Autoridades chinesas atribuem colisão fatal de comboios a sinalização deficiente
Uma série de “falhas sérias de sinalização” causaram a colisão fatal de dois comboios de alta velocidade na China no passado fim-de-semana na província de Zhejiang, foi hoje anunciado por um instituto estatal ferroviário do país, assumindo “toda a responsabilidade” pelo acidente que causou a morte a 39 pessoas. (...)

Autoridades chinesas atribuem colisão fatal de comboios a sinalização deficiente
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 9 | Sentimento -0.2
DATA: 2011-07-28 | Jornal Público
SUMÁRIO: Uma série de “falhas sérias de sinalização” causaram a colisão fatal de dois comboios de alta velocidade na China no passado fim-de-semana na província de Zhejiang, foi hoje anunciado por um instituto estatal ferroviário do país, assumindo “toda a responsabilidade” pelo acidente que causou a morte a 39 pessoas.
TEXTO: O sistema “não passou a luz verde para vermelha” e os funcionários da linha “não perceberam que algo estava errado”, indicou o director do Instituto nacional de Pesquisa e Design de Sinalização e Comunicações Ferroviárias, An Lusheng, apresentando desculpas públicas pelo acidente. “[O instituto] assume todas as responsabilidades, aceita todas as punições devidas e atribuirá zelosamente a culpabilidade aos responsáveis”, é garantido em comunicado da organização, citado pela agência noticiosa estatal Xinhua, numa raríssima assumpção pública de responsabilidades por parte de organizações do Estado na China. A colisão ocorreu quando um comboio de alta velocidade embateu contra a traseira de um outro que se encontrava parado na mesma linha, sobre um viaduto próximo da cidade de Wenzhou, devido a um corte de energia. O embate, que os media estatais inicialmente atribuíram a uma “falha tecnológica”, fez seis carruagens descarrilarem e quatro caírem de uma altura entre 20 e 30 metros, com um balanço de 39 vítimas mortais e mais de 200 feridos. O Presidente chinês, Wen Jiabao, visitou hoje o local do acidente – numa mostra clara da apreensão do Governo chinês face à vaga de críticas e ira pública que se seguiu à colisão – garantindo a realização de uma “investigação transparente” e que os responsáveis pelo mesmo serão “severamente punidos”. “O desenvolvimento do país é feito para o povo, sendo por isso da maior importância a protecção da vida das pessoas”, frisou o chefe de Estado, explicando que a sua deslocação a Wenzhou só agora aconteceu porque se encontrava “acamado” devido a doença, que não especificou. Este acidente, que ocorre quatro anos após a entrada em funcionamento dos comboios de alta velocidade na China – um dos projectos de maior aposta de Pequim na mostra de desenvolvimento nacional – gerou uma enorme vaga de desconfiança sobre os ambiciosos planos de expansão ferroviária em curso no país. “Depois deste acidente ter acontecido, a sociedade expressou muitas desconfianças sobre a causa do mesmo e sobre a forma como foi gerido”, concedeu o Presidente, sublinhando que “é necessário ouvir as opiniões públicas, tratá-las com seriedade e dar uma explicação responsável”.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave doença chinês
À quinta noite, a calma regressou às cidades inglesas
A noite de ontem passou-se sem grandes incidentes depois de quatro noites de tumultos, violência e pilhagens em Londres e outras cidades como Birmingham, onde a morte de três jovens, muçulmanos de origem asiática, fez temer um aumento das tensões raciais. (...)

À quinta noite, a calma regressou às cidades inglesas
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 9 | Sentimento 0.150
DATA: 2011-08-11 | Jornal Público
SUMÁRIO: A noite de ontem passou-se sem grandes incidentes depois de quatro noites de tumultos, violência e pilhagens em Londres e outras cidades como Birmingham, onde a morte de três jovens, muçulmanos de origem asiática, fez temer um aumento das tensões raciais.
TEXTO: Mas ninguém arriscava dizer se a calma geral da noite de ontem era o reinício de alguma normalidade ou uma trégua na maior violência das últimas décadas em cidades inglesas - não só Londres mas Birmingham, Manchester ou Gloucester. “Negros, asiáticos, brancos – vivemos todos na mesma comunidade, porque temos de nos matar uns aos outros?”, perguntava Tariq Jahan, cujo filho foi um dos três mortos num atropelamento enquanto aparentemente tentavam defender um local no meio do caos em Birmingham. “Dêem um passo em frente se querem perder os vossos filhos; senão, acalmem-se e vão para casa, por favor”, disse Tariq Jahan, citado pela agência britânica Reuters. A polícia investiga vários incidentes e muitos crimes dos últimos dias, e o foco está também na lenta reacção das autoridades na resposta à violência. A polícia está ainda a ser criticada por ter deixado passar uma versão errada da morte de Mark Duggan, um homem afro-caribenho morto a tiro pela polícia. As autoridades começaram por dizer que teria disparado contra a polícia, uma versão em que ninguém que o conhecia acreditou e que levou a protestos contra a sua morte que depois degeneraram em violência nos motins da primeira noite. Parlamento interrompe pausa de VerãoO Parlamento vai hoje reunir-se, interrompendo as férias, por ordens do primeiro-ministro britânico, David Cameron. O chefe do Executivo, que ontem prometeu uma resposta firme à violência, está sob escrutínio. Não só pela demora na reacção aos motins como pelo que muitos vêem como questões políticas que estarão na base da violência. Cameron apresentou os actores dos tumultos como criminosos oportunistas e violentos, mas muitos têm apontado a ligação entre os acontecimentos e os cortes do Governo. Líderes comunitários têm vindo a chamar a atenção para os efeitos destes cortes recentes numa sociedade já muito desigual, com ainda menos serviços públicos à disposição e uma grande taxa de desemprego juvenil. Depois de cenas de pilhagens e violência impunes – o autor de um blogue sobre um dos incidentes violentos (http://motowns. blogspot. com/2011/08/im-no-writer. html) notava que cerca de metade das pessoas que viu envolvidas em pilhagens tinham a cara descoberta, atribuindo o facto tanto a “estupidez” como a algum sentimento de impunidade graças à falta de intervenção das autoridades. Entretanto, foram detidas mais de mil pessoas. Entre as que começaram a ser ouvidas em tribunal estavam um funcionário de uma escola, um trabalhador de uma ONG e uma criança de onze anos.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave morte trabalhador escola violência filho tribunal homem comunidade criança desemprego morto
140 caracteres contam uma história em chinês
A China é o país com mais internautas do mundo e com a censura mais apertada na Internet. O Twitter é banido, mas há alternativas e os sites de microblogues têm conhecido um crescimento alucinante. (...)

140 caracteres contam uma história em chinês
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 9 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-08-16 | Jornal Público
SUMÁRIO: A China é o país com mais internautas do mundo e com a censura mais apertada na Internet. O Twitter é banido, mas há alternativas e os sites de microblogues têm conhecido um crescimento alucinante.
TEXTO: O Weibo é o mais popular e nos dias que se seguiram à colisão de dois TGV no país, em Julho, muitos media internacionais serviram-se das mensagens ali publicadas para perceberem o que pensavam os chineses. "O Weibo está a criar uma arena muito mais livre do que os media tradicionais. O Weibo já é uma força massiva e é demasiado grande para poder ser encerrado", disse à Reuters Wang Keqin, jornalista de investigação chinês. Depois do acidente de comboio, os media tradicionais começaram por seguir o guião oficial. Mas o que se escrevia em sites como o Weibo levou-os a arriscar irem mais longe, isto até ter chegado uma ordem expressa para limitarem a cobertura do acontecimento. O Weibo é em tudo semelhante ao Twitter e até tem mais-valias, como mostrar as fotos e os vídeos na página principal, ao mesmo tempo que os comentários se alinham debaixo de cada entrada, como num blogue tradicional. De resto, serve para escrever mensagens até um máximo de 140 caracteres, o que "em chinês chega para contar uma história", disse um dos 400 trabalhadores do Weibo à rádio espanhola Cadena Ser. Muito mais do que nos regimes árabes, onde ferramentas como o Twitter foram essenciais para marcar protestos e organizar a revolta espontânea, o Governo chinês desenvolveu um sistema tecnicamente sofisticado de censura e controlo do discurso. Rebecca MacKinnon, especialista em controlo de Internet na China do think tank New America Foundation, calcula em dezenas de milhares (ou centenas de milhares) os burocratas dedicados à censura. Há dezenas de organizações que se ocupam do mesmo, desde o Gabinete de Informação do Conselho de Estado à Administração para a Rádio e Televisão. Ao mesmo tempo, as empresas que oferecem serviços de Internet têm departamentos onde vigiam o conteúdo publicado e avaliam o que é ou não inaceitável. Mas o Weibo não pára de crescer e Wang Keqin tem muito a agradecer-lhe. Há dois anos, a polícia estava a persegui-lo para o impedir de investigar um caso de violação que envolvia responsáveis municipais. A notícia chegou ao Weibo e as autoridades da província de Badong foram inundadas de telefonemas a avisar que Wang não devia ser ferido ou detido. "Eles ficaram esmagados. Foi uma espécie de onda de pressão. O Weibo salvou-me dessa vez e eu tenho-o usado para salvar outras pessoas. "
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Partidos LIVRE
A grande muralha digital chinesa
Há duas grandes muralhas na China: uma de pedra e outra digital. Esta barreira censória limita os movimentos online dos cerca de 500 milhões de utilizadores de Internet no país, mas a China continua empenhada em manter esta edificação virtual de pé. (...)

A grande muralha digital chinesa
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 9 | Sentimento 0.266
DATA: 2011-08-31 | Jornal Público
SUMÁRIO: Há duas grandes muralhas na China: uma de pedra e outra digital. Esta barreira censória limita os movimentos online dos cerca de 500 milhões de utilizadores de Internet no país, mas a China continua empenhada em manter esta edificação virtual de pé.
TEXTO: Pequim dá emprego a milhares de pessoas para estas bloquearem páginas Web, publicarem mensagens favoráveis ao governo e apagarem as opiniões desfavoráveis às autoridades em fóruns online. O mais recente ataque das autoridades chinesas contra a liberdade de expressão online deu-se contra o Weibo, um site de microblogging - semelhante ao Twitter - que conta com mais de 200 milhões de utilizadores registados. Foram publicadas nesta rede social algumas mensagens contendo acusações directas às autoridades (nomeadamente contra a venda de bolsas de sangue doado pelos cidadãos) e por isso o governo chinês exigiu que o Weibo fechasse as contas “acusatórias”. O secretário do Partido Comunista para Pequim, Liu Qi, visitou na semana passada a sede da Sina Corporation, proprietária do Weibo, onde - citado pela agência noticiosa Xinhua - declarou que as empresas de Internet “devem impedir a difusão de informação falsa e prejudicial”. Estas declarações foram repetidas à agência espanhola EFE por uma fonte governamental identificada apenas por Hu e que considera “necessário e prioritário” controlar as manifestações de ponham “em perigo a estabilidade, progresso e avanço da China”. Ontem mesmo, a Xinhua pedia, em comunicado, às companhias de Internet para aumentarem os seus esforços para limparem os sites do “cancro” dos rumores. “A Internet é um importante veículo de informação social, civilização e progresso. Os rumores estragam a Rede e são um cancro perigoso”, afirma o comunicado. “Inventar rumores é uma doença social e a difusão de rumores na Internet supõe uma grande ameaça social (. . . ) Para cultivar uma Internet sã, deveremos erradicar o solo em que crescem os rumores”, acrescenta o mesmo documento. Em resumo: o governo chinês quer forçosamente controlar os sites da chamada Web 2. 0, mas teme que o fecho generalizado deste tipo de vias de comunicação cause manifestações descontroladas, pelo que prefere pôr a pressão do lado das empresas que fornecem este tipo de serviços. Gao Feng, um sociólogo de Pequim, descreve a situação em termos de censura online: “A China pretende controlar todos e cada um dos movimentos e opiniões dos seus habitantes. É algo impossível e, por muita censura que se aplique à Internet, vão sempre surgir novas vias de comunicação”, indicou o cidadão à EFE. O caso de Weibo é o último de uma longa lista que começou em 1996 com a “Regulação Temporal para a Gestão da Informação na Internet”, directiva aprovada pelo Conselho de Estado que se tornou permanente e que foi sendo actualizada ao ritmo de crescimento da Internet. Centelhas de revoltaDe acordo com Fang Binxing, o “pai” da Grande Muralha chinesa à Internet livre, este sistema está a ser aplicado actualmente de duas maneiras: uma primeira de forma preventiva (impedindo o acesso livre a sites como o Facebook, o Youtube e o Twitter) e outra circunstancial, executada consoante as necessidades do momento e a situação social e política, indica ainda a EFE. “É necessário controlar o que é publicado na Internet e saber quem é a fonte. De facto, muitos países como os EUA, a Coreia do Sul e alguns países da UE têm gestores de controlo de conteúdos”, afirmou Fang Binxing ao jornalista da EFE Javier Ibañez. Precisamente por causa deste “paternalismo censório”, muitos internautas chineses, especialmente os mais jovens, têm falta de confiança nos meios de comunicação oficiais, a ponto de - por vezes - darem mais credibilidade àquilo que lêem em blogues ou redes sociais, ainda que proceda de fonte desconhecida, do que àquilo que diz o governo. Nos últimos meses têm sido cada vez mais frequentes os esforços do governo chinês para evitar o desassossego social, evitando por exemplo qualquer menção à chamada “Primavera Árabe”, temendo um contágio.
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Partidos LIVRE
Cai Shangjun fez fogo em Veneza
Um grande filme chinês na competição, era o filme-surpresa desta edição: People Mountain People Sea, de Cai Shangjun. Fez fogo. (...)

Cai Shangjun fez fogo em Veneza
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 9 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-09-09 | Jornal Público
SUMÁRIO: Um grande filme chinês na competição, era o filme-surpresa desta edição: People Mountain People Sea, de Cai Shangjun. Fez fogo.
TEXTO: Os "filmes-surpresa" da competição de Veneza, o ritual de revelar um título apenas no dia da sua exibição, tem sido um pequeno festival (asiático) dentro do festival. "Still Life", de Jia Zhang-ke, chegou ao Leão de Ouro em 2006. "Lola", de Brillante Mendoza, foi o filme da comoção desse ano (e fez os espectadores que tinham saído irados da exibição de "Kinatay" no Festival de Cannes, meses antes, reconciliarem-se com o filipino). "The Ditch", de Wang Bing (2010), foi um filme-choque. Aonde chegará "People Mountain People Sea", de Cai Shangjun, o "filme-surpresa" da edição de 2011? Para já, a sessão em que a imprensa o viu ficou marcada por uma ameaça de incêndio na sala. Algum pânico, gente a sair às escuras, sessão interrompida (o júri, Darren Aronofsky a presidir, David Byrne e os outros, entretanto, já se tinha volatilizado quando as luzes se acenderam). E o cheiro a queimado. Que é - e isso torna a coisa mais impressionante - o próprio "cheiro" do filme: tudo está carbonizado em "People Mountain People Sea", as relações familiares e afectivas e a justiça social. Leia mais no PÚBLICO e na edição online exclusiva para assinantes até 10 de Setembro.
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Mais duas imolações pelo fogo para denunciar a repressão chinesa no Tibete
Um dia depois de uma freira budista se ter imolado pelo fogo, e morrido, um activista tibetano recorreu esta sexta-feira à mesma forma de protesto em frente à embaixada da China em Nova Deli. (...)

Mais duas imolações pelo fogo para denunciar a repressão chinesa no Tibete
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 9 | Sentimento 0.25
DATA: 2011-11-04 | Jornal Público
SUMÁRIO: Um dia depois de uma freira budista se ter imolado pelo fogo, e morrido, um activista tibetano recorreu esta sexta-feira à mesma forma de protesto em frente à embaixada da China em Nova Deli.
TEXTO: A polícia impediu que Sherab TseDor, de 25 anos, sofresse mais do que queimaduras superficiais nas pernas. O activista ainda fez passar às autoridades indianas uma nota sobre a repressão chinesa nas zonas de presença tibetana. Na véspera, no Sudoeste da China, uma freira tornou-se na 11ª pessoa a imolar-se. Qiu Xiang, de 35 anos, incendiou as suas vestes numa estrada de Dawu, na província de Sichuan, noticiou a agência estatal Xinhua, citando o governo local. A freira era da vila de Tongfoshan, adiantou a agência, que afirmou não serem claras as razões da sua acção. Mas segundo a International Campaign for Tibet (ICT), com sede em Londres, antes de se pegar fogo, “ela lançou um apelo à liberdade religiosa e ao regresso do Dalai Lama [líder espiritual dos tibetanos] ao Tibete”, comentou à AFP Kate Saunders, daquela associação. A Xinhua noticiou mais tarde que as primeiras conclusões do inquérito policial ao incidente indicavam que a imolação “foi organizada pela clique do Dalai Lama, que programou uma série de imolações nos últimos meses com motivações separatistas”. O Sudoeste da China, onde existe uma forte presença da etnia tibetana, tornou-se o centro da contestação contra o poder de Pequim na região autónoma do Tibete. Desde Março que nove monges, ou antigos monges, e duas freiras budistas optaram por esta forma de protesto, que em pelo menos seis casos resultou na morte dos manifestantes. A última tinha decorrido na semana passada, em Ganzi, próximo de Aba, o local onde já se deram oito imolações. Qiu é a segunda mulher a recorrer a esta forma de protesto. Mas a repressão das autoridades não tem diminuido, antes pelo contrário. Aba está rodeada de polícias e o acesso à Internet foi restringido. Alguns media ocidentais indicam que vários suspeitos de apoiar os activistas desapareceram. A China tem administrado o Tibete com mão-de-ferro desde que ocupou o território, em 1950, levando ao êxodo nove anos mais tarde, para a Índia, do Dalai Lama. Esta sexta-feira, as autoridades de Pequim afirmaram que o líder tibetano, que acusam de separatista, deveria pronunciar-se contra as imolações. Não condenar estas acções “e incitar a que outras lhes seguiam desafia a consciência comum e a moral da humanidade”, comentou um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, citado pela AFP.
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Palavras-chave morte mulher
Conselho de supervisão da EDP inclina-se para os chineses e alemães
A China Three Gorges e a alemã E.On são os concorrentes escolhidos pelo conselho geral e de supervisão da EDP, que ontem entregou à Parpública o parecer não vinculativo sobre as quatro propostas de compra dos 21,35% do Estado na eléctrica portuguesa. (...)

Conselho de supervisão da EDP inclina-se para os chineses e alemães
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 9 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-12-14 | Jornal Público
SUMÁRIO: A China Three Gorges e a alemã E.On são os concorrentes escolhidos pelo conselho geral e de supervisão da EDP, que ontem entregou à Parpública o parecer não vinculativo sobre as quatro propostas de compra dos 21,35% do Estado na eléctrica portuguesa.
TEXTO: A preferência por estes dois concorrentes por parte do órgão que representa os accionistas da EDP - em detrimento das brasileiras Eletrobras e Cemig - acontece porque defendem que tanto a E. On como a China Three Gorges apresentam mais complementaridades face ao projecto da empresa, indicou ao PÚBLICO uma fonte conhecedora do processo. Na opção pelo grupo chinês, responsável pela construção e operação da barragem das Três Gargantas, a maior do mundo no rio Yangtze, terá sido decisivo o facto de os chineses oferecerem financiamento para a EDP prosseguir com o seu projecto, incluindo a internacionalização da empresa. A eléctrica portuguesa tem investimentos importantes no Brasil e nos Estados Unidos, tal como em Espanha, em especial na energia eólica. Por outro lado, de acordo com a mesma fonte, o conselho presidido por António de Almeida (do qual fazem parte 17 elementos) terá defendido que seria a empresa chinesa a oferecer mais independência à gestão da eléctrica portuguesa, uma vez que não concorrem nos mesmos mercados. Já no que respeita à E. On, que tem investimentos em energia eólica nos EUA e noutros países onde está a EDP - mas de menor dimensão que a companhia portuguesa - a preferência terá sido justificada com a existência de complementaridades de projecto. A aposta nas renováveis e a entrada no Brasil são duas das prioridades estratégicas dos alemães. Outro ponto que terá jogado a favor do interesse germânico será considerar-se que "sabem do negócio". Segundo a mesma fonte, os concorrentes brasileiros terão ficado de parte por não responderem na totalidade a questões do caderno de encargos ligadas ao financiamento e ao modelo de governação da EDP. No caso da Eletrobras, terá tido também influência uma notícia publicada segunda-feira no brasileiro Valor Econômico, que afirma que a companhia e a Iberdrola, o accionista mais importante da eléctrica portuguesa (6, 8%) a seguir ao Estado, terão formado uma aliança para tomarem conta da EDP. Fonte da Eletrobras negou ao PÚBLICO a existência desse acordo e referiu que a proposta da companhia brasileira é autónoma e visa manter a EDP independente. O projecto, acrescentou, é apostar na expansão da eléctrica portuguesa, aproveitando as complementaridades com a Eletrobras. Fontes ligadas ao processo, citadas ontem pelo site do Diário Económico, afirmaram que a Eletrobras terá também o aval no relatório da Parpublica, ficando de fora apenas a Cemig. A decisão final do Governo será tomada depois de uma análise do processo pela comissão especial criada para acompanhar a privatização da EDP.
REFERÊNCIAS:
Entidades EUA
Saab declara falência depois de falhar venda a chineses
O construtor automóvel sueco Saab declarou hoje falência, após dois anos de esforços para salvar a marca. (...)

Saab declara falência depois de falhar venda a chineses
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 9 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-12-19 | Jornal Público
SUMÁRIO: O construtor automóvel sueco Saab declarou hoje falência, após dois anos de esforços para salvar a marca.
TEXTO: De acordo com a informação dada por um tribunal local à AFP, os documentos com o pedido de falência foram hoje de manhã depositados, prevendo-se que o tribunal de Vänersborg examine agora o requerimento. Um comunicado publicado no site do tribunal declara que são três as empresas do grupo alemão que se declaram em falência: Saab Automobile Aktiebolag, Saab Automobile Tools AB e Saab Automobile Powertrain. “O tribunal tem por objectivo tratar do pedido e nomear um liquidatário muito rapidamente”, informa o mesmo documento. O director-geral da marca sueca, Victor Muller, era anteriormente esperado hoje no tribunal porque estava agendada uma audiência para decidir se os três meses de protecção da empresa, que ajudavam a Saab enquanto se procurava um acordo, deveriam ser ou não prolongados. Muller procurou chegar a acordo para evitar o encerramento da Saab, em especial junto dos chineses do fabricante automóvel Youngman e da distribuidora Pang Da. No entanto, a tentativa foi boicotada pela General Motors (GM), que se recusa a transferir conhecimentos tecnológicos que ainda detém para as empresas chinesas. As tentativas de venda da Saab aos chineses eram consideradas como a última hipótese de evitar a falência, que já ameaçava a marca quando a GM a alienou à Swedish Automobile no início de 2010, por 400 milhões de dólares. A última tentativa falhou este sábado. A Saab viu-se obrigada a parar a produção em Abril devido à não entrega de peças pelos fornecedores, devido a facturas que estavam por pagar. A empresa emprega 3. 700 pessoas, que não recebem salários desde Novembro.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave tribunal
Chineses mais próximos de ganharem corrida à EDP
Os representantes da China Three Gorges terão sido hoje contactados pelo Governo, para discutirem detalhes da proposta para a compra de 21,35% do capital da EDP, confirmou ao PÚBLICO uma fonte próxima do processo. (...)

Chineses mais próximos de ganharem corrida à EDP
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 9 | Sentimento 0.25
DATA: 2011-12-22 | Jornal Público
SUMÁRIO: Os representantes da China Three Gorges terão sido hoje contactados pelo Governo, para discutirem detalhes da proposta para a compra de 21,35% do capital da EDP, confirmou ao PÚBLICO uma fonte próxima do processo.
TEXTO: O Conselho de Ministros, que está ainda a decorrer, poderá decidir hoje o vencedor do processo de privatização da saída do Estado da eléctrica portuguesa, no qual concorrem também os alemães da E. On, a Eletrobras e a Cemig. Tanto os chineses como os alemães têm sido apontados como os mais fortes neste processo. A Three Gorges oferece a proposta financeira mais vantajosa, enquanto a E. On tem tido o apoio do Governo alemão. De acordo com o Financial Times, Pedro Passos Coelho terá sido contactado directamente pela chanceler alemã, Merkel, por causa dos interesses da E. On na corrida à EDP. O novo accionista, que durante quatro anos deverá ficar impedido de comprar mais acções na eléctrica ou vender aquelas que adquirir, vai ter um papel decisivo na gestão ao tornar-se naquele que mais peso tem em termos de direitos de voto. As regras de governação da empresa limitam a 20% os direitos de voto de cada um dos accionistas.
REFERÊNCIAS:
Grupo chinês pode instalar produção auto em Portugal
Os investimentos da China em Portugal, que irá adquirir 21,35% da EDP através da companhia Three Gorges, poderão estender-se à construção de uma unidade de montagem automóvel no país. (...)

Grupo chinês pode instalar produção auto em Portugal
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 9 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-12-25 | Jornal Público
SUMÁRIO: Os investimentos da China em Portugal, que irá adquirir 21,35% da EDP através da companhia Three Gorges, poderão estender-se à construção de uma unidade de montagem automóvel no país.
TEXTO: Em causa estará uma parceria entre um grupo chinês e um grupo português, que fontes próximas do processo indicam que é a Salvador Caetano, e que instalaria por seu turno uma fábrica de autocarros no maior mercado automóvel do mundo. As primeiras referências a esse possível acordo foram feitas na quinta-feira à noite pelo ex-líder do PSD Marques Mendes. "O grupo chinês instalará uma importante fábrica de automóveis aqui em Portugal e o grupo português instalará uma fábrica para construção de autocarros eléctricos na China", indicou, durante um comentário no programa Política Mesmo da TVI24. Marques Mendes disse também que o negócio teria valores financeiros "muito significativos" e que decorre da aprovação da entrada da Three Gorges no capital da EDP, sem identificar quais seriam os grupos automóveis envolvidos. O acordo relativo à empresa de electricidade portuguesa terá sido o impulso necessário à concretização deste novo investimento. Já há vários meses que a Salvador Caetano está a estudar a internacionalização para mercados emergentes, entre os quais a China, com o objectivo de instalar fora do país linhas de montagem de autocarros de aeroporto (presentes em mais de 90% do mercado mundial), de autocarros turísticos e também eléctricos. Estes últimos ainda estão em fase de testes. Contactada ontem pelo PÚBLICO, uma porta-voz da Salvador Caetano referiu que a empresa desconhece os termos do acordo de compra de 21, 35% da empresa de electricidade portuguesa. O que o grupo nortenho está a fazer é "um estudo bastante profundo" dos mercados da América Latina, da China e da Rússia "até ao final do primeiro semestre de 2012", disse a mesma responsável, acrescentando que está em análise a criação de linhas de montagem nesses países. Diminuir custosJá em Maio passado, o presidente da CaetanoBus, José Ramos, tinha adiantado à Lusa que a empresa estava a estudar a instalação de duas fábricas no estrangeiro, para se concretizar em 2012 e começarem a laborar em 2013, uma das quais na China e outra num mercado da América Latina, nomeadamente Brasil ou Colômbia. O objectivo da empresa será "reduzir custos com o aumento de produção, uma vez que os gastos de projecto são diluídos por mais unidades, e com a redução das despesas de logística", indicou na altura. Em causa está também a diminuição dos custos alfandegários para esses mercados. Até hoje, a empresa nunca referiu qualquer parceria para a instalação de uma linha de montagem de automóveis chineses em Portugal, mas a verdade é que também Pequim enfrenta dificuldades para comercializar carros na Europa. As dificuldades de homologação para cumprimento das regras europeias de emissão de gases têm travado a entrada de marcas chinesas. A própria Salvador Caetano tem desde 2007 um acordo de cooperação com a Brilliance, que se afirma como a maior fabricante chinesa de minibus e produz também componentes automóveis. A Brilliance tem uma parceria (joint-venture) com a BMW, para a produção de modelos da marca na China, e em 2009 desistiu de fabricar os seus próprios automóveis ligeiros. Um dos objectivos da empresa tem sido vender no mercado europeu, mas a comercialização na Península Ibérica não avançou até hoje. "Só a partir de 2013 é que poderá haver factos concretos", disse a porta-voz da empresa de Gaia. Turbinas eólicas e BCPAlém da instalação de uma fábrica automóvel em Portugal, no horizonte estão outros investimentos com origem em Pequim. Um será a entrada de um banco chinês no capital do BCP, um assunto que, como o PÚBLICO ontem noticiou, foi abordado informalmente entre as autoridades portuguesas e de Pequim, na sequência da privatização da EDP. Outro investimento, este já inscrito na proposta que a Three Gorges apresentou no âmbito do concurso à entrada na empresa de electricidade portuguesa, é a construção de uma fábrica de turbinas eólicas em Portugal. O investimento será feito pela Goldwind, que tem ligações à Three Gorges, e prevê-se que em Janeiro comece a prospecção no terreno para decidir onde ficará a nova unidade. A perspectiva é que entre em laboração até ao Verão de 2013.
REFERÊNCIAS:
Partidos PSD