. Mas já sobre o Sudão, a entrada da África do Sul pode pesar num eventual fim do mandado de captura emitido pelo Tribunal Penal Internacional ao Presidente sudanês, Omar al-Bashir, escreve a Reuters.
REFERÊNCIAS:
Entidades ONU
Reacções à morte de Malangatana
O pintor moçambicano Malangatana morreu esta madrugada aos 74 anos, deixando uma vasta obra e uma marca pelo activismo pelas causas sociais e culturais. Amigos e artistas relembram um pintor único. (...)

Reacções à morte de Malangatana
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-01-05 | Jornal Público
SUMÁRIO: O pintor moçambicano Malangatana morreu esta madrugada aos 74 anos, deixando uma vasta obra e uma marca pelo activismo pelas causas sociais e culturais. Amigos e artistas relembram um pintor único.
TEXTO: Pancho Guedes, arquitecto que conheceu Malangatana em Lourenço Marques (actual Maputo), no final dos anos 50: “A morte dele é uma notícia terrível. Eu sabia que ele estava doente, mas ele, que era um grande optimista, dizia sempre que estava tudo bem, que era um problema passageiro. ” “Malangatana fazia uma pintura muito própria e muito viva, sem nenhuma influência exterior, e com uma grande atenção pela África. Foi isso que o tornou um artista que depressa conquistou um grande reconhecimento internacional. Nós – eu e os pintores Augusto Cabral e Zé Júlio –, que então vivíamos em Lourenço Marques e acompanhámos o início da sua carreira – ele era empregado de mesa no Grémio Civil, o clube da elite branca –, gostávamos realmente da pintura que ele fazia, e comprávamos as suas obras. Ele pintava coisas muito envolvidas com a vida tradicional da sua terra, e tinha uma imaginação excepcional; misturava as raízes africanas com a acção dos missionários, tanto católicos como protestantes. Tinha uma capacidade nata para pintar e para tudo o que dizia respeito à arte. ” José Rodrigues, escultor nascido em Luanda: “Era um homem muito alegre, de uma alegria muito africana – às vezes, no meio de uma conferência, começava a cantar. . . Era um africano, mas ao mesmo tempo um artista universal. A sua obra está muito ligada ao fetiche, aos ritmos e à tradição da sua terra, mas que ela tentava modernizar. Nos seus quadros há sempre muitos olhos, sempre muito abertos para o mundo. ”Cavaco Silva, Presidente da República: "Em meu nome pessoal e no da minha mulher, quero apresentar sentidas condolências à família do pintor Malangatana, um dos mais expressivos símbolos da união entre a arte moçambicana e portuguesa. Pelo seu percurso enquanto pintor e artista de exceção, mas também pelo seu papel cívico na luta pela democracia e pela melhoria das condições de vida do povo moçambicano, Malangatana é justo merecedor da nossa mais profunda estima e consideração”. “Neste momento de luto, é com sentido pesar que presto a minha homenagem a Malangatana, uma figura marcante do encontro de culturas secular entre Portugal e África, que ficará na memória e no coração de todos os que acompanharam o percurso deste amigo de Portugal e dos Portugueses”.
REFERÊNCIAS:
Étnia Africano
Damiano veio estudar para Lisboa para poder trabalhar no Brasil
Universidades portuguesas apostam na internacionalização e recebem cada vez mais estudantes estrangeiros. Hoje são quase 18 mil. (...)

Damiano veio estudar para Lisboa para poder trabalhar no Brasil
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.5
DATA: 2011-01-23 | Jornal Público
SUMÁRIO: Universidades portuguesas apostam na internacionalização e recebem cada vez mais estudantes estrangeiros. Hoje são quase 18 mil.
TEXTO: Quando Damiano Pasquetto, de 26 anos, chegou a Lisboa sentiu-se perdido. As primeiras semanas foram para conhecer a cidade, o Instituto Superior Técnico, da Universidade Técnica de Lisboa (UTL), onde veio terminar o 5. º ano de Engenharia de Gestão, e para encontrar um quarto. "Sou um estudante estrangeiro. O quarto tem janela? Quanto custa?", terão sido das primeiras frases que aprendeu em português. A Universidade de Pádua nada tem a ver com o Taguspark, onde estuda para completar a tese. Assim como a clássica Vicenza, perto de Veneza, não se parece com Lisboa. Antes de chegar nunca tinha comido bacalhau, pelo menos como os portugueses o comem. Gosta do país mas sonha com voos mais longínquos. A língua portuguesa pode ser a porta de entrada para um mercado de trabalho maior como o brasileiro, aspira. O italiano Damiano faz parte de um grupo cada vez maior de estrangeiros que vêm para Portugal estudar, seja através dos programas de mobilidade como o Erasmus, seja para fazerem um ciclo completo, como muitos dos que chegam dos países africanos de língua oficial portuguesa (PALOP) ou do Brasil. Em 2008/09, período a que se reportam os últimos dados disponíveis na página de Internet do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, 6225 estrangeiros entraram no 1. º ano de um curso superior, pela primeira vez. No total, em todas as universidades e politécnicos, havia 17. 900 a estudar - mais 40 por cento do que no início da década. Coimbra à frenteO número de alunos estrangeiros tem crescido nos últimos anos. Em 2000/01 eram 12. 717. Sete anos depois eram mais 5100. E este ano lectivo o número terá crescido, devido à aposta que as instituições têm feito na internacionalização. Esta passa por uma série de iniciativas (ver caixa) - uma delas é o programa de acolhimento. Damiano Pasquetto só se sentiu realmente bem quando fez amigos. Antes disso andava perdido, confessa. Diogo Coimbra, do 5. º ano de Engenharia Aeroespacial, foi escolhido pela instituição para ser o seu "mentor", alguém que o ajudou a integrar-se na escola, na cidade e na língua - quando chega à cafetaria, Damiano ainda tem que pensar se quer um bolo, uma bola ou uma bala, conta a rir. Em termos nacionais, a Universidade de Coimbra (UC) é a que recebe mais alunos estrangeiros. Há dez anos tinha 1728, hoje são 3519, que representam 15, 7 por cento do total. Destes, cerca de 2300 são estudantes que fazem um ciclo completo, a maioria oriundos dos PALOP e do Brasil. "Há um prestígio internacional" associado a este número, reconhece a vice-reitora Cristina Robalo Cordeiro. O sítio de Internet da UC está entre os 20 mais visitados das instituições universitárias europeias, diz. As universidade de Lisboa e do Porto apresentam dados do ano lectivo passado: 3686 e 2373 alunos, respectivamente. A UTL avança com um número provisório de 2610 estudantes estrangeiros para este ano, provenientes de 84 países, o mesmo número de países representados na UP. "A UTL tem vindo crescentemente a ser procurada por estudantes que visam realizar estudos de pós-graduação, mestrado, doutoramento e pós-doutoramento, reconhecendo a qualidade dos seus investigadores e a relevância dos projectos que aqui decorrem", declara o reitor Ramôa Ribeiro.
REFERÊNCIAS:
Entidades PALOP
Nelson Mandela hospitalizado em Joanesburgo
Segundo a Fundação Mandela, Nelson Mandela está internado em Joanesburgo para “exames de rotina”. Mas a hospitalização do Nobel da Paz está a provocar uma grande inquietação na África do Sul. (...)

Nelson Mandela hospitalizado em Joanesburgo
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-01-27 | Jornal Público
SUMÁRIO: Segundo a Fundação Mandela, Nelson Mandela está internado em Joanesburgo para “exames de rotina”. Mas a hospitalização do Nobel da Paz está a provocar uma grande inquietação na África do Sul.
TEXTO: O Congresso Nacional Africano (ANC), no poder, pediu calma. “Pedimos à população para não fazer declarações sem fundamento. Há que manter a calma e não espalhar o pânico porque não há razões para isso”, afirmou o partido num comunicado. A partir de Davos, o Presidente Jacob Zuma apelou “à calma e à retenção”. Os rumores cresceram desde que o arcebispo da Cidade do Cabo, e também Prémio Nobel, Desmond Tutu, afirmou que encontrou Mandela “frágil”. “Claro que gostaríamos que ele ficasse eternamente entre nós, mas sabem… tudo pode acontecer”, reconheceu. Segundo a imprensa sul-africana, Mandela, que chegou na quarta-feira à clínica privada de Milpark, foi visto por um pneumologista. A clínica recusa fazer comentários. Entretanto, a polícia controla desde esta quinta-feira os acessos à clínica, diante da qual se juntaram muitos jornalistas. O ex-Presidente já recebeu visitas da sua família, incluindo a mulher Graça Machel ou o neto, Mandla; de ministros e de veteranos do movimento anti-apartheid. A ex-mulher Winnie Mandela, também passou pela clínica, saindo, segundo a agência de notícias Sapa, “visivelmente emocionada”.
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Étnia Africano
Exército endurece posição nas ruas do Cairo
Ao sexto dia de protestos no Cairo, a presença militar subiu de tom e há aviões de combate a sobrevoar a capital egípcia a baixa altitude. Mas os milhares de manifestantes não arredam pé. (...)

Exército endurece posição nas ruas do Cairo
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-01-30 | Jornal Público
SUMÁRIO: Ao sexto dia de protestos no Cairo, a presença militar subiu de tom e há aviões de combate a sobrevoar a capital egípcia a baixa altitude. Mas os milhares de manifestantes não arredam pé.
TEXTO: Há mais militares nas ruas, e há também helicópteros e aviões militares a sobrevoar as ruas onde milhares de manifestantes pedem o fim o regime do Presidente Hosni Mubarak. Com esta manifestação de força, o Exército está a procurar evitar que os protestos subam de tom e que os manifestantes regressem a casa durante o recolher obrigatório. Desde sexta-feira que há tanques e soldados na praça de Tahir, a principal do Cairo, mas essa presença aumentou ainda mais esta manhã, depois de Mubarak se ter reunido com o recém-nomeado vice-presidente Omar Suleiman, o ministro da Defesa, Mohamed Hussein Tantawi, e vários comandantes militares. Mas para um engenheiro de 45 anos ouvido pela Reuters, não será a manifestação de força dos militares que irá fazer parar os protestos. “Os aviões estão no ar para assustar as pessoas. Mas na hora do recolher obrigatório ninguém vai para casa”. Na praça Tahir mantêm-se os protestos e a dúvida sobre qual será a actuação do Exército nas próximas horas. Ouve-se “Longa vida ao Exército”. Ouve-se também “Não saímos, não saímos”. Para o engenheiro ouvido pela Reuters os militares estão ali “para proteger Mubarak”, mas também não faltam imagens de manifestantes a cumprimentar soldados ou porem-lhe no colo as suas crianças. Os protestos não se limitam ao Cairo. Em Mansoura, cerca de 5000 manifestantes pediram em frente à sede do governo local a partida do Presidente. Durante a noite houve distúrbios numa prisão em Wadi Natroun, a cerca de 100 quilómetros do Cairo, e alguns detidos conseguiram fugir. E numa outra prisão na parte oriental do Cairo também houve tumultos e um jornalista da AFP adiantou que foram levados 14 corpos para uma mesquita próxima, mas que testemunhas lhe contaram que haverá muitos outros. A noite foi também marcada por várias pilhagens e incêndios, numa altura em que o número de mortos já ultrapassa os 100. Governo proíbe emissões da Al-JaziraO Governo já proibiu as emissões da televisão Al-Jazira, que estava a cobrir as manifestações em directo e ao minuto. A decisão foi imposta pelo ministro da Informação do Egipto, que decidiu colocar um ponto final às emissões das manifestações anti-regime. Mas, até agora, o canal continua a emitir e já fez saber que condena a decisão governamental. Já na sexta-feira o país ficou cerca de 24 horas quase sem telefones móveis e sem ligação à Internet para dificultar que os manifestantes se organizassem para protestar contra o regime. Isto porque a Internet e os telemóveis tiveram um papel decisivo no espoletar das manifestações contra o regime do Presidente Hosni Mubarak, um movimento inspirado na revolução tunisina que derrubou a 14 de Janeiro o Presidente Zine El Abidine Ben Ali. O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, já veio fazer um apelo à calma, “à não violência e ao respeito pelos direitos fundamentais”. “Devemos escutar atentamente, muito atentamente, a voz do povo, as suas aspirações, as suas dificuldades e as suas esperanças num futuro melhor”, declarou Ban Ki-moon, durante um encontro da União Africana. Entretanto, a Turquia decidiu enviar para o Egipto aviões para poder retirar os cidadãos turcos daquele país e o executivo dos Estados Unidos apelou aos cidadãos norte-americanos para saírem do local o mais depressa possível.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave direitos violência prisão
Pai de Mark Zuckerberg tenta angariar clientes denominando-se “pai do Facebook”
Os novos residentes de Dobbs Ferry, pequena povoação no estado de Nova Iorque, estão a receber cartas de apresentação do “pai do Facebook”. A acção publicitária não visa angariar mais utilizadores para a famosa rede social. Aliás, a Internet nada tem que ver com o assunto. Edward J. Zuckerberg, o autor, está a tentar levá-los ao dentista. (...)

Pai de Mark Zuckerberg tenta angariar clientes denominando-se “pai do Facebook”
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento -0.1
DATA: 2011-02-03 | Jornal Público
SUMÁRIO: Os novos residentes de Dobbs Ferry, pequena povoação no estado de Nova Iorque, estão a receber cartas de apresentação do “pai do Facebook”. A acção publicitária não visa angariar mais utilizadores para a famosa rede social. Aliás, a Internet nada tem que ver com o assunto. Edward J. Zuckerberg, o autor, está a tentar levá-los ao dentista.
TEXTO: Edward é pai, sim, mas de Mark Zuckerberg. “De facto, sou literalmente o pai do Facebook”, exclama na missiva dirigida aos potenciais clientes. “Presumivelmente, isto significa que William Henry Gates, Sr. começou a Microsoft e que Samuel Edison popularizou a utilização da lâmpada eléctrica”, ironiza a Time. A revista, que nomeou Mark, o fundador do Facebook, como a personalidade do ano passado, brinca com a componente “literal” da afirmação de Edward e diz perceber o “exercício de retórica” mal conseguido. A carta, essa, não cita em qualquer momento o nome do filho, nem volta a mencionar a rede social que este lançou em 2004. A Time disponibilizou online as duas páginas endereçadas pelo pai Zuckerberg aos habitantes de Dobbs Ferry e, em tom jocoso, acrescenta que estas fazem lembrar os e-mails fraudulentos com auto-denominados reis africanos. Quanto ao conhecimento de Mark sobre a acção publicitária do progenitor, nada se sabe.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave filho social
Cabo-verdianos estão a escolher o próximo Governo
Os cabo-verdianos estão hoje a escolher o seu próximo Governo, nas quintas eleições legislativas desde a instauração do multipartidarismo, em 1991. (...)

Cabo-verdianos estão a escolher o próximo Governo
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-02-06 | Jornal Público
SUMÁRIO: Os cabo-verdianos estão hoje a escolher o seu próximo Governo, nas quintas eleições legislativas desde a instauração do multipartidarismo, em 1991.
TEXTO: Logo pela manhã, muitos eleitores afluíram às mesas de voto. Na Cidade da Praia, em alguns locais, como no populoso bairro da Achada de Santo António, verificaram-se ligeiros atrasos no início da votação, devido à necessidade de substituir um ou outro membro de mesas de voto que faltou. O Presidente da República, Pedro Pires votou a meio da manhã no hotel Praia Mar, lugar onde também está inscrito o primeiro-ministro e líder do PAICV (Partido Africano da Independência), José Maria Neves. Carlos Veiga, do MpD (Movimento para a Democracia), vota na Escola Pedro Gomes. Pedro Pires evitou comentar as reservas que o MpD estará a colocar ao papel do Núcleo Operacional para a Sociedade de Informação, uma entidade governamental, na recolha de resultados eleitorais a divulgar pela Comissão Nacional de Eleições. É a primeira vez que essa entidade participa na recolha de informação eleitoral. O chefe de Estado disse, no entanto, que é preciso “trabalhar para que os resultados sejam reais e genuínos” e apelou à participação dos eleitores. “Cabo Verde precisa que os seus cidadãos e eleitores ajam da melhor forma. A favor de Cabo Verde peço a todos que participem”, disse ainda. Depois de uma campanha renhida, os quase 300 mil eleitores decidem entre a continuidade do Governo do PAICV, antigo partido único, e o MpD, que esteve à frente do executivo nos anos 1990. Só estes partidos concorrem em todos os 13 círculos eleitorais. Neves é primeiro-ministro desde 2001. Veiga dirigiu Cabo Verde entre 1991 e 2000, quando deixou o executivo para se candidatar à Presidência da República, que perdeu para Pedro Pires em 2001 e 2006. Na anterior Assembleia Nacional, eleita em 2006, o “PAI” tinha 42 deputados e o MpD 29. Os outros dois lugares foram ocupados pela UCID, que luta contra o bipartidarismo e aposta em alargar a sua representação. Concorrem ainda às legislativas cabo-verdianas dois outros partidos que se apresentam apenas aos eleitores de alguns círculos – o PTS, do histórico Onésimo Silveira, ex-embaixador em Lisboa, que aspira à eleição por São Vicente, e o PSD, um pequeno partido com praticamente nulas hipóteses de eleger. A ilha de Santiago, onde se concentra a maior parte da população, está dividida em dois círculos eleitorais e elege 33 deputados. São Vicente, segunda ilha do arquipélago, tem direito a 11 representantes. A votação começou às 8h00 locais, 9h00 em Portugal continental, e encerra às 18h00. Notícia corrigida às 12h14
REFERÊNCIAS:
Partidos PSD
Cabo Verde dá mais um passo no enraizamento da democracia
Só hoje à noite se sabe quem vence as eleições, mas, se a votação correr sem sobressaltos, como se espera, já há vencedores: a democracia cabo-verdiana, mas também as dezenas de milhares de pessoas que sexta-feira à noite saíram à rua para ouvirem os principais líderes partidários e participarem nos animados comícios-festa que encerraram a campanha dos dois principais partidos. (...)

Cabo Verde dá mais um passo no enraizamento da democracia
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-02-06 | Jornal Público
SUMÁRIO: Só hoje à noite se sabe quem vence as eleições, mas, se a votação correr sem sobressaltos, como se espera, já há vencedores: a democracia cabo-verdiana, mas também as dezenas de milhares de pessoas que sexta-feira à noite saíram à rua para ouvirem os principais líderes partidários e participarem nos animados comícios-festa que encerraram a campanha dos dois principais partidos.
TEXTO: Separados por uns escassos 500 metros, os comícios organizados pelo PAICV (Partido Africano da Independência de Cabo Verde) e pelo MpD (Movimento para a Democracia) na capital atraíram militantes interessados em ouvir as últimas mensagens dos líderes, mas também, muitos talvez só, os espectáculos: uma sucessão de actuações de música e dança por grupos amadores, como impõe a legislação eleitoral. Na amena noite da Cidade da Praia, nos mesmos espaços em que a campanha começara, duas semanas antes, inúmeros jovens circularam entre a Várzea, onde se concentrou o PAICV, e a praia da Gamboa, para onde afluíram os partidários do MpD. A marcação cerrada que assinalou a corrida eleitoral, e torna imprevisível o resultado da eleição, prosseguiu até ao fim. De modo pacífico. Manteve-se a tradição que Cabo Verde tem construído nas duas últimas décadas, ao longo de quatro legislaturas com alternância democrática, de travar a luta partidária no seu terreno de eleição: as políticas e as palavras. Não há registo de qualquer incidente e grupos de jovens dos dois partidos foram vistos em confraternização "numa boa". Nos palcos, dança, rap, e, pelo menos na concentração do PAICV, até declamação: um poema de intervenção política de Felisberto Vieira Lopes que procura contrariar a ideia de necessidade de mudança erguida como bandeira do MpD. "Mudança pa Disgraça?! - Kédu. Nunca más!!!". O ambiente foi de festa e também de feira, com roulottes e bancas de venda de comida. O quadro perfeito para Tatiana e Paula serem, também elas, vencedoras da última noite de campanha. Tatiana e Paula já ganharamTatiana, 22 anos, trouxe a bancada de venda de bifanas que costuma ter na zona de Palmarejo para a Gamboa e aproveitou a oportunidade de negócio. Escolheu a área do comício do MpD não por razões políticas mas porque "aqui tem mais espaço" e há que aproveitar ao máximo uma ocasião que "é boa para o negócio, é muito boa". Paula é lavadeira e não costuma vender na rua, mas também quis "fazer dinheiro" e preparou um balde de asas de frango para assar na berma da Avenida da Cidade de Lisboa, fechada ao trânsito para dar espaço à política. Esperava ter tudo vendido quando a noite chegasse ao fim. No discurso político, o líder do PAICV e primeiro-ministro, José Maria Neves, foi recebido com confetti e insistiu no pedido de uma vitória para que o desenvolvimento do país continue. "No dia 6, o que está em causa é Cabo Verde", disse. Criar o salário mínimo e o décimo terceiro mês foram promessas que deixou. O seu rival, Carlos Veiga, candidato do MpD à chefia do Governo, apelou a uma "maioria clara e confortável" e pediu afluência às urnas. "O futuro do país está nas vossas mãos, por isso não se pode facilitar, todos devem ir votar", pediu, num discurso como sempre em crioulo, a língua que toda a gente entende e de que os políticos não prescindem na acção política. Fim ao "ciclo di chatice"José Filomeno, número dois pelo círculo de Santiago Sul, apelara antes aos eleitores para que ponham hoje fim ao "ciclo di chatice", modo como se referiu aos dez anos de Governo PAICV. O partido que fez do seu "Mesti Muda" - "É preciso mudar" - um dos slogans mais bem conseguidos da campanha, repetiu até ao fim essa mensagem e disse aos cabo-verdianos que o futuro do seu país está nas suas mãos: "Nos terra sta bo mon". As atenções do último dia de campanha estiveram viradas principalmente para Santiago, a ilha com maior peso eleitoral e onde os líderes dos dois maiores partidos apostaram - ambos concorrem em todos os 13 círculos eleitorais, e não apenas o MpD, como por gralha ontem se escreveu nestas páginas.
REFERÊNCIAS:
PAICV venceu em dez dos 13 círculos
O PAICV venceu em dez dos 13 círculos eleitorais e renovou a maioria nas eleições de ontem em Cabo Verde. Os resultados finais ainda não são conhecidos mas é provável um triunfo com maioria absoluta. (...)

PAICV venceu em dez dos 13 círculos
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-02-07 | Jornal Público
SUMÁRIO: O PAICV venceu em dez dos 13 círculos eleitorais e renovou a maioria nas eleições de ontem em Cabo Verde. Os resultados finais ainda não são conhecidos mas é provável um triunfo com maioria absoluta.
TEXTO: O MpD (Movimento para a Democracia) só venceu, segundo os dados conhecidos, nas ilha do Sal, Maio e São Nicolau. “Estamos ainda a confirmar o número de deputados mas devemos renovar a maioria absoluta”, disse já depois da meia noite em Cabo Verde o líder do PAICV (Partido Africano da Independência de Cabo Verde) e primeiro-ministro, José Maria Neves. Os dados divulgados pela Direcção Geral de Apoio ao Processo Eleitoral ainda só davam conta esta manhã da atribuição de 51 dos 72 deputados da Assembleia Nacional: 26 para o PAICV, 23 para o MpD e dois para a UCID (União Caboverdiana Independente e Democrática), mas informações não oficial indicam que o “PAI” terá já confirmada a eleição de perto de 40 parlamentares. Na anterior Assembleia, o PAICV tinha 42 representantes, o MpD 29 e a UCID dois. O chefe do Governo esperou pelo encerramento das urnas nos Estados Unidos para fazer a declaração de vitória e prometeu um governo “aberto à sociedade civil” para “mobilizar todas as competências e capacidades nacionais”. Pouco tempo antes, o líder do MpD, Carlos Veiga, assumiu a derrota e disse que o seu partido vai “continuar a dar a sua contribuição para a democracia cabo-verdiana”. “Para nós é claro que perdemos as eleições”, referiu também. Os dados oficiais não consideram ainda os resultados de 226 das 1101 mesas de voto.
REFERÊNCIAS:
Étnia Africano
Quatro dos blindados que se destinavam à PSP vão ser vendidos a Angola
O Governo Civil de Lisboa e a empresa Milícia, responsável pelo fornecimento de blindados à PSP, chegaram a acordo para pagamento de duas das seis viaturas blindadas que estavam contratualizadas desde o ano passado. (...)

Quatro dos blindados que se destinavam à PSP vão ser vendidos a Angola
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-02-16 | Jornal Público
SUMÁRIO: O Governo Civil de Lisboa e a empresa Milícia, responsável pelo fornecimento de blindados à PSP, chegaram a acordo para pagamento de duas das seis viaturas blindadas que estavam contratualizadas desde o ano passado.
TEXTO: O fornecedor das viaturas prescinde de cinco mil euros, devido ao atraso de três dias na entrega do segundo carro, e desiste das providências cautelares interpostas no Tribunal Administrativo de Lisboa. Em contrapartida, fica livre para negociar, de imediato, os restantes quatro veículos que ainda se encontram no Canadá. Angola é o destino mais que provável. "Não foi o acordo desejado, mas foi o acordo possível. Gostávamos que os carros tivessem ficado em Portugal, porque vão fazer falta à PSP, mas acabou por prevalecer a vontade política e não a vontade da polícia", disse ontem ao PÚBLICO o responsável da empresa vendedora, António Amaro. O gerente da Milícia disse ainda que as quatro viaturas blindadas que se encontram, há meses, retidas no aeroporto de Toronto (ficaram ali em consequência do cancelamento dos voos devido ao mau tempo) já podem ser negociadas com outros interessados. Os carros, ao que tudo parece indicar, serão vendidos para Angola. "É uma hipótese muito forte, apesar de haver outros interessados africanos", adiantou. A venda de apenas dois dos seis carros inicialmente previstos "é mais um projecto inacabado para a polícia portuguesa", disse ainda António Amaro, lembrando que em situações anteriores também houve problemas com a negociação de armas e de outras viaturas. "Os responsáveis políticos ainda não compreenderam que a falta de uniformidade só acarreta problemas, sobretudo logísticos. No futuro, não havendo uniformidade de meios, haverá mais problemas por causa da manutenção. "Com o acordo obtido com o Governo Civil de Lisboa - foi este organismo quem disponibilizou para o MAI os cinco milhões de euros para compra de material para a PSP destinado à Cimeira da NATO, que teve lugar em Lisboa, em Novembro do ano passado -, a Milícia vai receber, pelos dois blindados que se encontram à guarda da Unidade Especial de Polícia, 331 mil euros mais IVA, o que perfaz cerca de 400 mil euros. A empresa acabou ainda por prescindir de cinco mil euros pelo facto de se ter atrasado três dias na entrega do segundo carro. Acções retiradas"O dinheiro dos dois blindados deve ser entregue nos próximos dias", adiantou ainda António Amaro, lembrando que continuar com as acções em tribunal implicava que ninguém pudesse utilizar os carros negociados, sendo previsível que o caso se viesse a arrastar "durante muitos anos". O contrato para aquisição das seis viaturas (o custo total ultrapassava em pouco o milhão de euros) foi assinado a 15 de Novembro. Com os atrasos verificados nas entregas, o ministro da Administração Interna, Rui Pereira, acabou por anunciar a desistência de quatro dos carros. Descontentes com a decisão governamental, os responsáveis da Milícia recorreram, em Janeiro deste ano, ao Tribunal Administrativo de Lisboa, interpondo uma providência cautelar que impedia as duas partes interessadas (Milícia e PSP) de obterem, respectivamente, o dinheiro e os blindados. Os veículos em causa permitem o transporte de três pessoas na cabina e mais uma equipa de oito no habitáculo traseiro. São carros capazes de resistir a determinado tipo de munições e ao fogo e que a polícia de segurança pública pretende utilizar, por exemplo, em intervenções em alguns bairros problemáticos ou para fazer o transporte, mais seguro, de algumas individualidades.
REFERÊNCIAS:
Partidos LIVRE