Novo Presidente da Nigéria assume incapacidade para encontrar raparigas raptadas
As 216 adolescentes raptadas há um ano pelo Boko Haram continuam desaparecidas. (...)

Novo Presidente da Nigéria assume incapacidade para encontrar raparigas raptadas
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 14 Mulheres Pontuação: 9 | Sentimento 0.136
DATA: 2015-05-01 | Jornal Público
URL: https://arquivo.pt/wayback/20150501205146/http://www.publico.pt/1692315
SUMÁRIO: As 216 adolescentes raptadas há um ano pelo Boko Haram continuam desaparecidas.
TEXTO: O Presidente eleito da Nigéria, Muhammadu Buhari, reconheceu a dificuldade em encontrar as 219 raparigas raptadas há exactamente um ano, a 14 de Abril de 2014, pelo grupo islamista Boko Haram. “Não sabemos se as raparigas de Chibok podem ser socorridas. O seu paradeiro continua desconhecido. Gostaria muito de o poder fazer, mas não posso prometer encontrá-las”, declarou, num comunicado. Para esta terça-feira, estão previstas vigílias, orações e concentrações. O rapto de 276 adolescentes na cidade do nordeste da Nigéria – dezenas conseguiram depois fugir, mas 216 continuam desaparecidas – causou emoção, um pouco por todo o mundo. Desde que, em Maio de 2014, o grupo divulgou um vídeo que mostrava cerca de uma centena delas, recitando passagens do Corão que não há informações sobre elas. O líder do Boko Haram, Abubakar Shekau, declarou ter convertido as sequestradas que não eram muçulmanas e que todas foram “casadas à força”. O Exército nigeriano chegou a informar que sabia onde estavam as raparigas mas que uma operação de resgate seria muito arriscada. Embora tivesse sido muito mediatizado, o caso das raparigas de Chibok está longe de ser invulgar. A Amnistia Internacional recordou que pelo menos 2000 mulheres e raparigas foram raptadas na Nigéria desde o início do ano passado. As Nações Unidas e várias organizações de defesa dos Direitos Humanos têm igualmente denunciado o ataque deliberado a crianças pelos islamistas, cuja insurreição e repressão causaram nos últimos seis anos pelo menos 15 mil mortos. Em Abuja, capital da Nigéria, está prevista uma concentração promovida pelo movimento #Bringbackourgirls, tal como tem acontecido diariamente no último ano. Para Lagos está prevista uma vigília à luz de velas, noticiou também a AFP. Segundo os responsáveis da campanha, em Nova Iorque, o Empire State Building deverá ser envolvido em vermelho e violeta, em solidariedade e para simbolizar a luta contra a violência contra as mulheres.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave direitos humanos violência concentração ataque mulheres rapto
Boko Haram já sequestrou mais de 2000 mulheres na Nigéria
Raptadas são usadas como cozinheiras, escravas sexuais ou combatentes, denunciou a Amnistia Internacional, num relatório que abrange 2014 e 2015. (...)

Boko Haram já sequestrou mais de 2000 mulheres na Nigéria
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 14 Mulheres Pontuação: 9 | Sentimento 0.5
DATA: 2015-05-01 | Jornal Público
URL: https://arquivo.pt/wayback/20150501205146/http://www.publico.pt/1692362
SUMÁRIO: Raptadas são usadas como cozinheiras, escravas sexuais ou combatentes, denunciou a Amnistia Internacional, num relatório que abrange 2014 e 2015.
TEXTO: Quando os homens do Boko Haram atacaram a sua aldeia, em Outubro do ano passado, Hawa Jibrie, nome fictício desta mulher de 24 anos, fugiu com os pais e três irmãos para as grutas das montanhas de Mandara, para tentarem chegar à fronteira da Nigéria com os Camarões. Mas foram perseguidos e acabaram por ser capturados, eles e um grupo de aproximadamente cem pessoas. Os islamistas separaram os homens, levaram alguns para o cativeiro e decapitaram oito, incluindo um irmão de Hawa. Ela virou a cara para não ver. A mãe assistiu e acabaria por morrer nesse mesmo dia. Hawa, tal como a irmã, Esther, acredita que a mãe não resistiu ao choque. As mulheres foram levadas para uma casa. Quando Hawa chorava, batiam-lhe para se calar. Ao cabo de 20 dias conseguiu fugir. A situação vivida pela família de Hawa – e muitos outros casos igualmente documentados pela Amnistia Internacional – confirma que o muito mediático caso das mais de 200 raparigas de Chibok, raptadas há um ano pelo Boko Haram, que correu mundo mas continua por resolver, está longe de ser um episódio isolado. Num relatório divulgado quando passa um ano sobre o rapto de Chibok, a organização de defesa dos direitos humanos, que entrevistou quase 200 testemunhas e vítimas de raptos, incluindo 28 mulheres que conseguiram fugir, recolheu dados sobre 38 casos de raptos colectivos feitos pelo Boko Haram e calcula que o número de mulheres e raparigas nigerianas sequestradas desde o início de 2014 é “sem dúvida superior” a dois mil. Em meados de Fevereiro de 2015, o exército nigeriano, com o apoio de forças militares dos Camarões, Chade e Níger lançou uma ofensiva que lhe permitiu recuperar o controlo da maior parte das cidades que o grupo tinha ocupado no Nordeste. Milhares de pessoas recuperaram nessa altura a liberdade. A maior parte das raptadas pelo Boko Haram são mulheres solteiras ou raparigas, forçadas depois a casarem-se com membros do grupo. Servem como cozinheiras, são vítimas de abusos sexuais, em parte dos casos recebem treino para participarem em acções armadas, por vezes contra as suas próprias aldeias, segundo as informações recolhidas pela organização de defesa dos direitos humanos. “Eu estava num grupo de raparigas treinadas para disparar. Também fui treinada no uso de bombas e no modo de atacar uma aldeia”, contou Aisha Yusuf, 19 anos, raptada num casamento, juntamente com a irmã, a noiva e a irmã desta, em Setembro de 2014, e levadas para um campo de treino em Madagali. Passou ali quatro meses, num campo onde calcula que estivessem umas cem mulheres e 500 combatentes. A violência sexual é proibida pela sharia, a lei islâmica, mas diversas mulheres entrevistadas pela Amnistia queixaram-se de terem sido vítimas, às escondidas, de abusos de combatentes do Boko Haram. “Fui violada várias vezes quando estava no campo. Às vezes eram cinco. Outras três, outras seis. Aconteceu durante todo aquele tempo. Era sempre à noite. . . Alguns eram da minha aldeia. Os que já me conheciam eram ainda mais brutos comigo”, contou Aisha, nome também fictício. Conseguiu fugir em Janeiro de 2015, com a ajuda de uma mulher que cozinhava para os islamistas. Os relatos de violência abundam no relatório. Ainda que não seja possível ter a certeza dos números exactos, são muitos os testemunhos que apontam para a execução sumária de centenas de homens que rejeitam ou hesitam em juntar-se ao Boko Haram. Dois jovens ouvidos por investigadores da Amnistia contaram que, num único dia de Dezembro, quando o grupo tomou Madagali, no estado de Adamawa, terão sido executados pelo menos cem. A Amnistia calcula que pelo menos 4000 pessoas tenham sido mortas pelo grupo islamista em 2014 e que o mesmo tenha acontecido a 1500 no primeiro trimestre de 2015. Desde o início da sublevação islamista, em 2009, foram mortas mais de 13 mil pessoas na Nigéria. Só entre Janeiro de 2014 e Março de 2015, ataques à bomba atribuídos ao grupo mataram mais de 800 pessoas. O terror do Boko Haram deu também origem a mais de um milhão de deslocados. “Estas execuções pavorosas, a violência sexual, o recrutamento de crianças-soldados são crimes de guerra que precisam de ser investigados”, disse, citado pela Reuters, o autor do relatório, Daniel Eyre.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave direitos homens guerra lei humanos violência campo mulher ajuda sexual mulheres casamento cativeiro rapto
Presidente da Nigéria diz que rapto de raparigas marca "o fim do terrorismo" islamista
Goodluck Jonathan foi obrigado a abrir a "Davos de África" falando nas alunas raptadas, cujo paradeiro continua desconhecido. (...)

Presidente da Nigéria diz que rapto de raparigas marca "o fim do terrorismo" islamista
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 14 Mulheres Pontuação: 9 | Sentimento 0.0
DATA: 2014-05-08 | Jornal Público
SUMÁRIO: Goodluck Jonathan foi obrigado a abrir a "Davos de África" falando nas alunas raptadas, cujo paradeiro continua desconhecido.
TEXTO: O Presidente da Nigéria, Goodluck Jonathan, abriu esta quinta-feira o Fórum Económico Mundial, que decorre em Abuja, anunciando que o rapto de mais de 200 alunas vai marcar “o fim do terrorismo” islamista no país. Jonathan contava que o Fórum fosse uma montra de promoção da Nigéria, que foi recentemente elevada a primeira potência económica de África depois de uma alteração à forma como é calculado o seu produto interno bruto. Mas a reunião que junta líderes empresariais, políticos e intelectuais, que já tinha sido afectada pela violência islamista – o Governo blindou Abuja, na tentativa de evitar novos atentados como os que nas últimas semanas mataram 90 pessoas na capital – foi atingido em cheio pelos raptos. O Presidente, que só no domingo à noite, e pressionado internamente e internacionalmente, admitiu a gravidade do que se passou e pediu ajuda internacional, teve que começar o seu discurso por aí, depois de pedir um minuto de silêncio pelas raparigas. Goodluck Jonathan não adiantou qualquer dado sobre o paradeiro das crianças e adolescentes, cerca de 270, levadas de duas vilas da província de Borno em Abril (223) e no domingo passado (entre oito e 11). Estará a contar com a ajuda internacional que, no entanto, só foi oferecida para encontrar as raparigas e não para lutar contra os islamistas. Agradeceu aos Estados Unidos, que vão enviar uma equipa de resposta rápida – segundo as palavras do secretário de Estado, John Kerry – que inclui militares, funcionários do Departamento de Justiça e agentes do FBI. Agradeceu ao Reino Unido (que também vai mandar especialistas), à França (que prometeu ajuda) e à China, que se ofereceu para disponibilizar dados de satélite que permitam detectar os movimentos dos islamistas do grupo Boko Haram, que reivindicaram o rapto. A primeira-dama norte-americana, Michelle Obama, também se juntou à campanha pela libertação das adolescentes nigerianas, tal como jovem paquistanesa Malal Yousafzai, que sobreviveu a uma tentativa de assassinato pelos talibãs, em 2012. E também o líder do Partido Socialista português, António José Seguro. Não foi adiantado quando chegarão estas equipas nem o que está a ser feito, internamente, para procurar as raparigas. E Jonathan está, tudo indica, à espera da reacção internacional, depois de o Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ter dito à estação de televisão ABC que pode ser que este rapto tenha sido “o acontecimento que levará à mobilização da comunidade internacional para se fazer alguma coisa contra uma organização tão abjecta, que cometeu um crime asqueroso”. Os países que ofereceram ajuda não se comprometeram com uma luta contra os islamistas, apenas disponibilizaram auxílio para descobir o paradeiro das alunas das escolas de Borno. “Contamos com o vosso apoio na nossa guerra contra o terrorismo”, disse Jonathan aos mais de mil participantes da “Davos africana” (como é chamada). “Se não tivessem vindo, os terroristas teriam ganho”. Um antigo embaixador americano na Nigéria, John Campbell, notou à agência AFP que o Presidente nigeriano recusou, no passado, qualquer ajuda na luta contra os Boko Haram (significa “a educação ocidental é proibida”), que há cinco anos iniciaram uma luta armada com o objectivo de criarem um estado islâmico no Norte do país. Campbell disse que Goodluck Jonathan – que receia que a onda de indignação na Nigéria comprometa a sua reeleição, nas presidenciais de 2015 – nunca quis qualquer auxílio, nem ao nível da formação de unidades antiterrorismo. Nas ruas das cidades nigerianas – por exemplo em Lagos – prosseguem as manifestações da população que acusa o Governo de Jonathan de ter reagido tarde ao rapto e de continuar a fazer pouco para encontrar as raparigas. Por todo o mundo, a campanha pela libertação das crianças e adolescentes vai somando apoios – Michelle Obama, a mulher do Presidente americano, juntou-se a ela na quarta-feira. E já esta quinta-feira Malala Yousafzai, a rapariga paquistanesa que foi atacada por taliban no Paquistão, fez um segundo apelo ao mundo para que ajude a libertá-las. “Se ficarmos em silêncio, isto vai acontecer mais vezes”, disse Malala à BBC. Sobre o paradeiro das raparigas – que segundo os Boko Haram cometeram o crime de estudar, quando a função das mulheres é casar – nada se sabe além das palavras vagas do líder do grupo que, num vídeo divulgado no início da semana, anunciava que as iria vender. Poderão estar já fora da Nigéria, num dos países vizinhos (Chade, Níger ou Camarões).
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave crime guerra violência educação mulher ajuda comunidade mulheres assassinato rapariga rapto
Associação SOS Racismo apresenta queixa contra restaurante que proíbe entrada de ciganos
Várias famílias foram impedidas de entrar. (...)

Associação SOS Racismo apresenta queixa contra restaurante que proíbe entrada de ciganos
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 14 Ciganos Pontuação: 18 | Sentimento -0.3
DATA: 2017-07-10 | Jornal Público
SUMÁRIO: Várias famílias foram impedidas de entrar.
TEXTO: A Associação SOS Racismo apresentou neste sábado uma queixa na Comissão para a Igualdade e Contra a Discriminação Racial (CICDR), denunciando que um restaurante em Odivelas proíbe a entrada de pessoas de etnia cigana, disse o dirigente da associação. José Falcão disse à Lusa que os episódios terão acontecido pelo menos duas vezes na quarta-feira (almoço e jantar), quando algumas famílias de etnia cigana viram a sua entrada no restaurante ser proibida, e na sexta-feira, quando ao telefone um cigano que tentava reservar mesa foi informado de que não valia a pena, porque não poderia entrar no estabelecimento. De acordo com a queixa enviada pela SOS Racismo à CICDR, “no dia 3 de Maio, dois casais com um bebé de colo, dirigiram-se ao Restaurante Marisqueira Queda de Água, em Odivelas” e “quando tentaram entrar foram barrados pelo empregado” que os informou de que “não serviam ciganos”, por “ordens da administração”. Dois dos visados chamaram a polícia, que tomou conta da ocorrência, e apresentaram queixas no livro de reclamações. No mesmo dia, pelas 19h30, outros dois casais com quatro filhos e um outro familiar, que já teriam reservado mesas com uma semana de antecedência, também não puderam jantar, “com o mesmo argumento: a casa não servia ciganos”, refere a mesma queixa. “Cientes dos seus direitos e do crime que estava a ser cometido, também chamaram a polícia e escreveram três queixas no Livro de Reclamações”, acrescenta. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. Segundo a SOS Racismo, também outro cigano tentou reservar mesa para seis pessoas por telefone, tendo sido questionado sobre se era de etnia cigana e avisado de que seria escusado marcar, porque depois não poderia entrar no restaurante. A SOS racismo juntou à queixa escrita uma cópia do áudio da conversa telefónica. A Lusa contactou a administração do restaurante, mas até ao momento não obteve uma posição.
REFERÊNCIAS:
O racismo deve ser punido com multas pesadas ou com penas de prisão?
Proposta de lei do Governo prevê multas até 8400 euros. Código Penal contempla prisão, mas a maioria das queixas não passa do papel. (...)

O racismo deve ser punido com multas pesadas ou com penas de prisão?
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 14 | Sentimento -0.2
DATA: 2017-02-22 | Jornal Público
SUMÁRIO: Proposta de lei do Governo prevê multas até 8400 euros. Código Penal contempla prisão, mas a maioria das queixas não passa do papel.
TEXTO: Dois dias depois de a nova proposta de lei do Governo de combate à discriminação racial e à xenofobia ter entrado na Assembleia da República, o SOS Racismo organiza um debate na biblioteca do Parlamento para discutir a legislação e apresentar sugestões. Deve a punição do racismo tender para as contra-ordenações com multas mais pesadas ou para sanções mais duras com a sua criminalização e a aplicação de penas de prisão? O SOS Racismo, uma das mais antigas organizações não-governamentais de combate a este fenómeno, defende que a criminalização é o caminho dissuasor mais eficaz. Esta quarta-feira, a organização lança o livro Racismo e Discriminação: a lei da impunidade com a socióloga Silvia Rodríguez Maeso, especialista em racismo da Universidade de Coimbra, com Mamadou Ba, do SOS Racismo e dirigente do Bloco de Esquerda, e com os deputados Teresa Caeiro (CDS, vice-presidente da Assembleia da República) e Pedro Bacelar de Vasconcelos (PS, presidente da Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias). O livro faz um balanço da lei anterior, que tem quase 20 anos. O debate irá abordar também a nova proposta do Governo, que define que o racismo e a xenofobia serão punidos com multas que podem ir até aos 4210 euros, no caso de ser cometido por indivíduos, e até 8420 euros, se o for por pessoas colectivas. Prevê também que a vítima tenha direito a indemnização. A crítica do SOS Racismo ao novo diploma centra-se no facto de colocar demasiada enfâse nas multas e de alargar os casos em que estas podem ser aplicadas: ao fazê-lo, está a diminuir as hipóteses de quem se queixa de racismo seguir a via do processo-crime, defende. “A nossa proposta é que devia haver uma alteração do Código Penal que pudesse tipificar os crimes de racismo”, diz Mamadou Ba, um dos oradores da sessão, e co-autor do livro. O Código Penal (CP) prevê prisão para actos de violência, difamação, ameaças, fundação de organizações de propaganda que incitem ao ódio ou discriminação, mas a sua aplicação prática tem sido reduzida, segundo Mamadou Ba. Falta-lhe, por exemplo, definir o que é racismo, como faz a actual proposta de lei do Governo em relação à discriminação, onde são elencadas várias práticas. O PÚBLICO pediu dados ao Ministério da Justiça sobre o número de condenações por racismo nos últimos 20 anos, mas até à hora do fecho desta edição não foi possível obtê-los. Esta compilação era, de resto, uma recomendação do Comité das Nações Unidas para a Eliminação da Discriminação Racial (CERD) na sua última revisão em Novembro. No livro do SOS Racismo publicam-se números: de 2000 a 2014 houve 248 processos de contra-ordenação, e apenas nove condenações efectivas. Isso mostra os “poucos casos em que as sanções foram eficazes ou dissuasivas”. Segundo dados do Observatório das Migrações, entre 2005 e 2015 foram recebidas pela Comissão para a Igualdade e Contra a Discriminação Racial (CICDR) 759 queixas por discriminação, mas apenas 225 terminaram em processos de contra-ordenação e, desses, apenas 20 acabaram em condenação. É raro virem a público casos de condenações em tribunais. O caso mediático mais recente foi o do skinhead Mário Machado. Por seu lado, a Secretaria de Estado para a Cidadania e a Igualdade (SECI), que coordenou o processo, defende, através de email, que “o que este diploma faz é alargar os poderes de intervenção em matéria contraordenacional, garantindo essa protecção alargada por via da responsabilidade civil, para quaisquer práticas discriminatórias não tipificadas como contraordenação”. Mas para Mamadou Ba a questão de fundo é que o racismo é encarado em Portugal como opinião e visto como uma questão isolada, quando é uma questão estrutural e um crime, afirma. “É preciso perceber que o racismo não é um debate moral, é uma questão política e cultural. Alguém que é discriminado por causa da raça sofre um atentado à sua dignidade. É necessário criar as condições para que deixe de existir. As pessoas têm que perceber que há limites que não podem ser transpostos, há valores invioláveis. ”Silvia Rodríguez Maeso, investigadora espanhola que desenvolve o projecto O combate ao racismo em Portugal: uma análise de políticas públicas e legislação antidiscriminação, também coloca a questão da perspectiva do racismo estrutural e da forma como é discutido na sociedade portuguesa. Por um lado, a tabela das condenações é muito baixa, por outro, mesmo quando existe, não está a ser feito um diagnóstico do padrão de comportamento deste tipo, e há uma inoperância na forma como as entidades seguem os casos, analisa. Além disso, é difícil transformar os crimes em casos jurídicos, sublinha, até porque isso exige recursos. Silvia Maeso critica ainda a falta de independência política de entidades como a CICDR que analisam as queixas e que deveriam publicar relatórios e estatísticas anuais com “dados fiáveis”. “Não há vontade política de discutir o racismo como processo estrutural que afecta direitos fundamentais das populações e a vida de muitas pessoas”. Para Mamadou Ba, também dirigente do Bloco de Esquerda, o racismo “é tabu em Portugal” e isso “faz com que o legislador actue com alguma timidez”. “A actuação “é tão insuficiente que o resultado na prática é ineficaz. Temos 20 anos desta lei e não há nenhum agente da autoridade condenado por ela”, acrescenta, mesmo com os casos vindos a público, como o que terá envolvido agressões de agentes policiais na esquadra de Alfragide a habitantes do Bairro do Alto da Cova da Moura, em 2015. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. Mas esta organização não está isolada na crítica à anterior legislação: também Pedro Bacelar de Vasconcelos reconhece que a experiência da aplicação da lei “não é positiva”, e essa opinião decorre da análise dos dados sobre queixas e o seu desfecho. “Só por si justifica uma reflexão sobre o combate à discriminação”, diz ao PÚBLICO. “A experiência diz que a aplicação da lei foi demasiado benevolente. A solução não é torná-la mais drástica mas saber porque foi tão condescendente a sua aplicação e procurar, ao nível da revisão, as melhores medidas”, responde. Já Teresa Caeiro considera que o CP e a lei da discriminação cobrem as questões do racismo. “Portugal não tem descuido em relação às questões do racismo”, afirma a deputada. “A própria Constituição proíbe a discriminação”, afirma. “Claro que há problemas, podemos fazer mais, através da igualdade de oportunidades de acesso ao mercado de trabalho e práticas de integração, mas como portuguesa não tenho vergonha das nossas leis”, afirma. O Alto Comissariado para as Migrações não quis comentar o novo diploma, remetendo a resposta para a tutela, a SECI.
REFERÊNCIAS:
Partidos PS
Facebook volta a activar notificações de segurança após atentado na Nigéria
Rede social foi criticada anteriormente por não ter tomado a mesma decisão após os atentados no Líbano e no Iraque e só o ter feito para França. (...)

Facebook volta a activar notificações de segurança após atentado na Nigéria
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 14 | Sentimento 0.0
DATA: 2015-11-19 | Jornal Público
SUMÁRIO: Rede social foi criticada anteriormente por não ter tomado a mesma decisão após os atentados no Líbano e no Iraque e só o ter feito para França.
TEXTO: O Facebook já o tinha feito no passado após um sismo de grande magnitude no Nepal e mais recentemente após os atentados de dia 13 em Paris. Na noite de terça-feira chegou a notícia de que mais de 30 pessoas morreram na explosão de uma bomba no noroeste da Nigéria, num ataque que se suspeita ter sido perpetrado pelo grupo extremista islamista Boko Haram. A rede social voltou a activar a sua página que permite aos utilizadores notificarem os amigos de que estão bem. À semelhança do que sucedeu na capital francesa, o atentado na cidade de nigeriana de Yola foi cometido com recurso a uma bomba que foi detonada no meio de uma multidão após a oração da tarde. O ataque ainda não foi reivindicado, mas as autoridades locais suspeitam que tenha sido uma operação do Boko Haram, que nos últimos meses já tinha estado em Yola, com atentados suicida e explosão de bombas. Foi ao grupo que foi atribuído o rapto de centenas de alunas numa escola do país em 2014. Após os atentados em Paris, o Facebook foi criticado por não ter tomado a mesma iniciativa de activar a chamada página “Safety Check”, onde os utilizadores da rede social podem indicar aos amigos que se encontram bem em situações de violência, após o atentado em Beirute, no Líbano, que levou à morte de pelo menos 40 pessoas, na véspera dos ataques na capital francesa. Num post publicado na sua página no Facebook, o co-fundador da rede social, Mark Zuckerberg, explica que a activação da funcionalidade vai ser sempre feita quando se considera que pode ser útil em cenários como os de Paris ou Beirute. “Infelizmente, estes tipos de acontecimentos são muito comuns, por isso não vou postar sobre todos eles. A perda de vidas humanas em qualquer lugar é uma tragédia, e estamos empenhados em fazer a nossa parte para ajudar as pessoas em mais uma dessas situações”, escreve Zuckerberg. O Facebook sublinha que, apesar do alarme frequente que estas situações provocam, “a violência está actualmente no nível mais baixo da história e continua a cair”. “Por favor, não permitam que uma pequena minoria de extremistas vos torne pessimistas sobre o futuro”, remata o responsável.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave morte escola violência ataque social minoria rapto
Portugal analisa participação na missão da UE na República Centro Africana
Passos Coelho reuniu com o seu homólogo argelino na Cimeira Portugal-Argélia, que decorreu naquele país magrebino. (...)

Portugal analisa participação na missão da UE na República Centro Africana
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 14 | Sentimento 0.0
DATA: 2015-05-01 | Jornal Público
SUMÁRIO: Passos Coelho reuniu com o seu homólogo argelino na Cimeira Portugal-Argélia, que decorreu naquele país magrebino.
TEXTO: O primeiro-ministro português, Pedro Passos Coelho, anunciou esta terça-feira que o Conselho Superior de Defesa Nacional vai analisar esta semana a possibilidade de as Forças Armadas Portuguesas participarem na missão da União Europeia na República Centro-Africana. O chefe do executivo PSD/CDS-PP fez este anúncio em conferência de imprensa conjunta com o seu homólogo argelino, Abdelmalek Sellal, no final da IV Cimeira Portugal-Argélia, que decorreu em Argel, no Palácio do Governo. "Cabe-me sublinhar o empenho ativo de Portugal na estabilidade regional, como bem revela, entre outras iniciativas, a nossa participação na missão da União Europeia no Mali. E terá lugar ainda esta semana um Conselho Superior de Defesa Nacional, no qual será analisada a possibilidade de oficiais das forças armadas portuguesas também participarem na missão da União Europeia na República Centro Africana", afirmou Passos Coelho. A República Centro-Africana é palco de violências interreligiosas desde que o presidente François Bozizé foi afastado do poder, em Março de 2013, por uma coligação predominantemente muçulmana, a Séléka. Desde o início da intervenção francesa no país - a operação 'Sangaris' foi lançada em Dezembro do mesmo ano -, a violência entre as milícias cristãs 'antibalaka' (antimachete, em língua sago) e a Séléka multiplicaram-se, levando a crise do golpe de Estado a uma "crise interreligiosa". O Governo português esteve representado na IV Cimeira Portugal-Argélia pelo primeiro-ministro e pelos ministros de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete, da Economia, António Pires de Lima, e do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia, Jorge Moreira da Silva. Esta é a primeira visita que Pedro Passos Coelho faz a um país do Magrebe desde que é primeiro-ministro. As três anteriores cimeiras luso-argelinas realizaram-se no tempo dos governos socialistas chefiados por José Sócrates, em 2007, 2008 e 2010.
REFERÊNCIAS:
França inicia intervenção militar na República Centro-Africana
Mais de 1000 soldados vão tentar pôr fim a 12 meses de violência extrema no país. Segundo a Unicef, 6000 crianças estarão a ser treinadas para combater. (...)

França inicia intervenção militar na República Centro-Africana
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 14 | Sentimento -0.03
DATA: 2015-05-01 | Jornal Público
SUMÁRIO: Mais de 1000 soldados vão tentar pôr fim a 12 meses de violência extrema no país. Segundo a Unicef, 6000 crianças estarão a ser treinadas para combater.
TEXTO: Ao fim de um ano de terror diário, a França deu o primeiro passo concreto numa luta contra o tempo para evitar um genocídio na República Centro-Africana. Centenas de soldados franceses chegaram nesta sexta-feira ao país, a maioria deles deslocados do Gabão, horas depois de terem recebido luz verde do Conselho de Segurança das Nações Unidas. Ban Ki-moon, "preocupado com a escalada de violência intercomunitária", fez um apelo urgente à protecção dos civis. O objectivo da operação Sangaris é conter a extrema violência que tem assolado o país desde a deposição do Presidente François Bozizé, em Março, pela milícia Séléka, uma aliança de grupos rebeldes de maioria muçulmana. Se esta sexta-feira não houve notícia de gande violência, um grande número de habitantes de Bangui, a capital, juntou-se nos arredores do aeroporto, onde o Exército francês e a força da União Africana presente no território têm as suas bases, por receio de represálias nos seus bairros, diz a AFP. No quarteirão da Assembleia Nacional, a Cruz Vermelha encontrou dezenas de cadáveres abandonados após os violentos confrontos da véspera e de matanças indiscriminadas, com armas de fogo ou machetes. "Temos de garantir a segurança, temos de desarmar os grupos. Temos de garantir que os vândalos, os bandidos, as milícias saibam que não podem usar as ruas de Bangui para as suas batalhas", disse o ministro francês da Defesa, Jean-Yves Le Drian, através da Radio France Internationale, anunciando o início da segunda intervenção francesa em África neste ano, depois do Mali. No total, são 1200 os soldados franceses que vão tentar pôr fim a uma vaga de massacres e violência entre muçulmanos e cristãos que fez pelo menos 281 mortos só em dois dias em Bangui. O contingente que já se encontra no aeroporto envolveu-se na quinta-feira em confrontos com um grupo de combatentes de origem desconhecida. "Homens armados chegaram aqui em carrinhas de caixa aberta e dispararam contra as posições francesas. Nós respondemos e os combatentes foram mortos", disse à Reuters um porta-voz do Exército, Gilles Jarron. A intervenção francesa – resguardada por uma autorização dos 15 membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas – vai reforçar também a presença da União Africana, que conta com 2500 soldados na República Centro Africana. O plano inicial é pôr termo aos combates nos próximos seis meses, mas o actual primeiro-ministro considera que esse prazo não será suficiente. "Seis meses parece-me pouco. Devemos precisar de um ano. Se eles [os militares franceses] conseguirem resolver os problemas, tanto melhor, mas preferia que ficassem um ano", disse Nicolas Tiangaye à Radio France Internationale. O anúncio do envio de soldados franceses foi bem recebido pela maioria da população, mas os relatos de massacres na região da capital e no Norte do país continuam a chegar. Um dos habitantes da área PK12, à saída de Bangui, disse que combatentes da Séléka estavam a fazer uma operação porta a porta, para "pilhar e matar pessoas". O homem, que pediu para não ser identificado por razões de segurança, disse ainda que os militantes acusavam toda a gente de pertencer aos grupos anti-balako – grupos armados de cristãos que combatem os Séléka. A República Centro-Africana, afirma o arcebispo Dieudonne Nzapalainga, entrou num "ciclo de violência". Uma violência que afecta de forma particular os mais desprotegidos, como as crianças, lembra a Unicef, em comunicado. "Passado um ano sobre o início do conflito na República Centro-Africana, 2, 3 milhões de crianças estão a ser afectadas por esta crise e a ser cada vez mais alvo de violência e recrutamento forçado, entre outras atrocidades", lê-se no texto enviado aos media nesta sexta-feira. O director executivo da Unicef, Anthony Lake, lamenta a "demora" na intervenção externa no país e apela à protecção urgente das crianças. "Não pode haver mais demoras na tomada de medidas efectivas; não pode haver mais desculpas para não actuar em defesa das crianças e famílias da República Centro-Africana. "Segundo os números da Unicef, sete em cada dez crianças em idade de frequentar o ensino primário não voltaram às escolas desde Dezembro do ano passado. À imagem do próprio país, a rede de ensino foi praticamente dizimada: 80% das escolas da República Centro-Africana fecharam as portas nos últimos 12 meses. Para além dos casos de violência sexual contra menores, "incluindo violação colectiva", a Unicef estima que 6000 crianças estejam nas mãos dos grupos armados, a serem treinadas para combater.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave homens violência homem violação sexual
Presidente interino da República Centro-Africana demite-se
Além de Michel Djotodia, que assumiu a presidência em Março de 2013 após um golpe, foi anunciada a saída do primeiro-ministro Nicolas Tiangaye. (...)

Presidente interino da República Centro-Africana demite-se
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 14 | Sentimento 0.0
DATA: 2015-05-01 | Jornal Público
URL: https://arquivo.pt/wayback/20150501041100/http://www.publico.pt/1619161
SUMÁRIO: Além de Michel Djotodia, que assumiu a presidência em Março de 2013 após um golpe, foi anunciada a saída do primeiro-ministro Nicolas Tiangaye.
TEXTO: O Presidente interino da República Centro-Africana, Michel Djotodia, não resistiu à pressão internacional e acabou por anunciar a sua demissão durante uma cimeira regional extraordinária convocada para o Chade, precisamente para discutir uma fórmula que permita ultrapassar a paralisia política e encontrar uma solução para a instabilidade e violência inter-religiosa naquele país. Além da demissão de Djotodia, o primeiro líder muçulmano do país, que assumiu a presidência em Março de 2013 após um golpe da sua aliança rebelde Seleka que derrubou o anterior Governo de Bangui, foi anunciada a saída do seu primeiro-ministro, Nicolas Tiangaye. Os dois eram duramente criticados há vários meses, pela sua alegada incapacidade ou incompetência no restabelecimento da ordem na República Centro-Africana RCA). Num curto comunicado, os líderes da Comunidade Económica dos Estados da África Central (CEEAC), um bloco que agrega dez países, comunicaram a “demissão do chefe de Estado interino e do primeiro-ministro [da República Centro Africana], uma decisão altamente patriótica e que se felicita para que o país possa sair da paralisia”. A cimeira, que arrancara na quinta-feira, tinha sido suspensa para que os 135 membros do Conselho Nacional de Transição, um órgão parlamentar provisório estabelecido após a deposição do Governo do antigo Presidente François Bozizé, pudessem viajar de avião até à capital do Chade, N’Djamena. O afastamento de Michel Djoboti e dos seus aliados políticos no Governo era entendido como uma “condição essencial” para o arranque de negociações com vista à reconciliação nacional e o fim das hostilidades sectárias. “Claramente, a transição [de poder na RCA] não funcionou como se esperava. As autoridades que assumiram a responsabilidade pelo processo não foram capazes de responder às necessidades e às exigências dos centro-africanos e da comunidade internacional, nomeadamente na garantia da ordem e da segurança”, referiu o Presidente do Chade, Idriss Déby. Segundo as agências, a responsabilidade de escolher um novo Governo para a República Centro-Africana recai agora sobre os legisladores do Conselho Nacional de Transição. “O Conselho Nacional de Transição deverá estabelecer rapidamente uma alternativa provisória [de Governo], com o objectivo de organizar eleições antes do fim do ano”, observou o ministro da Defesa da França, Jean-Yves Le Drian. A antiga potência colonial fez deslocar um contingente militar de 1600 homens para a sua antiga colónia: nesta sexta-feira, os soldados franceses e as tropas de uma missão da União Africana montaram guarda ao palácio presidencial em Bangui e assumiram o controlo da segurança na capital – onde a notícia da demissão de Michel Djoboti foi celebrada com tiros. Além da França e dos países vizinhos – que sentiam já o impacto da crise humanitária provocada pelos combates na RCA – também as Nações Unidas tinham feito duras críticas à aparente indiferença e passividade de Djoboti e do seu executivo perante o alastramento da violência entre milícias cristãs e rebeldes muçulmanos, que obrigou mais de um milhão de pessoas (cerca de 20% da população do país) a fugir de casa. Desde Dezembro, já morreram mais de mil pessoas em ataques motivados por rivalidades étnicas mas sobretudo por divisões inter-religiosas, suscitadas pela tomada do poder pela rebelião muçulmana, concentrada no Norte da RCA e militarmente mais poderosa. As milícias anti-balaka, hostis ao presidente interino, assumiram o combate em nome da resistência cristã.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave homens violência comunidade humanitária
Elias, ex-jogador do Sporting, foi alvo de racismo
O futebolista foi chamado de “macaco” por um adversário na Taça Libertadores, mas pediu para não ser apresentada queixa. (...)

Elias, ex-jogador do Sporting, foi alvo de racismo
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 14 | Sentimento 0.0
DATA: 2015-04-14 | Jornal Público
SUMÁRIO: O futebolista foi chamado de “macaco” por um adversário na Taça Libertadores, mas pediu para não ser apresentada queixa.
TEXTO: O médio Elias, antigo jogador do Sporting e que actualmente joga nos brasileiros do Corinthians, foi alvo de um acto racista protagonizado pelo defesa central Cristian González, do clube uruguaio Danúbio, durante um jogo da Taça dos Libertadores da América, equivalente à Liga dos Campeões na América do Sul, disputado na quarta-feira, no Itaquerão. Segundo denunciaram os colegas de equipa de Elias, este terá sido chamado de “macaco” após a falta que deu origem ao primeiro golo do emblema brasileiro. Indignado, o jogador teve que ser agarrado pelos colegas e adversários para não agredir González. Apesar da reacção, o camisola 7 do Corinthians pediu para que o clube não apresentasse queixa. A partida terminou com o triunfo do Corinthians por 4-0. Elias jogou no Sporting entre 2011 e 2013 e foi a contratação mais cara da história do clube “leonino” que, em 2011, pagou 8, 85 milhões de euros pelo brasileiro ao Atlético de Madrid. Em Abril de 2014, o Sporting vendeu os 50% dos direitos económicos do jogador que detinha por 4 milhões de euros.
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