Ana Vidigal: "Fui educada para ser uma menina limpinha"
Menina Limpa, Menina Suja é o nome da sua exposição antológica no Centro de Arte Moderna da Gulbenkian. A mostra conta a história de uma menina bem comportada que aprendeu com Mae West que, quando era boa, era boa, quando era má, era muito melhor. A inauguração é a 22 de Julho. (...)

Ana Vidigal: "Fui educada para ser uma menina limpinha"
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 12 | Sentimento 0.058
DATA: 2010-07-10 | Jornal Público
SUMÁRIO: Menina Limpa, Menina Suja é o nome da sua exposição antológica no Centro de Arte Moderna da Gulbenkian. A mostra conta a história de uma menina bem comportada que aprendeu com Mae West que, quando era boa, era boa, quando era má, era muito melhor. A inauguração é a 22 de Julho.
TEXTO: Ana Vidigal vai fazer 50 anos. Pinta há 30. As suas peças têm títulos como Secura de Boca Depois de Arfar, Sempre Gostei de Uma Flechada de Cupido, For All the Girls I Loved Before. Os assuntos do coração podem ser, são quase sempre, os seus assuntos. Interessam-lhe os “estragos emocionais” quando fala de um acontecimento que é eminentemente político — por exemplo, a guerra colonial. Faz parte do blogue Jugular. É feminista. “Posta” coisas que quer dizer, mais do que tudo, em imagens. Mas a política e a arte são campos que não gosta de misturar. Gosta de artistas como Louise Bourgeois ou Sophie Calle. Gosta de poesia. Trabalha sobre sedimentos, despojos, memórias, cartas, fotografias, a vida. Pinta quem é como outros escrevem quem são. Pinta sobre os vestígios de uma vida obsessivamente guardada, reconfigurada. O seu trabalho artístico, de certa forma, é um abrir de caixas, caixas, caixas. Faz um “trabalho paralelo” mais experimental que durante muito tempo não expôs na sua galeria de sempre, a 111. Muito disso , está na exposição da Gulbenkian, a inaugurar-se a 22 de Julho. A entrevista aconteceu em casa. Tudo acontece em casa. Um mundo, uma infância, uma memória palpável confluem num único espaço. A casa tem vista para o rio, o bairro faz parte da geografia da família há mais de 20 anos. O atelier e a casa estão construídos em círculo; mais do que comunicantes, parecem umbilicais. Como na obra de Ana Vidigal, aliás. Um alimenta-se do outro. Existe por causa do outro. Um é sintoma do outro. É filha de uma família conservadora, de homens e mulheres licenciados há pelos menos duas gerações. Há na casa vestígios desse conforto e “finesse”. Nas louças antigas, numa cómoda de extremo bom gosto. O pai é arquitecto, a mãe é mãe. Ana é pintora e nunca lhe passou pela cabeça ser mãe. Isso seria outra vida, outra pessoa. Excerto da entrevista a Ana VidigalFoi educada para ser uma menina limpa que podia sujar-se de vez em quando?Hum. Fui educada para ser uma menina limpinha. Tudo se transforma em 1974. A minha mãe, que foi educada para casar e ter filhos, pensou que o quadro anterior ao 25 de Abril se poderia manter; eu percebi rapidamente que a revolução me iria permitir, um dia que fosse autónoma, fazer aquilo que muito bem entendesse. O que é ser limpinha? A menina limpa corresponde ao modelo de uma família conservadora. Uma família de mulheres que estudaram, mas não trabalharam. Todas as minhas amigas de infância e adolescência casaram e tiveram filhos. Sou a única que exerço uma profissão que não me dá disponibilidade para mais nada. Sou uma menina de colégio de freiras. Andei até aos 15 anos, até 1976, nas Doroteias. O 25 de Abril afectou a vida da família? Houve uma mudança radical, no sentido de a família achar que algumas das suas prerrogativas deixavam de existir? Não. O meu pai não tinha qualquer actividade política, nem à esquerda nem à direita. Tinha sido chamado para fazer a tropa pela segunda vez. Isso foi a primeira desestabilização na família. Ele tinha 30 e poucos anos quando teve de ir para a Guiné e nós ficámos cá sozinhos com a nossa mãe. Quando foi o 25 de Abril, a mãe respirou de alívio: os meus irmãos já não seriam mobilizados. Era um sentimento muito presente nas famílias portuguesas: ou as famílias se desfaziam porque os homens fugiam para não ir à tropa; ou se desfaziam porque iam para a guerra e morriam. Há uma peça que evoca esse período. É uma cama feita com as cartas que os seus pais trocaram. Chama-se Penélope. Fiz essa peça para a exposição Um Oceano Inteiro para Nadar. Eu queria pegar no assunto da guerra colonial. Sempre me fez impressão que não trabalhássemos isso (nomeadamente nas artes plásticas). Os americanos trataram a guerra do Vietname ainda ela estava a decorrer. Duvido de que haja alguém da minha geração que não tenha tido um pai, um tio, um irmão em contacto com a guerra colonial. Há uma peça que sempre me impressionou muito e que foi exposta em 1973 na Sociedade Nacional de Belas- Artes (nem sei como é que aquilo passou na censura); uma peça da Clara Menéres, Jaz Morto e Arrefece (que é um verso do poema do Pessoa O Menino de Sua Mãe). É um soldado morto, hiper-realista, uma crítica fortíssima à guerra colonial. Mas não me interessou tomar posições políticas. Eu tinha seis anos, sabia lá se era contra ou a favor! Posso ter a minha posição agora. O que eu queria da peça é que ela me relacionasse com essa altura. E se pensa nessa altura, pensa em quê? A força da guerra tem a seguinte expressão: a ausência do meu pai, a presença constante em cartas. Não falei com os meus pais sobre isto, nem vou falar; não sei se combinaram quantas vezes se escreveriam, mas sei do nervoso da minha mãe quando estava para chegar o aerograma (mais frequente do que as cartas). Temeu por ele? Mesmo miúda, percebi que podia não voltar. Tivesse a noção de que se morria na guerra. Ninguém me escondeu isso. Os nossos desenhos estavam cheios de bandeiras portuguesas, carros de combate. Os meus irmãos e eu sempre desenhámos muito, sempre tivemos acesso a lápis, papel. Fazíamos desenhos para mandar para o nosso pai. É curioso que desenhassem bandeiras e não a casa, a família. Não lhe devolviam nos desenhos o que era o vosso quotidiano. Desenhávamos coisas directamente relacionadas com a guerra. Mas não sei se a guerra era para nós um fantasma. Se calhar gostávamos imenso que o nosso pai participasse naquela ideia heróica que tínhamos da guerra. Os pais iam para a guerra defender a pPátria — era isso que nos era incutido. O que abordei, quando falei nas minhas peças da guerra colonial, foram os estragos emocionais. Voltando à peça: leu as cartas? Por que é que decidiu tratar esse tema a partir daquelas cartas? Nunca li as cartas. Gosto muito desse tipo de materiais. As cartas fascinam-me. Porque têm uma parte exterior e uma parte interior. Nesse sentido, são caixas. Elemento nuclear do seu trabalho. Sim, as cartas são caixas. Nunca li aquelas cartas por uma questão de respeito e pudor. A minha mãe deu-me as cartas, mas sabia que nunca iria usá-las de modo a expor a intimidade dela com o meu pai. Já exponho, de certa maneira, quando mostro que aquele casal manteve aquela correspondência tão assídua. Interessa-me saber que dentro daqueles envelopes está uma vida. Mas é uma coisa que não se pode violar. Outros temas da próxima PúblicaEles eram ricos e perderam quase tudo; por Raquel Almeida CorreiaMuras, os índios condenados à extinção pelos portugueses; reportagem de Vanessa Rodrigues, na AmazóniaNa China, a educação não é para pobresMaria de Belém Roseira responde ao Inquérito de Miguel Esteves Cardoso, Pedro Mexia e José Diogo Quintela
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave homens guerra filha educação mulheres extinção morto feminista
Craigslist criticado por facilitar a prostituição de menores e o tráfico humano
O popular site de classificados norte-americano Craigslist enfrenta acusações de promoção da prostituição e de encontros sexuais com menores. Um anúncio pago no “The Washington Post” revelou ao país o relato de duas jovens que dizem ter sido exploradas por intermédio do site. (...)

Craigslist criticado por facilitar a prostituição de menores e o tráfico humano
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 12 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-08-09 | Jornal Público
SUMÁRIO: O popular site de classificados norte-americano Craigslist enfrenta acusações de promoção da prostituição e de encontros sexuais com menores. Um anúncio pago no “The Washington Post” revelou ao país o relato de duas jovens que dizem ter sido exploradas por intermédio do site.
TEXTO: Numa carta aberta ao fundador do site, Craig Newmark, duas jovens - identificadas como MC e AK - apelaram ao fim da secção de anúncios para adultos, revela o “The Guardian”. Uma das mulheres, MC, indicou ter sido forçada a prostituir-se com 11 anos por um homem que, segundo ela, traficava outras raparigas da sua idade. “Durante todo o dia, eu e outras raparigas sentávamo-nos com os nossos portáteis, colocando fotografias e respondendo a anúncios no Craigslist. Ele (o proxeneta) fazia 1500 dólares por noite a vender o meu corpo, levando-me para Los Angeles, Houston, Little Rock - e uma vez para Las Vegas - na mala do carro”, pode ler-se no anúncio publicado no “The Washington Post”. “Craig, escrevemos-te esta carta para que saibas, pelas nossas experiências, a forma como a Craigslist faz com que actos tão horrendos como este sejam tão fáceis de levar a cabo. . . e os homens que os proporcionam tão ricos”. Uma segunda mulher - AK - relata a forma como, no ano passado, conheceu um homem com o dobro da sua idade que queria ser seu namorado e que acabou por se transformar no seu proxeneta, contra a sua vontade. “Ele pôs a minha fotografia na Craigslist e eu fui vendida à hora, para sexo, em paragens de camionistas e motéis baratos, 10 horas por dia, com 10 homens diferentes a cada jornada. Esta transformou-se na minha vida”, relata a mulher no anúncio. “Os homens respondiam aos anúncios da Craigslist e pagavam para me violarem”, conclui. O anúncio no “The Washington Post” foi parcialmente pago pelo Fair Fund, um grupo que trabalha com jovens mulheres que foram vendidas em troca de sexo, indica ainda o “The Guardian”. O Fair Fund descreve o site Craigslist como “o Wal-Mart do tráfico de sexo online”. A mesma organização indicou que esteve a verificar as contas das mulheres online e pode provar a veracidade das actividades de que elas dizem ter sido vítimas. Respondendo a estas críticas, o director-executivo da Craigslist, Jim Buckmaster, disse que a empresa tem trabalhado incansavelmente com agências especializadas na tentativa de expurgar do site todos os anúncios que implicam a exploração de menores, revendo manualmente todos os anúncios para adultos Há dois anos - sob a ameaça de ser processado pelas autoridades de cerca de 40 estados norte-americanos - o site Craigslist começou a cobrar 10 dólares por cada anúncio para adultos, ao passo que a maioria dos restantes anúncios podem ser colocados online gratuitamente. Parte do lucro desses anúncios reverte para instituições de caridade. Estas mudanças não convenceram completamente os grupos que trabalham com crianças em risco. Milhares de anúncios continuam a ser colocados online diariamente e muitos deles incluem os termos “frescas” e “inexperientes”, como sinónimos para descrever a prostituição de menores, acusa o Fair Fund. Ainda no mês passado, dezenas de grupos anti-prostituição protestaram à porta do quartel-general da Craigslist, em São Francisco, pedindo o fim dos anúncios sexuais. Craig Newmark tem-se recusado a comentar esta polémica. O site está a ser alvo de uma investigação criminal no estado da Carolina do Sul, tendo o procurador-geral, Henry McMaster, descrito as alegações de promoção de prostituição como um assunto “muito sério”. Na passada sexta-feira, um juiz federal recusou uma tentativa do Craigslist de bloquear as investigações. No mesmo dia, o procurador-geral do Connecticut, Richard Blumenthal, pediu oficialmente ao site para se livrar dos anúncios sexuais.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave homens mulher homem prostituição sexo mulheres corpo
Inquérito da Deco indica que metade das mulheres que realizam IVG não tem apoio psicológico
Os resultados de um inquérito realizado pela Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor (Deco) sugerem que estabelecimentos autorizados a realizar a Interrupção Voluntária da Gravidez (IVG) não oferecem às mulheres a possibilidade de obterem ajuda psicológica. (...)

Inquérito da Deco indica que metade das mulheres que realizam IVG não tem apoio psicológico
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 12 | Sentimento -0.08
DATA: 2010-09-28 | Jornal Público
SUMÁRIO: Os resultados de um inquérito realizado pela Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor (Deco) sugerem que estabelecimentos autorizados a realizar a Interrupção Voluntária da Gravidez (IVG) não oferecem às mulheres a possibilidade de obterem ajuda psicológica.
TEXTO: Este apoio está consagrado na lei e tem de estar acessível às mulheres que necessitem de a ele recorrer. Luís Graça, director do Serviço de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital de Santa Maria, contraria os resultados e afirma que "todos os serviços têm assistentes sociais disponíveis para dar apoio". Cerca de metade das mulheres inquiridas diz não ter sido informada sobre a possibilidade de obter ajuda psicológica e confessa ter sentido necessidade de falar com um profissional. Para Luís Graça, os resultados contrariam o que na realidade acontece. Segundo o médico, todos os serviços oferecem às mulheres a possibilidade de terem apoio. "É oferecido na primeira consulta", sendo depois opção da mulher recorrer ao apoio. "Aliás, a maior parte não quer", preferindo ter o menor número possível de profissionais envolvido. O inquérito foi realizado em Portugal, Espanha e Itália entre Outubro de 2009 e Março de 2010. Foram obtidas 348 respostas anónimas, 35 das quais portuguesas. Segundo Luís Graça, "são realizadas cerca de 20 mil IVG, por ano, em Portugal", não tendo os resultados "a mais pequena representatividade". De acordo com o estudo, o período de reflexão de três dias, obrigatório por lei, não foi imposto a uma em cada dez inquiridas. "Não é uma coisa que seja à vontade do freguês", afirma Luís Graça. "Pode ter acontecido, mas em casos raros". O método medicamentoso terá sido imposto a oito em cada dez mulheres que recorreram ao Serviço Nacional de Saúde. "Resolve 98 por cento das situações", diz o médico, acrescentando que o método aplicado é o considerado mais adequado. Nas clínicas privadas, a maioria foi submetida a aspiração cirúrgica. "Aí é que não é oferecido o método medicamentoso", reage. A lei que permite a IVG até às dez semanas vigora há mais de três anos. Para Luís Graça, o balanço é positivo: "Diminuiu brutalmente a mortalidade devida a abortos".
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave lei mulher ajuda estudo mulheres
MAC quer assegurar tratamentos de infertilidade a mulheres que completem 40 anos ainda em 2010
A Maternidade Alfredo da Costa (MAC), em Lisboa, quer realizar o segundo ciclo de tratamentos contra a infertilidade às mulheres que atinjam este ano os 40 anos. A intenção manifestada pela MAC surge depois de a pelo menos seis mulheres ter sido negada a continuação do tratamento na maternidade na sequência de uma circular da Administração Central de Sistemas de Saúde publicada em Agosto. (...)

MAC quer assegurar tratamentos de infertilidade a mulheres que completem 40 anos ainda em 2010
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 12 | Sentimento 0.2
DATA: 2010-10-12 | Jornal Público
SUMÁRIO: A Maternidade Alfredo da Costa (MAC), em Lisboa, quer realizar o segundo ciclo de tratamentos contra a infertilidade às mulheres que atinjam este ano os 40 anos. A intenção manifestada pela MAC surge depois de a pelo menos seis mulheres ter sido negada a continuação do tratamento na maternidade na sequência de uma circular da Administração Central de Sistemas de Saúde publicada em Agosto.
TEXTO: Ontem, pelo menos seis mulheres que já estavam a tomar injecções hormonais foram informadas de que o tratamento contra a infertilidade não iria avançar e que só no próximo ano é que o poderiam concretizar. Susana Pereira, de 32 anos, esteve sexta-feira na MAC para realizar uma ecografia de monitorização do tratamento, depois de ter tomado 12 injecções hormonais. Quando se preparava para fazer o exame foi informada de que estavam a cancelar os tratamentos. “Disseram-me que não podia fazer o tratamento, porque era o segundo este ano e havia uma norma a determinar que o segundo ciclo não ia ser pago”, explicou. Susana Pereira referia-se a uma circular da Administração Central de Sistemas de Saúde (ACSS), emitida a 12 de Agosto, segundo a qual, em 2010, o Serviço Nacional de Saúde deve apenas financiar “um ciclo de tratamento de segunda linha, fertilização ‘in vitro’ ou injecção intra-citoplasmática de espermatozóide para cada caso/casal”. Graça Pinto, responsável da Unidade de Medicina de Reprodução da MAC, confirmou à agência Lusa que a decisão de não realizar mais segundos e terceiros ciclos de tratamento de infertilidade até ao final do ano resultou de facto desta circular. No entanto, apesar da directiva, Graça Pinto afirma que a MAC vai tentar que as mulheres que completem os 40 anos este ano ainda possam fazer um segundo ciclo, já que após completarem esta idade ficam excluídas do tratamento. Na origem desta situação está o facto de a MAC já ter “esgotado” o seu orçamento para esta área e por causa da circular determinar que o SNS só paga um ciclo este ano. “Se a tutela não paga, nós não podemos assegurar mais do que os primeiros ciclos este ano”, afirmou a responsável da maternidade. Em declarações à rádio Renascença, Jorge Branco, presidente do Conselho de Administração da Maternidade Alfredo da Costa, nega que estejam previstas quaisquer interrupções nos tratamentos de fertilidade. “As indicações que dei é que não há nenhum ciclo que seja interrompido. Mesmo que seja um semi-ciclo, fazem-no por completo”, assegurou. Jorge Branco assegurou ainda que “todos os casais que estão na Maternidade Alfredo da Costa farão os seus ciclos, independentemente do número ciclos este ano”. Até ao final deste ano, a MAC estima realizar um total de 480 ciclos de tratamento. A Associação Portuguesa de Fertilidade acusou ontem a MAC de ter interrompido “brutalmente” os tratamentos por determinação da tutela, uma situação que o organismo disse estar a indignar dezenas de casais que após esperarem por um tratamento, em certos casos durante anos, e depois do primeiro não dar certo, ficarem impedidos de concretizar um segundo.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave mulheres
Dentro de dez anos, o cancro do pulmão será o mais mortal para as mulheres
A Organização Mundial de Saúde (OMS) fala numa "atracção fatal" entre as mulheres e o tabaco. Os dados nacionais corroboram a tese: ainda que os indicadores nos homens continuem a ser bastante mais negros, o número de casos mortais de cancro do pulmão nas mulheres não pára de crescer. Nos últimos 20 anos, o número de fumadoras quase duplicou e, a manter-se esta tendência, em 2020 o cancro do pulmão poderá mesmo ser o mais mortal para as mulheres - ultrapassando as mortes por cancro da mama. Estima-se que Portugal tenha mais de 1,5 milhões de fumadores, dos quais perto de 300 mil serão mulheres. (...)

Dentro de dez anos, o cancro do pulmão será o mais mortal para as mulheres
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 12 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-11-13 | Jornal Público
SUMÁRIO: A Organização Mundial de Saúde (OMS) fala numa "atracção fatal" entre as mulheres e o tabaco. Os dados nacionais corroboram a tese: ainda que os indicadores nos homens continuem a ser bastante mais negros, o número de casos mortais de cancro do pulmão nas mulheres não pára de crescer. Nos últimos 20 anos, o número de fumadoras quase duplicou e, a manter-se esta tendência, em 2020 o cancro do pulmão poderá mesmo ser o mais mortal para as mulheres - ultrapassando as mortes por cancro da mama. Estima-se que Portugal tenha mais de 1,5 milhões de fumadores, dos quais perto de 300 mil serão mulheres.
TEXTO: Numa altura em que muitos estudos comprovam o "rastilho" directo que existe entre o tabaco e as várias patologias respiratórias, o relatório do Observatório Nacional das Doenças Respiratórias, recentemente apresentado no congresso da Fundação Por- tuguesa do Pulmão, vem alertar que todos os anos são diagnosticados 3500 novos casos de cancro do pulmão e que em metade dos casos a doença já é detectada em fase avançada, afectando outros órgãos. Em 2008, o primeiro ano em que se registou uma ligeira redução para os homens, morreram 3681 portugueses com esta patologia oncológica - um aumento de quase 19 por cento face a 1999. Perto de 750 óbitos foram de mulheres, contra 1800 mortes por cancro da mama. Internamentos disparam"No caso dos homens, temos conse- guido reduzir a percentagem de fumadores, mas nas mulheres não pára de aumentar. Como os efeitos do tabaco muitas vezes só se revelam 20 ou 30 anos depois, e como em Portugal se começou a fumar mais tarde, estamos agora a sofrer as consequências. E, se mantivermos estes comportamentos, admito que dentro de dez anos as mortes por cancro do pulmão ultrapassem as da mama [nas mulheres]", diz ao PÚBLICO o especialista Artur Teles de Araújo, relator do documento. "Em 2008, foram internados 6870 doentes com cancro do pulmão, o que significa um aumento de 22 por cento em relação a 2002", lê-se no relatório, que acrescenta: "A mortalidade por cancro do pulmão em Portugal é quatro vezes maior no homem do que na mulher. Todavia, a diferença tem vindo a estreitar-se face ao aumento do consumo de tabaco pelas mulheres". Também Luís Rebelo, da Confederação Portuguesa de Prevenção do Tabagismo, salienta que "o cancro, muitas vezes, é diagnosticado anos depois de ter começado a doença", pelo que acredita que, no caso das mulheres, os números fiquem cada vez mais negros - apesar de insistir que com boas campanhas é possível inverter essa realidade até 2020. Por seu lado, investigadores do Serviço de Higiene e Epidemiologia da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto fizeram no ano passado um estudo que permitiu concluir que a mortalidade por cancro do pulmão estabilizou nos homens, mas está a crescer nas mulheres a um ritmo de 1, 6 por cento ao ano. O cancro do pulmão é já um dos três mais prevalecentes na União Europeia, sendo responsável, devido ao seu mau prognóstico, por um quinto das mortes oncológicas. A OMS está tão preocupada com esta nova realidade que vai dirigir as próximas campanhas para esta camada da população. A organização admitiu que "a magnitude do impacto do mar-keting desta indústria é indisputável" e comprometeu-se a combater a imagem de "glamour e sofisticação, estilo e luxo, sucesso, saúde e frescura" que muitos anúncios passam.
REFERÊNCIAS:
Entidades OMS
Menina de Bragança intoxicada com cogumelos já recebeu um transplante de fígado
Foi operada com sucesso a criança de cinco anos, de Bragança, internada desde sexta-feira devido à ingestão de cogumelos venenosos. A menina foi submetida esta manhã a um transplante de fígado nos Hospitais Universitários de Coimbra e encontra-se agora na Unidade de Cuidados Intensivos, segundo confirmou ao PÚBLICO fonte do gabinete de comunicação daquela unidade hospitalar. (...)

Menina de Bragança intoxicada com cogumelos já recebeu um transplante de fígado
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 12 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-11-22 | Jornal Público
SUMÁRIO: Foi operada com sucesso a criança de cinco anos, de Bragança, internada desde sexta-feira devido à ingestão de cogumelos venenosos. A menina foi submetida esta manhã a um transplante de fígado nos Hospitais Universitários de Coimbra e encontra-se agora na Unidade de Cuidados Intensivos, segundo confirmou ao PÚBLICO fonte do gabinete de comunicação daquela unidade hospitalar.
TEXTO: Recorde-se que a família deu entrada na sexta-feira com uma gastroenterite, devido à ingestão de cogumelos silvestres, na quarta-feira. Para além da menina de cinco anos, ficaram internados o pai, a mãe e uma avó da criança. No entanto, só mais tarde comunicaram esse facto aos médicos da Urgência, após insistência da médica pediatra, tendo mesmo apresentado uma amostra dos cogumelos ingeridos. “Trouxeram uma amostra e foi identificado como sendo um cogumelo venenoso. Inclusivamente pedimos apoio a uma investigadora do Instituto Politécnico de Bragança”, explicou Conceição Vieira, a enfermeira directora do Centro Hospitalar do Nordeste (CHNE). Este é mesmo um dos 11 pontos indicados pela investigadora Susana Gonçalves, do Centro de Ecologia Funcional do Departamento de Ciências da Vida da Universidade de Coimbra como fundamentais para quem apanha cogumelos. "Guardar uma amostra pode salvar-lhe a vida", sublinhou, na semana passada, num artigo de opinião no PÚBLICO. Dos restantes três elementos da família, residente em Bragança mas natural da aldeia de Carragosa, a cerca de dez quilómetros da capital de distrito e já no Parque Natural de Montesinho, o caso mais preocupante é o da avó da menina, com cerca de 65 anos. A avó continua internada na unidade de cuidados intermédios do Hospital de Bragança mas, segundo Conceição Vieira, encontra-se “estável” e a “responder aos tratamentos com antídotos”. “Nestes casos, quando chegam ao hospita, já não dá para fazer lavagem ao estômago, pois o processo de digestão já se iniciou. O tratamento tem mesmo de ser com fármacos”, explicou ao PÚBLICO. Segundo a mesma responsável, este foi “o primeiro caso do género” que ocorreu este ano na região de Bragança. “Mas todos os anos acontecem casos destes. Apesar da informação, as pessoas acabam por se aventurar e vão apanhar. ”Um caso marcante na região aconteceu em 1986, quando quatro pessoas da mesma família morreram intoxicados com cogumelos, na aldeia de Baçal, no Parque Natural de Montesinho. Manuel Ernesto Rodrigues morava mesmo em frente a essa família, que perdeu o pai e três filhos. “Nunca mais comi cogumelos. Agora só vou comendo desses enlatados, que a minha mulher compra no supermercado. Mas nessa altura nem desses comia”, recorda. Olga Mariz também mora em Baçal. Desde sempre se habitou a comer cogumelos. “Prefiro-os à carne. Mas agora não volto a comer”, garante. “Uma pessoa ouve estes casos e fica com medo”, explica. Mesmo para quem tem algumas técnicas de sabedoria popular para distinguir os bons dos maus cogumelos. “Raspo-os bem e depois ponho-os a escaldar com um dente de alho. Dizem que se o alho fica branquinho, os cogumelos estão bons. Ou então com uma colher de prata. Se a colher escurecer, são venenosos. Se a colher ficar com a mesma cor, é porque são bons. A mim nunca fizeram mal mas agora fiquei assustada”, sublinha. Mesmo assim, defende que nas regiões de maior apanha de cogumelos deveria haver um sistema igual ao que existe em Itália e na Suíça. “Quando as pessoas chegam do campo há postos de controlo onde podem ir confirmar se são venenosos ou não. Aqui podia haver um local semelhante, para analisarmos os cogumelos”, conclui. O Parque Natural de Montesinho é a única zona protegida do país que já regulamentou a apanha dos cogumelos e equipara esta actividade ao crime ambiental mais grave quando as regras são desrespeitadas. De acordo com a Lusa, a multa pode chegar aos 20 mil euros. A colheita de “míscaros”, de “rapazinhos”, “sanchas” ou outros cogumelos é permitida em toda a área do parque mas com regras ditadas há já dois anos pelo Plano de Ordenamento desta área protegida, que se estende pelos concelhos e Bragança e Vinhais.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave crime campo mulher carne criança medo género
Quatro em cada 10 mulheres com mais de 60 anos sofreram algum tipo de abuso no último ano
Quatro em cada dez mulheres portuguesas com mais de 60 anos dizem ter sido vítimas de algum tipo de abuso nos últimos 12 meses por alguém que lhes é próximo, concluiu um estudo divulgado hoje pela Universidade do Minho. (...)

Quatro em cada 10 mulheres com mais de 60 anos sofreram algum tipo de abuso no último ano
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 12 | Sentimento -0.25
DATA: 2010-11-24 | Jornal Público
SUMÁRIO: Quatro em cada dez mulheres portuguesas com mais de 60 anos dizem ter sido vítimas de algum tipo de abuso nos últimos 12 meses por alguém que lhes é próximo, concluiu um estudo divulgado hoje pela Universidade do Minho.
TEXTO: Na quinta-feira assinala-se o Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher, instituído desde 1999. Aproveitando a data, a Escola de Psicologia da Universidade do Minho (UM) divulgou um estudo sobre os abusos a mulheres idosas que se insere no projecto europeu AVOW - Violence and Abuse Against Older Women. Em Portugal, a pesquisa foi desenvolvida na UM pelo professor José Ferreira Alves e pela investigadora Ana João Santos e teve como objectivo obter informação mais precisa da dimensão e tipologia do abuso e negligência relatado pelas próprias mulheres idosas à escala nacional. Este estudo envolveu uma amostra de 649 mulheres com 60 anos ou mais a viver em domicílios particulares e concluiu que quatro em cada dez dizem ter sido vítima de algum tipo de abuso nos últimos 12 meses. Mais de metade das situações relatadas correspondem à incidência de um único tipo de abuso. O mais prevalente foi o emocional ou psicológico (32, 9 por cento), seguido do abuso financeiro (16, 5 por cento), da violação de direitos pessoais (12, 8 por cento), da negligência (9, 9 por cento), do abuso sexual (3, 6 por cento) e do abuso físico (2, 8 por cento). Segundo os investigadores, o parceiro ou marido foi o perpetrador mais referido nos abusos emocional, financeiro, sexual e de violação de direitos pessoais. Já nos casos de negligência e abuso físico, "a filha" é a autora mais referida. Do total de mulheres abusadas, só um terço reportou ou contou o incidente mais sério que viveu e fê-lo sobretudo na sua rede social informal, ou seja, a um familiar ou amigo. Das que contactaram serviços, instituições ou organizações, a maioria reportou o caso a um profissional de saúde, seguido de um padre e de um assistente social ou profissional do apoio domiciliário. Só 1, 4 por cento das vítimas recorreu à PSP ou à GNR. Aos investigadores, as mulheres reportaram consequências emocionais e psicológicas decorrentes da sua experiência, destacando a tensão, sentimentos de impotência, depressão e dificuldades em dormir ou pesadelos. E, segundo o estudo, quanto mais severos foram os maus-tratos mais negativamente foi percepcionada a qualidade de vida. As consequências mais apontadas à saúde da vítima sugerem danos psico-fisiológicos imediatos ou a curto prazo. José Ferreira Alves e Ana João Santos salientaram a necessidade de prosseguir a investigação sobre a dinâmica e a “carreira” do abuso ao longo do ciclo de vida, com especial destaque para o que ocorre em idade avançada. O AVOW junta o Instituto Nacional para o Bem-estar e Saúde (Finlândia), o Instituto de Investigação da Cruz Vermelha (Áustria), a Universidade Livre de Bruxelas (Bélgica) e a Universidade Vytautas Magnus (Lituânia). O consórcio é financiado pelo Daphne III da União Europeia, do qual faz parte o programa "Direitos Fundamentais e Justiça".
REFERÊNCIAS:
Partidos LIVRE
O Governo Dilma: Lulista e com recorde de mulheres
No novo Governo brasileiro, em 37 ministros, nove serão mulheres. Não chega a um terço, como queria a Presidente eleita Dilma Rousseff, mas é recorde no Brasil. Outro ponto que os analistas concordam em destacar: é um Governo com a cara de Lula. Talvez por isso venha a ser de transição, com ajustes futuros. E sendo uma coligação de dez partidos, nunca todos estarão contentes. (...)

O Governo Dilma: Lulista e com recorde de mulheres
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 12 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-12-30 | Jornal Público
SUMÁRIO: No novo Governo brasileiro, em 37 ministros, nove serão mulheres. Não chega a um terço, como queria a Presidente eleita Dilma Rousseff, mas é recorde no Brasil. Outro ponto que os analistas concordam em destacar: é um Governo com a cara de Lula. Talvez por isso venha a ser de transição, com ajustes futuros. E sendo uma coligação de dez partidos, nunca todos estarão contentes.
TEXTO: Realce para três ministros, por diferentes razões:O homem forte: António Palocci (Partido dos Trabalhadores - PT). Será o ministro da Casa Civil, ou seja, o que faz a ponte entre todos os ministérios. Foi ministro da Fazenda (Finanças) de Lula, passou por um processo de quebra de sigilo bancário, o Supremo ilibou-o. É um negociador veterano, coordenou a campanha de Dilma e terá sido decisivo na composição deste Governo, articulando os braços- de-ferro entre o PT e o seu maior parceiro de coligação, o Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB). O elo fraco: Pedro Novais (PMDB). Será o ministro do Turismo. E mal foi nomeado já era escândalo, porque, como deputado, pediu ao Parlamento o reembolso de 2156 reais (1131 euros) gastos com "uma festa de amigos" no Motel Caribe, em São Luís do Maranhão. Novais, que tem 80 anos e é considerado um "afilhado" do ex-Presidente José Sarney, disse que a sua assessora se enganara ao incluir esse recibo, que não participara da "festa", e devolveu o dinheiro. Uma surpresa: Anna de Hollanda (independente). Será a ministra da Cultura. O meio cultural que na segunda volta apoiou Dilma tinha a expectativa de que Juca Ferreira, o sucessor de Gilberto Gil, continuasse. Filha de Sérgio Buarque de Hollanda e irmã de Chico Buarque, Anna cresceu entre a nata da cultura, cantou e representou, mas como gestora cultural não tem uma experiência conhecida a nível nacional. Foi secretária de Cultura em Osasco, um subúrbio de São Paulo, e depois trabalhou em património musical na Secretaria de Cultura do Rio de Janeiro. Ganhos do PTO PÚBLICO pediu a analistas dos três maiores jornais brasileiros uma avaliação global do Governo nomeado por Dilma, que toma posse dia 1. "Tem forte influência de Lula e grande presença do PT", diz Fernando de Barros e Silva, da Folha de São Paulo. "O partido da Presidente ficou com 17 das 37 pastas. Controlará o núcleo político do Governo (Casa Civil, Secretaria-Geral da Presidência, Relações Institucionais), a área económica (Fazenda e Planeamento), a Saúde, a Educação e a Justiça, entre outras. Dilma tirou do PMDB e deu ao PT a Saúde e as Comunicações, com maior peso político que a Previdência e a Secretaria de Assuntos Estratégicos, herdadas pelo aliado. "Resultado: "Ficou no ar uma certa insatisfação entre os partidos que apoiam a Presidente, mas nada que deva comprometer o funcionamento do Governo. "No conjunto geral, é um executivo "com traços muito acentuados de continuidade, o que sugere a alguns analistas que será um ministério de vida curta, quase um ministério de transição para um Governo mais com a cara de Dilma". Mas "isso, por ora, são apenas especulações", ressalva Barros e Silva. "O facto é que Lula deixou no próximo Governo, em cargos-chave, pessoas da sua estrita confiança. Elos fracos, elos fortes, surpresas?"Dilma fez concessões à política fisiológica [voltada para o interesse pessoal] - e nisso reproduz o padrão de Lula. Há no ministério nomes muito inexpressivos e já envolvidos em escândalos, como o do ministro do Turismo, deputado do PMDB do Maranhão, indicado por José Sarney. Trata-se, no geral, de um Governo sem grandes estrelas individuais e de certa maneira sem muito brilho. O nome mais expressivo é sem dúvida o de Antonio Palocci, que foi importante para Lula como ministro da Fazenda, antes de cair no escândalo da violação do sigilo de um caseiro, em 2006. Palocci ocupará a Casa Civil e tende a ser, abaixo de Dilma, a principal peça da administração. Mas ele tem um perfil de actuação muito discreto. "Este analista da Folha vê a nomeação de nove mulheres como uma "curiosidade positiva", "algo simpático na cultura política brasileira, ainda muito machista. "Boi-de-piranha
REFERÊNCIAS:
Taliban no Afeganistão admitem pôr fim à proibição das meninas nas escolas
Os taliban no Afeganistão sugeriram o fim da proibição da frequência escolar de raparigas, segundo informações do Ministro da Educação afegão, Farooq Wardak, em declarações ao diário britânico “The Times”. (...)

Taliban no Afeganistão admitem pôr fim à proibição das meninas nas escolas
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 12 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-01-14 | Jornal Público
SUMÁRIO: Os taliban no Afeganistão sugeriram o fim da proibição da frequência escolar de raparigas, segundo informações do Ministro da Educação afegão, Farooq Wardak, em declarações ao diário britânico “The Times”.
TEXTO: Wardak descreveu esta disponibilidade dos taliban – que negaram o direito das mulheres à educação e a trabalhar durante o regime dos estudantes de Teologia no país– como uma “mudança cultural”. Segundo o ministro, que se encontrava em Londres a participar no Fórum Mundial de Educação, os taliban “já não se opõem à educação das raparigas”. “Espero que, queira Deus, haja em breve uma negociação pacífica, uma negociação significativa com a oposição que não comprometa os direitos humanos elementares e os princípios básicos que nos têm vindo a guiar de forma a poder prestar uma educação equilibrada e de qualidade ao nosso povo”, avançou o ministro. Ao longo dos últimos meses têm vindo a ser firmados acordos a nível local em várias partes do Afeganistão, entre os militantes taliban e os anciões das aldeias, permitindo o regresso às escolas de alunas e professoras, refere o correspondente da BBC em Cabul, Quentin Sommerville. E estas declarações do ministro da Educação sugerem mesmo que as negociações informais entre o Governo afegão e a rebelião taliban – confirmadas em Outubro passado pelo Presidente, Hamid Karzai – estão a ir além de questões como a libertação de prisioneiros, chegando a áreas específicas das políticas de governação do país.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave direitos humanos educação mulheres
Berlusconi investigado por prostituição no caso da dançarina adolescente
O primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, está em risco de ser alvo de acusações criminais, por aliciamento a prostituição, no caso da jovem dançarina que participou em festas na sua casa em Milão, revelaram os investigadores do caso. (...)

Berlusconi investigado por prostituição no caso da dançarina adolescente
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 12 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-01-14 | Jornal Público
SUMÁRIO: O primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, está em risco de ser alvo de acusações criminais, por aliciamento a prostituição, no caso da jovem dançarina que participou em festas na sua casa em Milão, revelaram os investigadores do caso.
TEXTO: Em comunicado, a equipa de procuradores confirmou ter convocado Berlusconi assim como os seus advogados neste processo em que “Il Cavaliere” é suspeito de ter “interferido de forma inadequada” quando em Maio passado tentou libertar de uma esquadra a rapariga, então com 17 anos, que tinha sido detida em Milão por suspeitas de roubo. O inquérito, foi avançado por um dos investigadores sob anonimato à agência noticiosa britânica Reuters, segue também alegações de que Berlusconi esteve envolvido em prostituição de menores. Tais alegações foram prontamente qualificadas como "absurdas e sem fundamento" pela equipa de advogados de Berlusconi. Também em comunicado, os juristas explicaram que as acusações de aliciamento a prostituição já tinham sido negadas por todos os principais envolvidos e testemunhas no caso, avaliando ainda que esta investigação constitui "uma séria interferência na vida privada" do primeiro-ministro. Este caso veio a público em Outubro, quando a rapariga, Karima El Mahroug, de origem marroquina e que dançava em clubes nocturnos, vendeu a sua história aos jornais. A jovem – conhecida pelo nome artístico “Ruby” – contou que lhe foram pagos sete mil euros depois de ter participado numa das festas, supostamente de forte teor sexual, organizadas pelo primeiro-ministro. Berlusconi, que foi ele mesmo buscar a rapariga à esquadra, admitiu publicamente conhecê-la, e até ter telefonado à polícia de Milão. Mas nega ter cometido qualquer crime ou agido de forma imprópria. Sustenta que se limitou a prestar ajuda a uma pessoa que precisava de ajuda e que não exerceu qualquer influência nem pressionou os agentes para que Karima fosse libertada.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave crime ajuda prostituição sexual rapariga