Presidente do Irão diz que raparigas deviam casar aos 16 anos
O Presidente do Irão, Mahmoud Ahmadinejad, disse que a melhor idade para o casamento nas raparigas é “entre os 16 e os 18 anos” e nos rapazes “entre os 19 e os 21 anos”. (...)

Presidente do Irão diz que raparigas deviam casar aos 16 anos
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 12 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-11-21 | Jornal Público
SUMÁRIO: O Presidente do Irão, Mahmoud Ahmadinejad, disse que a melhor idade para o casamento nas raparigas é “entre os 16 e os 18 anos” e nos rapazes “entre os 19 e os 21 anos”.
TEXTO: A declaração foi citada pelo jornal Mardomsalari e, segundo analistas consultados pela Reuters, insere-se numa campanha do Governo para fomentar o apoio dos jovens. Em 2012, os iranianos vão a votos para eleger um novo Parlamento e os conservadores sabem que o voto jovem é fundamental para manterem a maioria. O Governo iraniano tem vindo a encorajar o casamento como forma de “combater a disseminação da imoralidade entre a juventude”. Em 2004, o Parlamento aprovou uma lei que elevou a idade mínima para o casamento dos nove para os quinze anos no caso das mulheres. Legisladores e clérigos ortodoxos têm manifestado a sua preocupação com o aumento do número de divórcios na república islâmica, que associaram às dificuldades económicas da população. “Os divórcios estão a aumentar. A alta dos preços está a causar problemas sérios às famílias iranianas”, disse o Grande Ayatollah Nasser Makarem-Shirazi.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave lei mulheres casamento
Mulheres preferem lubrificantes sexuais à base de água
O estudo foi publicado no “Journal of Sexual Medicine” e citado pelo diário espanhol “El Mundo”. E não deixa dúvidas: quando chamadas a experimentar e a opinar, as mulheres preferem os lubrificantes sexuais à base de água, por contraponto aos de silicone. (...)

Mulheres preferem lubrificantes sexuais à base de água
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 12 | Sentimento 0.5
DATA: 2010-12-14 | Jornal Público
SUMÁRIO: O estudo foi publicado no “Journal of Sexual Medicine” e citado pelo diário espanhol “El Mundo”. E não deixa dúvidas: quando chamadas a experimentar e a opinar, as mulheres preferem os lubrificantes sexuais à base de água, por contraponto aos de silicone.
TEXTO: Segundo as 2453 mulheres envolvidas no estudo, o principal argumento de um lubrificante no momento da escolha não é lavar-se com facilidade ou não deixar nódoas na roupa. Muito menos o serem ou não perfumados. O que interessa realmente é que os lubrificantes ajudam a minorar os sintomas genitais, especialmente a dor. Os investigadores, liderados por Debby Herbenick, do Centro para a Promoção da Saúde Sexual da Universidade de Indiana, EUA, não deixam dúvidas na sua conclusão: “As mulheres que os empregam [os lubrificantes] durante as actividades sexuais documentam maiores níveis de satisfação e prazer e menos sintomas sexuais do que a que as que não os usam. ”Este é um tema estranhamente pouco investigado. Os próprios cientistas afirmam-se surpreendidos com a falta de estudos sobre um produto que abunda nas lojas e na Internet: “Que saibamos, esta é a primeira investigação sobre o assunto. ” As mulheres envolvidas no estudo, com idades entre os 18 e os 68 anos, foram divididas em dois grupos e, durante duas semanas, utilizaram um lubrificante à base de água, outro feito com silicone e nenhum produto nas suas relações sexuais com parceiro ou na masturbação. As conclusões apontam para uma maior satisfação sexual das mulheres que utilizaram lubrificantes, especialmente quando utilizados para facilitar a penetração anal. Neste cenário, foi clara a vantagem dos produtos à base de água.
REFERÊNCIAS:
Entidades EUA
“Sou travesso, mas 33 mulheres é demasiado”, diz Berlusconi
O primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi defendeu-se nesta quarta-feira das acusações dos procuradores de Milão que concluíram ter havido 33 mulheres incitadas a prostituir-se nas festas promovidas pelo chefe de Governo italiano. “Tenho 75 anos e sou travesso, mas 33 mulheres é demasiado”, disse. (...)

“Sou travesso, mas 33 mulheres é demasiado”, diz Berlusconi
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 12 | Sentimento 0.2
DATA: 2011-03-16 | Jornal Público
SUMÁRIO: O primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi defendeu-se nesta quarta-feira das acusações dos procuradores de Milão que concluíram ter havido 33 mulheres incitadas a prostituir-se nas festas promovidas pelo chefe de Governo italiano. “Tenho 75 anos e sou travesso, mas 33 mulheres é demasiado”, disse.
TEXTO: Berlusconi considerou “alucinantes” as acusações dos procuradores de Milão que estão a investigar o que aconteceu nas festas “bunga-bunga” na casa do primeiro-ministro em Arcore, nos arredores de Milão. Os procuradores concluíram que a marroquina Karima El Mahroug, conhecida por “Ruby”, era a única menor entre as participantes nas festas onde terão estado outras 32 jovens que foram incitadas a prostituir-se. O primeiro-ministro italiano começa a ser julgado a 6 de Abril por recurso à prostituição de menores e a procuradoria de Milão está a investigar o que aconteceu nas festas em Arcore entre o início de 2009 e Janeiro deste ano. Ao comentar as acusações, Berlusconi disse hoje numa entrevista ao “La Repubblica” que 33 mulheres “é demasiado”. A procuradoria concluiu que o primeiro-ministro italiano terá pago para ter relações sexuais com “Ruby” 13 vezes enquanto esta era ainda menor. Ao qualificar o sistema judicial como “bárbaro”, Berlusconi garantiu ao “La Repubblica” que nunca pagou para ter relações sexuais. E ironizou: “Já tenho quase 75 anos, e apesar de ser travesso, 33 mulheres em dois meses parecem-me demasiadas, até mesmo para um trintão”. Agora Berlusconi, que é proprietário de um império de media com canais de televisão, jornais e revistas, adiantou que irá defender-se. “Vou à televisão explicar tudo, para me defender e defender as raparigas, e participarei em todas as audiências do processo, o que não será fácil”. E voltou a dizer, tal como em declarações anteriores, que se interveio junto da comissária de Milão para que “Ruby” fosse libertada após ter sido detida por furto foi por estar convencido de que se tratava de uma familiar do então Presidente egípcio Hosni Mubarak e quis evitar um conflito diplomático. Sobre o que aconteceu nas festas, adiantou que “as jovens fizeram uma pequena dança na discoteca” e especificou: “Sozinhas, que eu nem gosto de dançar”.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave prostituição mulheres
Nacionalidade automática para filhos de imigrantes há dois anos em Portugal
Esquerda e PAN aprovam alterações. Os centristas votaram contra e o PSD absteve-se. Nacionalidade pela ascendência introduzida por projecto do PS. (...)

Nacionalidade automática para filhos de imigrantes há dois anos em Portugal
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 12 | Sentimento 0.0
DATA: 2019-07-10 | Jornal Público
SUMÁRIO: Esquerda e PAN aprovam alterações. Os centristas votaram contra e o PSD absteve-se. Nacionalidade pela ascendência introduzida por projecto do PS.
TEXTO: Os filhos de estrangeiros que residam em Portugal há dois anos vão ser considerados portugueses originários, excepto se declararem que não querem ser portugueses, “invertendo a actual regra”. Isto irá encurtar o prazo na lei até agora em vigor, que exigia aos pais que estivessem a viver em Portugal há pelo menos cinco anos. Outra alteração significativa é o pedido de nacionalidade pela via da ascendência: pais de portugueses de origem podem vir a ter acesso à nacionalidade dos filhos desde que residam há pelo menos cinco anos em Portugal, independentemente da sua situação legal. Estas são algumas das alterações à lei da nacionalidade que o Parlamento aprovou nesta sexta-feira e que vão facilitar aos filhos de estrangeiros nascidos em Portugal o acesso à nacionalidade, quer pela via originária, quer pela naturalização. Quem é português de origem tem plenos direitos, para quem se naturaliza os direitos encurtam. Os naturalizados estão impedidos, por exemplo, de se candidatar à Presidência da República ou à presidência da Assembleia da República. O diploma segue para promulgação do Presidente da República e deverá estar a ser aplicado em Junho, segundo o deputado Pedro Delgado Alves, do PS, o autor da proposta. Por outro lado, será possível a naturalização de menores não necessariamente nascidos em Portugal desde que um dos progenitores aqui viva durante pelo menos cinco anos antes do pedido. Poderá ser assim mesmo que o progenitor esteja em situação irregular, e desde que o menor tenha concluído “pelo menos um ciclo de ensino básico ou secundário” no país – na lei anterior era necessário o progenitor ter título de residência válido e viver em Portugal há seis anos. Fica também definido na lei algo que o mais recente regulamento previa: a dispensa de prova de conhecimento de português para quem nasceu em países de língua oficial portuguesa. Ficou ainda definido que a nacionalidade está vedada a quem tenha sido condenado a uma pena de prisão de três anos (antes eram impeditivas as situações menos gravosas de multa para um crime cuja moldura penal abstracta era igual ou superior a três anos). Toda a esquerda (PS, BE, PCP e PEV) votou a favor, assim como o PAN, num total de 118 votos. Os 16 deputados do CDS-PP presentes votaram contra e os 79 do PSD abstiveram-se. O texto aprovado veio substituir os projectos de lei que o PSD, BE, PCP, PS e PAN entregaram no ano passado na Assembleia da República mas que na discussão na especialidade acabaram por dar lugar a um projecto de lei que agregou medidas propostas por todos e outras que resultaram de um encontro de posições. Em termos regimentais, BE, PCP, PS e PAN tiveram que retirar os seus projectos de lei. E o do PSD, apesar de ter contribuído para a discussão, foi levado à votação em plenário pela bancada e acabou chumbado, como expectável - só o PAN votou ao seu lado. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. Vingou sobretudo a proposta do PS, apresentada em Junho do ano passado. Ficou de fora a hipótese defendida pelo BE e por activistas que têm em curso uma campanha: atribuir a nacionalidade a todos os que nasçam em Portugal independentemente da origem. “Isto vai absorver muitas crianças cujos pais, à data do nascimento, estavam irregulares”, comenta José Semedo Fernandes, advogado que tem tratado de vários processos de acesso à nacionalidade. “As alterações são positivas. A única questão é que se perdeu a oportunidade para reparar historicamente a grave situação de injustiça dos jovens que nasceram entre 1981 e 2006 e que, por efeito dessa mesma lei, até à data ainda não conseguiram obter a nacionalidade. A solução passaria por um artigo que aplicasse retroactivamente o acesso à nacionalidade automática desses mesmos jovens”, conclui. Os sociais-democratas também viram as suas propostas afastadas: propunham, por exemplo, que pudesse ser atribuída nacionalidade portuguesa aos bisnetos de portugueses, mesmo que os pais e avós destes não o fossem.
REFERÊNCIAS:
Partidos PS PAN PSD PCP BE PEV
Seguranças privados suspeitos da morte de angolano durante deportação
A polícia britânica lançou um inquérito oficial à morte de um cidadão angolano que morreu terça-feira, aparentemente por dificuldades respiratórias devido a estar fortemente amarrado, enquanto estava a ser deportado do Reino Unido sob custódia de seguranças privados contratados pelo Governo britânico. (...)

Seguranças privados suspeitos da morte de angolano durante deportação
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 12 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-10-15 | Jornal Público
SUMÁRIO: A polícia britânica lançou um inquérito oficial à morte de um cidadão angolano que morreu terça-feira, aparentemente por dificuldades respiratórias devido a estar fortemente amarrado, enquanto estava a ser deportado do Reino Unido sob custódia de seguranças privados contratados pelo Governo britânico.
TEXTO: Testemunhas ouvidas em exclusivo pelo diário "The Guardian", que viajavam no voo em que Jimmy Mubenga estava a ser deportado, contam que ouviram o angolano queixar-se aos três seguranças que o acompanhavam. “Ele dizia repetidamente que não conseguia respirar e esteve o tempo todo a gemer, claramente em sofrimento ” pelo menos durante dez minutos antes de ter perdido os sentidos, quando o avião ainda se encontrava na pista do aeroporto de Heathrow, contou o passageiro Kevin Wallis, que se sentava perto do angolano, numa cadeira do lado oposto do corredor do avião. A mesma fonte avançou que Mubenga estava algemado e imobilizado de forma violenta. O voo foi então cancelado e o cidadão angolano, de 46 anos, levado para um hospital em Londres, onde acabou por morrer. A abertura do inquérito à acção dos três seguranças – funcionários da empresa privada G4S, contratada pelo Ministério do Interior britânico para manter a segurança das deportações – foi confirmada ontem à noite pela Scotland Yard. “A investigação vai determinar as circunstâncias exactas do incidente”, afirmou porta-voz da polícia, precisando que “não foram feitas nenhumas detenções”. Em comunicado, a G4S limitou-se a informar que um homem sob a sua custódia “se sentiu mal” num voo, quando estava a ser deportado. Nas suas primeiras declarações sobre o caso o Ministério do Interior seguiu as informações prestadas pela empresa privada de segurança, relatando que Jimmy Mubenga “adoecera”. A mulher do angolano, Makneda Kambana, que permanece no Reino Unido com os cinco filhos do casal (entre os sete meses e 16 anos), insiste que Jimmy Mubenga "era um bom homem, um homem de família". Viviam em Ilford, nos subúrbios da capital britânica, onde Mubenga foi condenado em 2006 a uma pena de dois anos de prisão pelo crime de agressão, durante uma briga num clube nocturno de Londres. Notícia actualizada às 11h00
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave crime mulher prisão homem deportado
Exportações chinesas caem 15% em Março e ameaçam nível de crescimento económico
Autoridades chinesas reconhecem que a economia está a enfrentar "pressões em baixa". (...)

Exportações chinesas caem 15% em Março e ameaçam nível de crescimento económico
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 12 | Sentimento 0.1
DATA: 2015-05-02 | Jornal Público
SUMÁRIO: Autoridades chinesas reconhecem que a economia está a enfrentar "pressões em baixa".
TEXTO: A principal alavanca do poderio económico chinês sofreu em Março um profundo abalo. As vendas ao estrangeiro caíram 15% face ao mesmo mês de 2014, acentuando os receios de que a segunda maior economia do mundo entrou num cenário de declínio que as políticas públicas são incapazes de conter. No mais recente congresso do Partido Comunista, os principais dirigentes chineses deixaram claro que os anos dourados de crescimentos a dois dígitos ficaram para trás e passaram a falar de uma “nova normalidade” que significa aumentos do produto interno bruto situados em torno dos 7%. Mas com as exportações a caírem 15% e com as importações a recuarem também (12, 3% em Março), a mensagem que sai é a de que às dificuldades em vender para o estrangeiro soma-se uma clara estagnação do mercado interno, o que lança nuvens cinzentas sobre as expectativas das companhias locais. “A economia doméstica está a enfrentar pressões em baixa nesta fase em que está a entrar na ‘nova normalidade’”, afirmou Huang Songping. Este porta-voz da administração chinesa sugere que “a situação é muito severa e complicada” e reconhece que vai ser “uma tarefa árdua e difícil conseguir atingir as metas que foram fixadas para o crescimento do comércio externo em 2015”. O recuo substancial das vendas chinesas para o estrangeiro em Março contrasta com um crescimento de 15%, na comparação homóloga, que tinha sido alcançado nos dois primeiros meses do ano. O excedente comercial caiu, no mês passado, para 3100 milhões de dólares, face aos 60 mil milhões apurados para Janeiro e Fevereiro. Huang Songping refere que os dados do comércio externo têm essencialmente a ver com um recuo acentuado da procura por parte dos clientes estrangeiros e pela queda do preço das principais matérias-primas. Os dados do comércio externo em Março vieram aumentar a expectativa em relação aos dados do crescimento económico no primeiro trimestre do ano, que serão revelados esta quarta-feira. Atento a um abrandamento da economia, o governo chinês tem posto em prática um conjunto de medidas estímulo, que passou pelo lançamento de um pacote de investimento em infraestruturas e na redução das tarifas eléctricas para as famílias e as empresas. O banco central chinês acompanhou este esforço, recorrendo, desde Novembro passado, a dois cortes na taxa de referência como forma de tornar mais barato o crédito para as empresas. Esta medida, apesar de ter facilitado o investimento, acabou por gerar também uma fuga de capitais do país, mais a mais agora que a Reserva Federal se prepara para começar a subir as suas taxas de referência. A política monetária chinesa determinou, igualmente, um fortalecimento da moeda local contra algumas das principais divisas mundiais, o que acabou por tonar mais caras as exportações chineses para alguns dos principais blocos económicos do planeta. Manter o crescimento próximo dos 7% não é apenas uma questão de metas. O aumento do produto interno bruto dentro deste nível é fundamental para manter o emprego nos níveis actuais, algo que a alta direcção política chinesa considera um ponto fundamental da sua política e forma a evitar uma revolta social interna. Mas se o êxodo da população dos campos se mantiver, o desempenho económico pode não ser suficiente para acolher todos os que se transferem para as cidades com o objectivo de encontrar um emprego que gere um rendimento superior ao que auferiam nas suas terras. Na semana passada, numa visita às zonas mais industrializadas do norte da China, o primeiro-ministro Li Keqiang avisou os responsáveis locais que não podem falhar os objectivos de crescimento. “A garantia dos postos de trabalho e a melhoria das condições de remuneração não são castelos no ar. Eles devem ser garantidos através do grau certo de desenvolvimento económico”, afirmou o responsável de acordo com a nota oficial emitida pelo Governo. Shen Jianguang, economista do banco Mizuho, estima que o crescimento do produto interno bruto no primeiro trimestre do ano fique entre os 6, 8% e os 6, 9%, mas acrescenta que dados fundamentais, como os da produção industrial, poderão ser “ainda piores”.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave social doméstica chinês
Farfetch une forças com o maior retalhista online chinês
Gigante de comércio electrónico chinês JD.com investe quase 400 milhões de dólares e torna-se num dos principais accionistas da empresa criada por José Neves. (...)

Farfetch une forças com o maior retalhista online chinês
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 12 | Sentimento 0.0
DATA: 2017-09-24 | Jornal Público
SUMÁRIO: Gigante de comércio electrónico chinês JD.com investe quase 400 milhões de dólares e torna-se num dos principais accionistas da empresa criada por José Neves.
TEXTO: O site chinês de venda a retalho online, www. JD. com, vai investir 397 milhões de dólares (cerca de 356 milhões de euros) na Fartech, a plataforma online de moda criada em 2008 em Londres pelo português José Neves. A Ásia é um mercado em foco na estratégia da empresa portuguesa, e esta parceria agora anunciada criará "a primeira plataforma de venda de artigos de luxo para a China", salienta o comunicado divulgado a partir de Pequim, capital de um país conhecido por ser uma fonte de falsificação de artigos de luxo. De acordo com o comunicado da JD. com – o retalhista electrónico que mais factura no gigantesco mercado de consumo chinês – , esta “parceria estratégica” vai permitir à Farfetch ter uma dimensão relevante no mercado chinês, avaliado em cerca de 80 mil milhões de dólares. No âmbito do acordo, a empresa chinesa vai tornar-se um dos maiores accionistas da Farfetch, com Richard Liu, fundador e CEO da JD. com, a ter assento na administração. A parceria significa que as duas empresas irão juntar esforços no "marketing, na logística e nas soluções tecnológicas para construir a marca na China". "Esta combinação de forças beneficiará todas as 700 marcas e boutiques que fazem parte da comunidade Farfetch, permitindo-lhes tirar vantagem de um novo canal de acesso ao mercado de luxo na China", prossegue a empresa chinesa. “Não podíamos ter encontrado um parceiro online mais forte do que a Farfetch”, sublinha Richard Liu. Já José Neves diz estar “profundamente entusiasmado” com a parceria, referindo-se a Liu como um dos “maiores e lendários empreendedores da Internet”. No conselho de administração está também Jonathan Newhouse, presidente da Condé Nast International, a quem a Farfetch comprou recentemente o site style. com. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. Na prática, explica o jornal Financial Times, de Londres (onde a Farfetch está aliás sediada), a Farfetch ganha acesso à plataforma de marketing da JD. com, aos canais de redes sociais e ao sistema de entrega do parceiro chinês – que é capaz de entregar produto no mesmo dia da compra. Em troca, acrescenta aquele jornal, Richard Liu ganha posição numa empresa que é a única startup fundada por um português cujo valor de mercado ultrapassa os mil milhões de dólares – os chamados "unicórnios" – e que em 2016 esperava facturar 800 milhões de dólares. "O rendimento dos nossos clientes está a subir e as nossas vendas de bens de luxo crescem mais do que a venda de artigos do dia a dia", revelou Ding Xia, presidente da unidade de moda do site JD. com em entrevista ao Financial Times. Por outro lado, salienta este jornal, com acesso à plataforma da Farfetch, a JD. com ganha acesso à venda de marcas de luxo que, de outra forma, poderiam estar renitentes em entrar num mercado conhecido pela contrafacção de artigos de luxo. Na mais recente ronda de financiamento, em 2016, já se tinha registado a entrada de um parceiro estratégico chinês. Numa entrevista em Setembro desse ano ao PÚBLICO, José Neves afiançava que seria a última ronda, apontando para a possibilidade de a próxima dispersão de capital se fazer com a entrada na bolsa de Nova Iorque.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave comunidade consumo chinês
Chineses põem Fidelidade a investir em cerveja, roupa e turismo
Seguradora detida em 85% pela Fosun e em 15% pela CGD passou a ser accionista, desde Março passado, da cervejeira chinesa Tsingtao. É mais uma diversificação na carteira de investimento da Fidelidade, que nos últimos quatro anos se tornou accionista da cadeia hoteleira Club Med, do operador turístico Thomas Cook e da retalhista de pronto-a-vestir Tom Tailor. (...)

Chineses põem Fidelidade a investir em cerveja, roupa e turismo
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 12 | Sentimento 0.0
DATA: 2018-05-28 | Jornal Público
SUMÁRIO: Seguradora detida em 85% pela Fosun e em 15% pela CGD passou a ser accionista, desde Março passado, da cervejeira chinesa Tsingtao. É mais uma diversificação na carteira de investimento da Fidelidade, que nos últimos quatro anos se tornou accionista da cadeia hoteleira Club Med, do operador turístico Thomas Cook e da retalhista de pronto-a-vestir Tom Tailor.
TEXTO: Por 6, 6 mil milhões de dólares de Hong Kong (cerca de 712 milhões de euros ao câmbio actual), o grupo chinês Fosun concluiu em Março a aquisição de 17, 99% do grupo Tsingtao Brewery, dono da segunda maior cervejeira da China e uma das maiores do mundo. Os vendedores foram os japoneses da Asahi, que decidiram em final de 2017 sair da produtora chinesa. E um dos compradores, pelo grupo Fosun, foi a Fidelidade. O negócio cervejeiro, anunciado no final de Dezembro, envolveu, pelo lado do comprador, a “Fosun Industrial Holdings Limited, a Peak Reinsurance Company Limited, a Fidelidade, a Star Insurance Company e a China Momentum Investment Limited”. A operação foi concluída 19 de Março deste ano, com a Fidelidade a deter 2, 55% da Tsingtao, como foi comunicado ao mercado, uma vez que a Fosun é cotada na praça de Hong Kong. E está igualmente reiterado no relatório e contas consolidado da Fosun, que os accionistas do conglomerado chinês analisam e votam no próximo dia 6 de Junho. No documento, disponível no site da Fosun, é resumido o desempenho da Fosun Insurance Portugal, que representa os activos seguradores do grupo em Portugal: ou seja, 85% da Fidelidade (os restantes 15% mantêm-se na Caixa Geral de Depósitos), 80% da Fidelidade Assistência e 80% da Multicare – Seguros de Saúde. Fosun e Fidelidade detêm, em conjunto, mais de 98, 79% da Luz Saúde. Ao ler o relatório e contas da Fosun de 2017 fica-se ainda com a relação das compras do grupo chinês em que a Fidelidade (adquirida no início de 2014) entrou e as participações que detinha, à data de 31 de Dezembro passado: 19, 53% do Club Med (a mais longa disputa de uma cotada francesa, que durou 21 meses e terminou em 98, 29% do capital controlado pelo consórcio liderado pela Fosun e os seus accionistas, em Março de 2015), 7, 225% do operador turístico britânico Thomas Cook (controlado em 11, 16% pelo mesmo universo accionário chinês), e 10, 49% da retalhista de vestuário alemã Tom Tailor, da qual o agrupamento controlado por Guo Guangchang tem 28, 89%. Quando, no início de 2014, a Fosun levava o relatório e contas do ano anterior a assembleia magna de accionista, a cotada chinesa explicava que o agrupamento segurador português que acordara adquirir por mil milhões de euros, que designa por Fosun Insurance Portugal, detinha “cerca de 12 mil milhões de euros em activos de investimento” a 31 de Dezembro de 2013. A compra, acrescentava, permitia “ao grupo aumentar o retorno à Fosun Insurance Portugal ao alavancar a sua capacidade de investimento ímpar”. Um ano depois, no R&C de 2014, a Fosun descrevia a compra da Fidelidade como “uma das mais importantes aquisições" para a holding chinesa "nos últimos 23 anos, adicionando mais de 13 mil milhões de euros de novos activos ao grupo”. No final de 2017, o valor dos activos de investimento da Fosun Insurance Portugal ascendiam a 14, 97 mil milhões de euros, segundo as contas da Fosun. Contactada a Fosun sobre a estratégia de investimento para a Fidelidade, e em que empresas participava além da Tsingtao, Club Med e Thomas Cook, fonte oficial do grupo chinês respondeu, por escrito, ao PÚBLICO: “seria inviável detalhar todos os investimentos feitos pela Fidelidade, até porque desconhecemos esse detalhe”, confirmando apenas as participações no operador turístico e na cervejeira. “Importa referir”, respondeu a Fosun, “que estes investimentos representam, em valor absoluto e em qualquer dos casos, menos de 1% do total dos activos sob gestão da Fidelidade”. Na mesma resposta, a mesma fonte ressalvou ainda que numa “linha de prudência, a exposição a activos da Fidelidade em que a contraparte era um dos seus accionistas limitava-se, no final de Dezembro 2017, a apenas 3, 0% de exposição a activos relacionados com a Fosun e 4, 4% de exposição a activos relacionados com o accionista CGD, muito longe do limite que se encontra estipulado nos 10% por cada um dos accionistas". Sobre a estratégia futura da seguradora portuguesa, o grupo chinês disse: “a Fosun não pode responder quanto a futuros investimentos que venham a ser efectuados pela Fidelidade”. Em termos de capital aplicado em Portugal, a Fosun rivaliza com o Estado chinês, dono de 28% da EDP via China Three Gorges (CTG) e CNIC – lançou agora uma OPA via CTG para dominar mais de 50% da eléctrica – e de 25% da REN através da State Grid. E, tal como o Estado chinês, a Fosun aproveitou a onda das privatizações para entrar no mercado nacional. Em Janeiro de 2014, já com Pequim a afirmar-se como o maior accionista da EDP e da REN, a Fosun tornou-se conhecida em Portugal ao ganhar a corrida aos 80% da Fidelidade vendidos pela Caixa Geral de Depósitos (deixando de lado o fundo norte-americano Apollo). Após a oferta de 5% para os trabalhadores ter ficado quase deserta, a Fosun acabou por ficar com perto de 85%, cabendo ainda os outros 15% ao banco público, que se tornou numa espécie de parceiro silencioso. Logo em Abril desse ano, a Fosun, via Fidelidade, entrou no capital da REN (ao lado da State Grid), da qual detém hoje 5, 3%. Cinco meses depois, em Setembro, a Fosun, novamente através da Fidelidade, entra na corrida à Espírito Santo Saúde (hoje Luz Saúde) protagonizada após o colapso do BES. Depois de ter dispersado 49% do capital em bolsa em Fevereiro, a empresa viu-se alvo de uma OPA, lançada em pleno Agosto pelos mexicanos da Ángeles e que envolvia também a compra dos 51% detidos por entidades ligadas ao BES/GES, já sob gestão controlada. Esta acabou por ser tornar na OPA mais concorrida de sempre em Portugal, com a entrada em cena do grupo José de Mello e da Fidelidade, além de uma proposta directa, fora de bolsa, dos norte-americanos da Unitedhealth. No final, ganhou a Fosun através do factor preço. Hoje, é dona de 98, 78% do capital da Luz Saúde, estando em curso uma operação de compra do resto das acções para tirar a empresa da bolsa, reduzindo assim sua presença no mercado de capitais a pouco mais de quatro anos. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. O preço que a Fosun oferece aos pequenos accionistas é de 5, 71 euros por acção (o valor final será determinado pelo regulador do mercado de capitais, a CMVM) o mesmo que foi praticado numa operação dentro de casa: em Janeiro deste ano, a Fidelidade vendeu 49% do capital à Fosun International, o que gerou a entrada de 267 milhões de euros nas contas da seguradora. “Quanto à venda de 49% do capital referida”, respondeu agora a Fosun ao PÚBLICO, a operação “mais não é do que uma realocação de participações dentro do grupo, e não implica qualquer alteração do modelo de gestão da Luz Saúde, ou da estratégia de parceria há muito estabelecida entre a Luz Saúde e a Fidelidade”. A influência da Fosun alargou-se também à banca, com o grupo chinês, após ter falhado o controlo do Novo Banco, a assumir uma posição de relevo no BCP no final de 2016. Através de um aumento de capital exclusivo, e com a instituição financeira a precisar de liquidez para reembolsar o empréstimo do Estado, a Fosun pagou 175 milhões por 16, 7% e assumiu-se com o maior accionista. Hoje, já detém 27%, com autorização para chegar aos 30%. Em segundo lugar está a petrolífera Sonangol, com 19, 49%, seguindo-se depois a EDP a larga distância, com 2, 11%.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave espécie chinês
Xi diz que é “inadmissível” questionar soberania chinesa sobre Hong Kong
Vários líderes da oposição foram detidos após confrontos com apoiantes do regime chinês. (...)

Xi diz que é “inadmissível” questionar soberania chinesa sobre Hong Kong
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 12 | Sentimento 0.0
DATA: 2017-07-01 | Jornal Público
SUMÁRIO: Vários líderes da oposição foram detidos após confrontos com apoiantes do regime chinês.
TEXTO: Pôr em causa a “soberania chinesa” sobre Hong Kong será visto como “absolutamente inadmissível”, afirmou o Presidente chinês, Xi Jinping, num discurso realizado neste sábado durante a sua primeira visita à antiga colónia britânica. À margem da cerimónia, activistas da oposição envolveram-se em confrontos com participantes numa marcha pró-Pequim. Numa altura em que Hong Kong atravessa uma das fases politicamente mais sensíveis das últimas duas décadas, as palavras de Xi não podiam ser mais directas. “Qualquer tentativa de pôr em risco a soberania ou a segurança da China, desafiar o poder do Governo central e a Lei Básica de Hong Kong, ou usar Hong Kong para levar a cabo actividades de sabotagem e infiltração contra o continente, são actos que ultrapassam uma linha vermelha. É algo absolutamente inadmissível”, afirmou o líder chinês. O momento também não poderia ser mais simbólico. Xi Jinping falava durante a cerimónia de tomada de posse da nova chefe-executiva do território, Carrie Lam, no dia em que se assinala também o 20. º aniversário da transferência da soberania britânica sobre Hong Kong para a China. Nos últimos anos, a divisão política que tomou conta de Hong Kong tornou-se num dos principais desafios à liderança chinesa. Um sector considerável da sociedade, especialmente entre as gerações mais novas, tem questionado a soberania chinesa sobre a antiga colónia britânica. No centro dos protestos está a convicção de que Pequim tem apertado o cerco a Hong Kong, reduzindo a autonomia garantida pela fórmula “um país, dois sistemas” – que garante um desenvolvimento político e económico distinto da China continental. A data foi aproveitada pelos grupos da oposição a Pequim para se fazerem ouvir. Cerca de uma hora antes do discurso de Xi, um grupo de manifestantes que se concentrava junto de uma praça onde estava a ser hasteada uma bandeira chinesa envolveu-se em confrontos com a polícia e com apoiantes do regime chinês. Vários líderes de organizações pró-democráticas foram detidos, incluindo Joshua Wong, um dos rostos da chamada “revolução dos guarda-chuvas”, que paralisou o centro da metrópole em 2014. Hong Kong police try to prevent marchers from baiting pro-Beijing flag wavers. pic. twitter. com/68x7MUQ4qnNos últimos dias, as autoridades locais mobilizaram um dos maiores contingentes de segurança da sua história para assegurar que nada corre mal durante a primeira visita de Xi desde que subiu ao poder. O presidente da Liga dos Social-Democratas, da oposição, Avery Ng, criticou um ambiente de “intimidação e violência directa” sobre os activistas. Durante o discurso, Xi mencionou a necessidade de o novo executivo de Hong Kong “melhorar os seus sistemas que garantam a soberania nacional e os interesses de segurança e desenvolvimento”. A alusão à segurança foi interpretada como uma tentativa de influenciar a aplicação de uma controversa lei contra actos de traição e de secessão, prevista por um artigo da Lei Básica. Uma tentativa de aprovar este diploma, em 2003, suscitou um dos maiores protestos populares nas ruas de Hong Kong e acabou por ser abandonada. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. O debate sobre a lei de segurança nacional regressa numa altura em que crescem os apelos a favor da independência de Hong Kong. Um inquérito recente mostra que 40% dos jovens entre os 15 e os 24 anos defende a independência de Hong Kong a partir de 2047. Nas últimas eleições para o Conselho Legislativo, no ano passado, seis candidatos designados como “localistas” conseguiram lugares. Nos últimos dias, Pequim e Londres também tiveram um desentendimento por causa de Hong Kong. No estatuto de antiga potência colonial e co-signatária do documento que regulou a transferência da soberania, o Reino Unido lembrou o seu “compromisso” com o desenvolvimento democrático de Hong Kong. Em resposta, o ministério dos Negócios Estrangeiros chinês afirmou que Londres “não tem soberania, nem poder governamental, nem poder de supervisão” sobre a antiga colónia.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave lei violência social chinês
Gestor da Azul vai ser o representante da chinesa HNA na TAP
Neng Li, administrador da transportadora brasileira de Neeleman onde o grupo chinês detém 22%, vai ter assento na TAP. (...)

Gestor da Azul vai ser o representante da chinesa HNA na TAP
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 12 | Sentimento 0.0
DATA: 2017-07-03 | Jornal Público
SUMÁRIO: Neng Li, administrador da transportadora brasileira de Neeleman onde o grupo chinês detém 22%, vai ter assento na TAP.
TEXTO: O consórcio privado Atlantic Gateway, formado por Humberto Pedrosa e David Neeleman, vai colocar no conselho de administração da TAP Neng Li, ligado ao grupo chinês HNA, segundo informações recolhidas pelo PÚBLICO. Actualmente, Neng Li já é administrador não executivo (cargo que irá exercer na TAP) na Azul, a transportadora aérea brasileira controlada por Neelman e onde a HNA é dona de 22% (via Hainan). O PÚBLICO tentou confirmar oficialmente a informação junto da Atlantic Gateway, mas não foi possível ter uma resposta até ao momento. Numa primeira fase, e tal como o PÚBLICO noticiou, o consórcio privado avançara com o nome de Zhimin Ma (ou Jimmy Ma) para ser votado na assembleia geral extraordinária de accionistas que se realiza esta sexta-feira em Lisboa. Este responsável, agora substituído por Neng Li, é presidente da low cost Hong Kong Express (da HNA). Quanto a Neng Li, que tem um bacharelato em Finanças pela Universidade de Macau, entrou para a administração da Azul em Outubro do ano passado, onde é o gestor mais novo da empresa (faz 37 anos em Outubro). Já ocupou várias funções na HNA, onde entrou em 2005, e desde 2013 está ligado aos investimentos internacionais do grupo. Além de Neng Li, a Atlantic Gateway avançou com outros cinco nomes para o conselho de administração: Fernando Pinto, David Pedrosa, Trey Urbahn (que irão formar a comissão executiva), Humberto Pedrosa e David Neeleman. A Azul, que já está a fazer ligação entre São Paulo e Lisboa (em code-share com a TAP) foi um dos compradores de obrigações convertíveis em acções emitidas pela transportadora área portuguesa, havendo ainda o cenário de o grupo HNA ter adquirido parte destas obrigações de forma directa. Deste modo, a HNA poderá vir a deter uma participação directa, além de ser accionista indirecto via Azul. Conforme já escreveu o PÚBLICO, por parte do Estado foram escolhidas também seis personalidades para o conselho de administração, com destaque para Diogo Lacerda Machado. Advogado e amigo pessoal do primeiro-ministro, Lacerda Machado está ligado ao grupo de raízes macaenses, a Geocapital (criada por Jorge Ferro Ribeiro e Stanley Ho). A Geocapital esteve aliada à TAP na compra da VEM, empresa brasileira de manutenção de aeronaves, mas de onde depressa saiu, e que tem apresentado profundos prejuízos e afectado a condição financeira do grupo TAP. Depois, foi escolhida a economista Ana Pinho, presidente da Fundação Serralves - e que esteve com o actual presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, na Associação Comercial do Porto - e António Menezes, ex-presidente da Sata, companhia área dos Açores, e que passou pela EuroAtlantic e pela suíça PrivatAir. A lista inclui também Bernardo Trindade, ex-secretário de Estado do Turismo de José Sócrates, e Esmeralda Dourado, gestora que o actual Governo convidou para fazer parte da unidade de missão ligada à recapitalização das empresas. Por fim, a presidência do conselho de administração ficará entregue a Miguel Frasquilho, ligado ao PSD e que deixou há pouco tempo a presidência da AICEP (organismo estatal ligado aos investimentos e exportações). Miguel Frasquilho terá voto de qualidade nas deliberações do conselho de administração (CA), o que pressupõe alguma influência na gestão da empresa. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. Na assembleia geral extraordinária vão estar presentes, além do Estado (via Parpública) e do Atlantic Gateway, vários pequenos accionistas, no âmbito da Oferta Pública de Venda aos trabalhadores. De acordo com as informações recolhidas pelo PÚBLICO, dos 603 trabalhadores que ficaram com acções, 557 conseguiram ficar com mais de 100 acções, o limite mínimo para participar na reunião magna. Quanto aos outros 46, podem unir-se esforços até atingir essa fasquia, elegendo depois um representante. Além dos nomes para o conselho de administração, na sexta-feira os accionistas vão pronunciar-se também sobre as contas e actividades da empresa e sobre as alterações às acções. Segundo se lê na convocatória, o ponto 3 diz respeito à “conversão de parte das acções ordinárias da sociedade em acções das categorias A e B”. Este processo está ligado às negociações dos privados com o actual Governo, que quis ficar com 50% do capital. Em troca, os privados negociaram um reforço dos direitos económicos, com a criação de diferentes tipos de acções: A (com mais direitos), B (com menos direitos), e C (que se assumem como as mais relevantes, via conversão de obrigações emitidas no ano passado e compradas pela Azul, e pela Parpública). O Estado terá no máximo 18, 75% dos direitos económicos (como os lucros a distribuir ou o encaixe de venda de activos), entre acções B e C.
REFERÊNCIAS:
Partidos PSD