Portas acusado de ofender chineses com atraso de duas horas
Jornal Hoje Macau considera o facto “inenarrável” e acusa vice-primeiro-ministro de “falta de chá”. (...)

Portas acusado de ofender chineses com atraso de duas horas
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 9 | Sentimento 0.0
DATA: 2013-11-05 | Jornal Público
SUMÁRIO: Jornal Hoje Macau considera o facto “inenarrável” e acusa vice-primeiro-ministro de “falta de chá”.
TEXTO: O jornal de língua portuguesa Hoje Macau classificou como “inenarrável” o atraso de duas horas de Paulo Portas a um encontro, no passado domingo, com a comunidade portuguesa de Macau e na qual se encontravam diversas personalidades chinesas. O jornal, que faz manchete com o atraso do vice-primeiro-ministro português na sua edição desta terça-feira, fala mesmo em “falta de chá” e cita um empresário português que diz que os chineses consideram o atraso “como uma ofensa e uma falta de consideração”. O encontro, organizado pelo consulado de Portugal em Macau, estava marcado para as 21h e Paulo Portas só chegou às 23h. “Paulo Portas chegou atrasado. Não se explicou, não pediu desculpas e falou para quem não estava lá”, relata Hoje Macau. Ainda segundo o jornal, quando Paulo Portas chegou “praticamente todos os convidados de etnia chinesa tinham já partido, expressando delicadamente o seu desagrado pela situação”. “É incompreensível esta atitude que basicamente tirou a face à nossa comunidade. Uma vergonha! Inenarrável!”, conta ao jornal um empresário português “há muito radicado na região”. “De etnia chinesa, permaneceram na sala apenas alguns elementos do Gabinete de Ligação do Governo da República Popular da China (RPC) e Cao Guangjing, presidente da empresa China Three Gorges que, recentemente, adquiriu uma posição maioritária na EDP”, relata o Hoje Macau, acrescentando que muitas figuras chinesas de destaque já se tinham ido embora. Acrescentando que Paulo Portas “não explicou nem se desculpou pelo seu inusitado atraso”, o jornal diz ainda que o vice-primeiro-ministro protagonizou um discurso “equivocado”, já que “fez um resumo, ‘breve’, nas suas palavras, das relações económicas recentes entre Portugal e a República Popular da China, na sua vertente exclusivamente económica, como se se estivesse a dirigir unicamente a empresários chineses e não à comunidade portuguesa de Macau como um todo que era, afinal, a destinatária do convite endereçado para a recepção”. “Infelizmente, a vinda de representantes do Estado português redunda quase sempre nisto: na nossa perda de face e na necessidade de nos desculparmos perante os chineses por uma notória falta de chá. Mais valia que não pusessem cá os pés”, disse um dos presentes ao abrigo do anonimato ao Hoje Macau. Ainda segundo o jornal, esta atitude de Paulo Portas “veio tornar mais difícil a missão do cônsul português, Vítor Sereno, “ao invés de o ajudar a projectar de forma positiva o bom-nome de Portugal”. A visita de Paulo Portas a Macau termina nesta terça-feira. CDS esclareceEntretanto, o CDS-PP emitiu uma nota a explicar por que se atrasou Paulo portas. Segundo partido, após a viagem Lisboa-Zurique-Hong Kong, “a delegação portuguesa, devido a um atraso no ferry de ligação a Macau, chegou a esta cidade apenas às 21h20 de domingo. ;“Como é protocolar”, acrescenta o CDS, “a delegação foi recebida pelas autoridades chinesas e macaenses na estação fluvial, onde foram cumpridas as formalidades de apresentação de cumprimentos e verificação de documentos, o que motivou que a saída da delegação se desse apenas às 21h30". Depois, a delegação foi conduzida, em viaturas do protocolo chinês, ao hotel, onde chegou pelas 21h55. “A instrução dada pelo vice-primeiro-ministro foi de que não se demorasse mais de 20 minutos a deixar bagagem e preparar, após 16 horas de viagem, a partida para o consulado, que se deu pelas 22h15, novamente em viaturas do protocolo chinês”, esclarece ainda o CDS. A chegada ao Consulado terá acontecido pelas 22h30, “estando a sala repleta de convidados, incluindo comunicação social portuguesa e local”“É por isso destituído de fundamento, quer a fita do tempo apresentada pelo referido jornal local, quer a alegação de que o vice-primeiro-ministro teria provocado voluntariamente algum atraso na recepção em homenagem à comunidade portuguesa”, conclui.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave comunidade social chinês vergonha
Diz-me o que os teus antepassados cultivavam, dir-te-ei quem és
Uma nova teoria, a “teoria do arroz”, permite explicar em parte porque é que os chineses do Sul são menos individualistas do que os chineses do Norte. Tudo parece resumir-se à cultura do arroz versus a do trigo. (...)

Diz-me o que os teus antepassados cultivavam, dir-te-ei quem és
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 9 | Sentimento 0.0
DATA: 2014-05-10 | Jornal Público
SUMÁRIO: Uma nova teoria, a “teoria do arroz”, permite explicar em parte porque é que os chineses do Sul são menos individualistas do que os chineses do Norte. Tudo parece resumir-se à cultura do arroz versus a do trigo.
TEXTO: É quase um lugar-comum dizer-se que as sociedades ocidentais são, de uma forma geral, mais individualistas e que as orientais são mais comunitárias. Até aqui, os especialistas têm tentado – sem muito sucesso – atribuir estas diferenças psicológicas a fenómenos como o aumento da riqueza produzida e do nível de instrução dos diversos países. Mas agora, na revista Science com data desta sexta-feira, resultados obtidos por cientistas dos EUA e da China sugerem não só que as culturas orientais são mais heterogéneas do que se pensava nas suas atitudes de cooperação, como também que a explicação dessas diferenças de comportamento poderá passar pela história milenar da sua agricultura local. “Há duas lições a tirar do nosso estudo”, explicou ao PÚBLICO Thomas Talhelm, da Universidade de Virgínia (EUA). “Primeiro, que a cultura chinesa Han não é uniforme. Há 1300 milhões de chineses [de etnia] Han na China, mas a cultura do Norte é muito diferente da do Sul. ”“Em segundo lugar, que essas diferenças correspondem às fronteiras históricas da cultura do arroz e do trigo”, salienta o cientista, explicando que, no Sul, o facto de se cultivar arroz há gerações – o que exige uma cooperação intensiva – torna a sociedade “muito mais focada nas relações de proximidade, tímida perante os estrangeiros e empenhada em evitar os conflitos”. Pelo contrário, no Norte da China, onde se cultiva o trigo, cereal que permite uma liberdade muito maior na gestão da actividade agrícola de cada um, “isso explica por que é que as pessoas são mais individualistas, mas extrovertidas, mais directas, até mais agressivas”, acrescenta Talhelm. O investigador teve a ideia da “teoria do arroz”, que é como chama a esta sua explicação de psicologia cultural, quando vivia na China. “Eu ensinava inglês num liceu no Sul da China – e como sou psicólogo cultural, estava sempre a observar o comportamento dos outros”, conta-nos ainda. “E reparei que quando uma pessoa me dava um encontrão na mercearia, ela ficava logo tensa, olhava para o chão e escapulia-se discretamente. Parecia mesmo empenhada em evitar os conflitos. ”Ora, quando uns meses mais tarde Talhelm viajou para o Norte do país com um amigo norte-americano, deparou-se com atitudes radicalmente diferentes. “Estávamos num museu e uma responsável interpelou-nos: ‘Falam mesmo muito bem chinês! Mas o seu chinês [disse apontando na minha direcção] é melhor do que o seu chinês [e apontou para o meu amigo]’. Ficámos espantados. Foi há anos, mas ainda falamos disso entre nós! As pessoas no Norte pareciam muito mais directas, mais dispostas a dizer-nos a verdade mesmo quando podia ser incomodativa. ”Comboio, autocarro, carrisPara testar a sua teoria, Talhelm e colegas da sua universidade, das universidades de Michigan (EUA), da Universidade Normal de Pequim (China) e da Universidade Normal do Sul da China submeteram 1162 estudantes universitários de etnia Han, vindos de todo o país, a diversos testes de psicologia experimental. Mais precisamente, o estudo foi realizado em seis cidades chinesas, lê-se num comunicado da Universidade de Virgínia: Pequim (no Norte); Fujian (no Sudeste); Guangdong (no Sul); Yunan (no Sudoeste); Sichuan (no Centro Oeste); e Liaoning (no Nordeste). Nos testes, escrevem os autores, apresentavam aos participantes listas de três itens – por exemplo, “comboio, autocarro, carris” e pediam-lhes para escolher os dois itens que melhor se emparelhavam. As pessoas das culturas ocidentais e individualistas, salientam, escolhem o par que pertence à mesma categoria abstracta, ou analítica (neste caso, comboio e autocarro), enquanto “as do Leste asiático e outras culturas colectivistas escolhem um par mais relacional, ou holístico” (neste caso, comboio e carris). Os cientistas constataram então que, quando avaliados por este tipo de testes, os chineses do Norte eram efectivamente mais individualistas e analíticos – mais parecidos com os ocidentais – e os do Sul mais interdependentes, com um pensamento mais holístico e ferozmente leais aos seus amigos. Tal como no Japão ou na Coreia do Sul, explica ainda o comunicado. E mais notável ainda: essas diferenças psicológicas verificavam-se com a mesma intensidade mesmo nas regiões situadas na fronteira geográfica entre o Norte e do Sul – ou seja, em populações que viviam quase em frente umas das outras, só que em margens opostas do rio Iansequião (Iangtzé). “A ‘teoria do arroz’ permite pôr em causa a narrativa dominante, acerca da China, da dicotomia urbano/rural”, diz-nos ainda Talhelm. “A urbanização é uma força importante, mas existem enormes diferenças [como esta] que nunca teríamos descoberto olhando apenas para esse factor. ” Apesar dos seus níveis de riqueza e de modernização, as regiões onde se cultiva o arroz são menos individualistas do que o Ocidente ou o Norte da China, acrescenta. O próximo passo? “Tentar replicar os resultados na Índia”, responde-nos Talhelm. "Tal como a China, a Índia tem mil milhões de habitantes e uma divisão arroz/trigo. E também é interessante por que essa divisão traça ali uma fronteira entre o Leste e o Oeste e não entre Norte e o Sul. ”
REFERÊNCIAS:
Entidades EUA
Portugal quer ser primeira escolha de investimento chinês na Europa
Parceria estratégica com a China é fundamental, defende o ministro da Economia, António Pires de Lima. (...)

Portugal quer ser primeira escolha de investimento chinês na Europa
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 9 | Sentimento 0.15
DATA: 2014-05-16 | Jornal Público
SUMÁRIO: Parceria estratégica com a China é fundamental, defende o ministro da Economia, António Pires de Lima.
TEXTO: Portugal está "a posicionar-se" para se tornar a primeira escolha de investimento de muitas empresas chinesas na União Europeia, afirmou o ministro da Economia no final do seminário empresarial sino-português que decorreu esta sexta-feira de manhã (madrugada de Lisboa) em Pequim. António Pires de Lima observou ainda que, para Portugal, a parceria estratégica com a China é fundamental seja no investimento, nas exportações ou no turismo. No domínio dos contactos empresariais e económicos, o ministro aproveitou para fazer um balanço “muito positivo” da viagem de Cavaco Silva à China, um périplo que já passou por Xangai, está em Pequim e terminará no domingo em Macau. Pires de Lima, que acompanha o Presidente da República, salientou o facto de o número de turistas chineses que viajam até Portugal ter crescido 40% no primeiro trimestre, estimando-se que as receitas cheguem a mil milhões de euros no final de 2014 (200 milhões em 2009). Ainda assim, e tendo em conta o potencial do mercado, são ainda muito poucos os chineses que visitam Portugal, realçou. “Existe um mundo de oportunidades” que os dois países podem explorar e “é fundamental que a China seja um parceiro de Portugal quer nos investimentos [nos dois últimos anos já investiu mais de 4 mil milhões em Portugal], quer nas exportações, quer no turismo. ” A presença de Cavaco Silva na China, onde tem mantido contactos políticos e empresariais ao mais alto nível, dever servir para Portugal se “posicionar” como a primeira escolha do investimento chinês na União Europeia, defende Pires de Lima. Ligações aéreas e TAP em fundoNos últimos dias quer Pires de Lima, mas sobretudo o Presidente da República, têm defendido publicamente que deve haver uma companhia aérea a voar directamente de Portugal para a China (Pequim ou Xangai), uma solução defendida pelos empresários chineses e a que as autoridades dos dois países são sensíveis. Os voos deverão ser realizados por empresas aéreas chinesas, o que dará uma garantia do empenhamento em levar da China turistas para Portugal, isto para além de facilitar as relações comerciais entre os dois países. Ainda em Xangai, a Fosun (que comprou 80% do capital da seguradora Fidelidade) promoveu um pequeno-almoço à porta fechada entre a delegação portuguesa encabeçada por Cavaco Silva (e onde esteve Pires de Lima) e grupos estatais e privados chineses, entre os quais o presidente da China Eastern Airlines (com sede em Xangai). Durante o encontro, Pires de Lima mencionou o facto de a TAP poder ser privatizada, mas “não numa perspectiva de curto prazo", e nessa altura não excluirá o envolvimento das empresas aéreas chinesas interessadas em participar na operação. Pires de Lima lembrou que uma das apostas do Governo é o sector do turismo, "que está a subir 6, 5%”. Instado a comentar os dados macroeconómicos mais recentes, o ministro observou que “as exportações portuguesas não caíram no primeiro trimestre, subiram apenas 2%, mas menos do que pretendíamos". "Vamos atingir no final do ano o objectivo traçado”, disse o governante, acrescentando que "há muita gente em Portugal que aproveita qualquer notícia [a desaceleração das exportações] para cantar o hino da desgraça”. O país “cresceu 1, 2% no primeiro trimestre [e a União Europeia 0, 9%] e estamos no bom caminho, acredito que vamos superar as estimativas do Governo de crescimento de 1, 2% em 2014”, defende Pires de Lima. Sobre o ambiente de euforia que existe no Governo em relação a alguns indicadores, o ministro recordou: "Se há pessoa que tem alertado que é preciso prudência e que a euforia é má conselheira sou eu. ” O ministro explicou que "a viragem (a saída da recessão e a evolução para o crescimento económico) é constante mas gradual”. “Mas há ainda muito trabalho a fazer. E os discursos de euforia estão desajustados da realidade dos portugueses”, afirmou. O euro não morrerá, vaticina Cavaco"Quem vos disser que um dia o Euro pode desaparecer, digam que a opinião do Presidente da República que conhece bem este assunto, porque presidiu à sessão de assinatura do Tratado de Maastricht, é que eles são muito irrealistas”, avisou esta manhã Cavaco Silva, ao intervir para uma plateia de estudantes de português. Na biblioteca da Universidade de Estudos Estrangeiros de Pequim, onde se formam os embaixadores e os quadros que vão ocupar funções de topo na administração pública chinesa, Cavaco Silva vaticinou: “O euro, tal como o dólar e a moeda chinesa, vão cada vez mais afirmar-se como moedas internacionais. ”
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave chinês
Número de turistas chineses em Portugal disparou 232% em quatro anos
Só na hotelaria, visitantes oriundos da China gastaram 34,2 milhões de euros em 2013, o valor mais alto desde 2009. Curso prático vai ensinar portugueses a receber melhor estes turistas (...)

Número de turistas chineses em Portugal disparou 232% em quatro anos
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 9 | Sentimento 0.0
DATA: 2014-05-17 | Jornal Público
URL: https://arquivo.pt/wayback/20140517170209/http://www.publico.pt/1635867
SUMÁRIO: Só na hotelaria, visitantes oriundos da China gastaram 34,2 milhões de euros em 2013, o valor mais alto desde 2009. Curso prático vai ensinar portugueses a receber melhor estes turistas
TEXTO: O número de turistas chineses alojados nas unidades hoteleiras em Portugal disparou 232% em quatro anos (de mais de 23 mil em 2009 para mais de 74 mil em 2013), acompanhando o ritmo crescente de viagens feitas por estes visitantes em todo o mundo. Tendo em conta o número de chineses que já está a viajar fora do seu país de origem – cerca de 83, 2 milhões contabilizados em 2012, o último ano disponível – o potencial de crescimento não é de ignorar e, por isso, numa parceria entre a consultora Edeluc e a Câmara de Comércio Luso-Chinesa (CCILC), o COTRI (China Outbound Tourism Research Institute) vem pela primeira vez a Lisboa e ao Porto para dar formação específica a quem recebe turistas chineses em lojas, hotéis ou restaurantes. Entre 2009 e 2013, os gastos nos hotéis nacionais feitos por chineses passaram de perto de quatro milhões, para 34, 2 milhões de euros, no mesmo período, ou seja, 758%. Ao mesmo tempo, o investimento da China em Portugal tem ocupado as páginas dos jornais desde a aquisição de participações na EDP e na REN, protagonizada pela China Three Gorges e a State Grid, respectivamente. No ano passado, o grupo BEWG (Beijing Enterprises Water Group) comprou a operação do grupo Veolia no sector do tratamento de águas em Portugal e, já em 2014, a Fosun ganhou a privatização da maioria do capital do negócio de seguros da Caixa Geral de Depósitos. Além disso, a concessão dos vistos gold ajudou a posicionar a imagem do país e atraiu novos investidores e Cavaco Silva termina uma visita à China para fomentar as relações económicas. Também António Pires de Lima, ministro da Economia que acompanhou o Presidente da República na viagem oficial, voltou a lembrar a intenção antiga, mas nunca concretizada, de uma ligação aérea directa entre Lisboa, Pequim e Xangai para aumentar o número de turistas chineses no mercado nacional. . Mafalda Valério, consultora da Edeluc que está a gerir a formação (agendada para 29 e 30 de Maio), diz que “a diferença entre os turistas europeus e chineses é enorme” e, em Portugal, “há muita necessidade” de formação. “É imprescindível, por exemplo, ter as coisas traduzidas para mandarim. Gostam de saber que o hotel está adaptado, com pequeno-almoço típico chinês”, exemplifica. Há cada vez mais chineses a viajar por conta própria – sem ser em viagens de grupo organizadas – e esses são os chamados “money rich, time poor”, acrescenta. Com muito dinheiro e pouco tempo, os chineses gostam de visitar mais do que um local e é “preciso fazer uma adaptação dos serviços oferecidos", defende. Para já, há 20 inscrições formalizadas, de grupos hoteleiros nacionais. A intenção é organizar vários cursos práticos para ensinar os participantes a “melhor compreender, atrair e tratar os viajantes chineses”. “Que eu saiba, não há nenhum hotel em Lisboa adaptados às necessidades destes turistas, desde o feng shui às informações em mandarim. O hotel pode, por exemplo, ter parcerias com guias turísticos que falem mandarim e ofereçam serviços específicos”, diz Fernando Costa Freire. No programa das conferências, que duram um dia, estão previstas sessões sobre a importância do mercado chinês ou guias práticos de como agradar aos visitantes.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave chinês
EUA acusam militares chineses de ciberespionagem industrial
Pequim diz que factos foram inventados e acusa os americanos de prejudicarem as relações entre os dois países. (...)

EUA acusam militares chineses de ciberespionagem industrial
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 9 | Sentimento -0.05
DATA: 2014-05-19 | Jornal Público
SUMÁRIO: Pequim diz que factos foram inventados e acusa os americanos de prejudicarem as relações entre os dois países.
TEXTO: As muitas acusações mútuas de ciberespionagem entre os EUA e a China tiveram nesta segunda-feira um desenvolvimento inédito. A Justiça americana acusou cinco elementos do Exército chinês de terem roubado segredos industriais de empresas dos EUA. Numa conferência de imprensa em Washington, o Departamento de Justiça informou que os cinco indivíduos são acusados de terem obtido informação estratégica de empresas que foi depois usada para favorecer firmas chinesas, algumas das quais estatais. Entre as empresas vítimas dos alegados ataques de espionagem estão a Alcoa (uma das maiores produtoras mundiais de alumínio), a Westinghouse (que fabrica equipamentos de electrónica), a Allegheny Technologies (que produz materiais para indústrias como a aeronáutica e a petrolífera) e ainda subsidiárias americanas da alemã SolarWorld, uma fabricante de painéis fotovoltaicos. O procurador-geral americano (cargo equivalente ao de ministro da Justiça), Eric H. Holder Jr. , afirmou que sobre os cinco cidadãos chineses recaem acusações de fraude informática e intrusão em sistemas informáticos. De acordo com Holder, o grupo faz parte de uma unidade do Exército chinês, conhecida como "unidade 61938", que tem sido várias vezes apontada como autora de ciberataques. “Declaramos que membros da unidade 61398 conspiraram para entrar em computadores de seis vítimas nos EUA, para roubar informação que daria uma vantagem económica aos concorrentes das vítimas, incluindo empresas detidas pelo Estado chinês”, disse Holder, numa intervenção também disponível online. Os acusados – para os quais o FBI criou cartazes com a respectiva fotografia e a palavra "procura-se" – foram indicados pelo nome. A acusação, porém, é sobretudo uma afirmação política e eleva o tom da discussão que os dos países têm tido sobre este tema. Não é provável que os cinco acusados alguma vez sejam levados a um tribunal americano. Para isso acontecer, teriam de entrar em solo americano ou viajar para um país que tenha um acordo de extradição com os EUA. Em resposta às acusações, o Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês publicou uma nota em que acusa os EUA de terem “fabricado os factos” apresentados e na qual diz que a acusação “viola seriamente as normas básicas das relações internacionais e prejudica a cooperação sino-americana e a confiança mútua”. Pequim anunciou também que iria suspender as actividades de um grupo de trabalho entre os dois países que foi criado para evitar casos de ciberespionagem e ciberataques. Nas declarações que fez, Holder especificou alguns dos casos de espionagem. De acordo com o procurador-geral, a SolarWorld tem estado a perder mercado para concorrentes chineses, depois de os atacantes terem roubado informação sobre a estratégia de preços daquela empresa. Já à Westinghouse os atacantes terão roubado especificações secretas para o fabrico de componentes de centrais nucleares, numa altura em que a empresa negociava com a China a construção deste tipo de instalações.
REFERÊNCIAS:
Entidades EUA
Estado arrecadou mais 612 milhões de euros pela venda da Caixa Seguros à chinesa Fosun
Valorização dos activos em carteira nas seguradoras compradas pela Fosun fez melhorar o encaixe de 1038 milhões que estava previsto. (...)

Estado arrecadou mais 612 milhões de euros pela venda da Caixa Seguros à chinesa Fosun
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 9 | Sentimento 0.0
DATA: 2014-05-21 | Jornal Público
SUMÁRIO: Valorização dos activos em carteira nas seguradoras compradas pela Fosun fez melhorar o encaixe de 1038 milhões que estava previsto.
TEXTO: O Estado arrecadou, com a venda de 80% da Caixa Seguros à Fosun International Limited, cerca de 1650 milhões de euros, mais 60% do que a quantia inicialmente referida pelas autoridades, apurou o PÚBLICO durante a visita oficial do Presidente da República, Cavaco Silva, à China que terminou este domingo em Macau. A Caixa geral de Depósitos (CGD), a entidade vendedora, anuncia amanhã as suas contas do primeiro trimestre de 2014A cerimónia de transferência das acções da Caixa Seguros (80% do capital) para a posse do fundo de investimento chinês ocorreu na passada quinta-feira em Pequim, no Grande Palácio do Povo, e na presença dos chefes de Estado dos dois países, Cavaco Silva e Xi Jinping. O negócio foi formalizado pelos presidentes do vendedor, José Matos, presidente executivo (CEO) da CGD, e do comprador, Guo Guangchang, que detém 58% da Fosun. Em cima da mesa está a possibilidade da companhia chinesa, que passará a dominar 30% do mercado segurador português, construir em Lisboa a sua sede europeia. Recorde-se que quando o Governo anunciou o vencedor da privatização da Caixa Seguros o valor de venda avançado era de 1038 milhões de euros, menos 612 milhões de euros do que o montante que o Estado acabou por arrecadar. Um fonte envolvida na operação explicou que a revisão em alta do valor do negócio resultou da valorização dos activos em carteira nas seguradoras alienadas, nomeadamente, o preço dos títulos de divida pública portuguesa, mas também de acções europeias e de obrigações do Grupo CGD. A Fosun financiou-se junto da banca chinesa. No processo de privatização da Caixa Seguros a proposta da Fosun foi a mais elevada, pois incluiu a Caixa Poupança, com uma carteira de títulos de dívida pública portuguesa, o que o fundo norte-americano Apollo Management International não aceitou. Em 2010, três avaliações à Caixa Seguros apontaram para valores entre 2000 milhões e 4000 milhões de euros. Esta é a terceira privatização a dar entrada a grupos chineses em grandes empresas portuguesas. Entre eles, estão dois estatais: a China Three Gorges, que comprou 21% da EDP, e a State Grid, que adquiriu 25% da Redes Energéticas Nacionais - REN. Na passada quinta-feira, Guo Guangchang, de 48 anos, assumiu a liderança do conselho de administração da Caixa Seguros, que terá um modelo de governação diferente. Em comunicado enviado aos trabalhadores, o novo presidente da companhia seguradora (Fidelidade/Multicare) comunicou que “o conselho de administração adoptou uma diferente forma de organização, em linha com a prática corrente em muitas empresas de maior dimensão, passando a integrar membros não-executivos e membros executivos”. As seguradoras ficaram também a saber que Jorge Magalhães Correia se manterá em funções como presidente da comissão executiva, “na qual é delegada a gestão corrente e a representação da sociedade. ” O Conselho de Administração passa a contar com 14 elementos, sete dos quais chineses, enquanto a comissão executiva terá quatro gestores. João Nuno Palma (administrador executivo (CFO) da CGD) é um dos dois vice-presidentes não-executivos do Conselho de Administração, ao lado de Magalhães Correia. Vão ser criados, ainda, um Conselho Consultivo, que integrará Eugénio Ramos e Vasco d`Orey, e uma comissão de investimentos para "apoiar, agilizar e supervisionar as decisões de investimento” que as empresas efectuarem.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave chinês
Atentado na província chinesa de Xinjiang mata 31 pessoas
Os uigures, de origem muçulmana turca, denunciam a perseguição de Pequim. (...)

Atentado na província chinesa de Xinjiang mata 31 pessoas
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 9 | Sentimento 0.0
DATA: 2014-05-22 | Jornal Público
SUMÁRIO: Os uigures, de origem muçulmana turca, denunciam a perseguição de Pequim.
TEXTO: O Governo de Pequim responsabilizou os separatistas uigures por uma série de explosões na cidade de Urumqi, a capital da volátil província chinesa de Xinjiang, que mataram pelo menos 31 pessoas que frequentavam um mercado local pouco antes das oito da manhã desta quinta-feira. Segundo a agência Nova China, dois veículos todo-o-terreno forçaram a entrada num mercado ao ar livre lançando explosivos sobre a multidão. Uma testemunha ouvida por esta agência disse que houve "dezenas de deflagrações" até que um dos veículos explodiu. O ataque constituiu “um sério e violento incidente terrorista”, descreveu o ministério de Segurança Pública. O Presidente da China, Xi Jinping, prometeu “castigar severamente os terroristas”. Segundo os dados oficiais, 31 pessoas morreram e 93 ficaram feridas. Na rede social chinesa Weibo — que a AFP cita — foram publicadas imagens de corpos e carros incendiados e uma pessoa que disse ter assistido ao ataque deixou um testemunho: “Muitas explosões neste mercado situado em frente ao Palácio da cultura uigure. Vi chamas e fumo negro, carros incendiados. Os vendedores puseram-se em fuga, correndo para todos os lados e abandonando as suas mercadorias”. Os uigures são muçulmanos de origem turca que constituem a maioria étnica nesta vasta região semi-deserta mas muito rica em minerais. Nas últimas décadas Xinjiang assistiu à chegada de muitos milhares de Han (o maior grupo étnico da China) e os uigures denunciam que estão a ser perseguidos pelas autoridades centrais — dizem que estão a "ficar para trás" no campo económico e acusam Pequim de ter implementado uma política repressiva que visa acabar com a sua cultura e religião. No último ano, o movimento separatista uigure radicalizou a luta e realizou uma série de atentados — o mais surpreendente, ainda que não o mais mortífero, teve lugar em Outubro passado na Praça Tiannanmen de Pequim, quando um automóvel se lançou contra uma ponte pedonal e explodiu, matando dois turistas. Em Março, um ataque na estação ferroviária de Kunming no qual perderam a vida 29 pessoas também foi associado aos separatistas islâmicos de Xinjiang: em ambos os casos, os atacantes foram identificados como uigures. A vaga de violência levou o Presidente chinês, Xi Jinping, a visitar aquela província em Abril. No seu último dia na região, homens armados com facas e explosivos entraram na estação de comboios de Urumqi e mataram uma pessoa e feriram 79, antes de se suicidarem. A escalada de violência levou o Governo de Pequim a reforçar consideravelmente o aparato de segurança na província (e ontem também na capital do país). O ataque no mercado ocorreu poucos dias depois de ter sido divulgada a detenção de 39 pessoas acusadas de “incitamento à violência” através da distribuição de “vídeos terroristas” em Xinjiang. Em declarações à BBC, um porta-voz do Congresso Mundial Uigur classificou os incidentes de Xinjiang como “uma consequência directa das políticas de Pequim para a região”, e apelou ao fim da repressão pelas autoridades chinesas. Segundo escrevia a CNN, as autoridades chineses têm apontado para o grupo separatista Movimento Islâmico do Leste do Turquemenistão como o responsável pelos actos violentos na região – Turquemenistão Leste é o nome que os uigures dão à província de Xinjiang. Mas os analistas internacionais têm dúvidas sobre as capacidades operacionais desse grupo rebelde, e até da sua alegada ligação a redes terroristas internacionais, como por exemplo a Al-Qaeda.
REFERÊNCIAS:
Partidos LIVRE
Magnata chinês condenado à morte por associação criminosa
Liu Han era próximo do antigo ministro da Segurança Pública, Zhou Yongkang, um homem muito poderoso que também caiu em desgraça. (...)

Magnata chinês condenado à morte por associação criminosa
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 9 | Sentimento -0.2
DATA: 2014-05-23 | Jornal Público
SUMÁRIO: Liu Han era próximo do antigo ministro da Segurança Pública, Zhou Yongkang, um homem muito poderoso que também caiu em desgraça.
TEXTO: O magnata chinês Liu Han, próximo do antigo chefe dos serviços de segurança Zhou Yongkang — detido e à espera de julgamento por corrupção —, foi acusado de associação mafiosa e condenado à morte. Um tribunal da província de Hubei considerou Liu Han e o irmão, Liu Wei, culpados de “chefiarem uma organização criminosa e assassina ao estilo da mafia”, relata a agência Xinhua (Nova China). A condenação de Liu Han foi, porém, lida no Ocidente como uma etapa do desmantelamento de uma rede ligada a Zhou, que foi um dos políticos mais influentes da última década na China e está a ser investigado por corrupção e abuso de poder e encontra-se, segundo fontes próximas do Governo, em prisão domiciliária. A investigação sobre Zhou Yongkang, um ex-membro do Comité Permanente do Partido Comunista, é vista como a quebra de uma das principais regras tácitas que regem o equilíbrio de poder na China. O tribunal considerou que, entre outros crimes, Liu Han e a sua organização obtiveram "grandes lucros através de actividades ilegais”, muitos com a “colaboração de funcionários governamentais”, de forma a controlar o jogo nas províncias de Guanghan e Sichuan. Também cometeram “vários crimes de morte”. Liu era o presidente do complexo mineiro do Grupo Sichuan Hanlong — que comprou a Sundance Resources australiana — e estava na lista da revista Forbes das pessoas mais ricas do mundo, em 148. º lugar. A imprensa estatal chinesa escrevera, recentemente, que o “bando” de Liu, sediado em Sichuan, tinha fortes ligações políticas que o levaram a ser nomeado delegado do comité de conselheiros da província. Nos últimos meses, vários altos funcionários de Sichuan ligados a Liu e a Zhou Yongkang — que foi secretário do partido na província antes de se tornar ministro da Segurança Pública, em 2003 — começaram a ser investigados. A guerra contra a corrupção dentro do aparelho oficial foi intensificada pelo Presidente Xi Jinping quando chegou ao poder, em Março de 2013, mas começou durante o período da transição da chefia, com os analistas a explicarem que foi usada na luta pelo poder em Pequim.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave morte guerra tribunal prisão chinês abuso
Norte-americanos ultrapassam chineses no capital da EDP
Accionistas de origem norte-americana ultrapassaram a posição da China, reunindo 36,26%, segundo a Bloomberg. (...)

Norte-americanos ultrapassam chineses no capital da EDP
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 9 | Sentimento 0.0
DATA: 2014-06-03 | Jornal Público
SUMÁRIO: Accionistas de origem norte-americana ultrapassaram a posição da China, reunindo 36,26%, segundo a Bloomberg.
TEXTO: As participações de origem norte-americana na EDP ultrapassaram a posição da China, reunindo 36, 26% do capital da eléctrica portuguesa, de acordo com informação da agência financeira Bloomberg. No início de 2013 os capitais norte-americanos ultrapassavam por pouco os 10% na eléctrica, mas em Agosto do mesmo ano essa percentagem já rondava os 25%. A partir de Março deste ano regista-se um novo reforço dos investidores dos EUA e a 1 de Junho, os accionistas norte-americanos - com destaque para o Capital Group, JP Morgan e BlackRock - já concentravam mais de um terço (36, 26%) do capital da EDP, ultrapassando a participação chinesa, que na mesma data acumulava 25, 24%. O total de accionistas oriundos do Luxemburgo tinha uma posição de 7, 08%, seguidos de Portugal (6, 51%), Noruega (2, 84%), Argélia (2, 81%), Qatar (2, 68%), Reino Unido (2, 47%), Espanha (1, 93%) e Alemanha (0, 74%). No último ano, a José de Mello, o BCP e o BES reduziram a presença portuguesa na eléctrica liderada por António Mexia, que desde Dezembro de 2011 tem a empresa estatal chinesa China Three Gorges (CTG) como principal accionista, depois de ter adquirido ao Estado português 21, 35% da EDP. Dentro do capital de origem norte-americano, o Capital Group é o que detém maior posição, com 10, 13%, seguido da JP Morgan, com 2, 10%, e da BlackRock com 2%, de acordo com a última estrutura accionista da eléctrica, que data de 4 de Abril. Cerca de 8, 52% do capital da EDP é de origem desconhecida, de acordo com informação da agência financeira. Segundo os dados disponíveis, a aposta de empresas e fundos de origem norte-americanos na EDP registou um grande aumento em Março deste ano, mantendo-se em alta desde então. Questionado sobre o tema, um dos analistas de um banco de investimento internacional, que pediu para não ser identificado, disse à Lusa que para uma multinacional de serviços básicos (utilities) como a EDP "é normal que exista uma posição significativa de accionistas com sede nos Estados Unidos". Contudo, "o recente aumento de accionistas norte-americanos na EDP poderá ser visto como consequência de três factores", disse o analista. O primeiro, é que os investidores norte-americanos "tornaram-se bastante confiantes nas perspectivas económicas do sul da Europa e, especificamente, de Portugal", disse, adiantando que nas reuniões com investidores daquela zona geográfica denota-se "um aumento do apetite" sobre o histórico das acções da EDP e, "em geral, pelas utilities do Sul da Europa, desde finais de 2012. Em segundo, o suporte financeiro dado pela CTG à EDP e, por último, a quebra do valor das acções (em Novembro de 2012 caíram para 1, 9 euros) tornaram a empresa atractiva, nomeadamente para investidores dos Estados Unidos, segundo o analista.
REFERÊNCIAS:
Entidades EUA
Lucros da Apple sobem impulsionados pelo iPhone
As vendas de iPads voltaram a cair. O mercado chinês foi aquele onde a empresa mais cresceu. (...)

Lucros da Apple sobem impulsionados pelo iPhone
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 9 | Sentimento 0.0
DATA: 2014-07-24 | Jornal Público
SUMÁRIO: As vendas de iPads voltaram a cair. O mercado chinês foi aquele onde a empresa mais cresceu.
TEXTO: O telemóvel que transformou o negócio da Apple há sete anos continua a dar cartas. As receitas da empresa aumentaram 6% no trimestre passado, atingindo 37, 4 mil milhões de dólares, e os lucros subiram 12%, para 7, 7 mil milhões. O crescimento foi conseguido sobretudo graças a um aumento de vendas do iPhone, o produto mais vendido da Apple. A Apple vendeu 35 milhões iPhones no segundo trimestre deste ano, mais 13% do que no mesmo período de 2013. As vendas representam 53% do total de receitas. Nos vários aparelhos da marca, os computadores Mac até foram os que mais cresceram – 18%, para 4, 4 milhões de unidades – mas este é um negócio muito mais pequeno nas contas da empresa. Já as vendas de iPods afundaram 36%, uma tendência provocada pelo facto de os smartphones, cada vez mais populares, servirem também como leitor de música. Os iPads, por seu lado, caíram 9%, para 13 milhões de unidades vendidas. O tablet da Apple enfrenta não apenas a concorrência de aparelhos do género equipados com Android, como também dos vários telemóveis de grandes dimensões que têm surgido no mercado (incluindo pela mão da líder Samsung) e cujo tamanho do ecrã os aproxima dos tablets mais pequenos. No segundo trimestre de 2013, as vendas já tinham caído 14%, em forte contraste com o que se passou há dois anos, quando o iPad disparou 84%. O mercado chinês (a Apple agrega os números da China, Hong Kong e Taiwan) foi aquele onde as receitas mais subiram: as vendas aumentaram 28% naqueles territórios. Na Europa e no resto dos países asiáticos o crescimento foi de 6%, e nos EUA e no Japão, de apenas 1%. Com o mercado dos smartphones já maduro em muitos países europeus e nos EUA – especialmente no segmento de topo de gama, onde o iPhone se encaixa – os fabricantes estão a voltar-se para os países emergentes, onde a adopção tem muito mais margem para crescer. No final do ano passado, a Apple conseguiu, depois de intensas negociações, chegar a um acordo para vender o iPhone com a operadora China Mobile, a maior do mundo, com 791 milhões de clientes, segundo números da própria empresa. Nesta região, porém, a Apple, que sempre teve uma estratégia assente em aparelhos topo de gama, concorre com telemóveis mais baratos de fabricantes locais, como a chinesa Xiaomi e a taiwanesa Huawey. Por outro lado, para impulsionar a adopção de iPhones e iPads no mercado empresarial, a Apple assinou este mês uma parceria com a IBM. As duas empresas vão desenvolver aplicações para profissionais e a IBM vai vender os aparelhos da Apple aos clientes empresariais.
REFERÊNCIAS:
Entidades EUA