Chineses da Fosun oficializam compra da Fidelidade
Esta sexta-feira será divulgado o novo conselho de administração presidido por Guo Guangchang. (...)

Chineses da Fosun oficializam compra da Fidelidade
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 9 | Sentimento 0.0
DATA: 2015-12-01 | Jornal Público
SUMÁRIO: Esta sexta-feira será divulgado o novo conselho de administração presidido por Guo Guangchang.
TEXTO: As acções equivalentes a 80% do grupo Fidelidade foram esta quinta-feira transferidas para as mãos do grupo chinês Fosun, deixando a Caixa Geral de Depósitos e ter o controlo accionista das seguradoras. A CGD manterá o resto do capital. Este foi o documento mais importante assinado esta quinta-feira em Pequim, na presença dos presidentes dos dois países, Cavaco Silva e Xi Jinping. O presidente da CGD, José Matos, e o presidente da Fosun, Guo Guangchang protagonizaram o momento da passagem do poder do grupo estatal português para o fundo de investimento chinês. Esta sexta-feira será divulgado o novo Conselho de Administração presidido por Guo Guangchang, de 48 anos, que detém 58% da Fosun, e que terá como vice-presidentes João Palma, gestor da CGD, e Jorge Magalhães Correia, o actual presidente do grupo Caixa Seguros, que se manterá como presidente executivo, mas agora de uma empresa detida por um grupo chinês.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave chinês
Arrefecimento chinês não afectou exportações portuguesas
Minérios e sector alimentar ajudaram a uma subida de 3% nas vendas. (...)

Arrefecimento chinês não afectou exportações portuguesas
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 9 | Sentimento 0.0
DATA: 2016-02-07 | Jornal Público
SUMÁRIO: Minérios e sector alimentar ajudaram a uma subida de 3% nas vendas.
TEXTO: O abrandamento da economia chinesa, que tem estado a pressionar os mercados financeiros (e com isso várias empresas) e causar receios em todo o mundo, não se fez sentir na globalidade das exportações de produtos portugueses para aquele país. As vendas cresceram 3% ao longo de 2015 (a subida em termos globais foi de 4%), apesar de uma retracção significativa na mais importante categoria: os automóveis e outros materiais de transporte. Os números do Instituto Nacional de Estatística (INE) indicam que, ao longo dos primeiros 11 meses do ano passado (últimos dados disponíveis), Portugal exportou 782 milhões de euros de bens para a China, mais 26 milhões do que no mesmo período do ano anterior. É um crescimento que pesa muito pouco nas vendas de Portugal ao estrangeiro: a China é o 10. º mercado mais importante para Portugal, mas representa apenas 1, 7% dos 46 mil milhões de euros que totalizaram as exportações de produtos entre Janeiro e Novembro. A evolução positiva das exportações não surpreende Sérgio Martins Alves, secretário-geral da Câmara de Comércio Luso-Chinesa, que agrega 300 empresas com interesses comerciais naquele país. E as grandes diferenças nas vendas de alguns sectores quando se compara 2014 e 2015 – reduções percentualmente grandes em alguns casos e subidas significativas, noutros – são explicadas por Martins Alves com acordos entre empresas. “Boa parte das oscilações são joint-ventures [acordos] e aquisições. São situações de natureza conjuntural”. O responsável dá o exemplo da indústria alimentar como sendo um sector “que capitalizou bem a porta de Macau”. As vendas de bens na categoria dos produtos alimentares e bebidas dispararam 175%, embora não tenham ido além dos 31 milhões de euros. Destes, a grande maioria foi exportação de bebidas, onde se inclui o vinho, que subiu 186% para 28 milhões. “Para um vinho ou um azeite português não é tão estranho entrar [na China] através de Macau”, observou Martins Alves. O comportamento positivo daquele sector é, no entanto, ofuscado, pela dimensão das vendas de minérios, que são a segunda categoria mais exportada para a China e ajudaram a compensar as quebras observadas noutras actividades. As vendas de produtos minerais subiram 33%, para 147 milhões de euros: isto significou mais 36 milhões de euros, um valor que é superior ao da subida total das exportações para aquele país. Este foi um contrapeso importante às vendas de automóveis, veículos e componentes, que afundaram 18% – o equivalente a 71 milhões de euros -, acabando por totalizar 330 milhões. Os números da Associação Automóvel de Portugal, contudo, indicam que a Autoeuropa (a maior fábrica automóvel no país e a única que exporta para território chinês) vendeu mais 11% de carros à China ao longo de 2015, chegando às 17 mil unidades (valores que já abarcam Dezembro). Aquele mercado absorveu cerca de um décimo da produção de veículos em Portugal no ano passado (o principal destino, com um quarto do total, foi a Alemanha). O comércio com a China ainda tem um longo caminho a percorrer, defende Sérgio Martins Alves. O secretário-geral Câmara de Comércio Luso-Chinesa considera que, nos últimos anos, o país se tornou, “por força das oportunidades que a crise criou”, mais “sofisticado” nas relações comerciais com o exterior e diz que “já nem as barreiras culturais inibem os empresários”. Mas queixa-se de uma falta de estratégia nacional para abordar aquele mercado e diz haver várias dificuldades em penetrar na China. Recorda, por exemplo, casos de representantes de empresas portuguesas que foram a feiras naquele país e tiveram problemas em superar barreiras tão simples como perceber as sinaléticas. “Não se pode tratar a China como qualquer outro mercado, tem uma dimensão, uma opacidade, uma complexidade [maiores]”, observa.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave chinês
Quer saber quando a Cheryl faz anos? Então resolva este problema de Matemática
Questão foi colocada num dos testes das Olimpíadas de Matemática das Escolas Asiáticas e de Singapura e partilhada no Facebook. (...)

Quer saber quando a Cheryl faz anos? Então resolva este problema de Matemática
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 9 | Sentimento 0.1
DATA: 2015-05-01 | Jornal Público
SUMÁRIO: Questão foi colocada num dos testes das Olimpíadas de Matemática das Escolas Asiáticas e de Singapura e partilhada no Facebook.
TEXTO: “Quando é o aniversário da Cheryl?” Esta é a pergunta que está a deixar a Internet perdida com a Matemática. A questão surgiu num dos exames das Olimpíadas de Matemática das Escolas Asiáticas e de Singapura e foi replicada no Facebook por um apresentador de televisão singapurense. Mais de 6600 partilhas depois e centenas de comentários com tentativas de resposta, o problema de Matemática que deixou milhares de internautas com a cabeça às voltas, incluindo os alunos do secundário a quem era destinado, tem uma solução que tem muito de raciocínio e lógica. Aquela que era a 24. ª pergunta de um teste de 25 problemas acabou por ser partilhada sem autorização, algo que nunca tinha acontecido em dez anos de competição, como explicou o director-executivo das Olimpíadas de Matemática das Escolas Asiáticas e de Singapura, Henry Ong. Segundo Ong, a questão 24 está entre as que pretende “determinar quais são os melhores alunos”. Neste caso, os alunos têm entre 14 e 15 anos. E agora o problema. A Cheryl vai fazer anos e é preciso chegar ao dia exacto com base em três afirmações e dez datas possíveis à escolha: 15, 16 e 19 de Maio, 17 e 18 de Junho, 14 e 16 de Julho e 14, 15 e 17 de Agosto. Há uma espécie de pequena história que dá dicas para tentar chegar a uma solução. A Cheryl tem dois novos amigos, Albert e Bernard, que querem saber o seu dia de anos. A Cheryl dá-lhes dez datas possíveis e depois diz a Albert o mês de aniversário e a Bernard o dia. O Albert diz: “Não sei quando é o aniversário da Cheryl mas sei que o Bernard também não sabe”. Bernard responde: "No início não sabia quando era o aniversário da Cheryl, mas agora já sei". E Albert finaliza: "Então eu também já sei quando é o aniversário. "Para quem quer tentar resolver o problema é melhor parar de ler aqui. Para quem acha que vai dar muito trabalho, seguem-se os passos a dar para chegar à solução, dados pela própria organização das Olimpíadas na sua página no Facebook. Como se chega lá? O Bernard sabe o dia mas não o mês. Das dez datas disponíveis, os dias variam entre 14 e 19. Mas os dias 18 e 19 surgem apenas uma vez, o primeiro em Junho e o segundo em Maio, o que os coloca de fora da equação. Já os dias 14, 15, 16 e 17 aparecem duas vezes. Por isso, se a Cheryl tivesse dito ao Bernard o dia 18 ou 19, ele conseguiria chegar ao mês facilmente, o que, com base nas afirmações do problema, não aconteceu. O Albert sabe que o Bernard não sabe inicialmente o dia dos anos. Isso é possível porque o Albert sabe o mês exacto. Se a Cheryl disse ao Albert que seria Maio ou Junho, onde existem duas datas únicas que não se repetem, então é possível que o seu aniversário seja a 19 de Maio ou a 18 de Junho. Isso quer dizer que o Bernard pode saber quando é o aniversário. O facto de Albert saber que Bernard não sabe significa que a Cheryl disse ao Albert que o seu mês de aniversário é Julho ou Agosto. Inicialmente, Bernard não sabe quando é o dia, mas como é que fica a saber depois de Albert falar pela primeira vez? Das cinco datas restantes em Julho e Agosto, os dias variam entre 15 e 17, com o dia 14 a aparecer duas vezes. Se a Cheryl tivesse dito ao Bernard que o dia de aniversário é 14, então Bernard não saberia. O facto de ele saber significa que o dia do aniversário não pode ser 14. Assim, ficam três datas possíveis: 16 de Julho, 15 de Agosto e 17 de Agosto. Depois de Bernard afirmar "No início não sabia quando era o aniversário da Cheryl, mas agora já sei", Albert fica a saber quando é o dia de anos. Se a Cheryl tivesse dito a Albert que o seu mês de aniversário é Agosto, Albert não saberia o dia, já que existem duas datas possíveis em Agosto. Com base nestas exclusões, resta apenas o dia 16 de Julho, a data exacta do aniversário de Cheryl.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave espécie
Antigo número dois de Hong Kong condenado por corrupção
Raphael Hui recebeu milhões de dólares do presidente de uma das maiores construtoras asiáticas em troca de informação confidencial. (...)

Antigo número dois de Hong Kong condenado por corrupção
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 9 | Sentimento 0.0
DATA: 2014-12-20 | Jornal Público
SUMÁRIO: Raphael Hui recebeu milhões de dólares do presidente de uma das maiores construtoras asiáticas em troca de informação confidencial.
TEXTO: O maior caso de corrupção da história de Hong Kong chegou ao fim nesta sexta-feira com a condenação de um antigo alto dirigente do governo local e de um dos mais importantes milionários asiáticos. Foi numa sala de audiências completamente cheia – sintomática da atenção mediática com que o caso foi seguido em Hong Kong e também na China – que os juízes revelaram que o co-presidente da Sun Hung Kai, Thomas Kwok, foi considerado culpado de ter subornado Raphael Hui, que se preparava para assumir o cargo de secretário-chefe do governo local, cargo que desempenhou entre 2005 e 2007. A sentença vai ser conhecida na segunda-feira e o Financial Times antecipava que deverão ser apresentados argumentos de atenuação pela defesa. Tudo terá acontecido entre 2005 e 2007, quando Thomas Kwok, um magnata da área da construção, em conjunto com o seu irmão, Raymond, ofereceu luvas no valor de 19, 68 milhões de dólares de Hong Kong (dois milhões de euros) a Raphael Hui. Em troca, o político forneceu informação sobre vendas de propriedades. A Sun Hung Kai – que teve a sua actividade bolsista suspensa enquanto o veredicto não foir revelado – é uma das construtoras mais valiosas do mundo. Para além dos dois irmãos e de Hui, foram presas em Março de 2012 mais duas pessoas com envolvimento no caso. O julgamento de três meses trouxe à luz do dia a promiscuidade entre a classe política e empresarial de Hong Kong, numa altura em que o Presidente chinês, Xi Jinping, conduz uma das maiores campanhas anticorrupção na história do país.
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Palavras-chave chinês
REN é ponto de encontro dos principais grupos chineses em Portugal
Mais de um terço do capital da empresa energética está ligado, de forma directa ou indirecta, a investidores da China. (...)

REN é ponto de encontro dos principais grupos chineses em Portugal
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 9 | Sentimento 0.083
DATA: 2015-05-01 | Jornal Público
SUMÁRIO: Mais de um terço do capital da empresa energética está ligado, de forma directa ou indirecta, a investidores da China.
TEXTO: A REN tornou-se na empresa portuguesa que tem mais investidores chineses, reunindo as empresas estatais State Grid e China Three Gorges, bem como a Fosun. Ao todo, os chineses são donos de 34, 7% da REN, com ênfase para os 25% da State Grid, que se destaca como maior accionista. Já a China Three Gorges está na empresa gerida por Rui Vilar através da EDP. Esta, dominada em 21% pela China Three Gorges, detém 5% da REN. Quanto à Fidelidade /Fosun, entrou no capital da gestora das redes de transporte de energia em Junho, quando o Estado se desfez dos 11% que ainda detinha na empresa. Na altura, comprou 3, 9%, tendo recentemente aumentado para 4, 7% – uma posição avaliada em cerca de 70 milhões de euros. O investimento chinês em Portugal ganhou uma enorme expressão a partir do momento que foi aplicado o Programa de Assistência Económica e Financeira da troika, em Junho de 2011. Ao incluir nas medidas, aplicadas pelo Governo, uma forte aposta nas privatizações, os chineses viram em Portugal uma porta de entrada para o mercado nacional e para novas geografias, como os países de língua oficial portuguesa. Até ao momento, os investidores chineses já investiram mais de 4700 milhões de euros. O negócio com maior expressão foi o da EDP, tendo a China Three Gorges pago 2700 milhões de euros em 2012 em troca de 21, 35% do capital, tornando-se o maior accionista da eléctrica nacional gerida por António Mexia. Na REN, quando o Estado vendeu, no mesmo ano, a fatia de 40%, 25% ficaram para a State Grid, por 387 milhões de euros. No início deste ano, a Fosun, cotada em Hong-Kong e detida em 58% por Guo Guangchang, ganhou a privatização da Caixa Seguros, ficando assim com 80% da Fidelidade (dona da Multicare e líder no mercado de seguros, com uma quota de 30%). A cerimónia oficial da transferência das acções da Caixa Geral de Depósitos (CGD) para o fundo de investimento chinês aconteceu em Maio, em Pequim, no Grande Palácio do Povo, e contou com a presença dos chefes de Estado dos dois países, Cavaco Silva e Xi Jinping. O valor global do negócio acabou por atingir os 1650 milhões de euros. Agora, a Fosun quer alargar a sua presença ao negócio hospitalar, além dos seguros de saúde. Neste momento, o banco do Estado ainda detém 20% da Fidelidade, embora apenas tencione ficar com 15%. Os outros 5% estão destinados aos trabalhadores, de acordo com a lei das reprivatizações. No entanto, apesar de a Fosun já ditar os destinos da Fidelidade há vários meses, ainda não foi dada a hipótese de os trabalhadores decidirem se querem ou não entrar no capital da empresa. As acções que fiquem por colocar poderão ser adquiridas pela Fosun. O PÚBLICO questionou o Ministério das Finanças sobre as razões da venda aos funcionários ainda não se ter efectivada, mas não obteve resposta. Os investimentos chineses também já chegaram ao sector das águas. Em Março de 2013, a Beijing Enterprises Water Group negociou a compra, por 95 milhões, da Compagnie Générale des Eaux Portugal, que opera sob a marca Veolia. A empresa detém vários negócios na gestão de sistemas de abastecimento de água e de drenagem e tratamento de efluente. No mercado nacional também já entraram o Banco Industrial e Comercial da China (ICBC) e o Bank of China. No decorrer da privatização da EGF, de que saiu vencedor um consórcio liderado pelo grupo português Mota-Engil, também houve interesse vindo da China. O fundo Beijing Capital foi uma das sete entidades que apresentou uma proposta não-vinculativa, mas na fase inicial do processo chegaram a manifestar interesse os grupos Águas de Pequim e Sound Global.
REFERÊNCIAS:
Entidades TROIKA
O artista plástico e dissidente chinês Ai Weiwei prepara álbum de heavy metal
Depois de ter publicado, na sua conta de Twitter, um vídeo a dançar o Gangnam-style, em 2012, e de ter travado amizade com Elton John, Weiwei promete surpreender no mundo da música. (...)

O artista plástico e dissidente chinês Ai Weiwei prepara álbum de heavy metal
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 9 | Sentimento -0.1
DATA: 2015-05-01 | Jornal Público
SUMÁRIO: Depois de ter publicado, na sua conta de Twitter, um vídeo a dançar o Gangnam-style, em 2012, e de ter travado amizade com Elton John, Weiwei promete surpreender no mundo da música.
TEXTO: O artista plástico chinês Ai Weiwei anunciou hoje a sua intenção de lançar um álbum de heavy metal que, segundo disse ao Guardian, vai servir para "expressar a sua opinião" sobre a vida contemporânea chinesa. Weiwei escreveu as letras e dá voz às músicas, da autoria do músico de rock Zuoxiao Zuzhou, que tem apoiado as manifestações activistas e artísticas de Weiwei e que chegou a ser interrogado em 2011 aquando da detenção do amigo. Ai Weiwei foi detido no Aeroporto Internacional de Pequim, em Abril de 2011, por "suspeitas de crimes económicos” e “evasão fiscal”, quando se preparava para apanhar um avião. Alguns activistas sublinharam que a detenção se inseriu numa campanha de repressão contra a dissidência chinesa, iniciada em Outubro de 2010, quando foi anunciado que o Prémio Nobel da Paz se destinava ao dissidente Liu Xiaobo. Em entrevista ao Guardian, Ai Weiwei, 55 anos, explicou que os 81 dias passados na prisão, em 2011, determinaram a sua entrada no mundo da música. "Quando estava preso, os guardas pediam-me para cantar. Cantar ajudava a manter o equilíbrio e a passar o tempo". Como na prisão o reportório era refém do regime - "Tudo o que eu podia cantar na prisão eram músicas do Exército Chinês de Libertação", disse - decidiu que após a libertação faria algo "pessoal, relacionado com a música. Senti-me tão triste por não poder cantar nada para além das canções revolucionárias, que tivemos de aprender quando crescemos. Quando saí percebi que nunca tinha ouvido música ou cantado, verdadeiramente, e decidi criar um álbum". Segundo o International Business Times o álbum intitula-se Divina Commedia, inspirado em Dante Alighieri, e contém nove canções de influências variadas. “Algumas são estilo heavy metal, outras são punk e outras mais pop”, disse Weiwei. O artista não declarou ter influências musicais específicas mas relembrou ter ouvido Laurie Anderson quando esteve em Nova Iorque, nos anos 1980, e ter absorvido as faixas de música de dança quando viveu por cima de uma discoteca, na mesma cidade. Algumas das canções referem-se a Chen Guangcheng, activista de direitos civis que foi preso pelo Governo chinês por ter protestado contra a política nacional de um filho por família. A canção fala da sua perseguição e do refúgio na Embaixada dos EUA. Weiwei disse que iria aconselhar-se junto de Elton John relativamente à distribuição do álbum. A afinidade entre os dois foi assinalada em Novembro de 2012 quando o britânico dedicou o seu concerto em Pequim ao “espírito e talento” de Weiwei. Elton John foi mesmo inspiração para Divina Commedia. “Fiquei impressionado com o seu coração e expressão da sua música e isso incentivou-me a criar o meu próprio álbum. Ainda não lhe pedi opinião - vou surpreendê-lo”. E já está a trabalhar num segundo álbum que se insere numa linha próxima daquela seguida por Elton John. "São mais canções de amor, será mais suave que o primeiro. Não há heavy metal neste”, revelou.
REFERÊNCIAS:
Entidades EUA
Os ventos do Oriente já sopram em Alvalade
O grupo proprietário do Sea Me acaba de abrir uma taberna asiática no bairro de Alvalade. No Soão podemos imaginar-nos em Macau nos anos 1930. Aqui comem-se especialidades de vários países da Ásia e há um grelhador robata onde o chef cozinha à nossa frente peixe, marisco, carne e vegetais. (...)

Os ventos do Oriente já sopram em Alvalade
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 9 | Sentimento 0.0
DATA: 2018-05-28 | Jornal Público
SUMÁRIO: O grupo proprietário do Sea Me acaba de abrir uma taberna asiática no bairro de Alvalade. No Soão podemos imaginar-nos em Macau nos anos 1930. Aqui comem-se especialidades de vários países da Ásia e há um grelhador robata onde o chef cozinha à nossa frente peixe, marisco, carne e vegetais.
TEXTO: Um dia depois de o Soão, a nova taberna asiática de Lisboa, ter aberto ao público, a equipa reúne-se para o briefing das 18h30. Revisão rápida das dúvidas que surgiram na véspera, indicações sobre o jantar que se aproxima — quantas reservas há (de momento estão a aceitar reservas para parte da sala, mas a deixar sempre lugares para quem apareça sem reservar), pedidos especiais que possam existir, pequenas alterações na maneira como talheres estão dispostos na mesa. O chef informa que já chegou a barriga de atum, o barman pede para o pessoal de sala esclarecer com ele todas as dúvidas que tiver sobre os cocktails da casa, feitos com bebidas menos conhecidas, e lembra que o Soão tem “cervejas artesanais asiáticas que não existem em mais lado nenhum em Lisboa”. Durante o briefing, algumas pessoas espreitam pela porta, tentam ver o interior do restaurante, fazem perguntas. Foram longos os meses de obras e a fachada coberta ao lado do Cinema City Alvalade foi despertando uma curiosidade cada vez maior. Agora, o painel que a tapava foi removido e a montra, com estatuetas, os tradicionais barris para o estágio de saké e outros motivos asiáticos está finalmente à vista. O Soão é o mais recente restaurante, e uma grande aposta, do grupo Sea Me (que tem também o Prego da Peixaria). Foi pensado e preparado com todos os pormenores e a Fugas acompanhou alguns momentos do desenvolvimento do projecto. O primeiro, há já alguns meses, foi uma das reuniões com Sebastian Filgueiras, da Companhia do Chá, com o objectivo de escolher alguns chás que se adaptassem às diferentes gastronomias servidas no Soão. “O primeiro desafio”, explicava na altura António Querido, um dos sócios do grupo, “é fazer um pairing com os grandes grupos gastronómicos do Soão, o peixe fresco, a robata, os dim sum, os caris tailandeses. E precisamos de um chá versátil, todo-o-terreno. O segundo desafio é fazermos um pairing de destilados com chás. ” Uma das ideias é precisamente harmonizar whiskies com chá, que aqui “ajuda a limpar o palato e a fazer sobressair as diferentes notas do whisky”. Sebastian, profundo conhecedor do tema, escolheu precisamente um chá com “uma textura aveludada mas mais volumoso na boca, para final da refeição”. A ouvi-lo atentamente estão Vasco Martins, o barman, que veio de Barcelona para este projecto, o chef Luís Cardoso (que trabalhou no célebre Aya) e o tailandês Tep, que veio do Algarve, onde trabalhava com Leonel Pereira. Sebastian propõe, para acompanhar o sushi e o sashimi, um sencha de grande qualidade, chá verde japonês “com notas marinhas, iodadas, que nos remetem para ostras, marisco, mas também alcachofras, espargos” e vai servindo, enquanto explica as três temperaturas básicas para a confecção de chá: 70º para o verde, 80, 85º para o oolong e 90º para os chás pretos. “A secagem deste chá é feita com vapor, por isso ele conserva mais o aspecto vegetal e as notas marinhas. ”Surgem algumas perguntas: qual o melhor tipo de chávena para servir? E se as pessoas pedirem para pôr açúcar? Sebastian vai respondendo calmamente, enquanto prepara mais dois chás que pensou para os caris, sendo um mais suave, que vai acalmar um pouco as sensações na boca, e outro, um chá chinês branco com especiarias, que vai acentuar os sabores. Tel. : 210 534 499Email: reservas@soao. ptHorário: das 12h30 às 15h30 e das 19h30 às 23h (sextas e sábados até às 00h e domingo das 12h30 às 23h)Preço médio: 35 eurosFeita a escolha, passamos para a carne, “o mais difícil”. Sebastian pergunta qual o sistema que vão usar para grelhar a carne. António Querido explica que têm um grelhador robata, muito popular no Japão, no qual usam um carvão especial, de cascas de coco, que não faz fumo, mesmo se receber pingos de gordura. “No Japão há um chá que se pode torrar, podíamos aproveitar e fazê-lo no carvão, obtêm-se notas muito interessantes”, sugere Sebastian. Ou outra opção — servir um pu-erh, chá fermentado, dos mais antigos da China, que absorve a gordura. A sessão de trabalho na Companhia do Chá é apenas um dos exemplos de como o Soão foi cuidadosamente pensado. O projecto nasceu da vontade de trazer para Lisboa várias experiências que se podem viver em diferentes países da Ásia, que os sócios e o chef Luís Cardoso percorreram numa série de viagens preparatórias. Durante uma visita da Fugas ao local, na altura ainda em obras, Rui Gaspar, outro dos sócios, mostra no telemóvel imagens de um restaurante que inspirou o desenho da sala do piso térreo — o Soão tem dois espaços, o de cima, com um balcão com 14 lugares e, atrás, várias mesas, e em baixo, seguindo o néon vermelho que diz Sake is a drink best served HOT, encontramos a cozinha, o bar e quatro salas mais privadas. Todo o espaço remete para o imaginário algo decadente de, talvez, Macau nos anos 1930: as madeiras antigas e escuras (um complexo trabalho de carpintaria de Luís Souto), o piso de baixo, misterioso, onde não chega a luz do dia, os panos que separam a entrada das salas privadas, de paredes forradas a veludo ou a seda, e até o ar “vivido” dos autoclismos (comprados novos mas envelhecidos propositadamente). Podemos imaginar um desses locais cheios de fumo onde membros de mafias chinesas ou japonesas jogam e bebem noite dentro e são capazes de enfiar uma navalha na barriga de quem não lhes agradar. Mas, na realidade, o único fumo é o que sai dos cocktails preparados por Vasco com runs asiáticos, whiskies japoneses, aguardentes chinesas, xaropes caseiros, citrinos como o yuzu, e nomes como osakini ou xiang martini. Da cozinha, ali ao lado, vêm as entradas (chamuça de cabra; rolo Primavera; kimchi; asas de frango crocantes; tostas de choco com maionese), as sopas, os baos, os dim sum, os caris, pratos tailandeses, coreanos, vietnamitas, alguns clássicos, outros partindo dos clássicos com uma interpretação do chef (mas sem fusão, sublinha Luís Cardoso). Todos vêm apresentados na carta em mandarim — que é, por aqui, a “língua oficial”. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. Na parte de cima, ao balcão, Luís e Carlos Santos preparam, em frente aos clientes, o sushi e o sashimi (que têm uma carta à parte), mas também o peixe fresco, os mariscos, a carne e os vegetais, que vão para a robata. Expostos no balcão, o cliente pode escolher e pedir para cozinhar o que mais lhe apetecer. Existe também um menu Expresso do Oriente (85€, seis pratos e seis bebidas) para uma experiência completa e que é servido apenas no andar de baixo. E, já que está por aí, pode aproveitar para experimentar um saké, um soju (destilado coreano feito também a partir do arroz) ou aventurar-se num baijiu (destilado chinês, mais forte, feito geralmente a partir de grãos de sorgo fermentado). São assim as noites do Oriente para os lados de Alvalade. A abertura do Soão no bairro de Alvalade é um statement, diz António Querido, um dos sócios do grupo Sea Me. “Se abríssemos no Chiado ou no Príncipe Real íamos ter filas à porta, temos perfeita noção disso. Aqui as pessoas vão ter que se deslocar de propósito. ” Mas quiseram fazer este statement “face à especulação imobiliária que o Chiado e o Príncipe Real estão a ter, por parte de fundos imobiliários que controlam o preço do metro quadrado e asfixiam empresas 100% portuguesas”. Acreditam que Lisboa “vai assistir nos próximos dez anos a um movimento semelhante ao de outras cidades, a asfixia dos centros históricos pelo turismo”, e que os portugueses vão cada vez mais começar a procurar outros bairros (têm, aliás, uma experiência positiva com o Prego da Peixaria, que abriram na Avenida da Igreja). No Soão, apostam numa clientela portuguesa e asiática, estando para isso a trabalhar junto de instituições culturais de países da Ásia em Portugal. Outra novidade é o sistema de reservas (para já a funcionar provisoriamente numa pequena sala junto da cozinha), com atendimento telefónico permanente, dando apoio às reservas e a pedidos especiais, sejam de jantares para grupos, restrições alimentares ou outros.
REFERÊNCIAS:
Camboja do lemongrass
A leitora Ana Rita Ferreira partilha a sua experiência pelo país asiático. (...)

Camboja do lemongrass
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 9 | Sentimento 0.0
DATA: 2018-05-28 | Jornal Público
SUMÁRIO: A leitora Ana Rita Ferreira partilha a sua experiência pelo país asiático.
TEXTO: “You can’t claim heaven as your own if you are just going to sit under it”Provérbio cambojanoO continente asiático revisita-nos o imaginário e activa-nos os sentidos, pela sua culinária, pela diferença nos seus costumes e tradições, pelas suas paisagens idílicas, entre outras tão vastas características que o tornam particular. Visitar a Ásia é a nova trend ocidental. Não há ocidental que se preze que não tenha pisado território asiático e cujo instagram não esteja colorido de águas verde-esmeralda, porém pouco se fala do muito que se traduz na simplicidade do existir asiático. Eu, como os meus peers ocidentais, estava sedenta de uma pausa neste ritmo de vida alucinante que nos faz atropelar sentimentos e sensações, ao passo que me encontrava faminta de novas experiências regadas a lemongrass e peanut satay. O Camboja surgiu assim como excepcional entrada para o continente asiático. Cheguei a Pnom Penh despida de preconceitos e disposta a ser invadida pela cultura local, imbuída do buliço das scooters, das solicitações dos tuk tuk e do odor a lemongrass. Em Pnom Penh é obrigatório visitar um passado bem presente na história do Camboja. Tuol Sleng (Museu do Genocídio) é um murro no estômago, daqueles que nos faz recordar as atrocidades de que o ser humano é capaz face ao seu semelhante — o Camboja viveu na década de setenta sob uma ditadura comunista, dos khmer vermelhos. É curioso assistir à desvirtuação da essência (humana e material), já que Tuol Sleng, em português “ A Montanha das Árvores Venenosas”, fora berço de uma escola secundária, fonte de conhecimento, e por seu turno liberdade, para uns anos mais tarde ser a casa do massacre. Apesar dos pesares, Pnom Penh tirou-me o amargo da boca na visita à Mekong Island (ou ilha da Seda), uma ilha que nos devolve às origens e à simplicidade do ser. Na ilha da Seda as famílias ainda se alimentam da terra, gerindo as suas vidas à velocidade dos teares que usam para produzir artesanato, enquanto as suas crianças, por força das circunstâncias, dotadas de uma verticalidade típica de um adulto, correm livres pela rua assim que lhes é aberto o espaço a serem isso mesmo, crianças. Depois de uma viagem de 12 horas de autocarro, uma avaria e um condutor de tuk tuk mal disposto, cheguei ao paraíso, Koh Rong. O que dizer sobre Koh Rong? Uma vida numa ilha, será a expressão que a melhor resume. Koh Rong é palco das festas mais concorridas do Camboja, mas também alberga o silêncio mais reconfortante daquele país; tem um burger americano que nos limpa o gosto do lemongrass, mas também produz os melhores ananases que já tive oportunidade de provar; Koh Rong tem o melhor nascer do sol, mas também uma lua que nos ilumina os banhos quentes da meia noite; Koh Rong é único e merece ser “provado” em todas as suas facetas. Deixei Koh Rong rumo à pérola do Camboja, Angkor Wat. Siem Reap é a cidade mais próxima dos templos e por isso o ponto de chegada e partida dos muitos que visitam o Camboja para ver o nascer do sol de Angkor Wat. Siem Reap merece também lugar de destaque em qualquer travessia pelo Camboja, já que nos pega pela mão e guia pelos seus mercados, nos mostra o melhor da culinária cambojana e massaja o ego e os sentidos. Visitar um mercado é sentir-nos vivos na verdadeira acepção da palavra; é percorrer todos os nossos sentidos; é cortar o cabelo enquanto nos oferecem comida; é negociar uma backpack enquanto nos protegemos do cheiro a durian; é sorrir com vontade, numa partilha de experiências incomparável. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. Angkor Wat deixou-me o gosto doce no paladar, enchendo-me o olhar curioso com a majestosa imponência dos seus templos, pincelada a vestes cor de açafrão dos seus monges. Deambulando por entre os seus templos segui os cânticos entoados pelos monges, numa prece pelo desapego tão asiático quanto purificante. Angkor Wat, Bayon, Ta Prohm ou qualquer outro templo está povoado do burburinho de turistas, porém há algo de reconfortante no seu entorno que nos faz viajar internamente, num silêncio reconfortante da nossa existência. A melhor forma de descrever o Camboja é sorrir, porque na simplicidade do sorriso transportamos proximidade, amabilidade e bem querer. Foram poucos os povos que conheci com tamanha intensidade no sentir. Voltei de mochila carregada e pronta para sorrir de cada vez que revisitar a minha Ásia, aquela que existe fora do meu instagram. Ana Rita Ferreira
REFERÊNCIAS:
EUA têm o computador mais rápido, mas China continua à frente na corrida
Na lista das 500 máquinas mais poderosas, 41% são chinesas. (...)

EUA têm o computador mais rápido, mas China continua à frente na corrida
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 9 | Sentimento 0.0
DATA: 2018-06-30 | Jornal Público
SUMÁRIO: Na lista das 500 máquinas mais poderosas, 41% são chinesas.
TEXTO: O computador mais rápido do mundo é norte-americano, mas a China continua a liderar na competição pela quantidade. Em 2018, pela primeira vez em cinco anos, o país asiático foi destronado do primeiro lugar do TOP500, o ranking dos computadores mais rápidos e poderosos, que é actualizado duas vezes por ano. O novo vencedor, revelado esta segunda-feira, é o Summit, um computador da IBM que faz o trabalho equivalente a cerca de 7, 6 mil milhões de pessoas (ou seja, o número de habitantes na Terra) ao fazer 16 mil equações matemáticas por segundo. É preciso dois campos de ténis para albergar os mais de nove mil processadores que usa. Embora a China tenha perdido o lugar do topo, continua a ser o país com mais supercomputadores no mundo, com três fabricantes (a Lenovo, a Inspur e a Sugon) entre as cinco maiores fabricantes dos 500 supercomputadores mais rápidos. As máquinas chinesas representam 41% da lista, num total de 206 supercomputadores, um número que tem vindo a subir de ano para ano. Por outro lado, a quantidade de aparelhos fabricados pelos EUA tem vindo a decrescer, com apenas 124 sistemas a entrar na lista do TOP500 deste ano. São menos 21 do que em 2017. O ranking do TOP500 baseia-se na rapidez das máquinas a realizar cálculos matemáticos. Por norma, estes computadores são usados para simular viagens espaciais, trabalhar em armas nucleares, tentar resolver o problema do aquecimento global, e desenvolver inteligência artificial. Os supercomputadores inteligentes da IBM, por exemplo, foram usados recentemente em debates contra seres humanos. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. A capacidade de fabricar este tipo de aparelhos é considerada uma das formas de medir a proeza tecnológica de um país, mas requer um grande investimento. Este ano, só os dois computadores mais poderosos dos EUA (que ocupam o 1º e o 3º lugar do TOP500), custaram 325 milhões de dólares. Para o governo chinês, que quer o país a liderar a inteligência artificial global, a existência de supercomputadores é uma prioridade. Em 2017, o país apresentou o “Novo Plano de Desenvolvimento em Inteligência Artificial” com o objectivo de acelerar o processo. “Queremos utilizar a inteligência artificial para resolver problemas de segurança, saúde, ambiente e mais”, disse Wan Gan, ministro chinês para a Ciência e Tecnologia. Depois da China e dos EUA, é o Japão que mais investe neste tipo de aparelhos, com 36 supercomputadores. Apesar de o número ficar aquém dos outros países, os aparelhos japoneses são considerados os mais ecológicos para o planeta. O Reino Unido, a Alemanha, e a França completam a lista do TOP500 com 22, 21 e 18 supercomputadores cada. A próxima actualização da lista será em Novembro.
REFERÊNCIAS:
Entidades EUA
Fundador da Huawei fala num “conflito inevitável” e diz que EUA subestimaram gigante chinesa
Washington suspendeu sanções por 90 dias, Ren Zhengfei desvaloriza porque a Huawei “está preparada”. Estão em jogo 70 mil milhões de dólares. (...)

Fundador da Huawei fala num “conflito inevitável” e diz que EUA subestimaram gigante chinesa
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 9 | Sentimento 0.0
DATA: 2019-05-23 | Jornal Público
SUMÁRIO: Washington suspendeu sanções por 90 dias, Ren Zhengfei desvaloriza porque a Huawei “está preparada”. Estão em jogo 70 mil milhões de dólares.
TEXTO: O fundador da Huawei, Ren Zhengfei, não ficou surpreendido com a inclusão da sua empresa numa lista de entidades proibidas de fazer negócios com empresas norte-americanas. “Temos sacrificado [os interesses de] pessoas e de famílias em nome de um ideal, o de sermos os líderes mundiais. Por causa desse objectivo, um conflito com os EUA seria inevitável, mais cedo ou mais tarde”, declarou. A Huawei e 68 subsidiárias foram incluídas numa “lista negra” de empresas que só podem comprar ou vender bens e serviços a empresas norte-americanas mediante autorização do governo norte-americano. Mas Washington deu com uma mão o que tirou com a outra. E na segunda-feira à noite publicou um despacho, via Departamento de Comércio, que suspende por 90 dias os efeitos da inscrição do grupo Huawei nessa “lista negra”. Portanto, na prática, pouco mudará nos próximos três meses. Para o homem que fundou a empresa de Shenzen em 1987, nem o afastamento da Huawei, nem a decisão que temporariamente suspende essa “sanção”, têm qualquer relevância. A leitura chinesa dos acontecimentos continua a ser a de que tudo isto faz parte de uma guerra comercial dos EUA contra a China. E de que o avanço da Huawei no desenvolvimento tecnológico face à concorrência cria “ansiedades" na Casa Branca. Mesmo no Ocidente, há quem não tenha dúvidas: o confronto com a Huawei é uma “guerra fria tecnológica". Ren Zhengfei entende que a Huawei está protegida pelo atraso da concorrência no desenvolvimento da quinta geração móvel (5G). E sustenta que os norte-americanos precisariam de dois ou três anos para recuperar. Ren vendia centrais telefónicas internas (PBX) produzidas em Hong Kong quando fundou a empresa, em 1987. Três décadas depois, é dono do segundo maior fabricante de telemóveis do mundo e do maior construtor mundial de infra-estruturas de telecomunicações. “Os políticos dos EUA têm subestimado a Huawei”, critica. Além disso, diz que a empresa “está preparada” para as restrições, porque pode substituir os fornecedores norte-americanos rapidamente, pelo que a moratória de três meses tem pouco impacto. A empresa-mãe do Google, a Alphabet, foi das primeiras tecnológicas norte-americanas a fazerem saber que iria cortar relações comerciais com a Huawei para respeitar a “lista negra”. Isso obrigaria a rever o acesso dos clientes Huawei a serviços como o Gmail ou YouTube, bem como às actualizações do sistema operativo Android, que equipa os smartphones desta marca fora da China. Outras empresas como a Intel e a Qualcomm anunciaram, depois disso, que deixariam de fornecer processadores ao fabricante chinês. Ren Zhengfei garante que não quer abrir mão do hardware norte-americano, mas alerta que a Huawei tem alternativas. Antevendo que poderia haver conflitos com os EUA, a Huawei investiu nos últimos anos num sistema operativo próprio e, mais importante ainda, verticalizou a produção. No caso dos processadores, detém a HiSilicon, que produz chips para smartphones e servidores e, por essa via, “assegura a segurança estratégica para a maioria dos produtos da empresa e o fornecimento contínuo" à Huawei, diz o fundador. Teresa He Tingbo, presidente da HiSilicon garantiu isso mesmo, numa mensagem enviada aos trabalhadores e divulgada nas últimas horas pelo jornal South China Morning Post (um jornal que é da Alibaba, um gigante tecnológico chinês, líder no comércio electrónico, com interesse directo na guerra EUA-China). Nessa mensagem, Teresa He Tingbo salienta que a HiSilicon se preparou ao longo dos últimos anos para lidar com este cenário, em que os EUA cortam o acesso da Huawei à tecnologia norte-americana. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. Questionado pela estação televisiva chinesa CCTV sobre a duração deste conflito, o fundador da Huawei respondeu que a pergunta deve ser dirigida ao presidente dos EUA, Donald Trump. “A culpa é dos políticos dos EUA, não das empresas”, frisa. O mundo empresarial norte-americano pode estar a fazer contas à vida dada a ameaça de exclusão do grupo Huawei. Em causa está um mercado de componentes que vale 70 mil milhões de dólares (63 mil milhões de euros por ano, cerca de um quarto do Produto Interno Bruto português). A onda de choque afectaria a indústria mundial que integra a cadeia de fornecimento da Huawei. Isso mesmo foi realçado pelo ministro das Finanças nipónico, Taro Aso, quando aludiu às “empresas japonesas que fornecem a Huawei”. “As cadeias de fornecimento estão interligadas de forma complexa”, sublinhou.
REFERÊNCIAS:
Entidades EUA