Sonda chinesa prepara-se para pousar na face oculta da Lua
Ainda não se sabe o dia exacto, mas espera-se que a alunagem se realize em Janeiro. (...)

Sonda chinesa prepara-se para pousar na face oculta da Lua
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 9 | Sentimento -0.08
DATA: 2018-12-31 | Jornal Público
SUMÁRIO: Ainda não se sabe o dia exacto, mas espera-se que a alunagem se realize em Janeiro.
TEXTO: Nos primeiros dias de 2019, a sonda chinesa Chang’e-4 pousará no lado oculto da Lua. É a primeira vez que uma sonda alunará nesta zona do satélite natural da Terra. Lançada a 12 de Dezembro, esta sonda da agência espacial chinesa começou a orbitar a Lua a 14 de Dezembro. Prevê-se agora que o seu módulo de aterragem e veículo espacial cheguem ao solo do nosso satélite ainda em Janeiro e que o façam na cratera de Von Kármán. Com 186 quilómetros de diâmetro, esta cratera de impacto está localizada no hemisfério sul do lado oculto da Lua. Até agora, nenhuma sonda aterrou neste lado da Lua devido a dificuldades técnicas. Para contornar o problema, em Maio deste ano a China enviou o satélite Queqiao, que entrou em órbita da Lua em Junho e ficou a uma distância entre 65 mil e 80 mil quilómetros do nosso satélite natural. “O satélite vai receber as instruções da base aeroespacial na Terra para as encaminhar até à sonda e ao veículo espacial. Depois, comunicará de volta os dados para a Terra”, explica-se no jornal espanhol El País. O objectivo da missão é conhecer melhor a história e geologia deste lado da Lua. E a cratera de Von Kármán é particularmente interessante para os cientistas porque se localiza numa zona de impacto com milhões de anos. “A Chang’e-4 validará mais tecnologias de aterragem e melhorará as operações dos robôs e de comunicações mais complexas”, disse Bernard Foing, director do grupo de trabalho de exploração lunar da Agência Espacial Europeia, ao site SpaceNews. James Head, cientista planetário da Universidade Brown (Estados Unidos), em declarações ao mesmo site, considera este feito (caso se realize) como “um passo absolutamente significativo”. E adianta: “Ganhar segurança nas aterragens no lado oculto [da Lua] abre ‘outro continente’ para uma exploração plena, recolha de amostras e para resultados científicos fundamentais. ”Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. Resta saber agora quando aterrará a Chang’e-4. Se tudo acontecer como o lançamento da sonda em meados de Dezembro, há secretismo à volta da missão. Segundo o El País, só quatro horas antes do lançamento da Chang’e-4 houve uma confirmação de que tal aconteceria e surgiu da parte do Governo local de Xichang, onde está a base espacial. Além disso, foi o site da associação de astrónomos amadores de Yunnan, na China, que difundiu em streaming do lançamento. “As autoridades chinesas não negaram nem confirmaram o lançamento, que foi relatado por jornalistas chineses e especialistas em missões espaciais e em astrofísica”, refere o jornal espanhol, acrescentando que o lançamento foi confirmado quase uma hora depois pela cadeia estatal chinesa CGTN e pelo jornal diário chinês Global Times. A Chang’e-4 faz parte de uma família de outras quatro sondas, que deverá aumentar em 2019. Por exemplo, em 2013, a Chang’e 3 já tinha aterrado no lado visível da Lua. A China planeia enviar outra sonda para a Lua no próximo ano – a Chang’e 5 –, com o objectivo de recolher amostras do solo lunar e de as trazer para a Terra.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave chinês
EUA tentam repetir com a China o que fizeram ao Japão nos anos 80
A actual guerra comercial dos Estados Unidos com a nova potência comercial asiática replica as características do que se viveu há quase 40 anos, cujo desfecho pode ajudar a antecipar o que se irá passar no conflito com a China. (...)

EUA tentam repetir com a China o que fizeram ao Japão nos anos 80
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 9 | Sentimento -0.1
DATA: 2018-12-27 | Jornal Público
SUMÁRIO: A actual guerra comercial dos Estados Unidos com a nova potência comercial asiática replica as características do que se viveu há quase 40 anos, cujo desfecho pode ajudar a antecipar o que se irá passar no conflito com a China.
TEXTO: Há quase quatro décadas, a emergência de uma economia asiática - com uma indústria altamente competitiva, com marcas cada vez mais conhecidas em todo o mundo e com um excedente comercial nunca antes visto - fez soar os alarmes nos Estados Unidos, a até aí incontestada maior potência económica e mundial, e deu lugar um confronto económico e político entre as duas partes. Nessa altura, ao contrário do que acontece agora, essa economia asiática não era a China, era o Japão. Mas o desfecho desse conflito, claramente vencido pelos EUA, pode servir de pista para perceber o que pode vir a acontecer agora, no conflito comercial que actualmente assusta a economia mundial. Nos anos 1980, o Japão, com as suas marcas de produtos tecnológicos e de automóveis e conquistarem mercados em todo o mundo, começou a criar uma grande insatisfação nos Estados Unidos, o país onde estava a maior parte dos consumidores dos produtos exportados pelo Japão. Cada fábrica fechada e cada despedimento anunciado eram imediatamente relacionados com a ascensão do Japão como principal produtor de alguns dos novos equipamentos tecnológicos. E a forma como as empresas japonesas aproveitavam os seus lucros para, de uma forma bastante agressiva, investir nas grandes economias ocidentais aumentava ainda mais a percepção de se estar a desenrolar uma autêntica guerra comercial. A ideia que passou a ser dominante nos Estados Unidos era que a culpa deste desequilíbrio – que se expressava numa balança comercial cada vez mais deficitária para os EUA – era de uma política cambial nipónica que mantinha o iene subvalorizado, garantindo às exportações do país uma maior competitividade. Não é difícil encontrar nesta situação vários paralelos com o que acontece agora com a China. As exportações e os investimentos chineses têm vindo na últimas décadas, principalmente desde a entrada da China na Organização Mundial do Comércio, a ganhar um papel cada vez mais importante no globo. E, com o défice comercial a alargar-se e várias empresas a deslocalizarem as suas unidades industriais para o oriente, foram crescendo as acusações à política comercial da China. Este foi um dos temas principais da campanha eleitoral de Donald Trump que, desde que chegou à presidência, tem cumprido a sua promessa de confrontar a China, por via do aumento de taxas alfandegárias. Nos anos 1980, a resposta política nos Estados Unidos à emergência do Japão foi também muito forte. Com a indústria automóvel de Detroit e as empresas de electrónica da Califórnia a protestarem com a concorrência japonesa, tanto os Republicanos como os Democratas uniram-se nas críticas à política comercial japonesa, por causa do iene fraco e do que diziam ser as portas fechadas aos produtos americanos nos EUA. Em 1987, o Congresso norte-americano chegou mesmo a impedir a Toshiba de exportar mais produtos para os EUA (devido a uma acusação de venda de material para espionagem à União Soviética), ficando famosas as imagens de congressistas norte-americanos a destruírem com martelos um rádio Toshiba. No entanto, tinha já sido em Setembro de 1985, que a administração Reagan tinha garantido a sua principal vitória frente ao Japão, quando foi assinado (também com a participação da França, Alemanha e Reino Unido) um acordo comercial (conhecido como o acordo Plazza) que garantiu que o dólar não se iria continuar a apreciar nos mercados cambiais, retirando competitividade aos produtos norte-americanos. Vários economistas defendem que foi esse acordo que, penalizando as exportações japonesas de forma abrupta, conduziu a políticas monetárias erradas e que acabou por, com o rebentar da bolha imobiliária no início dos anos 90, levar o país asiático à deflação e recessão da década seguinte. O Japão não deixou de ser uma economia importante, mas esta guerra comercial acabou por perdê-la com os EUA. Agora, são também evidentes as dificuldades que a China está a ter, perante a estratégia agressiva de Trump, para contrariar os trunfos poderosos com que os EUA contam neste tipo de conflito. Os consumidores norte-americanos são demasiado importantes para as empresas chinesas para que Pequim possa pura e simplesmente não dar importância ao risco de os perder. E por isso, quando Donald Trump sobe as taxas alfandegárias de produtos chineses (já o fez por duas ocasiões), a China tem revelado uma crescente dificuldade em responder na mesma moeda. No passado dia 1 de Dezembro, Xi Jinping e Donald Trump assinaram uma trégua de três meses, com o objectivo de chegar a um acordo que impeça a escalada do conflito comercial. E nas últimas semanas tem sido evidente o esforço de Pequim para que tudo corra bem, anunciando publicamente todos os passos que está a dar para cumprir os compromissos assumidos com os EUA. Isto pode dar a indicação de que, mais uma vez, os EUA têm o ascendente na negociação. Uma coisa é certa, os responsáveis políticos chineses têm bem noção daquilo que aconteceu ao Japão há 40 anos. No passado mês de Outubro, a Bloomberg escrevia que, num recente encontro entre responsáveis chineses e japoneses, os primeiros tinham pedido conselhos aos segundos sobre como lidar com os EUA numa negociação comercial. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. Há no entanto várias diferenças entre o Japão dos anos 1980 e a China actual, que podem tornar menos simples uma vitória norte-americana. A principal é que, ao contrário do Japão, que era apenas uma potência económica emergente, a China é uma superpotência emergente em diversos outros níveis para além do económico. O poder militar chinês e a forma metódica como tem vindo a desenvolver a sua influência geoestratégica trazem outras variáveis à negociação. Depois, a China tem outros argumentos a nível económico que o Japão não tinha, como o facto de várias empresas norte-americanas ou terem fábricas na China ou dependerem dos produtos baratos chineses para o seu próprio sucesso. Isto faz com que um aumento de taxas alfandegárias pelos EUA não tenha apenas um custo para a China, mas também para os próprios EUA. Por isso, apesar de no final de Fevereiro, com o fim do período de trégua, decisões importantes terem de ser tomadas, poucos são os que antevêem uma solução definitiva como a conseguida pelos EUA em 1985 com o Japão. Um cenário de uma guerra comercial prolongada é visto como uma forte possibilidade.
REFERÊNCIAS:
Entidades EUA
Marcelo e Xi querem aprofundar a relação política entre Portugal e a China
As relações entre os dois países “estão no melhor período da História”, afirmou o líder chinês, na sua primeira visita oficial a Portugal. Marcelo admitiu diferenças entre os dois países, mas encontrou áreas de convergência. (...)

Marcelo e Xi querem aprofundar a relação política entre Portugal e a China
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 9 | Sentimento 0.0
DATA: 2018-12-09 | Jornal Público
SUMÁRIO: As relações entre os dois países “estão no melhor período da História”, afirmou o líder chinês, na sua primeira visita oficial a Portugal. Marcelo admitiu diferenças entre os dois países, mas encontrou áreas de convergência.
TEXTO: O arranque da primeira visita oficial do Presidente chinês, Xi Jinping, iniciada esta terça-feira com um encontro com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, ficou marcado pela intenção declarada de aprofundar as relações políticas entre os dois países. Marcelo aceitou o convite do homólogo chinês e irá retribuir a visita em Abril do próximo ano. “Há cada vez mais pontes de convergência” entre Portugal e a China, afirmou Xi, numa curta declaração aos jornalistas no Palácio de Belém, sem direito a perguntas, depois de um encontro de uma hora com Marcelo. O Presidente chinês manifestou a intenção de “manter o contacto de alto nível, governamental, entre assembleias e partidos”. Os laços políticos têm também uma dimensão internacional. Referindo-se a Portugal como “um membro importante da União Europeia”, Xi disse que pretende “aprofundar a parceria estratégia entre a China e a UE”. “Vamos reforçar a colaboração nas organizações internacionais, tais como a ONU, para salvaguardar o multilateralismo e o comércio livre”, acrescentou ainda o Presidente chinês. Marcelo Rebelo de Sousa deu sinais que vão no mesmo sentido e desejou um “diálogo político regular e contínuo”. O Presidente português não deixou de referir que os dois países têm “instituições e aliados diferentes”, mas elencou as dimensões onde Portugal e a China podem estabelecer pontes. “Isso não nos impede de trabalharmos em conjunto para a valorização do papel do direito internacional, da Organização das Nações Unidas, nem de defender o multilateralismo, os direitos humanos, a resolução pacífica dos conflitos nem de apoiarmos o livre comércio e as pontes de entendimento entre Estados e povos, atentos ao ambiente e às alterações climáticas”, afirmou Marcelo. Depois de décadas de crescimento contínuo que transformaram a China numa potência económica, os líderes chineses apostam agora num aumento da sua influência global que espelhe a sua posição na economia mundial. Perante uma Administração norte-americana assumidamente isolacionista, Pequim tem feito uma defesa do multilateralismo e do comércio livre. Porém, o apoio chinês ao respeito pelas normas e pelo direito internacional esbarra com alguns aspectos da sua conduta, dos quais é exemplo a ocupação militar de rochedos e recifes no Mar do Sul da China, um território reivindicado por vários dos seus vizinhos. Outra das áreas que mais preocupam Pequim é o ambiente e, mais especificamente, a luta contra as alterações climáticas. A rápida industrialização da China deixou índices de poluição atmosférica preocupantes nas principais metrópoles do país e hoje o Governo de Xi Jinping tem como uma das suas prioridades o cumprimento das metas do Acordo de Paris, assinado em 2015 – a Administração de Donald Trump vai em sentido contrário e abandonou o tratado. Os laços entre a China e Portugal são, neste momento, essencialmente económicos. Desde a crise financeira europeia, os investimentos chineses em Portugal ascenderam aos nove mil milhões de euros e essa dimensão das relações entre os dois países terá continuidade. "Devemos fazer crescer e aperfeiçoar os projectos existentes, ampliar as trocas comerciais e criar mais pontos de crescimento", afirmou Xi. Marcelo disse, por sua vez, que “a cooperação económica e financeira é forte” e manifestou o desejo de que seja “sustentada no futuro”. Um dos pontos fortes desta relação será a inclusão de Portugal na “Belt and Road Initiative”, a ligação da China à Europa seguindo os moldes da antiga rota da seda e que é concretizada por centenas de projectos de investimento chinês e parcerias económicas em dezenas de países em todo o mundo. Para além de uma dimensão terrestre que atravessa o continente euroasiático, a visão chinesa de expansão económica – desde o último Congresso do Partido Comunista, inscrita até na Constituição – inclui também uma rota marítima que pretende ligar o Oceano Pacífico ao Atlântico. Os dois chefes de Estado assinaram um “memorando de entendimento” que estabelece a participação portuguesa neste projecto. Ainda não se sabe em que termos será desenvolvida esta cooperação, mas é conhecido o interesse chinês pela concessão do novo terminal no porto de Sines. Ao contrário do que fizeram outros países da Europa de Leste, que fazem parte integral da BRI, Portugal, tal como Espanha, fechou apenas um acordo de cooperação e não de integração. Para marcar o apoio de Lisboa ao projecto, Marcelo revelou ter aceitado o convite feito por Xi para participar na segunda edição do Fórum da BRI, em Abril do próximo ano, a que se juntará uma visita de Estado. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. Os dois países pretendem ainda reforçar as relações culturais. Os dois líderes referiram os 40 anos assinalados em 2019 do restabelecimento das relações diplomáticas. Xi disse ainda que irá “acelerar a construção de um centro de cultura chinesa em Lisboa” e que o trabalho dos Centros Confúcio em Portugal também será reforçado. As expectativas para o futuro das relações bilaterais são elevadas e foi o próprio Xi Jinping quem declarou que “a relação entre Portugal e a China está entrar no seu melhor período da História”. Marcelo terminou a sua intervenção com um pedido: “Sinta-se em casa, senhor Presidente Xi Jinping, tal como nós nos sentimos em casa na China há 500 anos. ”
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Partidos LIVRE
Quique Flores vai treinar chineses do Shanghai Shenhua
Antigo treinador do Benfica ruma à China. (...)

Quique Flores vai treinar chineses do Shanghai Shenhua
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 9 | Sentimento 0.0
DATA: 2018-12-27 | Jornal Público
SUMÁRIO: Antigo treinador do Benfica ruma à China.
TEXTO: O treinador espanhol de futebol Quique Flores, que já passou pelo Benfica, vai orientar os chineses do Shanghai Shenhua, anunciou hoje o clube da Superliga chinesa. O técnico, de 53 anos, estava sem clube desde o fim da época passada, quando terminou contrato com o Espanyol, e vai suceder a Wu Jingui, que levou o emblema de Xangai ao sétimo lugar do campeonato, vendido pelo Shangai SIPG, orientado por português Vítor Pereira. Além de Benfica, 2008/09, e Espanyol, Quique Flores já passou por outros seis clubes, casos de Getafe, Valencia, Atlético de Madrid, Al Ahli e el Al Ain, ambos dos Emirados Árabes Unidos, e o Watford. O Shanghai Shenhua conta com o colombiano Fredy Guarín, que já alinhou no FC Porto.
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Étnia Árabes
Os luxos do mundo automóvel abriram asas na Cidade dos Anjos
O Salão Automóvel de Los Angeles mostrou como o sector está vivo e como as marcas europeias e asiáticas estão decididas a conquistar os americanos. Para tal, levaram à Califórnia objectos de desejo, muita potência e propostas amigas do ambiente. (...)

Os luxos do mundo automóvel abriram asas na Cidade dos Anjos
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 9 | Sentimento 0.0
DATA: 2018-12-18 | Jornal Público
SUMÁRIO: O Salão Automóvel de Los Angeles mostrou como o sector está vivo e como as marcas europeias e asiáticas estão decididas a conquistar os americanos. Para tal, levaram à Califórnia objectos de desejo, muita potência e propostas amigas do ambiente.
TEXTO: Se a Califórnia fosse um país, seria a quinta maior economia do mundo, mais rica ainda que o Reino Unido, depois de, em 2017, ter registado, de acordo com o Departamento do Comércio norte-americano, um Produto Interno Bruto de mais de 2, 7 biliões de dólares (não se trata de uma gralha; o número tem efectivamente mais três zeros). E porquê começar um relato do Salão Automóvel de Los Angeles, que se realizou entre 28 de Novembro e 9 de Dezembro, desta forma? Porque só assim se percebe as razões que levaram emblemas premium europeus a escolherem esta pequena, mas ambiciosa, exposição para a revelação mundial de modelos que são verdadeiros luxos. À cabeça, esteve a Porsche, através da apresentação do tão esperado 992, a nova geração do icónico 911, que tem naquelas paragens um dos mercados de eleição, a absorver cerca de um terço da produção de Zuffenhausen. Afinal, como admitiria o presidente da direcção da marca alemã, Oliver Blume, “há décadas que a Califórnia é como que uma segunda casa para a Porsche”. Com direito a espaço quase exclusivo dentro do salão, que se dividia sobretudo por duas áreas e cuja curta dimensão contrastou com a quantidade de novidades por metro quadrado (muitas de interesse exclusivo do mercado americano, claro), a Porsche levou a Los Angeles a nata da nata: a oitava vida de um automóvel que, apesar da idade (o original foi lançado há 54 anos e há poucos modelos que se possam gabar de tal longevidade…), continua a somar fãs. Afinal, a imagem continua tão emocional como sempre. . . mesmo que a tecnologia, que lhe permite bons números de eficiência e uma boa performance ambiental, pareça desafiar as mentes mais puristas. No entanto, mesmo sendo o mais poupado e o menos poluente dos 911 até hoje, é o mais potente e veloz de sempre — a gama arranca com o S, servido por motor Boxer turbo de seis cilindros a debitar 450cv, que consegue atingir os 308 km/h (306, com tracção integral). Já a poupança, quer de combustível quer de emissões, foi obtida com um modo de injecção melhorado, uma diferente posição do turbocompressor e arrefecimento do ar de sobrealimentação. Entre as novidades que permitem um comportamento na estrada superior estão um modo Wet, de série, a aumentar a aderência em piso molhado, um assistente de visão nocturna com câmara termográfica (opcional) e uma conectividade que utiliza a inteligência de dados colectivos. Não descurando nos luxos, outro emblema alemão que guardou para a “Cidade do Anjos” estreias mundiais em grande foi a BMW, com não uma, mas duas revelações: o enorme X7 e o hedonista Série 8 Cabrio. O primeiro foi catalogado pela marca de Munique como um SAV, isto é, um sport activity vehicle que, apesar do visual que parece convidar a passeios off-road, não serve para grandes aventuras. Porém, oferece o glamour de poucos e potência a rodos: para a Europa, estão previstas três motorizações de seis cilindros em linha com 3, 0 litros: dois Diesel (xDrive30d com 265cv e M50d com 400cv) e o gasolina xDrive40i com 340cv. Todas disporão de tracção integral xDrive e caixa automática com conversor de binário de oito velocidades. Com sete lugares, este X7 apresenta-se sobretudo como “uma declaração da classe de luxo”, de “design purista e estilo atlético”. Outro exemplo de requinte do emblema bávaro é o novíssimo Série 8 Cabrio, cuja revelação mundial estava programada para Los Angeles, mas que provocou tal curiosidade entre o mundo automóvel (e consequentes fugas de informação) que a BMW acabaria por ceder em fornecer informação umas semanas antes. Ainda assim, foi pelo stand californiano que o automóvel se mostrou ao vivo e a cinza (mais precisamente a Cerium Grey), apenas alguns meses após o lançamento do Coupe. De acordo com Pieter Nota, membro do Conselho de Administração da BMW AG e responsável pela área de vendas, o Série 8 Cabrio “combina condução ultradesportiva com elegância de design e, claro, aquela sensação emocionante de ‘ar livre’”, com um tecto de abrir em tecido macio que pode ser aberto ou fechado em andamento, até 50 km/h: demora apenas 15 segundos. A habitabilidade é a de uma grande berlina, com lugar para quatro ocupantes, mas tudo neste descapotável inspira a que, ao contrário do que sucede com o Série 8, o proprietário assuma os comandos habitualmente a cargo de um motorista. É que o M850i xDrive assenta num oito cilindros em “V” TwinPower Turbo de 4, 4 litros com 530cv, que o lançam de 0 a 100 km/h em escassos 3, 8 segundos. E atenção aos amantes do modelo e fiéis à submarca M: todos os 8 terão uma versão trabalhada por esta divisão criada com o propósito original de criar carros de competição. O futuro é eléctrico?Não foram só propostas de roncos bem audíveis que estiveram em destaque por Los Angeles, capital do estado mais verde dos Estados Unidos. Os modelos movidos a electricidade também levaram a que alguns gigantes mundiais fizessem as malas rumo à soalheira urbe, por onde é muito comum avistar veículos zero emissões (ou quase) sem que a potência seja beliscada. Exemplo disso foi a germânica Audi que escolheu LA para revelar o seu concept e-tron GT, um coupé eléctrico que deverá ser comercializado em 2020 para reforçar a gama eléctrica da marca dos anéis, após os lançamentos do e-tron SUV e do e-tron Sportback. Com as dimensões típicas de um Grand Turismo, o e-tron GT, construído com uma mãozinha da Porsche, promete chegar com uma carroçaria extremamente leve, recorrendo a materiais como carbono ou alumínio. O sistema de propulsão, 100% eléctrico e assente em dois motores, cada qual no seu eixo, garante prestações de se lhe tirar o chapéu: com 590cv prevê uma aceleração em 3, 5 segundos. Já a autonomia rivaliza com os melhores eléctricos: cerca de 400 quilómetros. Dentro do mesmo grupo, também a Volkswagen surgiu com um novo fôlego, depois de ter dobrado o cabo das Tormentas nos últimos anos por terras do tio Sam, após a revelação da fraude com os gases poluentes (segundo a Reuters, só a retoma de cerca de 350 mil veículos representou, até ao início deste ano, um gasto de 7, 4 mil milhões de dólares). Assim, além de ter escolhido esta feira para exibir aquele que será o derradeiro Beetle, cuja produção será descontinuada já para o ano, aproveitou para noticiar que o futuro electrizante da icónica “Pão de Forma” já tem data: o ID Buzz Cargo entrará em produção em 2022 e a sua autonomia, dependendo do tamanho da bateria (e dos euros que se quiserem gastar), pode atingir os 550 quilómetros. Referência para a britânica Jaguar Land Rover, subsidiária da indiana Tata, que chegou a Los Angeles sem nenhuma revelação estrondosa. Mas nem por isso o aparato foi menor, ao ocupar uma parte central de um dos pavilhões, com o eléctrico I-Pace em destaque, e a mostrar o quão querido lhe é o mercado norte-americano. Já a Genebra, já fez saber, não vai. Já a Jeep, do grupo italo-americano FCA, a jogar naquela que é tradicionalmente a sua casa, revelou ao mundo o Gladiator, uma pick-up criada a partir do Wrangler. E desengane-se quem pensar que este é veículo para americano ver: a sua chegada à Europa está prevista para 2020. As propostas que vêm de OrienteSe a Europa se mostrou em força em Los Angeles, os concorrentes asiáticos não ficaram atrás. Para além da Mazda, que guardou a revelação do familiar 3 para este momento, apostando as suas fichas no facto de o carro ambicionar uma carreira global, ao mesmo tempo que piscou o olho ao cliente americano que não anda atrás de carros XXL, a conterrânea Toyota apostou em brilhar com a variante híbrida do Corolla. O automóvel japonês, que já carrega uma história de cinco décadas, foi um dos chamarizes de Paris, mas reservou para a Califórnia, onde tem um dos seus mercados de eleição para as suas experiências “verdes” (o Mirai, por exemplo, cuja mobilidade assenta no hidrogénio, nos EUA apenas é vendido neste estado), a versão híbrida: a proposta reúne o sistema HSD (Hybrid Synergy Drive) a um bloco térmico, a gasolina, de 1, 8 litros, para debitar um total de 121cv. Quanto à habitabilidade, nada a temer: a marca garante que a inclusão do engenho eléctrico e das baterias não interferirá com o espaço para os ocupantes e bagagens. Outras novidades do país do sol nascente chegaram via Honda, que estreou o regresso do Passport, um SUV destinado aos EUA, e Nissan, com a nova geração do Maxima, também orientado para o mercado norte-americano. Ainda a marcar o ritmo das marcas asiáticas estiveram as sul-coreanas Hyundai e Kia. A primeira, com o novo Palisade, um SUV de oito lugares bem ao gosto da América; a segunda, com a nova geração do Soul, um modelo que tem feito uma boa carreira do lado de lá do Atlântico, mas que continua num lugar de destaque entre a política europeia da marca. O lançamento por cá acontece já em 2019 e entre a gama deste irreverente crossover haverá uma opção eléctrica com uma autonomia de cerca 400 quilómetros. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. Mas, tal como a Porsche poderá calcular que pela Califórnia o 911 venderá qual pãezinhos quentes ou a Mazda reconhecer este como o palco ideal para lançar um modelo global, também a Kia parece estar consciente de que as preocupações ambientais locais, associadas à reputação obtida pelo modelo, pode resultar numa receita de sucesso. BMW Série 8 Cabrio; Série 8 Coupe; M340i Sedan; X5 Sport Activity; X7 Sport Activity; Z4 M40i Roadster BYTON K-Byte; M-Byte FIAT 500X HONDA Passport HYUNDAI Palisade JEEP Gladiator KIA Niro EV; Soul EV; Soul Crossover LEXUS LX Inspiration Series LINCOLN Aviator MASERATI Levante GTS MAZDA Mazda3 MERCEDES-BENZ AMG GT; AMG GT R PRO; GLE MINI Clubman Starlight Edition; Countryman Yin Yang Edition; John Cooper Works Knights Edition NISSAN Maxima; Murano PORSCHE 911; 911 GT2 RS Clubsport RIVIAN R1S; R1T Truck SLINGSHOT Grand Touring; S; SL; SLR SUBARU Crosstrek Hybrid TOYOTA Corolla Hybrid; Prius VOLKSWAGEN Beetle Final EditionA Fugas viajou a convite da Mazda Portugal
REFERÊNCIAS:
Avião do Presidente chinês teve escolta rara de F16 da Força Aérea. Veja as imagens
Espanha, que recebeu, Xi Jinping na semana passada, também fez o mesmo. Por cá, Obama e o Papa Francisco tiveram honras semelhantes (...)

Avião do Presidente chinês teve escolta rara de F16 da Força Aérea. Veja as imagens
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 9 | Sentimento 0.15
DATA: 2018-12-28 | Jornal Público
SUMÁRIO: Espanha, que recebeu, Xi Jinping na semana passada, também fez o mesmo. Por cá, Obama e o Papa Francisco tiveram honras semelhantes
TEXTO: O avião do Presidente chinês, Xi Jinping, foi escoltado por dois aviões caça F16 da Força Aérea Portuguesa desde o momento em que entrou no espaço aéreo de soberania até aterrar em Lisboa. Esta escolta foi solicitada pelo Protocolo de Estado, sob tutela do Ministério dos Negócios Estrangeiros, confirmou ao PÚBLICO a Força Aérea. Trata-se de um gesto de deferência para com o chefe de Estado e não uma questão de segurança. Portugal fez o mesmo com o Papa Francisco, quando visitou Fátima, em Maio do ano passado, e com o então Presidente dos EUA, Barack Obama, quando participou na Cimeira da NATO de Lisboa, em 2010. O Presidente de Angola, João Lourenço, que fez uma visita oficial a Portugal em Novembro não teve honras de F16. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. O vídeo que mostra a escolta foi divulgado pela agência de notícias estatal da China, minutos depois de Xi Jinping ter aterrado em Lisboa para uma visita de dois dias que começou pelo Mosteiro dos Jerónimos e um encontro com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa. Na semana passada, o Presidente da China visitou a Espanha, onde também teve direito a escolta aérea.
REFERÊNCIAS:
Entidades EUA NATO
Empresa chinesa de partilha de bicicletas Ofo em risco de falência
Empresa "unicórnio" entrou em Portugal há cerca de um ano. (...)

Empresa chinesa de partilha de bicicletas Ofo em risco de falência
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 9 | Sentimento 0.0
DATA: 2018-12-22 | Jornal Público
SUMÁRIO: Empresa "unicórnio" entrou em Portugal há cerca de um ano.
TEXTO: A empresa chinesa de partilha de bicicletas Ofo, que tem operação em Portugal, está com "imensos problemas" de liquidez e a considerar declarar insolvência, revelou hoje o fundador da empresa. "Os problemas de liquidez da empresa agravaram-se", escreveu Dai Wei, fundador da empresa, numa carta aos funcionários, citada pela imprensa. "Já pensei inúmeras vezes (. . . ) dissolver a empresa e declarar insolvência", afirmou. As firmas chinesas de partilha de bicicletas, incluindo a Ofo e a rival Mobike, revolucionaram nos últimos anos o transporte nas cidades do país, ao distribuir mais de 20 milhões de bicicletas. Fundada em 2014, a Ofo angariou já mais de 2, 2 mil milhões de dólares (1, 9 mil milhões de euros) junto dos investidores, e expandiu as suas operações além-fronteiras. A empresa entrou em Portugal em Outubro do ano passado, disponibilizando 50 bicicletas em Cascais. Na altura, este foi 16º mercado internacional, numa estratégia de rápido crescimento global, depois de Espanha (Madrid). De acordo com o gabinete de imprensa da Câmara de Cascais, a empresa já não está presente no concelho desde Abril/Maio, depois de não se ter integrado no sistema de mobilidade integrada da vila. “Houve um período de testes, mas não funcionou”, afirmou ao PÚBLICO o gabinete de imprensa. A ideia da empresa era expandir-se para locais como Lisboa, através também de bicicletas eléctricas, onde estava a começar a apostar. Poucos meses antes, em Julho, a empresa tinha feito uma ronda de financiamento através da qual angariou 700 milhões de dólares junto de investidores como o gigante chinês do comércio electrónico Alibaba. Em entrevista ao PÚBLICO, Zhang Yanqi, responsável de operações da empresa e um dos seus fundadores, garantiu na altura que o modelo de negócio era lucrativo, e que essa era uma razão para o sucesso junto dos investidores, com várias rondas de financiamento num curto espaço de tempo. Ao todo, tinha na altura uma frota própria de mais de 10 milhões de bicicletas espalhadas por 180 (com destaque para a China). A empresa é considerada uma startup "unicórnio", com avaliação superior a mil milhões de dólares, mas incapaz agora de cumprir com encargos mensais de 25 milhões de dólares (22 milhões de euros) em salários. "Durante este ano, sofremos imensos problemas de liquidez: devolver os depósitos aos usuários, pagar dívidas aos fornecedores. De forma a manter a empresa a funcionar, por cada renminbi [moeda chinesa] investido tínhamos que ganhar três", descreveu. As notícias sobre a debilidade da firma levaram milhões de utilizadores do aplicativo a pedir o reembolso dos seus depósitos, de 99 yuan (12, 5 euros), que a empresa está agora a tentar processar. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. Dai Wei atribuiu as dificuldades da empresa ao facto de "não ser capaz de avaliar correctamente as mudanças externas, a partir do ano passado". A rival Mobike foi comprada em Abril deste ano pela gigante chinesa de entrega de comida ao domicílio Meituan, por 3, 7 mil milhões de dólares (mais de 3, 2 mil milhões de euros), enquanto outro competidor, o Bluegogo, entrou em falência no ano passado, mas foi comprado pela empresa de transporte privado Didi Chuxing, a Uber chinesa. A Didi está também entre os investidores da Ofo. A Ofo está ainda sob pressão dos fornecedores: em Setembro, a empresa foi processada por um fabricante de bicicletas por falhar pagamentos superiores a 10 milhões de dólares.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave chinês
Novas taxas agravam tensão comercial entre EUA e China
Washington anuncia taxa adicional de 10% sobre mais produtos chineses. Pequim pede "regresso à racionalidade". (...)

Novas taxas agravam tensão comercial entre EUA e China
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 9 | Sentimento 0.136
DATA: 2018-07-22 | Jornal Público
SUMÁRIO: Washington anuncia taxa adicional de 10% sobre mais produtos chineses. Pequim pede "regresso à racionalidade".
TEXTO: O cenário de guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo, China e Estados Unidos, parece cada vez mais inevitável. O Presidente dos EUA, Donald Trump, ameaça agora cobrar mais direitos aduaneiros, com uma taxa adicional de 10% sobre um leque ainda mais vasto de produtos chineses, num valor total de mais de 200 mil milhões de dólares por ano (cerca de 170 mil milhões de euros). Pequim reage com dureza prometendo tomar “medidas quantitativas e qualitativas” contra o que qualifica como “uma pressão extrema" e "chantagem”. Trump promete agravar ainda mais a cobrança de direitos aduaneiros se a China retaliar, aplicando ainda mais taxas para cobrar 200 mil milhões de dólares em cima dos 200 mil milhões que pediu na segunda-feira à noite para serem identificados. Num comunicado emitido esta terça-feira, Trump insiste em definir a atitude da China como “inaceitável”, defendendo a aplicação de medidas para que a China “abra o mercado aos bens dos Estados Unidos e aceite uma relação comercial mais equilibrada”. O Presidente Trump ressalva que tem uma boa relação com o Presidente chinês, Xi Jinping, mas argumenta que não pode permitir que outros países se aproveitem dos EUA. Esta escalada de tensões já está a ter reflexos no mercado de acções: na China, a bolsa de Xangai caiu a pique, no valor mais baixo desde Junho de 2016; também as outras bolsas asiáticas estão em queda, registando os valores mais baixos dos últimos seis meses, avança a Bloomberg. O porta-voz do Governo chinês, Geng Shuang, pediu aos Estados Unidos na manhã desta terça-feira um "regresso à racionalidade", considerando que estas medidas prejudicam toda a gente: os Estados Unidos, a China, e o mundo. A taxa de 10% anunciada pelo Governo norte-americano soma-se à taxa anteriormente anunciada de 25%, aplicada sobretudo em bens industriais e agrícolas; agora, esta taxa é alargada a outros produtos, como brinquedos, ferramentas ou t-shirts. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. Foi na semana passada que a administração Trump deu a conhecer a aplicação de uma primeira taxa de 25% para arrecadar 50 mil milhões de dólares (43 mil milhões de euros). Um comunicado divulgado pela Casa Branca acusava a China de “roubo de propriedade intelectual”, justificando a imposição das taxas como uma forma de proteger a economia dos EUA, com base na ideia de que a China tem beneficiado de um desequilíbrio nas trocas comerciais – acusações que o porta-voz do Governo chinês diz serem “infundadas”. Pequim sempre garantiu que não iria assistir de forma impávida e que responderá sempre com taxas próprias sobre produtos norte-americanos. E respondeu ao anúncio da semana passada com a promessa de aplicação de uma taxa de 25% em produtos dos EUA, para arrecadar o mesmo montante de 50 mil milhões de dólares, incluindo produtos agrícolas e da indústria — foi em resposta a esta taxa chinesa que os Estados Unidos decidiram avançar com uma nova taxa. “Os Estados Unidos deram início a uma guerra comercial e infringiram as regulações do mercado”, lê-se numa nota do Ministério do Comércio chinês. Por outro lado, a administração Trump disse na segunda-feira que, com a retaliação, a China estava a “ameaçar as empresas, trabalhadores e agricultores norte-americanos que não fizeram nada de mal”.
REFERÊNCIAS:
Entidades EUA
Xi em Portugal: Pequim destaca cooperação com Lisboa em países terceiros
Lisboa tem insistido na inclusão de uma rota atlântica no projecto chinês Nova Rota da Seda, o que permitiria ao porto de Sines ligar as rotas do Extremo Oriente ao Oceano Atlântico, beneficiando do alargamento do canal do Panamá. (...)

Xi em Portugal: Pequim destaca cooperação com Lisboa em países terceiros
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 9 | Sentimento 0.0
DATA: 2018-11-24 | Jornal Público
SUMÁRIO: Lisboa tem insistido na inclusão de uma rota atlântica no projecto chinês Nova Rota da Seda, o que permitiria ao porto de Sines ligar as rotas do Extremo Oriente ao Oceano Atlântico, beneficiando do alargamento do canal do Panamá.
TEXTO: A China enalteceu a “cooperação activa” com Portugal em países terceiros, em África e na América Latina, nas vésperas da visita do Presidente Xi Jinping que tem como objectivo "levar a parceria estratégica para um novo nível". Xi Jinping vai estar em Portugal nos dias 4 e 5 de Dezembro. Trata-se da primeira visita oficial de um chefe de Estado chinês a Lisboa desde 2010, e acontece a três meses do 40. º aniversário do estabelecimento das relações diplomáticas entre Lisboa e Pequim. Numa conferência de imprensa nesta sexta-feira, o vice-ministro chinês dos Negócios Estrangeiros, Wang Chao, lembrou que Portugal e a China têm cooperado "a tivamente" na América Latina e África, através do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa, estabelecido em Macau em 2003. Portugal é um “membro importante” da União Europeia e tem "tradicionalmente influência" na América Latina e África, disse Wang Chao. O vice-ministro revelou que os líderes dos dois países vão "trocar opiniões" sobre as relações bilaterais, as relações entre a China e a UE e questões internacionais e regionais de "interesse comum". "O Presidente Xi, com os líderes portugueses, vai elevar para um novo nível o futuro desenvolvimento da Parceria Estratégica Global China e Portugal". Lembrando que as visitas de alto nível se intensificaram nos últimos anos, o vice-ministro chinês considerou que a cooperação nas áreas economia, comércio e cultura produziram "resultados frutíferos". "As duas partes responderam juntas à crise financeira e aos desafios internacionais; a cooperação no campo do investimento alcançou grandes progressos, com benefícios tangíveis para ambos os países", disse. Wang Chao lembrou que Portugal foi o primeiro país da UE com que a China estabeleceu uma "parceria azul". Os dois países assinaram, em 2017, um plano de acção, visando colaborarem na investigação e em projectos comerciais no âmbito da economia do mar. Wang Chao considerou ainda que Portugal tem "respondido positivamente" à iniciativa chinesa da Nova Rota da Seda, projecto de infraestruturas internacional que inclui a construção de uma malha ferroviária intercontinental, novos portos, aeroportos ou centrais eléctricas que se destinam a criar uma ligação entre a China e a Europa através da Ásia Central, África e Sudeste Asiático. Lisboa tem insistido na inclusão de uma rota atlântica no projecto chinês, o que permitiria ao porto de Sines ligar as rotas do Extremo Oriente ao Oceano Atlântico, beneficiando do alargamento do canal do Panamá. Wang Chao revelou que os dois países vão emitir um comunicado conjunto com os "resultados da visita e consensos importantes", e que serão assinados acordos de cooperação no domínio da cultura, educação, infraestruturas, tecnologia, recursos hídricos, finanças e energia. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. Desde a crise financeira global, em 2008, enquanto as economias desenvolvidas estagnaram, a China manteve altas taxas de crescimento económico, aumentando a quota no Produto Interno Bruto global de 6% para quase 16%. O país asiático tornou-se, no mesmo período, um dos principais investidores em Portugal, ao comprar participações em grandes empresas das áreas da energia, seguros, saúde e banca, enquanto centenas de particulares chineses compraram casa em Portugal à boleia dos vistos 'gold'. A delegação de Xi Jinping, que terá em Lisboa a sua última visita de Estado deste ano, inclui Yang Jiechi, membro do Gabinete Político do Comité Central do Partido Comunista Chinês, o ministro dos Negócios Estrangeiros e Conselheiro de Estado, Wang Yi, e o presidente da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma, o órgão máximo de planeamento económico do país, He Lifeng, disse à agência Lusa fonte do ministério chinês dos Negócios Estrangeiros.
REFERÊNCIAS:
Entidades UE
Vistos gold: investimento chinês cai, turco mais que duplica
O investimento turco através destes vistos aumentou 148% nos primeiros oito meses do ano, chegando aos 69,4 milhões de euros. (...)

Vistos gold: investimento chinês cai, turco mais que duplica
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 9 | Sentimento 0.25
DATA: 2018-10-06 | Jornal Público
SUMÁRIO: O investimento turco através destes vistos aumentou 148% nos primeiros oito meses do ano, chegando aos 69,4 milhões de euros.
TEXTO: O investimento chinês captado através dos vistos gold caiu 24% entre Janeiro e Agosto em termos homólogos, para 194, 3 milhões de euros, enquanto o de origem turca mais que duplicou para 69, 4 milhões de euros. De acordo com os dados fornecidos pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), nos primeiros oito meses do ano foram atribuídos 348 autorizações de residência para actividade de investimento (ARI) a cidadãos de nacionalidade chinesa, num total de 194, 3 milhões de euros, uma redução de 24% face a igual período de 2017. Nos primeiros oito meses do ano passado, foram concedidos 450 vistos gold a cidadãos de nacionalidade chinesa, num total de 256, 5 milhões de euros. A China, a par do Brasil, África do Sul, Rússia e Turquia, é uma das cinco nacionalidades com maior expressividade no âmbito da concessão de "vistos dourados", como também são conhecidos estes instrumentos de captação de investimento. O investimento turco em Portugal tem vindo a aumentar, tendo o valor mais do que duplicado (148%) nos primeiros oito meses do ano, face ao período homólogo de 2017, para 69, 4 milhões de euros (129 ARI). No caso do Brasil, até Agosto foram concedidos 108 ARI, num total de 86, 7 milhões de euros, menos 41, 8% que um ano antes. O investimento proveniente de África do Sul recuou 47% para 22, 8 milhões de euros, tendo sido concedidos 41 ARI. Também o investimento oriundo da Rússia recuou até Agosto — redução de 202% —, para 20, 3 milhões de euros e 32 ARI. No ano passado, o número de ARI atribuídos a cidadãos de nacionalidade russa tinha sido igual (32), mas o valor do investimento superior (28 milhões de euros). O investimento captado através dos vistos gold subiu 33% em Agosto, face a igual período de 2017, para 45, 7 milhões de euros e aumentou 75% face a Julho. Em termos acumulados — desde que os vistos gold começaram a ser atribuídos, em 8 de Outubro de 2012, até Agosto último —, o investimento total captado ascende a quase quatro mil milhões de euros (3. 967. 108. 844, 37 euros), dos quais cerca de 370 milhões por via da transferência de capital e aproximadamente 3, 6 mil milhões pela aquisição de bens imóveis. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. Desde a criação deste instrumento, que visa a captação de investimento, foram atribuídos 6. 498 ARI: dois em 2012, 494 em 2013, 1. 526 em 2014, 766 em 2015, 1. 414 em 2016, 1. 351 em 2017 e 945 em 2018. Em termos acumulados, foram concedidos 6. 141 vistos pelo requisito da aquisição de bens imóveis, 345 por transferência de capital, e 12 pela criação de, pelo menos, 10 postos de trabalho. A China lidera a lista de ARI atribuídas (3. 936 até Agosto), seguida do Brasil (581), África do Sul (259), Turquia (236) e Rússia (227).
REFERÊNCIAS:
Entidades SEF