Como foi a contagem dos votos no passado?
Não é novidade o registo de queixas e de ameaças de impugnação de contagem dos votos dos emigrantes. Nas legislativas de 2009, a Inspecção Diplomática e Consular chegou a abrir um inquérito para apurar responsabilidades. (...)

Como foi a contagem dos votos no passado?
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 9 | Sentimento -0.25
DATA: 2011-06-15 | Jornal Público
SUMÁRIO: Não é novidade o registo de queixas e de ameaças de impugnação de contagem dos votos dos emigrantes. Nas legislativas de 2009, a Inspecção Diplomática e Consular chegou a abrir um inquérito para apurar responsabilidades.
TEXTO: O caso prendia-se com o envio, num único envelope, de 109 votos provenientes de Belém, no Brasil. O envelope tinha sido remetido pelo vice-consulado de Portugal e os votos acabaram invalidados. O pacote foi aberto em Lisboa numa reunião com representantes de todos os partidos. Foi apresentada uma carta da chanceler do vice-consulado, em Belém, na qual se confirmava o envio dos sobrescritos directamente à Assembleia de Recolha e Contagem dos Votos dos Portugueses Residentes no Estrangeiro. Os resultados do inquérito não foram divulgados. O PSD conquistou então três dos quatro mandatos da emigração. Já nas legislativas de 2005, o primeiro suplente da lista do PS pela Europa interpôs recurso para o Tribunal Constitucional a pedir a recontagem dos votos naquele círculo. Mas acabou por desistir. José Lello, então secretário nacional do PS para a área da emigração, demarcou-se da apresentação do recurso, justificando tratar-se de uma "prerrogativa" de cada candidato. O PS perdia assim o segundo mandato pela Europa por apenas cinco votos. Quer em 2005, quer em 2009, a publicação oficial dos resultados eleitorais decorreu dentro dos prazos legais.
REFERÊNCIAS:
Partidos PS PSD
Votos do Rio de Janeiro vão ser contados
O PS entregou na mesa de apuramento dos votos da emigração um protesto para impedir a abertura dos boletins oriundos do Rio de Janeiro, visando a sua anulação, mas o protesto foi recusado, informa a SIC Notícias. (...)

Votos do Rio de Janeiro vão ser contados
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 9 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-06-15 | Jornal Público
SUMÁRIO: O PS entregou na mesa de apuramento dos votos da emigração um protesto para impedir a abertura dos boletins oriundos do Rio de Janeiro, visando a sua anulação, mas o protesto foi recusado, informa a SIC Notícias.
TEXTO: A contagem dos votos dos emigrantes, que participaram nas eleições de 5 de Junho por correspondência, é feita hoje em Lisboa. Em causa estavam 1392 votos do círculo Rio de Janeiro e Vitória. Filipe Mendes, director do semanário Portugal em Foco, do Rio de Janeiro, garante não ter enviado para Lisboa quaisquer envelopes com os votos dos emigrantes residentes naquela cidade, admitindo, porém, que a proposta de recolha das votações dos eleitores portugueses, feita no seu jornal, "foi uma falha". "Mas a autora [Benvinda Maria] é independente, conhece muito bem a comunidade portuguesa e as dificuldades existentes", explicou ao PÚBLICO. O Portugal em Foco esteve na origem de uma queixa que o PS apresentou no dia 3 à Comissão Nacional de Eleições (CNE), sustentada num artigo de opinião de Benvinda Maria (publicado a 26 de Maio) e nas acusações de que o semanário é afecto ao PSD e que terá reunido boletins de voto para enviar para Portugal. Já antes, o PS tinha interposto um recurso eleitoral com providência cautelar junto do Tribunal Constitucional. Todavia, esta instância não reconheceu o recurso, uma vez que não existia nem matéria, nem queixa. Ontem, a Lusa informava que uma outra queixa, apresentada por um cidadão português residente no Brasil, foi também entregue à CNE. José Lello, secretário nacional para as relações internacionais do PS, disse à Lusa que a CNE aceitou a queixa dos socialistas. Contudo, só hoje, no apuramento dos votos, esta entidade irá analisar e votar as queixas apresentadas. "A mesa eleitoral é soberana; é a única entidade com competência para decidir quaisquer problemas que lhe sejam colocados", explicou à TSF Nuno Godinho de Matos, porta-voz da CNE. PS vai recorrer ao Tribunal ConstitucionalO deputado socialista Paulo Pisco garantiu hoje à Lusa que o PS vai recorrer para o Tribunal Constitucional (TC) com o pedido de impugnação dos votos do Rio de Janeiro por alegada fraude eleitoral. Em declarações à Lusa no local onde estão a ser contados os votos da emigração, em Lisboa, Paulo Pisco lamentou a decisão da mesa e reafirmou a intenção socialista de avançar com a impugnação da contagem dos votos do Rio de Janeiro. "Lamentamos que a mesa tenha tomado a decisão de prosseguir com a contagem dos votos. O que temos que fazer é pedir a impugnação do apuramento da mesa" na assembleia de apuramento, disse. O deputado socialista considerou que "é óbvio que há indícios de fraude eleitoral", reafirmando a intenção de recorrer ao TC, mesmo que isso atrase a tomada de posse do Governo. Notícia actualizada às 11h44
REFERÊNCIAS:
Partidos PS PSD
CNE valida votos do Rio de Janeiro e PS não comenta
A Comissão Nacional de Eleições (CNE) validou esta madrugada de quinta-feira os votos dos emigrantes do Rio de Janeiro para as legislativas de 5 de Junho, indeferindo uma queixa do PS que contestava a validade dos votos. (...)

CNE valida votos do Rio de Janeiro e PS não comenta
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 9 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-06-16 | Jornal Público
SUMÁRIO: A Comissão Nacional de Eleições (CNE) validou esta madrugada de quinta-feira os votos dos emigrantes do Rio de Janeiro para as legislativas de 5 de Junho, indeferindo uma queixa do PS que contestava a validade dos votos.
TEXTO: A CNE não se pronunciou sobre uma eventual irregularidade, limitando-se a afirmar que os votos do Rio de Janeiro não tiveram influência no resultado final, já que o PSD registou o mais do dobro dos votos no círculo fora da Europa. O socialista Paulo Pisco, que contestava a validade dos votos, disse à SIC que, para já, não o PS não fazia comentários. O PSD teve 41, 2 por cento dos votos nos dois círculos da emigração (Europa e fora da Europa), conseguindo mais três mandatos. O PS, com 30 por cento, elegeu um deputado. Na Europa, o PS teve mais votos: 40, 2 por cento, contra os 29, 6 por cento do PSD. O resultado valeu um deputado a cada partido. Já fora da Europa, o PSD teve uma larga maioria de 55 por cento, ficando-se os socialistas pelos 18. Os sociais-democratas elegeram assim os dois deputados deste círculo. Já em 2009 o PSD elegera três deputados no estrangeiro, embora tivesse até tido uma menor percentagem total de votos: 34, 2 por cento, ligeiramente abaico dos 35, 9 dos socialistas. O PSD elegeu assim os deputados pelo círculo Fora da Europa, José Cesário e Carlos Páscoa, ao passo que no círculo da Europa foram eleitos o socialista Paulo Pisco e o social-democrata Carlos Gonçalves. Este ano, está a haver polémica em torno dos votos no estrangeiro, com o PS a alegar fraude eleitoral nos votos da mesa do Rio de Janeiro. Esta quarta-feira, dois secretários nacionais do PS contradisseram-se sobre o caso. Depois de Francisco Assis ter afirmado, à saída do Palácio de Belém, após a audiência com o Presidente da República, que o PS não ia recorrer ao Tribunal Constitucional por causa das alegadas irregulairades no Brasil, José Lello reafirmou à agência Lusa que os socialistas vão recorrer. O recurso ao Tribunal Constitucional pode atrasar a tomada de posse do Governo. Notícia actualizada às 00h58
REFERÊNCIAS:
Partidos PS PSD
CGTP pede aos trabalhadores que vão para Angola para se precaverem
A CGTP alertou hoje os trabalhadores portugueses que pretendam emigrar para a necessidade de saber as condições em que vão trabalhar para evitarem passar por situações idênticas às dos portugueses detidos em Angola. (...)

CGTP pede aos trabalhadores que vão para Angola para se precaverem
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 9 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-07-05 | Jornal Público
SUMÁRIO: A CGTP alertou hoje os trabalhadores portugueses que pretendam emigrar para a necessidade de saber as condições em que vão trabalhar para evitarem passar por situações idênticas às dos portugueses detidos em Angola.
TEXTO: “A CGTP alerta os trabalhadores que são efectivamente emigrantes para que acautelem os seus interesses e questionem as empresas que os contratam, para saberem o estatuto com que vão e se a empresa tem os documentos de acolhimento necessários”, disse Carlos Trindade, do executivo da central sindical aos jornalistas. O sindicalista comentou em conferência de imprensa o caso dos 42 trabalhadores portugueses detidos por trabalharem ilegalmente em Angola. Os portugueses, que trabalhavam para a empresa portuguesa PREBUILD, têm de deixar o país no prazo de oito dias por falta de visto. Carlos Trindade, responsável na direcção da Intersindical pelos assuntos de emigração, defendeu que o Estado português deve sancionar “este tipo de empresas” e estabelecer protocolos com o Governo angolano para evitar situações idênticas. O sindicalista referiu que a emigração em Portugal aumentou com o agravamento da crise económica, em particular para Angola e países da União Europeia, e que muitos trabalhadores aceitam trabalho através de empresas de construção civil, trabalho temporário ou de prestação de serviços, que lhes ficam com os passaportes e os colocam nos países como turistas e não como emigrantes. “Disto resultam situações complexas do ponto de vista diplomático e humanos”, considerou Carlos Trindade. O Ministério dos Negócios Estrangeiros está a acompanhar a situação dos 42 trabalhadores através da embaixada em Luanda.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave humanos
Sentir aqueles que nada têm a esconder
Em retrospectiva integral, o cinema documental do alemão Jan Soldat propõe um olhar singular sobre a intimidade da sexualidade (...)

Sentir aqueles que nada têm a esconder
MINORIA(S): Homossexuais Pontuação: 9 | Sentimento 0.0
DATA: 2015-05-01 | Jornal Público
SUMÁRIO: Em retrospectiva integral, o cinema documental do alemão Jan Soldat propõe um olhar singular sobre a intimidade da sexualidade
TEXTO: “É o modo mais puro de contar histórias que já vi no cinema” - quem o diz é a programadora Pamela Cohn a propósito dos documentários do jovem cineasta alemão Jan Soldat. Que, na prática, seguem um esquema muito simples: mergulham o espectador, sem apelo nem agravo, em universos muito específicos, e deixam-no ali, a tentar fazer sentido do que se passa. É isso que Soldat quer: que os seus filmes levem os espectadores a “travar conhecimento” com os seus protagonistas. “Sem os julgar, de modo nem positivo nem negativo. Mantendo uma neutralidade, nem demasiado próxima nem demasiado longínqua. ” Como se fosse uma janela para o mundo deles, perguntamos-lhe? De Berlim, por chat escrito (“penso melhor a escrever do que a falar”, explica Soldat, 31 anos), a resposta não é imediata. “Janela parece-me um pouco distante de mais. . . Os filmes são muito mais uma espécie de relação, uma aprendizagem do outro, um contacto que vai além do puramente observacional”. Essa abertura ao outro é tanto mais importante quanto os temas escolhidos por Soldat parecem escolhidos a dedo para deixar alguns espectadores francamente desconfortáveis. A sexualidade BDSM (bondage, disciplina, dominação, submissão, sadismo e masoquismo), encenada em jogos eróticos mais ou menos intensos, é o centro da maioria dos filmes, mostrada com um olhar curioso e genuinamente interessado. Hotel Straussberg e Prison System 4614 exploram-nas no âmbito de um hotel-prisão que propõe viver fantasias sexuais durante curtos períodos de tempo; The Incomplete é o retrato de um contabilista cuja própria identidade se confunde com a sua necessidade de se afirmar como “escravo”; A Weekend in Germany e Law and Order filmam o quotidiano de um casal idoso, entre conversas banais e jogos eróticos. É por isso que Soldat coloca ênfase na necessidade de compreender sem julgar. “Parece-me mais importante sentir as pessoas, deixá-las mostrar o que elas querem dizer, do que procurar explicar um porquê. E é muito mais importante formar a sua própria opinião enquanto espectador do que seguir a minha. ”A recorrência no seu trabalho da sexualidade BDSM (maioritariamente homossexual) tem a ver com o que Soldat define como a “maior abertura” e honestidade que encontrou nessa “cena”. “Tudo isto pode parecer muito privado e íntimo, mas existem muitos tipos diferentes de intimidade e, para as pessoas que filmo, é muito fácil mostrar esta dimensão. Não têm nada a esconder. Têm vontade de ser filmadas, e têm as suas próprias motivações para se mostrarem assim. Sentem-se fortes nestes momentos, e gosto muito disso, porque tira da equação o desconforto ou a estranheza. Preciso de ser honesto com os meus protagonistas. Quero mostrá-los com todas as suas emoções, e tenho uma responsabilidade de os mostrar sem os julgar nem formar uma opinião. ”É também por isso que este trabalho documental é pensado primordialmente para as salas de cinema, não para ser visto online ou no pequeno écrã. “O cinema é de certo modo um local 'fechado'”, explica Soldat. “A internet ou a televisão são demasiado 'abertos', seria muito fácil qualquer um pegar numa imagem e tirá-la do seu contexto. Ora estes temas são de algum modo demasiado íntimos para esse tipo de tratamento, e não forçosamente devido à sensibilidade adulta; tem mais a ver com a responsabilidade que sinto para com eles enquanto cineasta. Mas o grande écrã pede também um outro estilo de filmagem, e se estivesse a trabalhar para a televisão não faria assim estes filmes”. Soldat é um excelente exemplo daquilo a que os directores do IndieLisboa, Nuno Sena e Miguel Valverde, chamam de “pensamento estratégico” do festival - “não marcar passo; não nos limitarmos a acompanhar o que se faz, mas tentar também antecipar”. O realizador alemão esteve ao longo dos últimos anos “na liça” para a competição principal de curtas-metragens, e “chegou quase sempre à fase final” antes de ser eliminado pela implacabilidade dos “numerus clausus”. Mas os filmes que Soldat enviou este ano revelavam a afinação do seu olhar singularíssimo e mereciam uma atenção particular – manifestada numa retrospectiva à sombra da nova secção Silvestre. Rodados entre 2010 e 2014, os doze filmes exibidos, com durações que vão, literalmente, do 0 (In/Out tem apenas um minuto) aos 60 (Prison System 4614, o mais longo, dura uma hora), compõem a primeira retrospectiva de sempre do trabalho documental de Soldat. O cineasta confessa-se “curioso, nervoso, orgulhoso e feliz”. À imagem dos seus protagonistas, que se sentem finalmente “vistos”, “orgulhosos de se verem num écrã de cinema a fazer aquilo de que gostam, sem serem apontados a dedo nem julgados. ”
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave prisão espécie sexualidade homossexual
Os cineastas de Amy contarão a história dos Oasis em novo documentário
Supersonic, produzido por Asif Kapadia e James Gay Rees e realizado por Mat Whitecross, será estreado em Outubro e promete revelar muito material de arquivo inédito (...)

Os cineastas de Amy contarão a história dos Oasis em novo documentário
MINORIA(S): Homossexuais Pontuação: 9 | Sentimento 0.068
DATA: 2016-05-31 | Jornal Público
URL: https://arquivo.pt/wayback/20160531194747/http://publico.pt/1732215
SUMÁRIO: Supersonic, produzido por Asif Kapadia e James Gay Rees e realizado por Mat Whitecross, será estreado em Outubro e promete revelar muito material de arquivo inédito
TEXTO: Terá por título Supersonic, o mesmo de um dos singles emblemáticos do primeiro álbum da banda, Definitely Maybe (1994), e tem estreia marcada para Outubro, em Inglaterra. Os Oasis, os idolatrados e odiados Oasis, reis da bazófia muito pop e do rock muito brit, verão a sua vida contada em grande ecrã pela mesma equipa que criou Amy, o oscarizado documentário sobre essa outra instituição britânica, desaparecida aos 27 anos em 2011. Asif Kapadia, realizador de Amy, assume funções de produtor executivo, e James Gay Rees manterá a posição de produtor. Mat Whitecross (The Road To Guantanamo, Sex, Drugs & Rock’n’roll, documentário sobre Ian Dury) será o realizador. A equipa teve acesso a material de arquivo nunca antes revelado. Em Novembro, quando o projecto foi anunciado, os cineastas explicaram que Supersonic contará a história da banda, iniciada por “dois miúdos [Noel e Liam Gallagher] que partilhavam um quarto enquanto cresciam”, até à subida aos palcos e a ascensão meteórica dos Oasis no cenário rock britânico – sem esquecer, claro, as muito públicas desavenças entre os dois irmãos. O título do documentário foi revelado em Cannes, onde Supersonic foi exibido discretamente. À saída da sessão, Liam Gallagher comparou a vida nos Oasis à condução de um bólide de alta cilindrada. “Os Oasis foram definitivamente como conduzir um Ferrarri. Muito atractivo à vista e uma maravilha de conduzir, mas a derrapar fora do nosso controlo, de vez em quando, se o acelerássemos demasiado. Adorei cada minuto. "Os Oasis, a par dos Blur a banda definidora do chamado brit pop, morreram como viveram, em tumulto. Em Agosto de 2009, os dois irmãos engalfinharam-se uma vez mais nos camarins antes de um concerto, mas daquela vez, cancelada uma actuação em Paris minutos antes do horário previsto para o seu início, o comunicado emitido posteriormente pela banda não deixou dúvidas: os Oasis já não existem, lia-se nele. Em Outubro, será tempo de olhar para trás, para quando a banda reinava sobre a Velha Albion.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave gay
Regra que obrigava militares nos EUA a permanecerem “no armário” foi revogada
A regra “don’t ask, don’t tell”, que significa que os homossexuais podiam ingressar no Exército americano desde que não revelassem abertamente a sua orientação sexual e desde que os comandantes não fizessem perguntas sobre isso, foi oficialmente revogada, após ter estado em vigor durante quase duas décadas. (...)

Regra que obrigava militares nos EUA a permanecerem “no armário” foi revogada
MINORIA(S): Homossexuais Pontuação: 9 | Sentimento -0.1
DATA: 2011-09-20 | Jornal Público
SUMÁRIO: A regra “don’t ask, don’t tell”, que significa que os homossexuais podiam ingressar no Exército americano desde que não revelassem abertamente a sua orientação sexual e desde que os comandantes não fizessem perguntas sobre isso, foi oficialmente revogada, após ter estado em vigor durante quase duas décadas.
TEXTO: Esta política teve início ainda durante a era Clinton, em 1993, e constituía uma forma de discriminação contra os homossexuais, que tinham forçosamente de permanecer “no armário” se queriam fazer parte das forças armadas americanas. Ainda assim foi um grande avanço de um anterior regime em que os homossexuais não eram, pura e simplesmente, admitidos no Exército. O fim do “don’t ask, don’t tell” significa que os militares podem agora revelar a sua homossexualidade sem terem medo de ser investigados ou expulsos. Um pouco por todo o país já se celebraram festas em comemoração desta revogação, um marco na história dos direitos dos homossexuais. O Congresso americano tinha já votado no ano passado a revogação da lei, mas só agora ela entra em vigor. O assessor do Pentágono, George Little, disse ontem aos jornalistas que o Departamento de Defesa está pronto para a revogação e que 97% do pessoal do Exército recebeu já formação sobre a nova lei. As forças armadas começaram a aceitar candidaturas de recrutas abertamente homossexuais há já algumas semanas e irão agora começar a analisá-las uma vez que a lei entra em vigor. Algumas investigações em curso e procedimentos administrativos contra militares homossexuais foram entretanto abandonados. E todos aqueles que tinham sido expulsos das forças armadas ao abrigo da anterior lei poderão agora ser reincorporados. Estima-se que cerca de 13 mil homossexuais foram expulsos das forças armadas americanas desde 1993 por revelarem a sua orientação sexual. Porém, normas como a proibição de demonstrações públicas de afecto continuarão a ser aplicadas. “A nossa nação irá finalmente fechar a porta a esta injustiça fundamental para os gays e lésbicas e afirmar a igualdade para todos os americanos”, indicou Nancy Pelosi, democrata californiana e uma defensora desta revogação. Pelo contrário, algumas facções do Congresso permanecem contra esta revogação, afirmando que ela poderá comprometer a eficiência e a disciplina nas forças armadas.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave direitos lei igualdade medo sexual discriminação
Parlamento chumba adopção por casais do mesmo sexo
O projecto de lei do BE sobre a adopção homossexual foi rejeitado com os votos contra do PSD, do CDS e do PCP e de apenas nove deputados do PS. (...)

Parlamento chumba adopção por casais do mesmo sexo
MINORIA(S): Homossexuais Pontuação: 9 | Sentimento -0.5
DATA: 2012-02-24 | Jornal Público
SUMÁRIO: O projecto de lei do BE sobre a adopção homossexual foi rejeitado com os votos contra do PSD, do CDS e do PCP e de apenas nove deputados do PS.
TEXTO: Dos 63 socialistas presentes, a maioria (38) votou a favor da iniciativa bloquista, assim como nove do PSD e um do CDS-PP. A abstenção foi o sentido de voto escolhido por 12 deputados do PS (entre os quais o líder parlamentar Carlos Zorrinho), um do CDS (João Rebelo) e dois do PSD. Também o projecto do Partido Ecologista “Os Verdes”, que propunha eliminar a impossibilidade da adopção de casais do mesmo sexo, foi chumbado com idêntica votação. Apenas na bancada socialista se registou mais um voto a favor (39) face ao projecto bloquista e menos uma abstenção – 11 parlamentares. A iniciativa de “Os Verdes” registou os votos contra do PSD e do CDS, do PCP, e de oito deputados socialistas. Na bancada laranja registou-se ainda nove votos favoráveis, e duas abstenções. Entre os democratas cristãos, Adolfo Mesquina Nunes também voltou a votar a favor, enquanto João Rebelo repetiu a abstenção anterior. O debate sobre a adopção por casais do mesmo sexo durou cerca de 15 minutos e não suscitou intervenções inflamadas. Na verdade, foi uma discussão morna, antecipando o chumbo dos projectos de lei do BE e do PEV. PSD e PS deram liberdade de voto aos seus deputados, mas os socialistas ponderam já, perante o chumbo das iniciativas do BE e de “Os Verdes”, avançar com um projecto de lei que propõe a co-adopção, um regime que estende a adopção ao cônjuge, ou unido de facto, de um casal homossexual em que o outro elemento já tenha adoptado. No momento das intervenções, apenas as bancadas do PCP e do CDS anunciaram que votariam contra os diplomas. Cecília Honório, do BE, lembrou que Portugal "é o único país do mundo em que os homossexuais podem casar, mas não adoptar". E Heloísa Apolónia, do PEV, insistiu que a adopção de crianças não deve ter como critério a orientação sexual dos candidatos. O PCP argumentou que esta questão ainda não foi “suficientemente debatida e sedimentada na sociedade”, pelo que a bancada comunista optou por uma posição de “prudência construtiva”, explicou o líder parlamentar Bernardino Soares. “O nosso voto nesta matéria (…) não significa uma posição de rejeição”, sublinhou o deputado comunista, “mas expressa apenas a necessidade de prosseguir o debate, o esclarecimento sobre a questão”. Telmo Correia, deputado do CDS, explicou que o sentido de voto da sua bancada revela que os centristas não enveredam por “experimentalismos sociais”, notando que a adopção por casais do mesmo sexo “contraria o criador” e criticando as bancadas, especificamente o BE, que tem patrocinado projectos “de fractura em fractura”. Notícia actualizada às 13h38
REFERÊNCIAS:
Partidos PS PSD PCP BE PEV
Isabel Moreira diz que teve “violenta quebra de tensão” quando anunciou a sua declaração de voto
A deputada socialista Isabel Moreira disse nesta sexta-feira à agência Lusa que teve uma quebra de tensão em plenário, no Parlamento, no momento em que anunciou a apresentação de uma declaração de voto sobre adopção por casais homossexuais. (...)

Isabel Moreira diz que teve “violenta quebra de tensão” quando anunciou a sua declaração de voto
MINORIA(S): Homossexuais Pontuação: 9 | Sentimento -0.8
DATA: 2012-02-24 | Jornal Público
SUMÁRIO: A deputada socialista Isabel Moreira disse nesta sexta-feira à agência Lusa que teve uma quebra de tensão em plenário, no Parlamento, no momento em que anunciou a apresentação de uma declaração de voto sobre adopção por casais homossexuais.
TEXTO: Isabel Moreira, deputada independente que integra a bancada do PS - e que está a preparar um projecto para permitir a co-adopção por casais homossexuais -, causou surpresa no hemiciclo da Assembleia da República ao mostrar dificuldade em levantar-se da cadeira para comunicar a sua declaração de voto. A deputada independente do PS e constitucionalista referiu à agência Lusa que quinta-feira foi sujeita “a uma intervenção cirúrgica dolorosa”. “Porém, como o tema da adopção por casais homossexuais faz parte das minhas militâncias, mesmo assim decidi estar hoje presente na Assembleia da República. Quando estava a pedir a palavra para anunciar a minha declaração de voto tive uma quebra de tensão violenta”, explicou a deputada. Nessa altura, segundo Isabel Moreira, disse ter tido “medo de cair”. “Por isso, usei então uma expressão humorística”, justificou ainda a constitucionalistas. Ao dirigir-se ao presidente em exercício da sessão plenária, o deputado comunista António Filipe, Isabel Moreira causou alguma surpresa nas diferentes bancadas ao dizer: “Senhor presidente, desculpe, estou um bocado drogada. Drogas lícitas”. Isabel Moreira abandonou depois o hemiciclo apoiada pela deputada socialista Ana Catarina Mendes. “Depois de anunciar a minha declaração de voto sentei-me na cadeira e tive um desmaio”, referiu ainda à agência Lusa, numa alusão à forma como abandonou a sessão plenária.
REFERÊNCIAS:
Partidos PS
Tammy Smit, a primeira general assumidamente lésbica do Exército norte-americano
Quase um ano depois de ter sido abolida a polémica lei “don’t ask, dont’t tell”, que impedia os militares norte-americanos de assumir a sua homossexualidade, Tammy Smith viu ser-lhe colocada uma estrela sobre o ombro. É a primeira general norte-americana assumidamente lésbica. (...)

Tammy Smit, a primeira general assumidamente lésbica do Exército norte-americano
MINORIA(S): Homossexuais Pontuação: 9 | Sentimento 0.100
DATA: 2012-08-15 | Jornal Público
SUMÁRIO: Quase um ano depois de ter sido abolida a polémica lei “don’t ask, dont’t tell”, que impedia os militares norte-americanos de assumir a sua homossexualidade, Tammy Smith viu ser-lhe colocada uma estrela sobre o ombro. É a primeira general norte-americana assumidamente lésbica.
TEXTO: Fardada, Tammy Smith sorri e festeja a promoção ao lado da mulher com quem casou em Março do ano passado, Tracey Hepner. Chegou a general menos de um ano depois de a Administração de Barack Obama ter posto fim à polémica lei que impedia os militares de assumir a sua homossexualidade, e meses após o próprio Presidente ter afirmado que é a favor do casamento entre pessoas do mesmo sexo. Foi Tracey quem lhe colocou a estrela na farda, durante uma cerimónia no cemitério de Arlington. Hoje com 49 anos, Tammy Smith tem uma já longa carreira no Exército norte-americano (26 anos), e ainda que seja “muito improvável” que tenha sido a primeira homossexual a chegar a general nos EUA, é “muito significativo” que o tenha assumido publicamente, considerou Sue Fulton, porta-voz da organização OutServe que defende os direitos dos militares gay. “Acho que é importante reconhecer o primeiro, porque assim a próxima pessoa não terá de ser ‘o primeiro’”, disse Fulton ao The New York Times. Ela própria chegou a integrar o Exército, que admite ter deixado por causa do secretismo a que era obrigado quem mantinha uma relação homossexual. Hoje Tammy Smith está em Washington, onde é vice-chefe do departamento de militares na reserva. Mas entre Dezembro de 2010 e Outubro de 2011 cumpriu serviço militar no Afeganistão. Após a sua promoção, não deu entrevistas e sublinhou apenas a importância de “defender os valores do Exército e a responsabilidade que isso implica”. Numa mensagem divulgada através do YouTube, o secretário de Estado da Defesa, Leon Panetta, agradeceu-lhe o serviço prestado durante o seu percurso militar. A sua promoção é um novo ponto final na “don’t ask don’t tell”, depois de no mês passado, e pela primeira vez, ter sido permitido o uso de fardas militares no desfile pelo orgulho gay em San Diego, na Califórnia.
REFERÊNCIAS:
Entidades EUA