Organização chinesa acusa Apple de pactuar com abusos laborais
Relatório mostra condições de vida e trabalho em três fábricas de um grupo taiwanês que produz iPhones, iPads e computadores Mac. Multinacional americana diz que vai investigar. (...)

Organização chinesa acusa Apple de pactuar com abusos laborais
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 9 | Sentimento 0.0
DATA: 2013-07-30 | Jornal Público
SUMÁRIO: Relatório mostra condições de vida e trabalho em três fábricas de um grupo taiwanês que produz iPhones, iPads e computadores Mac. Multinacional americana diz que vai investigar.
TEXTO: A China Labor Watch, uma organização não lucrativa que analisa as condições de trabalho em fábricas na China, diz ter encontrado violações das condições de trabalho em três fábricas que trabalham para a Apple, incluindo trabalho de menores, horas extraordinárias não pagas e alojamentos desadequados. Com base em inquéritos aos trabalhadores à saída dos edifícios, feitos entre Março e Julho, a organização relata violações das leis laborais e violações “éticas” em três fábricas do grupo taiwanês Pegatron, nas quais são produzidos iPhones, componentes de iPads e computadores Mac. A investigação culminou num relatório com o título “Promessas não cumpridas da Apple” e num pequeno vídeo com imagens das condições de vida e de trabalho nas fábricas (e com uma referência ao fabrico de um “iPhone barato”). A China Labor Watch acusa as fábricas de obrigar os trabalhadores a permanecerem em pé durante turnos de 11 horas, de os alojar em dormitórios com oito a 12 pessoas por quarto e com um número insuficiente de chuveiros e sem água quente, de não conceder licenças de maternidade a funcionárias que não sejam casadas, de ter forçado trabalhadores a aceitarem horas de trabalho não remunerado e de não os informar sobre os perigos dos químicos com que trabalham. Ao todo, as acusações agrupam-se em 15 categorias, onde cabem ainda danos ambientais com consequências para as populações locais. “Em suma, as fábricas da Pegatron estão a violar um grande número de leis internacionais e chinesas, bem como os padrões do código de conduta de responsabilidade social da própria Apple”, lê-se num comunicado. A organização lembra ainda que a Apple afirmou em Maio que a regra da empresa de 60 horas semanais de trabalho nas fábricas estava a ser cumprida em 99% dos casos, mas que as leis chinesas estipulam um máximo de 49 horas por semana. No caso da Pegatron, a China Labor Watch diz que o trabalho semanal ronda as 66 a 69 horas. “A Apple tem uma tolerância zero para lapsos na qualidade dos seus produtos. Se surge uma questão de qualidade, a Apple fará tudo o que puder para a corrigir imediatamente. Mas, aparentemente, existe um menor sentimento de urgência em responder a abusos de direitos laborais”, acusa a China Labor Watch. A multinacional reagiu afirmando que vai investigar as acusações. “Vamos investigar a fundo estas alegações, assegurar que são tomadas acções correctivas onde necessário e reportar quaisquer violações ao nosso código de conduta”, afirmou à agência Bloomberg uma porta-voz da empresa em Pequim. À Bloomberg, o director financeiro da Pegatron afirmou que não contrata menores e que, nos últimos meses, os funcionários do grupo têm feito uma média de 45 a 50 horas de trabalho semanal. A Apple foi já várias vezes acusada de trabalhar com fornecedores que não respeitam os direitos dos trabalhadores. Um dos casos mais mediáticos aconteceu em 2010, quando houve uma vaga de suicídios numa fábrica da Foxconn, também taiwanesa e com fábricas em território chinês. A empresa acabou por melhorar as condições de trabalho, nomeadamente com aumentos salariais, e decidiu colocar redes em torno do edifício para evitar suicídios. A Foxconn foi alvo de uma extensa investigação do jornal The New York Times, que foi também publicada em chinês. Em Março do ano passado, o director executivo da Apple, Tim Cook, visitou as linhas de produção e garantiu que a multinacional americana estava empenhada em assegurar as condições de trabalho nas fábricas que contrata.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave direitos social chinês
Empresa norte-americana retira leite em pó do mercado chinês
Depois da neozelandesa Fonterra é a vez da Abbott. (...)

Empresa norte-americana retira leite em pó do mercado chinês
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 9 | Sentimento 0.0
DATA: 2013-08-06 | Jornal Público
SUMÁRIO: Depois da neozelandesa Fonterra é a vez da Abbott.
TEXTO: A empresa norte-americana Abbott iniciou esta terça-feira a retirada de duas remessas de leite em pó na China, perante a possibilidade de contaminação com a bactéria que pode causar botulismo e ser fatal para quem consuma aquele produto. Depois do presidente da Fonterra, a maior empresa de lacticínios neozelandesa, ter vindo a público pedir desculpa por ter posto no mercado leite contaminado, é a vez da norte-americana Abbott juntar-se, uma vez que adquiriu à Fonterra o concentrado de proteína de soro de leite que alegadamente está contaminado. A neozelandessa anunciou que tinha vendido a oito clientes, embora não tenha revelado os seus nomes. A Abbott informa em comunicado que os produtos não foram produzidos com materiais contaminados da Fonterra, mas embalados em linhas de produção da empresa neozelandesa, revela a agência de notícia chinesa Xinhua. Segundo o Ministério das Indústrias Primárias da Nova Zelândia, este componente, utilizado na produção de produtos alimentares infantis ou bebidas desportivas, foi exportado para a Austrália, China, Malásia, Vietname, Tailândia e Arábia Saudita. "As linhas de produção (da Fonterra) não foram totalmente higienizadas após a contaminação dos produtos", refere o documento. A Abbott iniciou a retirada preventiva de dois carregamentos de leite em pó produzidos em Maio deste ano, incluindo 7181 caixas, 112 das quais já vendidas, e as restantes ainda seladas. Governo toma conta da criseNa segunda-feira o primeiro-ministro neozelandês veio a público revelar preocupação com o caso e, de forma inédita, esta terça-feira, o seu Executivio decidiu enviar agentes às unidades de produção da Fonterra, para gerir a crise no grupo, noticia a AFP. É inédito porque se trata do envolvimento do Estado numa crise privada, ou seja, um caso raro, reconheceu o ministro do Desenvolvimento Económico da Nova Zelândia, Stephen Joyce, mas é necessária para o restabelecimento da confiança dos consumidores em todo o mundo nos produtos lácteos do seu país, que respondem por um quarto das exportações neozelandesas, justifica. À Rádio Nova Zelândia, o ministro disse que as informações fornecidas pela Fonterra no início do caso provaram ser falsas, resultando na emissão de recomendações contraditórias. "Tudo isto é muito frustrante, é o mínimo que podemos dizer", disse o governante. Cerca de 90% dos lotes contaminados foram encontrados e o resto deverá estar localizado na quarta-feira à tarde, acrescentou. O Governo planeia endurecer a legislação e os controlos à Fonterra, a maior do país, para prevenir novos casos de contaminação dos seus produtos lácteos.
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Tempo Maio
Smartphones ultrapassam telemóveis convencionais
A líder Samsung aumentou a distância face à Apple, que é a única não asiática na lista das cinco maiores fabricantes, mostram dados da Gartner. (...)

Smartphones ultrapassam telemóveis convencionais
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 9 | Sentimento -0.14
DATA: 2013-08-15 | Jornal Público
SUMÁRIO: A líder Samsung aumentou a distância face à Apple, que é a única não asiática na lista das cinco maiores fabricantes, mostram dados da Gartner.
TEXTO: Os smartphones representaram, no segundo trimestre deste ano, 51% de todos os telemóveis enviados para os retalhistas, de acordo com números da Gartner. É a primeira vez que a analista regista um maior número de smartphones do que de telemóveis convencionais a seguirem para o retalho. Os dados, divulgados nesta quarta-feira, indicam que, em todo o mundo, os fabricantes enviaram para venda 435 milhões de aparelhos, mais 3, 6% do que no segundo trimestre de 2012. O segmento dos smartphones cresceu (mais 46, 5% face ao período homólogo), ao passo que os telemóveis convencionais continuaram em queda (menos 21%). Os números estão em linha com os de outras analistas, que já tinham registado a tendência. O crescimento no mercado dos smartphones foi conseguido sobretudo graças à procura de aparelhos equipados com sistema operativo Android, que passaram de 98, 7 milhões de unidades para 177, 9 milhões, o que se traduziu num aumento de quota de mercado de 64, 2% para 79%. Os iPhones tiveram um crescimento mais modesto, passando de 21, 9 milhões de aparelhos para 31, 9 milhões, e a Apple viu a quota de mercado cair para de 18, 8% para 14, 2%. O sistema Windows Phone, da Microsoft, está em terceiro lugar, mas tem uma fatia de apenas 3, 3%. Os BlackBerry ficam-se pelos 2, 7%. A sul-coreana Samsung, líder na tabela de fabricantes, conseguiu aumentar ligeiramente a distância face à Apple, tendo agora uma quota de mercado de 31, 7%. A Apple é a única empresa não asiática entre as cinco maiores marcas. Nesta lista, seguem-se a LG (sul-coreana), a Lenovo e a ZTE (ambas chinesas). Feitas as contas ao mercado total de telemóveis, a Samsung continua na frente: praticamente um em cada quatro telemóveis enviados para venda eram desta marca. A Nokia aguenta-se em segundo lugar, com 14% do mercado, embora esteja a perder utilizadores. Em terceiro está a Apple.
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Tempo quarta-feira
Rapaz chinês a quem arrancaram os olhos pôs implantes mas não voltará a ver
Crime terá sido cometido por uma tia. Cirurgião ofereceu-se para colocar próteses estéticas mas menino de seis anos não recuperará visão. (...)

Rapaz chinês a quem arrancaram os olhos pôs implantes mas não voltará a ver
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 9 | Sentimento 0.0
DATA: 2013-09-11 | Jornal Público
SUMÁRIO: Crime terá sido cometido por uma tia. Cirurgião ofereceu-se para colocar próteses estéticas mas menino de seis anos não recuperará visão.
TEXTO: Um menino chinês de seis anos a quem arrancaram os olhos em circunstâncias ainda mal explicadas foi operado na terça-feira num hospital do sul do país por um cirurgião de Hong Kong. O médico ofereceu-se para lhe colocar uns implantes quando soube do caso. As próteses imitam uns olhos reais e são capazes de reproduzir movimentos como o local para onde o rapaz está a olhar, mas não lhe devolvem a visão. Guo Bin, também conhecido como Bin Bin, deverá receber ainda no hospital uns sensores que lhe permitirão ter uma maior consciência dos espaços onde se move, para poder evitar obstáculos e contornar barreiras, relata o Guardian. “Tal como os seus pais, estamos cheios de esperança”, declarou ao mesmo jornal Guo Zhiping, o irmão do pai do menino. “Mas ainda temos de lhe dizer que a sua visão está perdida para sempre”, acrescentou. Esta cirurgia divide-se em duas fases. Na primeira, Guo Bin recebe dois implantes orbitais. Quando tudo corre bem e o doente está estável, a segunda fase é implementar os globos oculares adaptados em termos de forma e cor ao doente em questão, mas que servem apenas para minimizar os impactos estéticos. Nesta fase da ciência, ainda não será possível devolver-lhe a visão. Porém, as maiores incógnitas permanecem sobre o que aconteceu no ataque de 24 de Agosto, dia em que os olhos de Guo Bin foram arrancados. De acordo com a última versão da polícia o menino estaria a brincar perto de sua casa, na província de Shanxi, suspeitando-se que a sua tia seja a autora do crime. Não foi identificado um motivo para o ataque, referindo-se apenas eventuais discórdias familiares. Entretanto a mulher matou-se. Contudo, os pais do rapaz recusam acreditar que tenha sido a tia a cometer este acto brutal e alegam que o relatório policial tem incoerências, nomeadamente porque a tia trabalhava numa fábrica e não teria tido tempo de cometer o crime e de voltar ao local de trabalho. Na altura em que o caso foi divulgado chegou a relacionar-se com tráfico de órgãos humanos uma vez que os olhos teriam sido recuperados mas sem as córneas. De acordo com a mãe, a criança desapareceu enquanto brincava perto de casa. Cerca de quatro horas depois foi encontrado por familiares. Segundo o próprio rapaz, terá sido levado por uma mulher, que falava com uma pronúncia estranha.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave crime humanos ataque mulher criança chinês
Chineses da EDP protestam contra novo imposto sobre produtores eléctricos
Empresa escreveu a Portas, a reclamar que o Governo lhe tinha garantido que não ia mudar o quadro regulatório. (...)

Chineses da EDP protestam contra novo imposto sobre produtores eléctricos
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 9 | Sentimento 0.136
DATA: 2013-10-07 | Jornal Público
SUMÁRIO: Empresa escreveu a Portas, a reclamar que o Governo lhe tinha garantido que não ia mudar o quadro regulatório.
TEXTO: Os accionistas chineses da EDP, a China Three Gorges, estão contra a nova contribuição especial que o Governo anunciou na semana passada para os produtores de electricidade, alegando que a parte portuguesa não está a respeitar as garantias que deu na privatização da empresa. A primeira reacção oficial de protesto contra o que a CTG considera ser uma “desagradável surpresa” foi enviada este fim-de-semana, por correio electrónico, ao vice-primeiro-ministro Paulo Portas, de acordo com fonte conhecedora do processo. A CTG entende que o anúncio do Governo é “particularmente grave”, por contrariar “repetidas garantias” que lhe tinham sido dadas pelo Governo “ao mais alto nível”, de que seria mantida a estabilidade do quadro regulatório do sector eléctrico. O maior accionista da EDP, com 21, 35% dos votos, defende que a nova medida “pode afectar negativamente os resultados da EDP”, diminuindo o seu valor e , desse modo, o valor da sua participação accionista. A empresa que é dona da maior barragem do mundo e detida pelo Estado chinês diz que o valor que pagou pela EDP tinha por base essas garantias e que “isso foi essencial para a decisão da CTG, nomeadamente a avaliação que fez” da empresa. A medida, segundo a CTG, vai contra o que tem sido a história do acordo accionista: “até agora, todos os compromissos têm sido honrados por ambas as partes”. Os chineses invocam que têm cumprido a parte que lhes cabia no quadro da parceria estratégica assinado com o Governo, especialmente ao nível de uma cooperação crescente, entendendo que não é isso que acontece neste momento do lado português, com o referido anúncio. Dizem esperar, por isso, uma alternativa que não afecte o valor da empresa e “permita que o processo de cooperação crescente continue a desenvolver-se”. A CTG cita na mensagem como exemplos de cooperação a aquisição de parcelas minoritárias em empresas da EDP (sublinhando serem operações que têm libertado capital da EDP), o empréstimo de 1, 8 mil milhões de euros do Banco da China e do Banco de Desenvolvimento da China, as negociações para investimentos conjuntos das duas empresas fora da União Europeia e a recente missão que levou 40 empresários portugueses a Pequim, entre outros. O ministro do Ambiente e Energia, Jorge Moreira da Silva, anunciou na semana passada que a contribuição especial sobre as empresas produtoras de electricidade, através da qual o Governo português tenta responder a pelo menos duas questões da troika (medida alternativa a novos cortes na despesa e descida do nível de rendas do sector energético), deverá gerar uma receita adicional de 100 milhões de euros no próximo ano, de acordo com as previsões oficiais. O presidente do Conselho Geral e de Supervisão da EDP Eduardo Catroga foi uma das vozes a defender os interesses dos accionistas chineses na empresa, considerando que a medida significava o incumprimento de garantias dadas pelo Estado português. Este domingo à tarde, o gabinete de Paulo Portas dizia não ter ainda conhecimento da missiva.
REFERÊNCIAS:
Entidades TROIKA
Birmânia anuncia libertação de 56 presos políticos
Amnistia precede deslocação do Presidente Sein Thein à cimeira de líderes asiáticos no Brunei. (...)

Birmânia anuncia libertação de 56 presos políticos
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 9 | Sentimento 0.0
DATA: 2013-10-08 | Jornal Público
SUMÁRIO: Amnistia precede deslocação do Presidente Sein Thein à cimeira de líderes asiáticos no Brunei.
TEXTO: O Governo da Birmânia (Myanmar) vai libertar nesta terça-feira 56 prisioneiros políticos, naquela que é a terceira vaga de amnistias concedidas desde 2011, quando a junta militar que governava o país deu lugar a um executivo eleito, chefiado pelo ex-general Thein Sein. Segundo os serviços prisionais, os 56 indivíduos amnistiados são membros de grupos rebeldes das minorias kachin e shan, com quem o Governo acaba de iniciar conversações com vista à assinatura de um acordo de cessar-fogo. Os combatentes do Exército Independentista de Kachin, acantonados no extremo Norte do país, são o único grupo étnico separatista que ainda não normalizou relações com o poder central de Rangum. A concessão do perdão e libertação deste grupo de 56 prisioneiros precedeu a deslocação do Presidente Thein Sein à cimeira dos líderes regionais asiáticos no Brunei. Em Julho, quando viajou para Londres, o antigo general prometeu tirar das cadeias todos os prisioneiros por “delitos de consciência” até ao fim deste ano. Nesse mês, um perdão presidencial permitiu a saída de 73 indivíduos da prisão. As detenções políticas arbitrárias eram uma das componentes do regime autoritário que durou 50 anos, mas a junta militar negou sempre a existência de presos políticos. Com a transição do poder para um governo civil, foi constituído um comité para definir o estatuto destes indivíduos – activistas políticos da oposição, monges, jornalistas, advogados e artistas – em comparação com a restante população prisional. O número de presos políticos é difícil de confirmar: as estimativas variam entre os 200 e os 140, que é o número avançado pela Liga Nacional para a Democracia da actual deputada de oposição e prémio Nobel Aung San Suu Kyi. O dirigente da associação de Assistência aos Antigos Prisioneiros Políticos da Birmânia, Bo Kyi, disse à Reuters que os seus documentos apontam, para a permanência de 133 detidos sem acusação e de 232 activistas à espera de julgamento. As reformas políticas encetadas por Thein Sein nos últimos dois anos têm merecido o elogio da comunidade internacional, que depois da realização de eleições legislativas com a participação da oposição ou o fim da censura nos media concordou em relaxar o regime de sanções aplicadas à Birmânia. No entanto, várias organizações de defesa dos direitos do homem têm criticado a política de libertação a conta-gotas dos presos políticos do país, alegando que o regime está a usar estas amnistias como uma moeda de troca política nas negociações internacionais para a retoma do investimento e do apoio ao desenvolvimento do país.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave direitos prisão homem comunidade
Economia chinesa cresce 7,8% no terceiro trimestre
Exportações caem inesperadamente em Setembro e fazem prever novo abrandamento. (...)

Economia chinesa cresce 7,8% no terceiro trimestre
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 9 | Sentimento 0.0
DATA: 2013-10-18 | Jornal Público
SUMÁRIO: Exportações caem inesperadamente em Setembro e fazem prever novo abrandamento.
TEXTO: A economia chinesa acelerou no terceiro trimestre, registando um crescimento homólogo de 7, 8%, impulsionada essencialmente pelo investimento no sector imobiliário, cujos preços se encontram em níveis recorde. Apesar do crescimento no terceiro trimestre, os analistas citados pela Reuters temem que os números voltem a recuar no último trimestre do ano, penalizados por um abrandamento das exportações. As exportações chinesas caíram inesperadamente em Setembro devido à queda da procura das economias ocidentais, uma tendência que as autoridades chinesas prevêem que se mantenha. Por outro lado, o facto de a moeda chinesa, o yuan, se encontrar em níveis máximos, também coloca pressão sobre os exportadores chineses que vêem a sua competitividade reduzida nos mercados externos. Depois de três décadas de crescimentos de dois dígitos impulsionados pelas exportações e pelo investimento, Pequim tem realizado esforços para reestruturar a economia e impulsionar o consumo, que se espera que permita taxas de crescimento mais sustentáveis no futuro. Porém, os dados recentes mostram que a China está longe de ter o consumo como principal motor de crescimento. Nos primeiros nove meses do ano, o consumo representou 46% do crescimento, abaixo dos 56% referentes ao investimento. As exportações recuaram 1, 7%.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave consumo
Cidade chinesa praticamente encerrada por causa da poluição
Alerta vermelho em Harbin, no nordeste do país, levou ao fecho de escolas, aeroporto e auto-estradas. (...)

Cidade chinesa praticamente encerrada por causa da poluição
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 9 | Sentimento -0.05
DATA: 2013-10-22 | Jornal Público
SUMÁRIO: Alerta vermelho em Harbin, no nordeste do país, levou ao fecho de escolas, aeroporto e auto-estradas.
TEXTO: As escolas fecharam, os voos estão suspensos, as auto-estradas foram encerradas e a visibilidade para quem anda nas ruas é mínima. A cidade chinesa de Harbin, no nordeste do país, registou nesta segunda-feira uma concentração de poluição no ar muitas vezes superior aos limites recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A densidade das minúsculas partículas que existem no ar e causam o fenómeno do smog atingiu os 500 microgramas por metro cúbico, de acordo com a agência noticiosa estatal chinesa, a Xinhua. Segundo a agência Reuters, aquele valor chegou aos 1000 microgramas. Em qualquer dos casos, é uma concentração muito acima dos 300 microgramas a partir dos quais a OMS considera haver perigo e dos 20 que são o limite diário recomendado. Harbin tem cerca de 11 milhões de habitantes e é a capital da província de Heilongjiang, que fica no extremo nordeste da China. As autoridades lançaram um alerta vermelho e esperam que o smog piore ao longo das próximas 24 horas, tanto em Harbin, como noutras cidades da região. De acordo com a Xinhua, o problema foi causado pelo início do tempo frio, que levou a que os sistemas de aquecimento começassem a funcionar.
REFERÊNCIAS:
Entidades OMS
Jornalista chinês diz ser culpado de crime de difamação contra empresa pública
Organizações de defesa dos direitos humanos questionam se a confissão não terá sido obtida à força. (...)

Jornalista chinês diz ser culpado de crime de difamação contra empresa pública
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 9 | Sentimento -0.16
DATA: 2013-10-26 | Jornal Público
SUMÁRIO: Organizações de defesa dos direitos humanos questionam se a confissão não terá sido obtida à força.
TEXTO: A televisão estatal chinesa passou este sábado um vídeo com o jornalista preso por difamar uma empresa do Estado a admitir ter recebido luvas para escrever os textos. A prisão de Chen Yongzhou na semana passada provou uma vaga de indignação pública e levou o jornal a pedir, na primeira página, a sua libertação. No vídeo, Chen diz ter inventado as histórias sobre a empresa Zoomlion, que fabrica tecnologia e material para a indústria pesada. As suas declarações foram postas em causa por activistas chineses dos direitos humanos que, de acordo com a Reuters, suspeitam terem sido feitas sob ameaça. "Estou disposto a admitir a minha culpa e a arrepender-me", diz Chen que fala sentado e algemado. "Causei muitos danos à Zoomlion e também a todos os meios de comunicação social que podem perder a confiança do público". O jornal para onde Chen trabalha, o New Express, assumiu no texto que publicou na primeira página que confia no trabalho do jornalista e que a informação publicada numa série de artigos - onde se questionavam as contas da empresa - passou pelo sistema de verificação de dados da redacção.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave direitos humanos prisão social
Governo chinês admite que acidente em Tiananmen foi "ataque terrorista"
Foram presas cinco pessoas. Autoridades suspeitam da minoria muçulmana uigur. (...)

Governo chinês admite que acidente em Tiananmen foi "ataque terrorista"
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 9 | Sentimento 0.0
DATA: 2013-10-30 | Jornal Público
SUMÁRIO: Foram presas cinco pessoas. Autoridades suspeitam da minoria muçulmana uigur.
TEXTO: O Governo chinês admitiu nesta quarta-feira que o despiste de um jipe na Praça Tiananmen de Pequim foi um "atentado terrorista". A polícia já prendeu cinco pessoas, de acordo com as informações oficiais. A polícia adiantou que o jipe era conduzido por um homem, Usmenb Hasan, cujo nome sugere que pertence à minoria separatista muçulmana uigur de Xinjiang. O homem, a mulher e a sua mãe, que também estavam no jipe, morreram quando este embateu num pilar junto à entrada da Cidade Proibida e se incendiou. Dois turistas também morreram. Do veículo, a polícia recuperou gasolina, facas e panfletos religiosos "de teor extremista", foi dito numa conferência de imprensa em Pequim. "A polícia classificou o acidente de segunda-feira como um violento ataque terrorista que foi cuidadosamente planeado, organizado e premeditado", disse uma fonte policial à agência Reuters. A mesma fonte disse que os três ocupantes do jipe morreram quando atearam fogo ao veículo. Pelo menos 38 pessoas ficaram feridas na zona do ataque, a simbólica Porta de Tiananmen, encimada pela imagem de Mao Tsetung e numa das extremidades da praça onde, em 1989, teve lugar o movimento pró-democracia que acabaria por ser reprimido pelas autoridades. A prisão dos cinco suspeitos, adiantou a polícia na conferência de imprensa em Pequim, foi feita em colaboração com o governo da província de Xinjiang — mais uma pista a indicar que os autores do ataque eram uigur. Em Xinjiang, Dilxat Raxit, porta-voz do principal grupo uigur, o Congresso Mundial Uigur, advertiu que Pequim não está a contar a história toda. "Pequim não permite que se saiba a história por detrás dos acontecimentos", disse à Reuters. Estatuto semelhante ao de Tibete Situada no extremo Noroeste da China, Xinjiang é a pátria dos uigures, que em 1933 proclamaram a independência. Mas o território acabaria por ser absorvido pela República Popular da China em 1949. Xinjiang tem um estatuto semelhante ao de Tibete — região autónoma —, mas o controlo de Pequim é férreo. Os uigures — muçulmanos sunitas oriundos da Ásia Central — acusam as autoridades de os discriminarem em relação aos han, de reprimirem a sua religião, a sua língua e toda a sua cultura. A polícia disse que um dos detidos foi preso em Lukqun, cidade de Xinjiang onde 35 pessoas morreram em Junho num ataque que também foi classificado de "terrorismo". Em Xinjiang temem-se represálias devido ao atentado em Tiananmen. "Nos últimos dias tem havido polícia por todo o lado. E à noite só se ouvem sirenes. Se falarmos podemos levar um tiro", disse um homem que pediu o anonimato.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave cultura ataque mulher prisão homem minoria chinês