Angela Merkel diz que não está chateada por Sarkozy não a incluir na campanha
O Presidente francês Nicolas Sarkozy já não quer a ajuda da chanceler alemã na campanha para as eleições presidenciais. Ela diz que não está aborrecida. Sarkozy impôs um tom fortemente anti-imigração e prometeu medidas proteccionistas se fosse reeleito. (...)

Angela Merkel diz que não está chateada por Sarkozy não a incluir na campanha
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 9 | Sentimento 0.0
DATA: 2012-03-26 | Jornal Público
SUMÁRIO: O Presidente francês Nicolas Sarkozy já não quer a ajuda da chanceler alemã na campanha para as eleições presidenciais. Ela diz que não está aborrecida. Sarkozy impôs um tom fortemente anti-imigração e prometeu medidas proteccionistas se fosse reeleito.
TEXTO: Foi com um grande sorriso que a chanceler respondeu “não” quando lhe perguntaram esta segunda-feira, numa conferência de imprensa em Berlim, se estava chateada por Sarkozy já não querer a sua ajuda. “Disse que ficaria contente e que desejo que o Presidente Nicolas Sarkozy seja também o próximo Presidente da Républica Francesa, e que fosse qual fosse a forma de apoio que nos pedido, nós acederíamos. Mas, para ser franca, temos muito que fazer em nossa casa”, declarou Merkel. Na semana passada, a revista alemã “Der Spiegel” tinha noticiado que a chanceler tinha ficado aborrecida por Sarkozy ter dispensado a sua ajuda na campanha. Em Fevereiro, Merkel chegou a aparecer numa entrevista televisiva conjunta o Presidente-candidato, e estava previsto que participasse noutras acções de campanha. Mas a participação da amiga alemã ao lado do Presidente não estava a ser benéfica para a evolução nas sondagens de Sarkozy. Nos últimos tempos, o Presidente embarcou num discurso cada vez mais próximo do dos interesses da Frente Nacional de Marine Le Pen, tentando captar o seu eleitorado. Daí ter dito que em França há "demasiados estrangeiros", e ter anunciado a intenção de reduzir de 180 mil para 100 mil o número de entradas anuais de imigrantes em França, por exemplo. Merkel tomou claramente partido por Nicolas Sarkozy, e recusou-se mesmo a receber François Hollande, o candidato socialista, o ainda favorito, pelo menos na segunda volta – neste momento, as sondagens dão resultados mais ambíguos, umas com o socialista em primeiro lugar e outras com o Presidente, da direita gaulista, à frente na primeira volta. A chanceler alemã implica com Hollande por este ter dito estar pronto a renegociar os acordos obtidos pela União Europeia para estabilizar o euro.
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Palavras-chave ajuda
A mexicana Nayeli Manzano já tem um papel e já pode sentir-se americana
Milhares de filhos de imigrantes ilegais começaram a candidatar-se ao programa antideportação de Obama. De fora ficarão ainda 6,8 milhões de indocumentados. (...)

A mexicana Nayeli Manzano já tem um papel e já pode sentir-se americana
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 9 | Sentimento 0.0
DATA: 2012-08-18 | Jornal Público
SUMÁRIO: Milhares de filhos de imigrantes ilegais começaram a candidatar-se ao programa antideportação de Obama. De fora ficarão ainda 6,8 milhões de indocumentados.
TEXTO: Em Los Angeles, Chicago, Detroit, Atlanta, Nova Iorque, Washington e por todo o país, milhares de pessoas que nasceram no estrangeiro mas cresceram nos Estados Unidos não desperdiçaram a oportunidade para reclamar a sua plena integração na sociedade americana, a única que muitos deles - salvadorenhos, etíopes ou tailandeses - conhecem e que ainda os marginaliza sob o estigma de "imigrante ilegal". No dia em que entrou em vigor a nova política antideportação desenhada pelo Presidente Barack Obama em Junho, as filas para a apresentação de candidaturas serpenteavam por quarteirões nas grandes cidades americanas. O programa permitirá a legalização de milhares de indocumentados que cumpram critérios como: terem entre 15 e 31 anos de idade, terem vivido continuamente nos Estados Unidos há mais de cinco anos, frequentarem a escola ou terem um diploma do ensino secundário ou equivalente e nunca terem enfrentado acusações criminais - estima-se que cerca de dois milhões de residentes possam ser abrangidos. Em Chicago, mais de dez mil pessoas acorreram ao Navy Pier para preencher as candidaturas, disse a Illinois Coalition for Immigrant and Refugee Rights. Aos 16 anos, a mexicana Nayeli Manzano tem dificuldade em identificar-se com o seu país de origem: a única realidade que conhece é a americana. "Vim do México quando ainda era uma criança, e para mim todos os costumes e tradições são os dos EUA. A única coisa que me impedia de sentir-me americana era uma folha de papel como esta", explicava à cadeia televisiva WLS de Chicago, apontando para a sua candidatura. "Esta folha faz toda a diferença na minha vida. "Crescencio Calderón, um jovem de 21 anos nascido no México, encontrou uma fila formada quando chegou à porta de uma organização de apoio a imigrantes em Los Angeles, pouco depois das cinco da manhã. O estudante universitário, que pretende enveredar por uma carreira jurídica, notava que a adesão ao programa lhe concedia uma segurança que o seu pai, jardineiro, nunca experimentara. "Esta é a chave para abrir a porta das oportunidades", dizia, "esta é a mudança em que podemos acreditar", referindo-se ao slogan da campanha presidencial de Barack Obama em 2008. Não existem números oficiais, mas projecções consensuais apontam a existência de pelo menos onze milhões de trabalhadores indocumentados nos Estados Unidos, 15% dos quais terão o direito a um visto de residência e trabalho se cumprirem os requisitos do programa. Cerca de sete em dez dos possíveis candidatos são provenientes do México; 20% são originários de outros países da América Central e do Sul; 8% nasceram na Ásia e apenas 2% terão imigrado a partir da Europa. De fora ficarão ainda 6, 8 milhões de pessoas, imigrantes que deram entrada nos Estados Unidos depois dos 16 anos ou que já têm mais de 31 anos. É o caso de Elsi Hernandez, que descobriu enquanto preenchia os papéis num centro de apoio de Washington que por uma questão de meses ficaria excluída. Hernandez, de 25 anos, terminou o liceu em 2008 e espera, um dia, estudar numa universidade americana - mas o facto de ter chegado de El Salvador com 17 anos obriga-a a procurar outra maneira para escapar da clandestinidade em que vive. Quando foi anunciado, o programa foi interpretado pelos analistas como uma brilhante cartada política do Presidente, uma manobra destinada a garantir a Obama a reeleição, apesar de - ironicamente - nenhum dos beneficiários da medida obter o direito ao voto nas presidenciais de Novembro. O candidato democrata deverá conquistar a esmagadora maioria dos votos do chamado "bloco latino", que é a força eleitoral em maior crescimento nos Estados Unidos mas também uma das que mais tende à abstenção.
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Entidades EUA
Uma centena de suspeitos de crimes de guerra identificados no Reino Unido
Maioria dos casos, detectados em pouco mais de um ano, são de pessoas a viver há vários anos no país. Activistas querem que justiça britânica os julgue quando a deportação não é possível. (...)

Uma centena de suspeitos de crimes de guerra identificados no Reino Unido
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 9 | Sentimento 0.0
DATA: 2013-07-30 | Jornal Público
SUMÁRIO: Maioria dos casos, detectados em pouco mais de um ano, são de pessoas a viver há vários anos no país. Activistas querem que justiça britânica os julgue quando a deportação não é possível.
TEXTO: As autoridades britânicas identificaram, em pouco mais de um ano, quase uma centena de suspeitos de crimes de guerra a viver no Reino Unido, segundo dados a que a BBC teve acesso. Segundo a emissora britânica, a maioria dos suspeitos residem há vários anos no país e só foram identificados porque submeteram aos serviços de imigração pedidos de asilo ou renovação de vistos. São oriundos de países como o Ruanda, Afeganistão, Sérvia, Sri Lanka ou Iraque. O Ministério do Interior, a quem a BBC requisitou os dados ao abrigo das leis de acesso à informação, assegura que tem desenvolvido esforços para que o Reino Unido “não se transforme num refúgio para criminosos de guerra”. Mas várias organizações de direitos humanos acusam as autoridades de falta de transparência e insistem que os casos detectados sejam comunicados à justiça para que, sempre que a extradição seja impossível, os suspeitos sejam julgados no Reino Unido. De acordo com os dados a que a BBC teve acesso, só entre Janeiro de 2012 e Março deste ano, o Ministério do Interior investigou 800 pessoas por suspeita de estarem envolvidos em atrocidades cometidas em cenários de conflito e emitiu 99 “recomendações contrárias” a pedidos de cidadania, asilo ou autorização para deixar o país. Destes casos, três foram de pessoas que acabaram por ser deportadas, 20 viram o pedido de asilo recusado e 46 viram ser-lhe negado passaporte britânico, admitindo-se que continuem a viver no país. A estes dados, recorda a estação, juntam-se informações de que outros 700 suspeitos de crimes de guerra ou crimes contra a humanidade foram identificados pelos serviços de imigração entre 2005 e 2012. Desconhece-se quantos estarão a viver no Reino Unido ou quantos poderão ter sido entretanto extraditados. A notícia surge depois de o Governo britânico ter anunciado, na sequência do longo processo para a deportação do pregador radical Abu Qatada para a Jordânia, formas de agilizar a expulsão de pessoas que representem um risco para a segurança do país – casos que esbarram muitas vezes no princípio de que a extradição não pode ocorrer quando exista o risco de o visado ser sujeito a tortura ou não ter direito a um julgamento justo. É o caso de cinco ruandeses detidos em Maio deste ano e acusados de envolvimento no genocídio de 1994, quatro dos quais evitaram em 2009 a extradição depois de um tribunal superior ter decidido que não havia garantias de que lhes fosse feita justiça no seu país de origem. O activista James Smith disse à BBC que, nestes casos, a obrigação das autoridades é julgar os suspeitos no país. “Há custos e é difícil investigar crimes que ocorreram há muito tempo noutro país. Mas se não levar adiante estas acusações, o Reino Unido pode tornar-se conhecido como lar de terceira idade de criminosos de guerra”. Notícia corrigida às 14h32: Corrige-se data do genocídio do Ruanda, ocorrido em 1994.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave direitos guerra humanos imigração tribunal deportação
Gabriela Ruivo Trindade vence Prémio Leya com um romance que junta ficção e fotografia
O romance Uma Outra Voz, escrito por uma portuguesa radicada em Londres, ganhou o Prémio Leya. Retrata a emigração para África de uma família de Estremoz. (...)

Gabriela Ruivo Trindade vence Prémio Leya com um romance que junta ficção e fotografia
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 9 | Sentimento 0.3
DATA: 2013-10-15 | Jornal Público
SUMÁRIO: O romance Uma Outra Voz, escrito por uma portuguesa radicada em Londres, ganhou o Prémio Leya. Retrata a emigração para África de uma família de Estremoz.
TEXTO: O romance Uma Outra Voz, de Gabriela Ruivo Trindade, uma portuguesa residente em Londres, ganhou esta terça-feira o Prémio Leya, no valor de cem mil euros. Tal como acontecera com o vencedor da edição de 2011, João Ricardo Pedro, a autora, uma psicóloga de 43 anos, está neste momento desempregada. Manuel Alegre, presidente do júri, depois de aberto o envelope onde está escrito o nome do concorrente, comunicou por telefone a Gabriela Trindade a notícia de que era vencedora do Prémio Leya. Nessa altura ficou a saber que ela nunca tinha escrito um romance e também nunca tinha publicado. “É um romance onde se cruzam histórias individuais com a história colectiva. É um romance onde se cruzam várias personagens e é também a história de uma cidade do Alentejo, Estremoz”, disse ao PÚBLICO o escritor. “Tem personagens femininas muito fortes, isso foi uma das coisas que mais me marcou e uma história de amor também muito forte”, acrescentou. E tem ainda “traços de originalidade e modernidade” como o facto de mostrar algumas fotografias de um personagem que a certa altura vai para África, são fotografias dos anos 30, numa fazenda de café. “Foi uma boa escolha. Vê-se que num período de crise destes, as pessoas estão a procurar soluções pela criatividade e neste caso pela criatividade literária. ”A obra vencedora, anunciada esta terça-feira de manhã, foi escolhida por um júri que incluiu também os escritores Nuno Júdice, Pepetela e José Castello, e ainda José Carlos Seabra Pereira, da Universidade de Coimbra, Lourenço do Rosário, reitor do Instituto Superior Politécnico e Universitário de Maputo, e Rita Chaves, da Universidade de São Paulo. O poeta Nuno Júdice disse que destacaria em primeiro lugar “a qualidade da escrita” na obra da premiada. “A coerência com que a história de uma família de Estremoz é narrada desde o século XIX até este século sem seguir o cânone do romance realista do século XIX. ” Retrata a realidade, pouco conhecida, da emigração para África muito antes da guerra colonial. "É uma visão muito inovadora da nossa história com pouco mais de um século. "Com cerca de 300 páginas, é um romance contado a várias vozes, com personagens femininas muito fortes, em que o ponto de vista da história se vai alterando. Júdice, tal como Alegre, explicou que não se trata de uma narração simples, mas de um romance em que por vezes encontramos documentos visuais que nos permitem ver melhor o que foi essa época: “Junta fotografia com ficção. ”A força do livro está para o crítico literário brasileiro José Castello, que também fez parte do júri, “na insatisfação” que gera a escrita de Gabriela Ruivo Trindade. “É uma escrita polifónica. Uma escrita que mistura fotografia, árvore genealógica, é uma escrita inquieta”, disse Castello ao PÚBLICO. “Muitas vezes existem livros bem narrados, bem organizados mas escritos com medo. Escritos dentro de modelos clássicos, repetitivos. E esse livro, mal você começa a ler começa a descobrir que está entrando num terreno que nunca pisou. "Para o crítico, "essa aposta numa escrita muito original, num olhar original sobre o mundo me parece que foi o motivo mais forte para premiar esse livro”. O romance tem “um entrelaçamento de histórias” mas “o principal são as vozes”. “Você nunca sabe direito os limites de fantasia e de realidade. É um livro muito interessante, só lendo mesmo para poder entender”, acrescentou. Segundo o grupo Leya, esta foi, até agora, a edição “mais concorrida e internacional” do prémio, com 491 originais oriundos de 14 países. Instituído em 2008 com o objectivo de distinguir anualmente um romance inédito escrito em língua portuguesa, o prémio foi nesse ano atribuído ao livro O Rastro do Jaguar, do jornalista e ficcionista brasileiro Murilo Carvalho. No ano seguinte venceu o escritor e historiador moçambicano João Paulo Borges Coelho, com o romance O Olho de Hertzog, e em 2010 o júri, também então presidido por Manuel Alegre, decidiu não atribuir o prémio, entendendo que nenhum dos originais recebidos tinha qualidade para o receber. Nos últimos dois anos, o Prémio Leya ficou em Portugal: em 2011 recebeu-o João Ricardo Pedro, com O Teu Rosto Será o Último, e ano passado foi a vez de Nuno Camarneiro, com o romance Debaixo de Algum Céu.
REFERÊNCIAS:
Nos últimos dez anos, foram certificados mais de 2200 arquitectos portugueses para trabalhar no estrangeiro
Números são "indicadores de um fenómeno” de emigração no sector, diz fonte da Ordem dos Arquitectos (...)

Nos últimos dez anos, foram certificados mais de 2200 arquitectos portugueses para trabalhar no estrangeiro
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 9 | Sentimento -0.12
DATA: 2013-10-15 | Jornal Público
SUMÁRIO: Números são "indicadores de um fenómeno” de emigração no sector, diz fonte da Ordem dos Arquitectos
TEXTO: A Ordem dos Arquitectos certificou 2221 arquitectos portugueses para trabalharem no estrangeiro, na última década, pedidos que aumentaram muito nos últimos três anos, com destino, sobretudo, para o Reino Unido, Brasil e Angola. Contactada pela agência Lusa, fonte do gabinete de comunicação da OA ressalvou que “os dados não correspondem ao número de arquitectos que, de facto, trabalham no estrangeiro, e cujo número global a Ordem não tem forma de contabilizar”. Segundo Margarida Portugal, do gabinete de comunicação da OA, “os números dos certificados são apenas indicadores de um fenómeno” de emigração no sector, que esta entidade sabe ser “mais lato do que esses números permitem perceber”. “Há um número indeterminado de arquitectos portugueses que se ausenta do país e não pede à OA o certificado”, acrescentou Margarida Portugal. “Esse certificado é essencial para quem pretende assinar projectos. Há portanto arquitectos que estão a trabalhar fora de Portugal mas não assinam projectos. Não há forma de saber quantos são. ”Em Julho deste ano, no seu 13. º congresso, a OA debateu os problemas que os profissionais do sector têm enfrentado no país, onde o mercado de trabalho está em queda. Esta terça-feira foi também lançada a campanha Trabalhar com Arquitectos, uma iniciativa que visa sensibilizar a opinião pública para a profissão e a sua importância nas cidades. No quadro publicado na página da Internet sobre os certificados passados, está contabilizado o número de arquitectos que pediu certificados à Ordem entre 2003 e Setembro de 2013 e, para cada ano, os três principais países de destino. Em 2003, a OA passou 65 certificados a arquitectos que pretendiam trabalhar fora de Portugal, número que passou para 415 em 2013 (passados até Setembro). Apesar da enorme variação, o universo destes profissionais também aumentou muito nos últimos anos da última década, e actualmente situa-se nos 16. 804 arquitectos a nível nacional, ainda segundo os últimos dados da OA. Entre 2006 e 2008, verificou-se um grande aumento de pedidos de certificados - para 240 -, baixou depois para 160 e 173, em 2009 e 2010, mas viria novamente a subir em 2011, para 297, e em 2012, para 460 pedidos. Quanto aos países de destino preferidos, entre 2003 e 2006, a Espanha aparecia em primeiro lugar, seguida do Reino Unido, de Angola e Cabo Verde; em 2007 e 2008, foi o Reino Unido a liderar, e, em 2009, Angola. Em 2010, o Reino Unido voltou ao primeiro lugar, foi ultrapassado em 2011 pelo Brasil, mas voltou a dominar em 2012 e em 2013, seguido pelo Brasil, Espanha e Angola, que, nestes dois anos, alternaram posições entre si.
REFERÊNCIAS:
Tempo Julho Setembro
Manifestações em Moscovo e São Petersburgo em defesa da “alma russa”
Discurso anti-imigração ganha várias frentes na Rússia (...)

Manifestações em Moscovo e São Petersburgo em defesa da “alma russa”
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 9 | Sentimento 0.0
DATA: 2013-11-04 | Jornal Público
SUMÁRIO: Discurso anti-imigração ganha várias frentes na Rússia
TEXTO: Dez mil pessoas atravessaram o bairro moscovita de Lioblino em defesa da “alma russa”, um velho conceito que está a unir facções que até aqui eram vistas como inconciliáveis. A manifestação de Moscovo foi convocada pelo movimento ultranacionalista Os Russos, de Dmitri Demochkine. A data foi bem escolhida: esta segunda-feira celebra-se na Rússia o Dia da Unidade Nacional, uma celebração instituída em 2005 por Vladimir Putin, o actual Presidente. Demochkine chamou à manifestação em Moscovo “Marcha Russa” e as que deveriam realizar-se por todo o país também adoptaram o mesmo nome – houve desfiles em São Petersburgo e em algumas zonas da Sibéria, segundo relata a AFP. O próprio Putin participou num acto público neste Dia da Unidade Nacional – visitou uma exposição em São Petersburgo sobre os Romanov, a família imperial morta pelos revolucionários soviéticos. A oposição acusou o Presidente de estar, ele próprio, a entrar num caminho nacionalista extremado e de apelar a um sentimento antigo e abstracto – a alma russa pré-soviética – para justificar a forma como exerce o poder. Uma ideia que também está no discurso dos ultranacionalistas que convocaram a marcha de Lioblino. Estes não têm pudor (porque não exercem qualquer tipo de poder e assim apelam a uma opinião pública cada vez mais radical) em declarar que a Rússia tem inimigos e que esses inimigos são os imigrantes. Sobretudo os imigrantes das antigas repúblicas soviéticas muçulmanas do Cáucaso e da Ásia Central. As manifestações ultranacionalistas tiveram lugar três semanas depois de dias de tensão em Moscovo devido à morte de um russo, tudo indica que assassinado por um imigrante do Azerbaijão. A esta corrente nacionalista e ultranacionalista que cresce na Rússia de São Petesburgo à Sibéria – de um lado ao outro do país – junte-se um terceiro protagonista, Alexeï Navalni, que pediu aos seus apoiantes que participassem nas Marchas Russas. Navalni é, neste momento, a figura mais conhecida da oposição e conseguiu 27% dos votos nas recentes eleições para presidente da Câmara de Moscovo. Começou a carreira política como blogger, denunciando a corrupção e fixando Putin como o seu grande inimigo. A xenofobia e os valores nacionalistas fazem parte do seu discurso político-social. “Esta decisão foi muito difícil de tomar e sei que vai provocar muitas críticas”, disse Navalni, explicando que aderiu à manifestação para não dar motivos aos ultranacionalistas e ao Kremlin para o desacreditar – para não o poderem classificar de “não-russo”. Quando se candidatou a presidente da Câmara de Moscovo escreveu uma carta aberta ao seu opositor, Sergei Sobianin, com a sua visão da Rússia, e os analistas ocidentais depararam com um discurso xenófobo e nacionalista. Advertia, por exemplo, sobre a presença na cidade de imigrantes uzbeques, azeris e de outras áreas do Cáucaso e da Ásia Central. Na mesma altura, numa entrevista à Rádio Europa Livre, disse ter uma “agenda realista” para desenvolver políticas destinadas a evitar o conflito étnico, sendo um ponto importante do seu programa o combate à imigração ilegal e às gangues do Norte do Cáucaso. Entre os dez mil manifestantes do bairro Lioblino estiveram, assim, pessoas motivadas por muitas agendas (dos ultranacionalistas, que foram a maioria, do Kremlin, de Navalni). Por um momento, estiveram unidos por uma ideia de ser russo, como provaram os cartazes e as bandeiras – foram usados panos com as cores imperiais (preto, amarelo e branco) – e frases como “Primeiro uma mesquita, a seguir uma jihad”.
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Partidos LIVRE
Depois da troika, a prioridade é crescer. Mas será possível?
Três anos de ajustamento e reformas estruturais, mas ainda não é certo que a economia vá crescer mais do que antes da crise. Queda do investimento, emigração e Estado menos qualificado podem reduzir potencial de crescimento. (...)

Depois da troika, a prioridade é crescer. Mas será possível?
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 9 | Sentimento 0.0
DATA: 2014-05-17 | Jornal Público
SUMÁRIO: Três anos de ajustamento e reformas estruturais, mas ainda não é certo que a economia vá crescer mais do que antes da crise. Queda do investimento, emigração e Estado menos qualificado podem reduzir potencial de crescimento.
TEXTO: A apenas dois dias da data marcada para a saída da troika, e depois de três trimestres consecutivos de crescimento positivo, o INE anunciou que a economia portuguesa voltou a cair durante os primeiros três meses deste ano. O resultado, em contracorrente com o ambiente mais positivo no país, serve como um aviso de que o caminho para uma retoma sustentada da economia ainda está, no final de três anos que o Governo e a troika dizem ter sido de ajustamento e de reformas estruturais, muito longe de estar terminado. Entre o segundo trimestre de 2011 (quando a troika chegou a Portugal) e o primeiro trimestre de 2014 (os últimos dados disponíveis), a economia portuguesa registou uma queda acumulada de 5%. As medidas de austeridade que retiraram rendimentos às famílias levaram a uma diminuição inédita do consumo privado de 7, 1%. As expectativas mais negativas de vendas e o aperto do crédito levaram o investimento a afundar-se em 19, 2%. Salvaram-se as exportações, que cresceram 12, 2% durante o mesmo período, com as empresas a virarem-se para o estrangeiro numa tentativa de compensar o colapso que se verificava na procura interna. A queda da economia foi muito maior que o previsto no plano inicial da troika. O problema, veio a admitir mais tarde o FMI, é que o impacto negativo das medidas de austeridade na economia foi mais forte do que se tinha pensado. O balanço final acabou por ser menos negativo porque, a partir do segundo trimestre de 2013, a economia saiu de um período de dez trimestres consecutivos de recessão técnica e voltou a crescer. Em nove meses recuperou-se 2% do PIB, em parte devido a um alívio da austeridade trazido pela reposição dos subsídios dos pensionistas e dos funcionários públicos. Retoma interrompidaEssa retoma, entretanto interrompida pelo descida de 0, 7% no primeiro trimestre deste ano, não chegou, no entanto, para apagar a dúvida sobre se a economia estará preparada para crescer de forma sustentada. É que o crescimento obtido foi mais graças à subida do consumo e do investimento do que à procura externa, não concretizando o modelo baseado nas exportações que é considerado saudável para o país. Uma preocupação acentuada com o facto de as exportações terem fraquejado ainda mais no início deste ano, afectadas pela interrupção da produção de uma refinaria da Galp. É por isso que, ao fim de três anos de programa da troika, a questão se coloca: terá Portugal melhores condições para crescer agora do que tinha antes da crise?A pergunta – cuja resposta é decisiva para saber o que irá acontecer em termos económicos, sociais e políticos em Portugal nos próximos anos – é em primeiro lugar colocada pelos próprios membros da troika. Em especial, o FMI tem afirmado nos últimos relatórios sobre Portugal que as reformas estruturais ainda não estão a produzir os resultados desejados e que é preciso ir mais longe nos mercados laborais e de produtos para garantir que a economia vai crescer mais. Uma maior flexibilidade para baixar salários, que reduza os custos das empresas, é recomendada. A Comissão Europeia é menos directa, mas apresenta estimativas para o crescimento potencial da economia que falam por si. Depois de valores acima de 4% nos anos 70, 3% nos anos 80 e 90 e 1, 5% na primeira década do novo milénio, a economia está agora com um potencial de variação do PIB de -0, 3%. Governo convicto nas reformasDo lado do Governo, a resposta a estas dúvidas é a convicção de que o impacto das reformas estruturais feitas nos últimos anos será muito positivo num futuro próximo. Alterações na legislação laboral, maior produtividade no Estado, redução dos custos da energia, tudo são medidas que o Executivo diz que irão garantir mais crescimento em Portugal. Mais ajustamentos nos salários não são precisos, assegura o Governo. Alguns economistas acreditam. Numa nota de research publicada este mês, o banco norte-americano Morgan Stanley afirma que “Portugal será provavelmente uma das economias que neste ano mais crescerão na zona euro, depois da Irlanda, Alemanha e Bélgica”, devido principalmente às “reformas estruturais que estão a acontecer”, que conseguiram atingir uma “massa crítica” significativa. Outros têm mais dúvidas. A OCDE calcula que durante a próxima década e meia, o crescimento potencial da economia não passará de 1, 4% ao ano, menos do que a média dos 30 países pertencentes à organização. Ricardo Paes Mamede, professor de Economia Política no ISCTE, acredita que a questão está numa identificação errada daquilo que está a condicionar o crescimento do país. Não é um problema de custos, mas sim de competências tecnológicas e organizacionais, afirma. “Deste ponto de vista, os últimos três anos não auguram muito de bom. A queda substancial do investimento privado (incluindo em inovação), a falência de empresas (não apenas de construção, mas também de sectores mais avançados da indústria e dos serviços) e a emigração de pessoas qualificadas que se verificaram nos últimos anos reduziram o nosso potencial de crescimento”, defende o economista, que teme ainda efeitos negativos para o capital humano do desemprego de longa duração e da regressão do investimento em educação e formação. “Se a isto juntarmos o endividamento e a descapitalização das empresas portuguesas, não vejo, de facto, que estejamos em condições de crescer na próxima década a um ritmo superior ao que crescemos na década anterior à chegada da troika”, afirma.
REFERÊNCIAS:
Entidades TROIKA FMI OCDE
Um velho erro
As dezenas de milhares de emigrantes “qualificados” de hoje são o equivalente aos meninos de 1870. (...)

Um velho erro
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 9 | Sentimento 0.1
DATA: 2014-07-25 | Jornal Público
SUMÁRIO: As dezenas de milhares de emigrantes “qualificados” de hoje são o equivalente aos meninos de 1870.
TEXTO: Desde quase há dois séculos que vários Governos decretaram a educação gratuita e universal e, às vezes mesmo, também obrigatória. Este preceito piedoso nunca se chegou a cumprir. Por uma razão muito simples: saber ler, escrever e contar não ajudava a população rural; e a escola diminuía ou anulava o valor económico dos filhos, que sempre serviam para guardar o gado ou malhar o trigo. De resto, como é notório, na Europa nenhum país se esforçou por alfabetizar os seus súbditos (tirando a França, só existiam monarquias), pensando no que hoje se chama “crescimento”. Os protestantes queriam que as criancinhas conhecessem a Bíblia; os jacobinos queriam combater a “superstição” católica; e todos queriam reforçar a unidade da nação e o nacionalismo, no clima de conflito em que se vivia. Por aqui, as coisas foram bem diferentes. Uma parte, embora pequena, da “inteligência” e do Estado, que o iluminismo e, a seguir, o liberalismo influenciou, achava que a educação iria salvar Portugal de um “atraso” insuportável e ridículo. Além disso, a escola e os professores não custavam caro e, gastando dinheiro em tanta obra inútil ou nociva, os Governos, por uma questão de prestígio, não se importavam de fazer aqui o que se fazia lá fora. Não admira que no fim do século XIX o positivismo (na versão corrigida de Littré) se tornasse a ideologia preferida do “progressismo” dinástico e, depois, da República: bastava, segundo essa receita, que os portugueses passassem da fase “metafísica” para a fase “positiva”, para que chovessem sobre eles prosperidades sem número, para espanto e reverência do mundo inteiro. Ainda anteontem, na televisão, o professor Marçal Grilo, antigo ministro, mostrou como o erro pode perdurar, com a frescura de uma ideia nova. Marçal Grilo, como de resto o esclarecido António Costa, veio pela enésima vez comunicar aos papalvos que o maior recurso de Portugal são as pessoas. Evidentemente com a condição de que o Estado as “forme” ou “eduque”. Esta escola de pensamento não conseguiu até agora perceber (e nunca perceberá) que as dezenas de milhares de emigrantes “qualificados” de hoje são o equivalente aos meninos de 1870, que os pais sensatamente guardavam em casa. Uma espécie de beato como Marçal Grilo não se rala com certeza com o capital, a justiça, a fiscalidade e a reorganização do Estado de que a educação precisa para ser de alguma utilidade aos portugueses. Mas que António Costa partilhe com amor esse velho erro não o recomenda a ninguém.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave escola educação espécie
Portugal perdeu quase meio milhão de jovens na última década
População até aos 30 anos representa um terço dos desempregados e metade dos emigrantes permanentes do país, revela INE na véspera do Dia Internacional da Juventude. (...)

Portugal perdeu quase meio milhão de jovens na última década
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 9 | Sentimento -0.02
DATA: 2014-08-11 | Jornal Público
SUMÁRIO: População até aos 30 anos representa um terço dos desempregados e metade dos emigrantes permanentes do país, revela INE na véspera do Dia Internacional da Juventude.
TEXTO: A proporção de jovens na população nacional nunca foi tão pequena desde que há estatísticas. Os habitantes entre os 15 e os 29 anos valem apenas 17% do total do país, fruto da perda de quase meio milhão de pessoas desta faixa etária ao longo da última década. Os dados são divulgados nesta segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), fazendo parte de um retrato feito com base em estatísticas oficiais e outros indicadores, na véspera do Dia Internacional da Juventude. Esta geração representa hoje cerca de um terço dos desempregados e metade dos emigrantes permanentes. Em 2011 residiam em Portugal 1, 8 milhões de jovens, menos quase meio milhão do que em 2001. Este número equivale a um decréscimo de 21, 4% desta população, que nunca esteve tão pouco representada na pirâmide etária nacional. Se, em 1960, as pessoas entre os 15 e os 29 anos eram 23, 9% dos residentes — um número que se manteve praticamente estável até 2001 —, hoje valem apenas 17, 1%, menos de um quinto da população. “A diminuição do número de jovens é um dos indicadores do fenómeno do envelhecimento que atinge a população portuguesa e reflecte a redução continuada do número de nascimentos verificada em Portugal”, sublinha o INE na publicação divulgada esta segunda-feira no seu portal da Internet. Entre 2001 e 2011, este fenómeno foi transversal a todo o país. Só em seis concelhos o número de jovens aumentou neste período: Santa Cruz (Madeira), Montijo, Albufeira, Mafra, Ribeira Grande e Lagos. Antecipando o Dia Internacional da Juventude, que se assinala nesta terça-feira, o INE divulgou um documento em que agrega indicadores referentes à população entre os 15 e os 29 anos, tendo por base os Censos de 2011 e outras estatísticas que foram sendo compiladas ao longo dos últimos anos. Os números mostram um peso significativo dos jovens entre o contingente de desempregados e de emigrantes do país. Segundo o INE, em 2012 emigraram 53 mil jovens de Portugal. Destes, cerca de 26 mil fizeram-no de forma permanente, o que representa metade do total de emigrantes permanentes do país. A relevância dos jovens neste contingente de migrantes aumentou 14, 5 pontos percentuais face ao ano anterior. No mesmo período houve ainda 27 mil jovens que emigraram de forma temporária (39% do total nacional). Esta geração representa 32% dos desempregados em Portugal. Na população empregada, a participação deste grupo etário é bastante mais reduzida, representando apenas 15, 5% do total. Assim, a taxa de desemprego dos jovens dos 15 aos 29 anos é de 26, 3%, quase o dobro da taxa de desemprego total (14, 8%). Jovens ganham cada vez menosAinda no mercado de trabalho, o INE mostra como os jovens ganham cada vez menos em comparação com outros grupos etários, quando trabalham por conta de outrem. O rendimento salarial médio mensal líquido da actividade principal dos jovens trabalhadores foi, em média, entre 2011 e 2013, inferior em 23, 2% ao da generalidade dos trabalhadores por conta de outrem. Enquanto a população com menos de 30 anos ganha 622 euros, os colegas mais velhos recebem 810. “Esta diferença tem vindo a agravar-se sucessivamente desde 2002”, sublinha o relatório do INE. Há uma década, a diferença salarial média era de apenas 13, 5%. As dificuldades de acesso ao mercado de trabalho e as desigualdades para aqueles que conseguem ter emprego contribuem, em parte, para outra realidade sublinhada pelas estatísticas oficiais: um quarto da população entre os 16 e os 24 anos encontra-se em risco de pobreza. De acordo com o INE, cerca de 25, 6% dos jovens desta faixa etária residia em agregados familiares com um rendimento abaixo da linha de pobreza. O retrato dos jovens traçado pelo INE destaca outros indicadores para esta geração, como um aumento dos níveis de qualificação — a percentagem de jovens com curso superior passou de 8, 3%, em 2001, para 14, 9%, em 2011 —, de utilização do computador e Internet (98%) e de conhecimentos em línguas estrangeiras (80% conhece pelo menos um outro idioma além do português). Os jovens também casam cada vez mais tarde e aumentou o número dos que vivem com os pais até aos 30 anos: em 2011, 68, 3% residia com pelo menos um dos pais, ao passo que 21, 5% tinha constituído a sua própria família.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave pobreza desemprego
Portugal envia fatos e medicamentos para Moçambique e Guiné-Bissau para prevenção do ébola
O ministro da Saúde adiantou que no Conselho de Ministros se abordou o tema do ébola, mas para já, em relação aos portugueses emigrantes, a aposta passa pela prevenção e informação junto de algumas embaixadas. (...)

Portugal envia fatos e medicamentos para Moçambique e Guiné-Bissau para prevenção do ébola
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 9 | Sentimento 0.0
DATA: 2014-08-14 | Jornal Público
SUMÁRIO: O ministro da Saúde adiantou que no Conselho de Ministros se abordou o tema do ébola, mas para já, em relação aos portugueses emigrantes, a aposta passa pela prevenção e informação junto de algumas embaixadas.
TEXTO: O Governo português vai enviar, “dentro de horas”, dez toneladas de medicamentos para a Guiné-Bissau. E para Moçambique seguem 20 fatos de protecção que os profissionais de saúde devem usar se estiverem em contacto com alguém infectado com o vírus do ébola. A informação foi adiantada nesta quinta-feira pelo director-geral de Saúde, Francisco George. São medidas tomadas numa fase de prevenção, uma vez que nenhum destes países tem ainda qualquer caso de infecção. "Esta aquisição foi feita no quadro do dispositivo de coordenação que inclui o INEM, a Direcção-Geral de Saúde, os hospitais e neste caso concreto o Ministério dos Negócios Estrangeiros, uma vez que os equipamentos seguem por mala diplomática", disse Francisco George. Os equipamentos que seguem para Moçambique são os fatos de protecção especial, incluindo viseiras e botas, que devem ser usados pelos profissionais de saúde para evitar o contágio. Cada equipamento pesa quatro quilos. Os medicamentos que serão enviados para a Guiné-Bissau “estão a ser recolhidos pelo Infarmed e seguirão 10 toneladas nas próximas horas”, segundo Francisco George, Cabo Verde pediu apenas “apoio no sentido do acesso às orientações e protocolos acordados em Portugal”, isto é, “orientação técnica” para lidar com a situação. Foram as autoridades de Moçambique, Guiné-Bissau e Cabo Verde que pediram ajuda e, por isso, foram accionados os “mecanismos de cooperação pró-activa”, no âmbito da prevenção e do controlo da epidemia do ébola, explicou o director-geral da Saúde. Também esta manhã, e no final de uma simulação de chegada de um doente com ébola que decorreu no aeródromo de Cascais, o ministro da Saúde, Paulo Macedo, adiantou que no Conselho de Ministros se falou sobre o tema do ébola, mas para já, em relação aos portugueses emigrantes, a aposta passa sobretudo pela prevenção e informação junto de algumas embaixadas.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave ajuda