OMS: paciente chinês terá estado "ligeiramente exposto" ao vírus da pneumonia atípica
A Organização Mundial de Saúde (OMS) anunciou hoje que, segundo os últimos testes efectuados, o cidadão chinês que apresenta sintomas semelhantes aos da pneumonia atípica poderá ter estado "ligeiramente exposto" ao vírus responsável pela doença. Em comunicado, a organização refere que estas são conclusões preliminares de um novo teste de neutralização do vírus, que tinha sido utilizado apenas uma vez. "Os resultados do teste de neutralização indicam que o paciente poderá ter estado ligeiramente exposto, num determinado momento, ao coronavírus da Síndrome Respiratória Aguda" noticia o comunicado, acrescentando não... (etc.)

OMS: paciente chinês terá estado "ligeiramente exposto" ao vírus da pneumonia atípica
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 9 | Sentimento -0.05
DATA: 2004-01-02 | Jornal Público
TEXTO: A Organização Mundial de Saúde (OMS) anunciou hoje que, segundo os últimos testes efectuados, o cidadão chinês que apresenta sintomas semelhantes aos da pneumonia atípica poderá ter estado "ligeiramente exposto" ao vírus responsável pela doença. Em comunicado, a organização refere que estas são conclusões preliminares de um novo teste de neutralização do vírus, que tinha sido utilizado apenas uma vez. "Os resultados do teste de neutralização indicam que o paciente poderá ter estado ligeiramente exposto, num determinado momento, ao coronavírus da Síndrome Respiratória Aguda" noticia o comunicado, acrescentando não ter sido ainda possível determinar quando e onde ocorreu essa exposição. Esta é a primeira vez que a OMS admite que o paciente poderá estar infectado com a doença, já que todos os testes realizados anteriormente, sob a supervisão da organização, foram inconclusivos. Após várias tentativas frustradas, a OMS recomendou o envio das amostras para Hong Kong, onde hoje começaram a ser analisadas. Ao final da manhã de hoje, a agência de notícias oficial chinesa Xinhua noticiava que os resultados preliminares dos testes genéticos indicavam que o vírus detectado era, em determinadas sequências, idêntico ao causador da pneumonia atípica. Há semanas que as autoridades chinesas e a OMS tentam descobrir se o paciente um produtor de televisão chinês que em Dezembro foi hospitalizado em Cantão com sintomas semelhantes aos da pneumonia atípica está infectado com o vírus responsável pela doença, cujo último caso detectado remontava a Julho. O facto de se desconhecer onde e quando o doente esteve em contacto com o vírus ou com um portador infectado está a dificultar, segundo a OMS, um diagnóstico mais rápido. Há já vários dias que o doente apresenta uma temperatura normal, o que leva a crer que o contacto com o vírus poderá ter sido breve. O primeiro caso de pneumonia atípica, originada por um vírus da família do causador da gripe comum, ocorreu na província chinesa de Cantão, em Dezembro de 2002. Nos meses que se seguiram, a doença chegou a 30 países, infectando perto de oito mil pessoas, 800 das quais acabaram por morrer, 350 das quais na China.
REFERÊNCIAS:
Entidades OMS
Centenas de pessoas manifestam-se na capital tibetana contra o domínio chinês
Centenas de pessoas juntaram-se hoje na capital tibetana em novas manifestações lideradas por monges budistas contra a administração chinesa no Tibete, queimando carros da polícia, com a tensão a aumentar na região, informou a Radio Free Ásia. De acordo com a agência Nova China, há notícia de feridos em resultado destas manifestações. De acordo com declarações de uma testemunha à mesma rádio, os manifestantes são já às centenas, incluindo monges e civis, e foram incendiados carros da polícia e do exército no centro de Lhasa. Estas são as mais recentes manifestações no Tibete, as maiores desde 1989, contra a admin... (etc.)

Centenas de pessoas manifestam-se na capital tibetana contra o domínio chinês
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 9 | Sentimento 0.0
DATA: 2008-03-14 | Jornal Público
URL: https://arquivo.pt/wayback/20080314152319/http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1322589
TEXTO: Centenas de pessoas juntaram-se hoje na capital tibetana em novas manifestações lideradas por monges budistas contra a administração chinesa no Tibete, queimando carros da polícia, com a tensão a aumentar na região, informou a Radio Free Ásia. De acordo com a agência Nova China, há notícia de feridos em resultado destas manifestações. De acordo com declarações de uma testemunha à mesma rádio, os manifestantes são já às centenas, incluindo monges e civis, e foram incendiados carros da polícia e do exército no centro de Lhasa. Estas são as mais recentes manifestações no Tibete, as maiores desde 1989, contra a administração chinesa da região, numa espiral de tensão que vem aumentando desde segunda-feira e que já levou dois monges a tentar o suicídio e as autoridades chinesas a cercar e encerrar mosteiros. O Departamento da Região Autónoma do Tibete em Pequim disse hoje à Lusa que os pedidos de autorização para entrada no Tibete estão suspensos. "Não é possível pedir licenças de entrada", disse um funcionário do departamento, que não se identificou nem soube dizer quando será possível voltar a pedir autorizações de viagem para o Tibete, onde o governo chinês só permite a entrada de estrangeiros com um vistos de viagem especiais, que são quase sempre recusados aos jornalistas. A Radio Free Asia informou ainda que os monges budistas do mosteiro de Sera iniciaram ontem uma greve de fome dentro do próprio mosteiro e recusam comer ou dormir até que as autoridades libertem os monges alegadamente presos ao longo das manifestações desta semana. "Há uma atmosfera crescente de medo e tensão em Lhasa no momento", disse à imprensa estrangeira Kate Saunders, porta-voz da organização Campanha Internacional pelo Tibete (CIT), sedeada em Londres. "Muitos outros monges estão também a ferir-se a si próprios em desespero, "disse uma fonte anónima à Rádio Free Asia. De acordo com a CIT, as manifestações estenderam-se já aos mosteiros de Reting e de Ganden, para além de Sera, os mais importantes mosteiros da região, chamados "três pilares do Tibete". Milhares de militares e de elementos da polícia paramilitar cercaram os três mosteiros, segundo a CIT. Uma agência de viagens de Pequim confirmou hoje à Lusa ter informações que "os três mosteiros estão fechados a visitas de grupos turísticos". As manifestações voltam a pôr em causa a forma como a China administra o Tibete, poucos meses antes dos Jogos Olímpicos de Pequim 2008, que decorrem entre 8 e 24 de Agosto. Os protestos começaram na segunda-feira, o aniversário da entrada das tropas chinesas no Tibete em 1959, para esmagar uma revolta falhada contra a presença da China na região e na sequência a qual o Dalai Lama, líder religioso tibetano, partiu para o exílio na Índia. A China insiste que o Dalai Lama não é um líder religioso mas sim um líder político separatista que busca a independência do Tibete. O Dalai Lama, Prémio Nobel da Paz em 1989 pela sua dedicação não-violenta pela causa tibetana, diz ter abandonado as exigências iniciais de independência para o Tibete, defendendo uma "autonomia real e significativa" que preserve a cultura, a língua e o meio ambiente tibetanos.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave cultura suicídio fome medo chinês
Índia vai lançar a sua primeira sonda não tripulada que vai orbitar a Lua
A 11 de Novembro a Índia espera colocar a sua primeira bandeira na superfície lunar e afirmar-se uma potência espacial asiática a par da China e do Japão. O primeiro passo para lá chegar está agendado para a madrugada de amanhã às 6h20 (1h50 hora de Lisboa) quando a Chandrayaan-1, a primeira sonda lunar indiana, for lançada a partir do centro espacial Satish Dhawan, em Sriharikota, a cem quilómetros de Madras, no Sul da Índia. A sonda irá a bordo do foguetão PSLV (Polar Satellite Launch Vehicle) e a missão, que vai durar dois anos, não cumpre só um objectivo político. Servirá também para recolher informação essen... (etc.)

Índia vai lançar a sua primeira sonda não tripulada que vai orbitar a Lua
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 9 | Sentimento 0.25
DATA: 2008-10-22 | Jornal Público
TEXTO: A 11 de Novembro a Índia espera colocar a sua primeira bandeira na superfície lunar e afirmar-se uma potência espacial asiática a par da China e do Japão. O primeiro passo para lá chegar está agendado para a madrugada de amanhã às 6h20 (1h50 hora de Lisboa) quando a Chandrayaan-1, a primeira sonda lunar indiana, for lançada a partir do centro espacial Satish Dhawan, em Sriharikota, a cem quilómetros de Madras, no Sul da Índia. A sonda irá a bordo do foguetão PSLV (Polar Satellite Launch Vehicle) e a missão, que vai durar dois anos, não cumpre só um objectivo político. Servirá também para recolher informação essencial sobre a Lua importante para o futuro da humanidade. Em 1959 a Rússia foi a primeira nação a pôr uma sonda a orbitar perto da Lua. Quase meio século depois a Índia tenta fazer o mesmo, incrementando a competição espacial no Oriente. No ano passado a China já fez esta aventura e em Setembro pôs astronautas chineses a passear pelo espaço. A Índia não quer ficar atrás. “Vamos à lua pela primeira vez. A China foi mais cedo, mas hoje estamos a tentar apanhá-los”, disse à Reuters Bhaskar Narayan um dos directores da Organização de Investigação Espacial da Índia (ISRO). Amulya Gaqnguli, um analista político explica: “a Índia quer que o mundo olhe para ela como uma nação que está a progredir e que também pode competir no espaço. Não podemos ficar para trás no acesso ao espaço por humanos, em relação a outros países como os Estados Unidos, a Rússia e a China”. A missão, para além de ser uma injecção de orgulho no povo indiano, tem objectivos científicos bem definidos e está enquadrada num calendário que visa colocar seres humanos na Lua em 2020. Para já, a Chandrayaan-1 terá objectivos menos ambiciosos. “Vamos obter um atlas tridimensional da superfície lunar, que vai ser utilizado para mapear a química e a mineralogia da superfície de Lua”, revelou Narayan. Para isso vão ser utilizadas sondas dos EUA, Suécia, Japão, Alemanha e Bulgária. A sonda também vai procurar hélio-3, um isótopo raro que é importante para a fusão nuclear. A humanidade ainda não domina esta tecnologia, que poderá ser uma resposta às necessidades energéticas do mundo de uma forma barata e com menos custos ambientais. Os especialistas calculam que a Terra contém apenas 15 toneladas deste componente, mas a Lua parece ter cerca de cinco milhões de toneladas. “É um plano a longo prazo. Não vamos necessitar dos minerais só para a Terra, mas também para colonizar a Lua e para viajarmos até Marte”, explica ao jornal indiano The Times of India” T. K. Alex, director do Centro de satélites da ISRO. Olhar em frenteO anterior Presidente indiano, Abdul Kalam, desejou sucesso à missão. Citado pelo The Times of India, defendeu que esta viagem vai ajudar economicamente o país. Mas o mesmo jornal criticava a missão, defendendo que o dinheiro investido deveria servir para combater a fome de milhões de crianças em toda Índia. A ISRO responde a estas acusações referindo os custos do programa. A Chandrayaan-1 custou mais de 65 milhões de euros, que foi metade do que custou o equivalente chinês. “Estamos a gastar 0, 5 por cento do orçamento nacional nos nossos programas científicos, e no Chandrayaan-1 só estamos a gastar três por cento do nosso orçamento dos últimos cinco anos”, disse Madhavan Nair, um dos presidentes da ISRO, citado pelo site Asia Times Online. O custo da missão é barato, mas segundo o mesmo site os ordenados dos cientistas da ISRO representam um oitavo do dos europeus ou norte-americanos
REFERÊNCIAS:
China detecta primeiro caso de gripe das aves numa pessoa em sete anos
As autoridades de saúde chinesas anunciaram hoje um caso humano de gripe das aves, o que já não acontecia desde 2003. Hong Kong recomenda, por isso, que sejam adoptadas medidas de precaução. (...)

China detecta primeiro caso de gripe das aves numa pessoa em sete anos
MINORIA(S): Animais Pontuação: 9 Asiáticos Pontuação: 3 | Sentimento 0.25
DATA: 2010-11-18 | Jornal Público
SUMÁRIO: As autoridades de saúde chinesas anunciaram hoje um caso humano de gripe das aves, o que já não acontecia desde 2003. Hong Kong recomenda, por isso, que sejam adoptadas medidas de precaução.
TEXTO: O diagnóstico foi feito a uma mulher de 59 anos que foi hospitalizada em estado grave, depois de ter feito uma viagem à China continental. A mulher deslocou-se a esta zona com o seu marido e a sua filha entre 23 de Outubro e 1 de Novembro e está internada desde dia 14 de Novembro. Os testes laboratoriais confirmaram a presença do vírus influenza A (H5), que corresponde a uma variante da gripe das aves, concretiza a agência noticiosa AFP. No entanto, ainda não foi possível apurar a forma como a doente contraiu a doença, visto que não manteve qualquer contacto com aves vivas nem visitou nenhuma exploração agrícola. O seu marido também teve alguns sintomas mas recuperou. As autoridades do país recomendam às unidades de saúde que em casos graves de pneumonia seja feito o despiste para a gripe das aves e que sejam utilizadas máscaras e luvas como medidas de precaução. A doente deu entrada no hospital precisamente com uma pneumonia grave. Os responsáveis elevaram também o grau de alerta para um nível que representa “risco elevado” e lançaram uma linha de apoio para resposta às dúvidas da população. A doença pode ser confundida com uma gripe, já que dá sintomas como febre, tosse, garganta inflamada e mal-estar geral. Vacina demoradaJá existem medicamentos que como os antivirais Tamiflu e Relenza que são eficazes em alguns casos. Quanto a uma vacina, a Organização Mundial de Saúde afirmou que pode demorar muito a chegar e que é difícil, em caso de alastramento, que se consiga produzir em quantidade suficiente. Os profissionais de saúde vão continuar a monitorizar o eventual aparecimento de mais casos até se perceber se a mulher foi mesmo contagiada na China. As pessoas com quem contactou também vão ser mantidas sob vigilância. A gripe das aves costuma afectar apenas aves e porcos. Contudo, em 1997 foi diagnosticado o primeiro caso de H5N1 em humanos e, até hoje, foram conhecidos 18 casos. Seis deles foram fatais. A China foi, aliás, o primeiro país a ser atingido gripe das aves, o que levou a que milhões de animais fossem abatidos. Até ao momento não existem relatos de transmissão entre humanos como aconteceu, por exemplo, com a pandemia da gripe A (H1N1). Mas os cientistas temem que estas eventuais mutações sejam responsáveis por uma alteração no padrão de contágio, permitindo a contaminação entre humanos. “Creio que devemos concentrar-nos nas aves como fonte provável desta infecção”, desdramatizou à AFP um porta-voz do ministério da Saúde do país. “Provavelmente contraiu o vírus na China continental mas ainda não podemos excluir completamente a hipótese Hong Kong”, acrescentou York Chow.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave filha humanos mulher doença aves
Pássaros do sul
A versão grande ecrã do popular jogo de telemóvel promete absurdismo à moda antiga, mas não passa de produto industrial descartável. (...)

Pássaros do sul
MINORIA(S): Animais Pontuação: 9 | Sentimento 0.0
DATA: 2016-06-07 | Jornal Público
URL: https://arquivo.pt/wayback/20160607211959/http://www.publico.pt/1733633
SUMÁRIO: A versão grande ecrã do popular jogo de telemóvel promete absurdismo à moda antiga, mas não passa de produto industrial descartável.
TEXTO: Embora nem sempre os resultados dos filmes adaptados de jogos de video sejam apresentáveis – por cada sucesso como a série Resident Evil há um tiro ao lado como Mortal Kombat ou Doom - isso não tem impedido a indústria do cinema de continuar a perseguir a galinha dos ovos de ouro. Ou, neste caso, o pássaro dos ovos de ouro, com a sensação dos Angry Birds transformada em longa de animação digital para miúdos e graúdos que explica o porquê da inimizade entre pássaros e porcos que deixou as aves furiosas. Da qual, diga-se de passagem, ninguém sai bem visto: os pássaros são uns patós de todo o tamanho, os porcos uns aldrabões de luxo, e só o nosso herói Red, o pássaro vermelho cujo mau feitio o obriga a ter aulas de “gestão da raiva”, percebe o que se está a passar na Ilha dos Pássaros. Dito isto, nem a Sony que produziu o filme nem a Rovio que criou o jogo saem bem vistos desta adaptação, já que Angry Birds é um autêntico compêndio de lugares-comuns, desde a viagem de aprendizagem do herói inadaptado que aprende a viver em sociedade à utilização de vozes conhecidas a contar gagues de sitcom. A premissa do filme, o universo surreal em que tudo se passa e alguns momentos mais divertidos poderiam fazer esperar uma versão pós-moderna do absurdismo destruidor dos velhos cartoons da Warner - há qualquer coisa de Coiote e Bip-Bip em ver pássaros a atirarem-se de fisga a porcos. Mas nem os realizadores estreantes Clay Kaytis e Fergal Reilly nem o argumentista Jon Vitti (veterano dos Simpsons) conseguem (passe a expressão) animar esta versão ligeirinha do máximo-denominador-comum dos primeiros tempos da Dreamworks, modo Madagáscar/Shrek, sem sequer a graça dos modelos originais. Há em Angry Birds algo de “caderno de encargos” a cumprir sem grande empenho, que o torna num produto puramente industrial, fast food para consumir enquanto está a dar e esquecer logo a seguir.
REFERÊNCIAS:
Oito reclusos hospitalizados por intoxicação com "tranquilizante de cavalo"
Ao final do dia, permaneciam nos cuidados intensivos, do Hospital Amato Lusitano, com “prognóstico muito reservado” (...)

Oito reclusos hospitalizados por intoxicação com "tranquilizante de cavalo"
MINORIA(S): Animais Pontuação: 9 | Sentimento 0.0
DATA: 2015-05-01 | Jornal Público
URL: https://arquivo.pt/wayback/20150501215106/http://www.publico.pt/1693692
SUMÁRIO: Ao final do dia, permaneciam nos cuidados intensivos, do Hospital Amato Lusitano, com “prognóstico muito reservado”
TEXTO: A porção de cetamina, um poderoso anestésico conhecido como “tranquilizante de cavalo”, terá sido introduzida por uma visita este domingo de manhã no Estabelecimento Prisional de Castelo Branco. Oito reclusos foram transportados para a urgência com sintomas de intoxicação. O alerta soou às 13h25, segundo esclareceu o Comando Distrital de Operações de Socorro. À prisão acorreram o corpo local de bombeiros, agentes da PSP e uma equipa de emergência médica. O cenário inspirava grande cuidado. Primeiro, cinco reclusos inconscientes numa cela. Depois, outros três, na mesma ala. Os homens, com idades compreendidas entre os 24 e os 53 anos, foram de imediato conduzidos para o Hospital Amato Lusitano. Ao final do dia, permaneciam nos cuidados intensivos, com “prognóstico muito reservado”, segundo o presidente do conselho de administração, Vieira Pires. A Direcção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais informou que os oito reclusos "apresentavam sinais de doença súbita, resultado do consumo de uma substância ilícita, presumivelmente 'cetamina'". Esta informação não foi, porém, confirmada por Vieira Pires. “A Direcção-Geral terá dados que nós não temos. As análises seguiram para a Medicina Legal”, esclareceu. Ao que o PÚBLICO apurou, durante as visitas desta manhã, alguém terá conseguido entrar com uma porção daquela substância, também designada por K, Special K, Super K, Vitamina K, e passá-la a um recluso, que a terá passado a outros sete, que com ele partilhavam a cela ou, pelo menos, a ala. A confusão seria grande durante a manhã. Os guardas prisionais fizeram greve nos dias 23, 24 e 25. O Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional já tinha convocado igual protesto para os dias 16, 17, e 18, exigindo a aplicação do estatuto profissional, que entrou em vigor há mais de um ano e que inclui regulamentação do horário de trabalho, progressões nas carreiras, aprovação dos novos níveis remuneratórios e pagamento do subsídio de turno para quem faz noites. Conforme diversas vezes teve ocasião de explicar o presidente do sindicato, Jorge Alves, a greve tem afectado as visitas aos reclusos, o transporte não urgente para tribunais e hospitais e o tempo de recreio. A maior afluência verificada no EP de Castelo Branco e noutros não foi, pois, uma surpresa. A cetamina pode ser inalada, fumada (se misturada com tabaco) ou injectada num músculo (se misturada com um líquido não alcoólico). Ao que tudo indica, os reclusos misturaram-na com água. Inventada em 1965 pelos laboratórios Parke & Davis, esta substância foi utilizada na Guerra Colonial. Hoje, é mais usada por veterinários, sobretudo, para anestesiar cavalos. Em pequenas doses, também o é por médicos, por exemplo, no parto, quando se faz episiotomia. Segundo o Observatório das Drogas e da Toxicodependência, as primeiras referências ao consumo recreativo remetem para meados da década de 90. E são cada vez mais os problemas de saúde associados a essa e a outras substâncias psicoactivas com propriedades alucinogénias, anestésicas e sedativas. O conhecido psiquiatra Luís Patrício tem lidado com alguns consumidores problemáticos. “Os doentes referiram as alterações do pensamento e da percepção da realidade como o sofrimento não desejado que motivou o pedido de ajuda”, diz. Novas substâncias têm entrado no mercado das drogas legais, tentando tomar o lugar de drogas já controladas. Só no ano passado foram notificadas mais de cem. Entre as drogas em avaliação estava uma nova substância sintética considerada muito perigosa, a AH-7921, sucedânea da cetamina.
REFERÊNCIAS:
Exportação de gado salva Novo Banco de buraco de 53 milhões de euros
Exportação de animais vivos para Israel salva Novo Banco de buraco de 53 milhões de euros. Em 2016, a Monte do Pasto facturou 25 milhões e começou a amortizar o seu passivo financeiro. (...)

Exportação de gado salva Novo Banco de buraco de 53 milhões de euros
MINORIA(S): Animais Pontuação: 9 | Sentimento 0.0
DATA: 2017-02-19 | Jornal Público
SUMÁRIO: Exportação de animais vivos para Israel salva Novo Banco de buraco de 53 milhões de euros. Em 2016, a Monte do Pasto facturou 25 milhões e começou a amortizar o seu passivo financeiro.
TEXTO: Na planície ligeiramente ondulada da Herdade do Trolho, na margem da estrada que liga Cuba ao Alvito, milhares de bovinos concentram-se em dezenas de parques de engorda espalhados pela paisagem. No Alentejo, é normal ver-se gado a pastar, mas o que se descobre nesta herdade da empresa Monte do Pasto nada tem que ver com a tradição — o que aí existe é uma poderosa máquina de engordar animais. A empresa, que passou dez anos no limiar da falência e que, em 2014, vendeu apenas 2000 bovinos, deu a volta à crise e no ano passado comercializou 30 mil; depois de sucessivos falhanços que geraram dívidas de 53 milhões de euros ao antigo BES, conseguiu no ano passado facturar 25 milhões e começou a amortizar dívidas. Num caso raro de recuperação, a Monte do Pasto transformou-se, em apenas dois anos, na maior fábrica de engorda de animais vivos do país (representa 10% do sector nacional e 1% da produção europeia). Num sector no qual Portugal é deficitário e que ao logo dos anos se mantém num persistente estado de sobrevivência, a Monte do Pasto é um caso raro que técnicos da pecuária, especialistas no comércio externo ou responsáveis políticos pela Agricultura seguem com particular atenção. O que aconteceu? Clara Moura Guedes, a administradora da empresa, encolhe os ombros e larga: “Tivemos sorte. ” Ao seu lado, um dos principais assessores da administração, Gonçalo Macedo, completa: “E soubemos agarrá-la. ” A “sorte” de que Clara Moura Guedes fala aconteceu com a abertura do mercado de Israel à importação de animais vivos, em Maio de 2015. Mas a transformação de uma empresa moribunda numa organização capaz de explorar essa oportunidade reclama outras explicações. Como muitas empresas do sector primário, a Monte do Pasto nasceu sob o signo da grandeza. Em 1981, um agricultor influente da zona de Beja, João Urbano, fundou a SAPJU (Sociedade Agro-Pecuária João Urbano) com o objectivo de criar uma unidade de produção com escala para resistir à invasão de carne estrangeira. Nada haveria de faltar para essa ambição: os fundos europeus abundavam; nove herdades com uma área de 3680 hectares propiciariam espaço para o pasto ou para parques de engorda; uma fábrica de rações haveria de verticalizar a produção; e o aluguer e posterior compra do matadouro de Beja garantiria à SAPJU o controlo do circuito da carne desde o prado até à saída para os talhos. O projecto acabaria por se defrontar com obstáculos por volta de 2005, quando às dificuldades do mercado se juntaram problemas com a sucessão do fundador. Seria comprada por dois investidores, que fizeram investimentos vultuosos e acumularam dívidas galopantes no BES. Quando a empresa entrou em incumprimento e se mostrou incapaz de remunerar as suas dívidas, o banco tomou conta da sua gestão. O problema principal da empresa era o seu foco. Ao tentar produzir para o mercado interno, entrou em competição com a carne importada de países como a Polónia ou a Roménia cujo preço era imbatível. “Nós não somos um país com muita sensibilidade para a qualidade: o que conta no mercado interno é fundamentalmente o preço”, nota Clara Moura Guedes. Quando a gestora é convidada pelo ainda BES a tomar conta dos destroços da SAPJU, havia já razões para acreditar que a dependência do mercado interno não tinha saída. Um estudo encomendado à AgroGés insistia ainda nesse caminho. “Ainda bem que não o seguimos”, diz com um sorriso a administradora. No início do mandato de Clara Moura Guedes, o que era fundamental era tornar a empresa capaz de produzir e de competir. O momento para se discutir e aprovar o que se fazer, porém, não podia ser pior. No final de Julho de 2014, quando Clara Moura Guedes se preparava para assumir a gestão, o BES explode. “Num dia, conseguimos aprovar com o banco um financiamento de 14 milhões para reestruturar a empresa; na segunda-feira seguinte já não havia banco”, recorda a gestora. Só em Setembro, já com o Novo Banco, a equipa de Stock da Cunha aprovaria o plano e apenas em Novembro o processo ficaria pronto para arrancar. Clara Moura Guedes defronta-se com muitos problemas e mais um: “Não percebia nada de vacas nem de pecuária. ” Vinda da indústria dos lacticínios (fora administradora e accionista da Queijo Saloio), os bovinos eram para ela “como outra coisa qualquer”. A contratação de Gonçalo Macedo, um agrónomo com experiência na gestão pecuária, supriria essa necessidade. O resto, acreditava, seria conseguido com uma gestão eficiente e focada. É neste âmbito que se reconstroem cercas, se adquirem máquinas e animais, se aproveitam os fundos agrícolas da Europa e se fazem contratos de fornecimento com outros produtores pecuários da região. Talvez nenhum destes esforços resultasse se a Monte do Pasto (como então se passou a chamar a extinta SAPJU) não fosse capaz de aproveitar uma oportunidade aberta pela diplomacia económica. Depois de quase dez anos de negociações, Portugal e Israel celebram um acordo comercial que abre as portas à exportação de animais vivos. Três meses depois do acordo, em Agosto de 2015, a Monte do Pasto junta-se à Raporal, uma empresa com base no Montijo, para a primeira exportação. Mas, de imediato, Clara Moura Guedes e Gonçalo Macedo fizeram as malas e voaram para Telavive. E autonomizaram-se da Raporal. Para sua sorte, dispunham de um trunfo inesperado: a qualidade dos animais que produziam permitia que até 95% da sua carne pudesse ser classificada como kosher (estado sanitário conforme à lei hebraica). Firmados os primeiros contratos, era fundamental garantir volume de produção. Um barco para Israel transporta de cada vez cerca de 2400 animais, uma quantidade impossível de satisfazer pela maioria esmagadora das empresas nacionais. O espaço disponível, os investimentos em parques de engorda ou os contratos de fornecimento com 20 produtores da região foram as respostas encontradas para o desafio. A capacidade de engorda da Monte do Pasto ronda hoje os 12 mil animais em simultâneo. Para lá deste efectivo, a empresa dispõe ainda de 1400 vacas reprodutoras. Com este potencial, foi possível exportar no ano passado cerca de 30 mil animais para o Médio Oriente. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. Com os pés em Israel, a Monte do Pasto está agora em vias de alargar os negócios à Jordânia, ao Egipto e à Argélia. “São países onde há um grande conhecimento sobre a qualidade da carne e onde o consumo está a aumentar”, diz Clara Moura Guedes. Os contactos exploratórios estão feitos e para breve está prevista a assinatura de “um grande contrato” com a Argélia. Para o garantir, a empresa terá de reforçar a sua capacidade de produção. E de aumentar a eficiência num negócio que, em Portugal, “está muito pouco profissionalizado”. Consolidada a estratégia, a Monte do Pasto conseguiu no ano passado apresentar um resultado operacional positivo e começou a amortizar dívidas. Em breve o Novo Banco lançará uma operação para a sua venda. A empresa deixou de ser um problema de crédito para se tornar um activo. E para o futuro há já novos projectos: entrar no negócio de carne maturada, avançar para a carne processada, produzir e exportar borregos e investir no alargamento das pastagens regadas dos actuais 40 para os 1100 hectares, o que ocorrerá quando a nova fase do Alqueva for construída. Muitos desafios para uma empresa que há alguns meses tinha como objectivo a sobrevivência.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave lei carne consumo estudo
Dos espaços verdes às artes e aos animais: lisboetas escolheram projectos para a cidade
Foram apresentados os resultados do Orçamento Participativo de 2015. A taxa de execução de todos os projectos até hoje é de 70%. (...)

Dos espaços verdes às artes e aos animais: lisboetas escolheram projectos para a cidade
MINORIA(S): Animais Pontuação: 9 | Sentimento -0.2
DATA: 2015-11-25 | Jornal Público
SUMÁRIO: Foram apresentados os resultados do Orçamento Participativo de 2015. A taxa de execução de todos os projectos até hoje é de 70%.
TEXTO: Muitos dos que ganharam não estavam à espera de vencer. E não o diziam só por modéstia, mas porque existiam mais de 180 projectos a votação e não havia nenhuma forma de saber, ao longo do processo, quantas pessoas votavam ou em que projectos o faziam. Depois de meses de trabalho, foram vários os vencedores que se emocionaram na apresentação dos 15 projectos vencedores, que decorreu esta segunda-feira no Salão Nobre da Câmara de Lisboa. Entre eles, destacam-se dois projectos dedicados a animais: um abrigo para gatos de rua e um pombal contraceptivo. Foram contabilizados mais de 42 mil votos nesta oitava edição do Orçamento Participativo de Lisboa – feito através da apresentação e votação de propostas pelos cidadãos. “É um número recorde e mostra bem a dinâmica e o entusiasmo que o Orçamento Participativo gera”, afirma Fernando Medina, presidente da Câmara de Lisboa. Alexandra Rodrigues, de 46 anos, é professora universitária e foi a proponente do projecto número 48, correspondente à criação de abrigos refúgio para gatos de rua. “Inspirei-me nos abrigos para animais errantes que já existem noutros países e tentei trazer a ideia para Portugal”, refere, explicando que é voluntária em associações de animais. No início da sessão não estava confiante, mas o seu nome foi chamado por ter conseguido 1413 votos dos cidadãos de Lisboa, fazendo deste o quinto projecto mais votado na categoria de investimento abaixo de 150 mil euros. “É um primeiro passo numa grande jornada que temos pela frente, mas é um primeiro passo muito importante na vida dos animais”, explica ao PÚBLICO no final da cerimónia, sublinhando o lado positivo do orçamento participativo por “envolver a população nas melhorias da cidade em que se habita”. Também na área ambiental, o sexto projecto mais votado, com 1020 votos, foi o pombal contraceptivo. Consiste na construção de uma estrutura simples, na freguesia de Santa Maria Maior, em que são criados ninhos para as aves, fazendo-se a substituição dos seus ovos por ovos artificiais de gesso ou de plástico. Esta medida permite controlar o número de pombos para que não constituam uma praga e é uma proposta alternativa ao abate das aves. O partido PAN, Pessoas Animais Natureza – que elegeu este ano o seu primeiro deputado para a Assembleia da República –, tinha já sugerido em assembleia municipal a criação destes pombais. A proposta foi aprovada, mas ainda não foi avante. Com um investimento mais reduzido, também a criação de uma campanha informativa sobre a praga dos pombos foi um dos projectos vencedores da edição de Orçamento Participativo da Junta de Freguesia de Arroios deste ano. Projectos diversos e muitos votosFernando Medina refere que, todos os anos, são apresentadas propostas “em múltiplas áreas, desde os espaços verdes à acção social, à recuperação do património ou à área cultural” e que todas elas “têm um carácter simbólico por nascerem da vontade dos cidadãos”, assumindo até um carácter estratégico para a vida da cidade. Alexandra Rodrigues nota que, apesar de toda a variedade, ainda existem “poucos projectos na área ambiental”. Dos projectos vencedores, a maioria integra áreas de requalificação de espaços urbanos ou de desporto e até de recreios escolares e a criação de espaços verdes e culturais em propostas tão diversas como um parque de ginástica rítmica, um queimador de velas, a criação de uma loja de artesãos, a requalificação da acessibilidade pedonal em Campolide ou do Espaço Fazeres do Beato, cuja vitória se traduziu em gritos de alegria das crianças na plateia. A Câmara Municipal de Lisboa reserva, anualmente, 2, 5 milhões de euros para financiar o Orçamento Participativo: um milhão para dois projectos no valor de 500 mil euros e um milhão e meio para projectos abaixo dos 150 mil euros. Cada cidadão pode dar o seu voto nas duas categorias. “Esta é uma área que nunca foi sujeita a restrições orçamentais e não ficará no futuro”, afiança o presidente da câmara, explicando que a taxa de execução dos projectos participativos é de cerca de 70%.
REFERÊNCIAS:
Partidos PAN
Desmantelada rede de comércio ilegal de carne de cavalo na Europa
Foram detidas 26 pessoas e apreendidos 37 mil euros numa operação conduzida pela Eurojust. (...)

Desmantelada rede de comércio ilegal de carne de cavalo na Europa
MINORIA(S): Animais Pontuação: 9 | Sentimento -0.5
DATA: 2015-04-25 | Jornal Público
SUMÁRIO: Foram detidas 26 pessoas e apreendidos 37 mil euros numa operação conduzida pela Eurojust.
TEXTO: A Eurojust - Unidade Europeia de Cooperação anunciou o desmantelamento de uma rede de comércio de carne de cavalo ilegal que operava em vários países da União Europeia, nomeadamente França, Bélgica, Irlanda e Holanda. "Uma unidade de cooperação a cargo da Eurojust e liderada pelo gabinete francês deteve uma rede de crime organizado envolvida no comércio de carne de cavalo ilegal", informou aquela entidade num comunicado citado neste sábado pela agência EFE. A operação, que foi desenvolvida na sexta-feira, envolveu a fiscalização de dezenas de estabelecimentos comerciais e culminou na detenção de 26 pessoas e na apreensão de 37 mil euros, de 800 registos de cavalos, de medicação, de microchips e de diversos equipamentos informáticos. Adicionalmente, a Eurojust informa que mais de 200 cavalos serão agora examinados pelos serviços veterinários. As autoridades francesas estimam que, entre 2010 e 2013, tenham sido abatidos 4700 cavalos não aptos para o consumo humano com vista à introdução da sua carne na cadeia alimentar, sendo que para o efeito era falsificada, alterada ou eliminada a documentação oficial que acompanhava o produto. Desta forma, a carne acabou por ser comercializada em vários países da União Europeia. Na operação agora desenvolvida participaram a polícia e autoridades judiciais da França, Bélgica, Alemanha, Irlanda, Luxemburgo, Holanda e Reino Unido. A investigação sobre o principal suspeito, um homem de nacionalidade belga que operava a partir da Bélgica, tiveram início neste país em 2012 e prosseguiram em Julho de 2013 em França, sob coordenação do juiz de instrução do Tribunal de Marselha. "Estas investigações revelaram ligações deste grupo organizado a actividades realizadas noutros Estados-membros, como a Irlanda e os Países Baixos. Como resultado da informação recebida da Bélgica e França, a polícia de Kent também iniciou uma investigação no Reino Unido", explicou a Eurojust. Já este ano foram promovidas duas reuniões de coordenação entre as diferentes autoridades dos vários países para levar a cabo a operação.
REFERÊNCIAS:
Amantes da observação de aves rumam a Estarreja
Este fim-de-semana, há nova edição da feira Observaria, que contempla várias palestras e actividades de campo. São esperados milhares de visitantes. (...)

Amantes da observação de aves rumam a Estarreja
MINORIA(S): Animais Pontuação: 9 | Sentimento 0.0
DATA: 2015-05-01 | Jornal Público
SUMÁRIO: Este fim-de-semana, há nova edição da feira Observaria, que contempla várias palestras e actividades de campo. São esperados milhares de visitantes.
TEXTO: Considerado por muitos como um verdadeiro santuário natural, a área do Bioria, ecossistema situado no Baixo Vouga lagunar, mais concretamente no município de Estarreja, tem vindo a afirmar-se, cada vez mais, junto dos amantes da observação de aves - vêm de vários pontos do país ou da Europa para espiar espécies de aves emblemáticas como a garça-vermelha ou a água-sapeira. Esta elevada procura acabou por levar os responsáveis pelo projecto Bioria, em conjunto com o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas, a apostar num grande evento anual dedicado à observação de aves, atraindo especialistas nacionais e internacionais. A Observaria, assim se chama a feira de birdwatching do Bioria, cumpre este ano a sua segunda edição e acontece já este fim-de-semana. Durante os dias de sábado e domingo, são muitas as actividades dirigidas a profissionais e à população em geral. O programa contempla 11 palestras, 20 workshops e actividades de campo, com a presença de especialistas de renome mundial – como é o caso de Tim Appleton, organizador da British Bird Fair, a mais importante feira de observação de aves do Reino Unido e do mundo –, três exposições e várias actividades de desporto e lazer. Depois da edição de 2014 ter atraído um total de 3. 000 visitantes, este ano a organização espera ultrapassar largamente esse número. “Estamos a registar uma maior procura por parte do público às actividades que estão sujeitas a inscrição”, evidencia Norberto Monteiro, coordenador do projecto Bioria, em declarações ao Público. Segundo faz ainda questão de sublinhar, “todas as actividades são gratuitas, mas, à excepção das palestras e da exposição, estão sujeitas a inscrição prévia”. Palestras e arte urbanaUm dos destaques da Observaria 2015 vai para a palestra “Baixo Vouga Lagunar – Laboratório vivo de investigação científica”, marcada para o primeiro dia do evento (14h30 ) e na qual serão divulgados os principais resultados de estudos científicos desenvolvidos pela Unidade de Vida Selvagem da Universidade de Aveiro. Prometida está também a exibição de uma instalação urbana, criada pelo artista Artur Silva, mais conhecido como Bordalo II. Com recurso a desperdícios e lixo, o artista, de 27 anos, irá moldar as formas de um animal, numa obra que, segundo anunciou a organização, estará em execução ao longo dos dois dias da Observaria 2015. A feira irá dividir-se entre os espaços do Parque Municipal do Antuã, os percursos naturais do Bioria e o Multiusos de Estarreja, num programa que ficará ainda marcado pela apresentação de uma nova aplicação móvel que vai guiar o visitante pelos percursos pedestres e cicláveis de Estarreja. Trata-se da app “Trekking BioRia”, que recria os oito percursos do BioRia - ao longo dos seus 50 quilómetros -, com georreferenciação, e fornece ao visitante informação adicional e complementar à que se encontra nos placards informativos instalados no terreno.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave campo animal aves