O apartheid acabou há 20 anos, mas os Nascidos Livres querem é saber do futuro
A guerra pela liberdade é o grande capital político do ANC. Mas os mais novos, 40% da população, estão pouco interessados no passado e na História. (...)

O apartheid acabou há 20 anos, mas os Nascidos Livres querem é saber do futuro
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2014-04-27 | Jornal Público
SUMÁRIO: A guerra pela liberdade é o grande capital político do ANC. Mas os mais novos, 40% da população, estão pouco interessados no passado e na História.
TEXTO: Quando Nkululeko Simelane nasceu, no dia 27 de Abril de 1994, os pais nem pensaram duas vezes no nome a dar à filha. O seu aniversário coincide com as primeiras eleições multirraciais, o dia em que terminaram os três séculos de domínio branco e os 46 anos de opressão da maioria negra sob o regime do apartheid. Em zulu, Nkululeko significa “Liberdade”. Vinte anos depois, os líderes da já não muito jovem democracia sul-africana vão assinalar neste domingo o Dia da Liberdade com pompa e cerimónia, e com discursos sobre os sacrifícios e as realizações do Congresso Nacional Africano (ANC) na sua longa luta pela libertação. O nome de Nelson Mandela — o herói anti-apartheid que morreu em Dezembro do ano passado aos 95 anos — será muito repetido, assim como o de outros guerreiros da liberdade mortos e vivos. Nkululeko celebrará os 20 anos com um grupo de amigos num dos muitos bairros boémios, multiculturais e multirraciais de Joanesburgo que apareceram depois do fim do domínio branco. Ao contrário dos pais e dos avós, a sua África do Sul não é a do preto e branco, oprimido e opressor, desfavorecido e poderoso. “Ainda há algum racismo, mas não me afecta. Em termos gerais, não sinto essa questão do apartheid”, diz no recinto da Universidade de Witwatersrand, onde está no segundo ano de engenharia. Para ela, a África do Sul é uma terra de oportunidades e potencial, onde os desafios são mais económicos do que raciais. É a visão que prevalece entre os Nascidos Livres (“Born free”), o termo usado para definir a primeira geração sem memória do apartheid. “Preocupo-me com a História no sentido de saber de onde venho, mas ela nada tem que ver com as políticas actuais e com aquilo que [os políticos] vão fazer com o nosso futuro”, diz Nkululeko Simelane. Para o ANC, um movimento de 102 anos cuja razão de existir era derrubar o poder branco, os Nascidos Livres — que são 20 milhões, 40% da população — estão a tornar-se um problema. À medida que se aproximam as eleições de 7 de Maio, o partido sublinha — com alguma razão — que com o fim do apartheid o país se tornou uma história de sucesso no capítulo do crescimento económico. Porém, os actuais líderes, muitos deles homens que passaram longos períodos na prisão ou no exílio, permanecem firmemente agarrados ao seu glorioso mas distante passado e à luta pela libertação. Num discurso que proferiu na Páscoa, o Presidente Jacob Zuma, de 72 anos — esteve dez anos preso com Mandela em Robben Island e é agora uma figura mergulhada em escândalos de corrupção —, usou a palavra apartheid sete vezes. Em Novembro do ano passado, num comício em Pretória, criticou a expressão Nascidos Livres e negou que os jovens se estejam a afastar do activismo político. “Os jovens conhecem a luta”, disse Zuma. A realidade, porém, é que 38 anos depois do levantamento de dezenas de milhares de estudantes negros — muitos perderam a vida — contra o apartheid, a maior parte dos jovens tem outras preocupações. Além das distracções inevitáveis do século XXI, a sua principal preocupação é o trabalho. Porque 40% dos jovens sul-africanos estão desempregados, o que explica que três em cada grupo de quatro considere o desemprego o “maior problema” do país, segundo uma sondagem da Pondering Panda, uma empresa da Cidade do Cabo. Mais preocupante para o ANC é o resultado de um estudo do Instituto para a Justiça e Reconciliação — só 35% dos jovens considera que o Governo está a fazer o que é preciso para criar postos de trabalho. Em 2012, o Barómetro para a Reconciliação (outro centro de estudo de opinião) concluiu que só 9% dos jovens discordavam da frase “A África do Sul tem de esquecer o apartheid e seguir em frente”. Um sentimento que choca com a obsessão do ANC com a História. Estima-se que na África do Sul existam 1, 9 milhões de pessoas entre os 18 e os 19 anos. Mas só 646 mil se recensearam para votar no dia 7 de Maio. A taxa de recenseamento para o grupo entre os 20 e os 23 anos é igualmente baixa. “Esta não participação mostra o limite da narrativa da libertação”, diz Vishwas Sargat, professor de ciência política em Witwatersrand. “As pessoas estão a tornar-se mais cínicas porque notam a disparidade entre a evocação de um passado glorioso e o declínio e a degeneração a que assistem. ”Claro que nem todos os jovens se afastam da política. Nesta campanha eleitoral assistiu-se à ascensão do radical de esquerda Julius Malema, antigo líder juvenil do ANC (foi expulso) que dirige agora os Combatentes da Liberdade Económica (EFF) — diz ser um revolucionário inspirado pelo venezuelano Hugo Chávez. “O ANC fala-nos no passado. Isso não interessa”, diz Sabelo Fumba, de 20 anos e membro dos EFF, condenando a desigualdade que persiste entre brancos e negros (estes chegam a ganhar seis vezes menos) e falando numa nova forma de subjugação. "Hoje posso estudar o que quiser. Posso vestir o que quiser. Posso ir onde me apetecer. Posso dizer que, politicamente, sou livre. Mas do ponto de vista económico não sou livre. ”
REFERÊNCIAS:
Partidos LIVRE
A mosca tsé-tsé e a sua família vistas à lupa da genética
O genoma da mosca tsé-tsé foi sequenciado por um consórcio internacional, um trabalho que demorou uma década. A mosca tsé-tsé da espécie Glossina morsitans é uma das que transmite o parasita que causa a doença do sono. (...)

A mosca tsé-tsé e a sua família vistas à lupa da genética
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.8
DATA: 2014-04-27 | Jornal Público
SUMÁRIO: O genoma da mosca tsé-tsé foi sequenciado por um consórcio internacional, um trabalho que demorou uma década. A mosca tsé-tsé da espécie Glossina morsitans é uma das que transmite o parasita que causa a doença do sono.
TEXTO: Na África subsariana, 70 milhões de pessoas arriscam-se diariamente a ser alvo de uma picada dolorosa e perigosa da mosca tsé-tsé. Esta mosca pode ter o parasita Trypanosoma brucei, que causa a doença do sono e é mortal. Agora, foi sequenciado o genoma de uma das espécies da mosca tsé-tsé, a Glossina morsitans. Um consórcio internacional encontrou 12. 308 genes que são o código de fabrico de proteínas importantes na alimentação da mosca ou na produção do leite com que ela alimenta as suas larvas. Os resultados foram publicados ontem num artigo na revista Science e em mais 11 artigos nas revistas PLOS Neglected Tropical Diseases, PLOS One e PLOS Genetics. “O nosso estudo vai acelerar a investigação com o objectivo de explorar a biologia invulgar da mosca tsé-tsé. Se compreendermos mais, seremos capazes de identificar melhor as fraquezas e usá-las para controlar a mosca”, defende Matthew Berriman, um dos principais autores deste projecto, que pertence ao Instituto Wellcome Trust Sanger, no Reino Unido. A sequenciação ficou a cargo do consórcio Iniciativa Internacional Genoma Glossina, que envolveu 146 cientistas de 18 países diferentes. Os trabalhos iniciaram-se em 2004. A doença do sono, ou tripanossomíase humana africana, é uma das 17 doenças tropicais negligenciadas, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). A doença existe em 26 países da África subsariana. Em 2012, foram registados 7216 casos. O país mais afectado é a República Democrática do Congo. Além das pessoas, esta doença também afecta o gado. As moscas “causam um enorme fardo económico nos países com mais dificuldades, ao obrigar os agricultores a criar gado mais resistente à tripanossomíase, mas que é um gado menos produtivo”, explicou ainda Matthew Berriman num comunicado do instituto. O parasita Trypanosoma brucei nem sempre consegue instalar-se nas glândulas salivares da mosca Glossina morsitans. Mas quando o faz, a mosca torna-se um vector de transmissão do parasita tripanossoma. Segundo a OMS, a doença tem duas fases. Na primeira, depois de uma pessoa ser picada e infectada, o parasita multiplica-se no sangue e nos gânglios linfáticos, causando dores de cabeça, febre e dores nas articulações. Passadas algumas semanas, o tripanossoma consegue atravessar a barreira hematoencefálica – uma espécie de parede que normalmente impede organismos patogénicos que existem no sangue de infectar o cérebro. Quando o parasita consegue atravessar esta barreira, provoca os sintomas mais perigosos: mudanças de comportamento, distúrbio dos sentidos e a destabilização do ciclo de sono – esta é a razão do nome da doença. As pessoas podem ficar a dormir de dia e manterem-se completamente acordadas de noite. Os danos no sistema nervoso são irreversíveis e, se a doença não for tratada (à custa de medicamentos tóxicos), os doentes morrem passados meses ou anos. O novo estudo genético revela que o genoma da mosca Glossina morsitans tem mais do dobro do tamanho do da mosca-do-vinagre. Apesar disso, sentir sabores não é o forte deste insecto: a equipa descobriu que a mosca tsé-tsé tem 46 proteínas importantes para detectar cheiros e 14 proteínas para detectar sabores, enquanto a mosca-do-vinagre tem, respectivamente, 58 e 73 proteínas. O sabor do açúcar passa completamente despercebido à mosca tsé-tsé e os investigadores interpretam este facto dizendo que tanto o macho como a fêmea só se alimentam de sangue. Para encontrar alimento, a mosca tsé-tsé tem muitas proteínas que detectam dióxido de carbono, exalado pelos mamíferos. E, enquanto se alimenta, 250 proteínas que tem na saliva impedem o sangue de coagular e não deixam que reacções imunitárias produzidas pela vítima das suas picadas terminem a refeição antes de tempo – a mosca suga uma quantidade de sangue equivalente ao seu volume, por isso leva tempo até beber tudo o que precisa. O artigo na Science também identifica várias aquaporinas – proteínas que funcionam como canais membranares de transporte de água – e que permitem à mosca livrar-se de água a mais vinda no sangue. Além do tripanossoma, a família da mosca tsé-tsé também inclui a bactéria Wigglesworthia glossinidia e os cientistas também sequenciaram o ADN dela. A Wigglesworthia glossinidia tem uma relação de simbiose com a mosca tsé-tsé: genes da bactéria sintetizam a vitamina B, que por sua vez é utilizada pela mosca. Esta bactéria vive em células do tubo digestivo da mosca e é transmitida da mãe mosca para a larva filha. Ao contrário da maioria dos insectos, a mosca tsé-tsé não põe ovos: produz um único ovo que fica a crescer no seu interior, alimentado uma espécie de leite produzido pela mãe, até atingir um certo nível de desenvolvimento e a larva nascer. O estudo genómico permitiu aos investigadores identificar muitas proteínas desse leite. Segundo o artigo da Science, “a combinação das proteínas do leite da Glossina é, a nível funcional, notavelmente parecido com a combinação existente no leite dos mamíferos”.
REFERÊNCIAS:
Governo quer renegociar com Galp 500 milhões de mais-valias para baixar tarifas do gás
É mais uma medida integrada na 12.ª avaliação da troika, depois do anúncio da descida dos preços da luz para os mais desfavorecidos. (...)

Governo quer renegociar com Galp 500 milhões de mais-valias para baixar tarifas do gás
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.2
DATA: 2014-04-27 | Jornal Público
URL: https://arquivo.pt/wayback/20140427170307/http://www.publico.pt/1633710
SUMÁRIO: É mais uma medida integrada na 12.ª avaliação da troika, depois do anúncio da descida dos preços da luz para os mais desfavorecidos.
TEXTO: O Governo vai abrir uma nova frente nas chamadas rendas do sector energético, desta vez com a Galp Energia. O objectivo é reduzir as tarifas do gás natural em valores que podem chegar a cinco por cento ao ano e por vários anos, nas estimativas oficiais. Em causa estão cerca de 500 milhões de euros que o Governo calcula que a Galp ganhou entre 2006 e 2012 com a revenda de gás natural no mercado internacional, o chamado trading. A empresa terá arrecadado este valor após a revisão dos seus contratos de concessão com o Estado, em 2006, e à custa da introdução de cláusulas que não anteciparam a evolução dos preços desta matéria-prima no mercado internacional. “Há um conjunto de benefícios acumulados que podem ascender a 500 milhões de euros e que não foram partilhados com os consumidores. O Governo entende que há justificação suficiente para que esses benefícios possam, através de um reequilíbrio da concessão, proporcionar uma descida de custos aos consumidores”, afirmou o ministro do Ambiente, Ordenamento e Energia Jorge Moreira da Silva ao PÚBLICO. O titular justificou ainda esta medida como parte do terceiro pacote de cortes para o sector energético, no âmbito da 12ª avaliação da troika. O diferencial de preços do gás natural entre Portugal e a média dos Vinte e Sete, sem taxas e impostos, é hoje mais pronunciado no gás natural do que na electricidade e afecta, em especial, os consumidores domésticos, embora o peso da indústria no consumo seja muito maior e, por isso, onde uma descida de preço tem mais impacto. Os últimos dados completos do Eurostat reportam ao final do primeiro semestre do ano passado, altura em que uma família portuguesa pagava mais 30% na sua factura do que a média da UE27 e a indústria mais 8, 21%. E já houve períodos piores, do ponto de vista do consumidor. A diferença chegou a ser de 41, 7% para os domésticos no primeiro semestre de 2010 e de 10, 5% para a indústria no segundo semestre de 2012. Em Portugal, a grande indústria e o sector eléctrico absorvem em conjunto, segundo a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), mais de 75% do gás natural do total do país, sendo os restantes 25% distribuídos entre consumidores domésticos e pequena e média indústria. Moreira da Silva admite que a renegociação do que considera ser um “desequilíbrio consideravelmente favorável” à empresa será difícil e pode redundar em litígio, com recurso eventual a arbitragem. Também reconhece que a prática em Portugal tem sido mais de “reequilíbrio para o concessionário” do que para o Estado e diz acreditar que “se o legislador estivesse na posse da evolução dos preços do gás natural tinha exigido mais” do que fez em 2006. A revenda de gás natural, sobretudo para o Japão, e a exploração e produção de petróleo são as áreas de onde a Galp retira actualmente maiores proveitos e que não esconde que lhe têm corrido bem. A cláusula que permitia os referidos ganhos foi, entretanto, anulada este ano, no âmbito dos cortes impostos pela troika ao sector energético. Ficam agora seis anos de mais-valias passadas que o Governo pretende “corrigir” através da transferência de parte dos ganhos para amortizar os custos da rede de gás natural que todos os consumidores pagam na sua factura, no mercado regulado e no liberalizado. O Governo não adianta qual a proposta que fará à Galp, em termos de prazos e montante a repartir com os consumidores, mas reconhece que uma eventual “opção por uma janela de tempo reduzida permitirá uma descida de preços nos consumidores com impacto maior”. A potencial fonte de redistribuição de ganhos surge devido às alterações introduzidas em 2006, quando foi decidida a separação de actividades do negócio do gás natural (importação, armazenamento, transporte e distribuição) que a Galp detinha, de modo a cumprir as regras do mercado interno de energia da EU. Neste pacote, entraram os contratos de importação de gás natural da Argélia e da Nigéria que vinham do passado e que obrigam a Galp a adquirir as quantidades de gás previamente acordadas tenha consumo ou não para elas (chamada cláusula de take or pay). A partir de 2006, a sucessora da Transgás, actual Galp Gás Natural, passou a poder vender livremente as quantidades disponíveis. Na altura, a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) defendeu que os ganhos futuros derivados da nova medida deveriam ser partilhados de forma equitativa entre o concessionário e os consumidores, mas a resolução que saiu então do Conselho de Ministros não previu essa partilha.
REFERÊNCIAS:
Entidades TROIKA ERSE
Galp garante que não há fundamentos jurídicos para rever concessão
Galp responde a Moreira da Silva e diz que não existem “fundamentos económicos ou jurídicos” para renegociar o contrato de concessão com o Estado. Governo quer reduções de tarifas. (...)

Galp garante que não há fundamentos jurídicos para rever concessão
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento -0.1
DATA: 2014-04-28 | Jornal Público
SUMÁRIO: Galp responde a Moreira da Silva e diz que não existem “fundamentos económicos ou jurídicos” para renegociar o contrato de concessão com o Estado. Governo quer reduções de tarifas.
TEXTO: Numa nota enviada às redacções esta segunda-feira, a empresa liderada por Ferreira de Oliveira garantiu ter tido conhecimento, no domingo, “através dos meios de comunicação social”, da pretensão do Ministro do Ambiente, do Ordenamento do Território e da Energia, Jorge Moreira da Silva, “em promover um suposto ‘reequilíbrio da concessão’ com base em alegados lucros obtidos pelo Grupo Galp Energia, durante o período de 2006 a 2012, com a venda internacional de gás natural proveniente de contratos de longo prazo sujeitos a obrigações de take or pay”. A Galp sublinha que não recebeu qualquer comunicação escrita “que esclareça os termos e fundamentos da medida noticiada”, mas adianta, desde já, que os “pressupostos divulgados aos meios de comunicação social para justificar a medida em causa não são correctos”. Assim, a empresa entende “não existirem fundamentos económicos ou jurídicos para a sua aplicação”. A petrolífera reagiu desta forma à intenção avançada por Moreira da Silva ao PÚBLICO, no domingo, de renegociar com a Galp alguns pressupostos do seu contrato de concessão, tornando-o mais equilibrado a favor do Estado. Segundo contas do Ministério da Energia, a Galp terá conseguido acumular entre 2006 (data da última revisão do contrato de concessão entre o Estado e a Galp) e 2012 benefícios de 500 milhões de euros com a venda do excedente de gás natural dos contratos de importação da Argélia e Nigéria (que estão sujeitos às chamadas cláusulas <i>take or pay</i>, que obrigam a empresa a comprar as quantidades acordadas previamente, mesmo que não tenha consumo para a totalidade). De acordo com o ministro, é este montante que a Galp deve agora repartir com os consumidores, utilizando-o para amortizar custos da rede de gás natural, de forma a reduzir as tarifas. Os benefícios podem, “através de um reequilíbrio da concessão, proporcionar uma descida de custos aos consumidores”, afirmou Moreira da Silva, defendendo que a descida das tarifas pode chegar a 5% ao ano e por vários anos. O ministro, que apresentou a medida como parte do terceiro pacote de cortes para o sector energético, no âmbito da 12ª avaliação da troika de credores, admitiu que a renegociação do contrato com a Galp possa resultar num processo de litígio. Porém, numa conferência de imprensa realizada no domingo, disse que a decisão de rever o contrato com a Galp foi “ponderada durante bastante tempo” e que a análise jurídica do ministério entende que a renegociação “assegura uma correcta repartição de encargos e benefícios”.
REFERÊNCIAS:
Entidades TROIKA
O bom fotojornalismo no Museu da Electricidade
Mais de 130 fotografias da exposição do concurso World Press Photo podem ser vistas até 24 de Maio. (...)

O bom fotojornalismo no Museu da Electricidade
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.7
DATA: 2014-04-30 | Jornal Público
SUMÁRIO: Mais de 130 fotografias da exposição do concurso World Press Photo podem ser vistas até 24 de Maio.
TEXTO: Atrai-nos um olhar distante num rosto carregado. Surpreende-nos a resistência e o esforço dos músculos que sobressaem no corpo suspenso da atleta sueca de heptatlo, Nadja Casadei. O seu fotógrafo, Peter Holgersson, apresenta-nos um conjunto de quatro fotos em que o preto e branco, melancólico, sublinha uma luta em duas frentes, ambas por um primeiro lugar: a competição contra a atleta da Finlândia e a batalha contra o cancro. A força da mensagem veiculada concede ao fotógrafo o 1º prémio na categoria Histórias de Desporto do concurso World Press Photo e pode ser vista a partir de quarta-feira no Museu da Electricidade, em Lisboa. Além da fotografia vencedora do World Press Photo de John Stanmeyer, que vemos logo depois de subir as escadas da antiga Central Tejo, e da de Holgersson, podem também ser vistas perto de 130 fotografias das obras de outros 51 fotógrafos distribuídas pelas nove categorias do concurso. Depois de comentar a foto de Stanmeyer - "uma história concreta", mas ambígua, que pode parecer a celebração da passagem do ano mas que representa afinal migrantes africanos a tentar apanhar o sinal de telemóvel na costa do Djibuti -, Femke van der Valk destacou o 1º prémio na categoria Natureza da autoria do fotógrafo da National Geographic, Steve Winter, que captou um puma no Griffith Park, mostrando o regresso destes felinos ao Oeste dos Estados Unidos nos últimos anos. Steve Winter, contou, levou 12 meses para apanhar o puma retratado. A fotografia de Chris McGrath, capturada em Novembro de 2013 nas Filipinas, foi a vencedora do 1º prémio na categoria Notícias em Geral, mostrando a devastação causada pela passagem do tufão Haiyan mas também a esperança metaforizada pelos filipinos que fazem fila, tentando sair do país, sob um reconfortante arco-íris, conta o fotógrafo numa entrevista que pode ser ouvida através de uma aplicação desenvolvida para smartphones. A aplicação, que orienta o visitante pela exposição, pode ser descarregada de forma gratuita através do site da World Press Photo. A comissária da exposição salientou também a fotografia com que Markus Schreiber concorreu enquanto foto singular para a categoria de Retratos Observados. O olhar decepcionado e triste de uma mulher no terceiro dia do velório do antigo presidente da África do Sul, Nelson Mandela, valeu ao fotógrafo o 1º prémio desta categoria. Os projectos de longa duração foram também salientados por Femke van der Valk, nomeadamente o do fotógrafo Peter von Agtmael, que recebeu o 2º prémio da categoria Retratos Observados, pelo acompanhamento do quotidiano de Bobby Henline, um sobrevivente do Iraque de 42 anos, que usa os seus ferimentos e experiência na guerra para fazer stand up comedy. À edição deste ano do concurso World Press Photo concorreram 5754 fotógrafos de 132 nacionalidades, tendo sido avaliadas perto de cem mil fotografias. O resultado da bilheteira da exposição do Museu da Eletricidade (cada bilhete custa dois euros) reverterá para o projecto Unidades Móveis de Apoio ao Domicílio (UMAD), da Fundação Gil, uma iniciativa que apoia crianças doentes. Editado por Isabel Salema
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Dois atentados no Quénia em dois dias
Dupla explosão em Nairóbi mata pelo menos uma pessoa depois de, na véspera, uma granada em Mombaça ter deixado quatro pessoas mortas e 23 feridas. (...)

Dois atentados no Quénia em dois dias
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2014-05-04 | Jornal Público
SUMÁRIO: Dupla explosão em Nairóbi mata pelo menos uma pessoa depois de, na véspera, uma granada em Mombaça ter deixado quatro pessoas mortas e 23 feridas.
TEXTO: Dois autocarros foram atingidos por explosivos quando quando viajavam numa estrada movimentada em Nairóbi, a capital queniana, fazendo pelo menos uma vítima mortal, e dezenas de feridos. É o segundo atentado do fim-de-semana no Quénia: a polícia tinha lançado uma operação de caça ao homem a três suspeitos de autoria da dupla explosão que tinha feito quatro mortos e 15 feridos na cidade portuária de Mombaça. Nos ataques de Nairóbi, um dos autocarros estava perto de um hotel e outro num túnel subterrâneo, segundo os media locais, que antecipavam que o número de mortes pudesse aumentar. Fontes médicas falavam em 27 feridos, dos quais seis em estado grave. O ataque em Mombaça começou com uma granada atirada de uma carrinha que passava por um terminal de autocarros no centro da cidade, que matou três pessoas. Dois autocarros foram atingidos, com vidros partidos pelo chão. Pouco depois, rebentou um explosivo artesanal posto numa estrada em direcção à praia, perto de um hotel, sem fazer vítimas. O governador da cidade, Ali Hassan Joho, assegurou que apesar destes ataques a cidade é segura, apontando o dedo às milícias Al-Shabab, da Somália, pelos atentados. Este grupo matou pelo menos 67 pessoas no ataque ao centro comercial Westgate em Nairóbi, em Setembro. Nenhum grupo reivindicou os ataques, mas desde 2011 que as Al-Shabab, ligadas à rede Al-Qaeda, têm levado a cabo vários ataques no Quénia, retaliando pela presença de militares quenianos na Somália para as combater. O Governo prometeu combater a ameaça dos radicais. No mês passado, no âmbito da operação contra os islamistas, as autoridades detiveram cerca de 2000 pessoas apenas na capital, Nairóbi. Toda a insegurança está a custar caro ao Quénia, que perde cada vez mais turistas – em 2013, o número desceu para pouco mais um milhão (de 1 milhão e 23 mil no ano anterior), e os ganhos também decresceram, com 769 milhões em 2013 (contra 786 milhões no ano anterior).
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Palavras-chave ataque homem
Governo e Galp já estão em conversas sobre os contratos do gás
Ministro Moreira da Silva diz que mais-valias de 500 milhões, que quer que a Galp partilhe com os consumidores, são uma estimativa prudente. (...)

Governo e Galp já estão em conversas sobre os contratos do gás
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2014-05-07 | Jornal Público
SUMÁRIO: Ministro Moreira da Silva diz que mais-valias de 500 milhões, que quer que a Galp partilhe com os consumidores, são uma estimativa prudente.
TEXTO: O ministro do Ambiente e da Energia revelou nesta quarta-feira que o Governo já está em "contacto com a Galp" para resolver o tema das mais-valias nos contratos de gás natural. Jorge Moreira da Silva, que falava na Assembleia da República, revelou que o secretário de Estado da Energia, Artur Trindade, "já teve uma reunião com a Galp esta semana" sobre o tema. O Governo entende que a Galp obteve 500 milhões de euros de mais-valias com a venda de gás natural proveniente de contratos de abastecimento com a Nigéria e a Argélia desde 2006 e reclama agora a partilha desses benefícios com os consumidores. O tema "será alvo de uma iniciativa do Governo", disse Moreira da Silva na Comissão de Economia, sem pormenorizar, contudo, o âmbito da iniciativa. O ministro afirmou que, antes de ter anunciado esta medida, houve "uma conversa prévia com a Galp", sem que tenham sido, contudo, apresentados aos responsáveis da petrolífera pormenores sobre a mesma. "Não legislamos à mesa com as empresas", disse. Porém, garantiu que o seu objectivo é resolver a questão num "contexto de diálogo com a Galp", que é uma empresa "muito importante que gera valor económico e emprego". Moreira da Silva vê com naturalidade que a Galp critique publicamente a medida, mas diz que "o Governo está a fazer o que lhe compete" para repartir com os consumidores os benefícios que a petrolífera conservou para si. É uma medida "absolutamente legítima" e "não é inovadora", defende o governante. "É absolutamente normal quando há um contrato de concessão. " O que se pode perguntar "é porque é que não é feita mais vezes ou porque é que não foi feita antes", disse o ministro. Jorge Moreira da Silva disse ainda que a estimativa de 500 milhões de euros não está empolada. "É um valor prudente, robusto", sustentou. O ministro garantiu, também, que a medida não constava de qualquer obrigação ou imposição da troika, mas foi anunciada no âmbito da 12. ª avaliação, porque o Governo quis dar "um sinal evidente para a comunidade internacional de que as reformas na energia não se esgotaram no memorando".
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Entidades TROIKA
África do Sul: “Estou contente por votar pela primeira vez"
Participação "muito elevada". Primeiros resultados de uma eleição em que o ANC é favorito podem ser conhecidos na quinta-feira. (...)

África do Sul: “Estou contente por votar pela primeira vez"
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.525
DATA: 2014-05-07 | Jornal Público
SUMÁRIO: Participação "muito elevada". Primeiros resultados de uma eleição em que o ANC é favorito podem ser conhecidos na quinta-feira.
TEXTO: Aprendiz de esteticista, Nonhlahla Nkomo foi, com os pais e os avós, fazer o que nunca antes tinha feito. “Estou contente por ir votar pela primeira vez, e estou orgulhosa por votar no ANC”, disse, esta quarta-feira, enquanto esperava na fila a sua vez, numa escola de Orlando West, um bairro chique do Soweto, a algumas dezenas de metros da antiga casa, agora transformada em museu, de Nelson Mandela. Nonhlahla é uma dos perto de dois milhões de sul-africanos nascidos já depois do fim do apartheid, em 1994, os “born free” que, pela primeira vez, puderam votar nas eleições de ontem ainda que, segundo os dados oficiais, apenas um terço de entre eles se tenha recenseado. E sobre o seu sentido de voto, não teve dúvidas. “Eles merecem o meu voto. Vivo numa África do Sul livre graças ao ANC”, disse à AFP. O papel histórico do ANC (Congresso Nacional Africano) na luta contra o apartheid continua a determinar o comportamento eleitoral da maioria dos sul-africanos. O descontentamento com o Presidente Jacob Zuma, o desemprego de 25%, os casos de corrupção que têm atingido o Governo, não devem, por isso, impedir o partido de Mandela - primeiro Presidente negro do país, que morreu em Dezembro - de renovar as maiorias absolutas que tem conseguido nos últimos 20 anos nem Zuma de se reconduzido. As sondagens atribuem ao ANC intenções de voto da ordem dos 60%, dos mais de 25, 3 milhões de eleitores que elegem 400 deputados, os quais, a 21 de Maio designam o chefe de Estado. A Aliança Democrática, principal força da oposição, pode ultrapassar os 20% de votos. Os primeiros resultados poderão ser conhecidos já esta quinta-feira e a maior parte da contagem deverá estar concluída na sexta. Apesar de incidentes durante a campanha, e de alguns contratempos na manhã desta quarta-feira – atrasos na abertura de algumas assembleias, falta de urnas, uso de camisolas do ANC por elementos das equipas eleitorias – , até ao fim da tarde desta quarta-feira não ocorreram problemas graves e a participação era “muito elevada”, segundo a presidente da comissão eleitoral, Pansy Tlakula, citada pela AFP.
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Partidos LIVRE
Apesar da esmagadora vitória do ANC, é a oposição que sai reforçada na África do Sul
A grande surpresa foram os 6,2% da extrema-esquerda de Julius Malema. (...)

Apesar da esmagadora vitória do ANC, é a oposição que sai reforçada na África do Sul
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.5
DATA: 2014-05-09 | Jornal Público
SUMÁRIO: A grande surpresa foram os 6,2% da extrema-esquerda de Julius Malema.
TEXTO: O ANC (Congresso Nacional Africano) liderado pelo Presidente da África do Sul, Jacob Zuma, obteve uma imponente vitória nas eleições gerais do país, 62, 2% dos votos, segundo os resultados parciais e com 96% dos votos já apurados. A Aliança Democrática (DA) ficou em segundo lugar, garantindo cerca de 22, 2%. Mas a maior surpresa são mesmo os 6, 2% conseguidos pelo partido de extrema-esquerda, o Economic Freedom Fighters (EFF), liderado por Julius Malema, antigo líder da Liga da Juventude do ANC. Malema, quase que se pode considerar o grande vencedor destas eleições: os seus 6, 2% representam mais de um milhão e cem mil votos, sendo que, na região mais povoada do país, que inclui a capital, Joanesburgo, conseguiu uns impressionantes 10% do eleitorado. O líder do EFF, durante a campanha eleitoral, foi sempre um feroz crítico do ANC, mais precisamente do seu líder, Jacob Zuma, que acusou de andar a “enganar o povo durante todos estes anos”. “Ele tem sangue do povo nas suas mãos!” Nos comícios em que participava – ao estilo de Hugo Chávez (o seu inspirador, usando mesmo uma boina vermelha) –, mobilizou milhares de pessoas e lançou promessas de expropriar as terras dos brancos e nacionalizar os bancos e as minas. Estes 6% conseguidos pelo EFF não são uma real ameaça para o ANC, mas o seu populismo agressivo manterá com certeza Jacob Zuma e os seus ministros em sobreaviso constante. A líder do Aliança Democrática, Helen Zille, que na quinta-feira de manhã tinha afirmado à agência francesa AFP que esperava uma votação à volta dos 23%, obteve também ela um resultado histórico e pode ser considerada outra das parciais vencedoras destas eleições. Apesar de o seu eleitorado estar concentrado principalmente na província do Cabo Ocidental, que tem uma grande população branca e mestiça, Helen Zille tem tentando fazer incursões no eleitorado negro, tendo mesmo quase chegado a acordo com Mamphela Ramphele, activista da luta anti-apartheid, para apelar ao eleitorado negro. Apesar da vitória do ANC (que assegura a reeleição de Zuma), o facto é que, desde as ultimas eleições, em 2009, o partido perdeu quase um milhão de eleitores. Em contraponto, a Aliança Democrática obteve mais 6% do que nas eleições anteriores. Esta tendência pode demonstrar o crescente descontentamento com o líder do ANC Jacob Zuma, não só porque o país continua com taxas de desemprego muito altas e a pobreza atinge cerca de 25 milhões da população – a população total do país é de cerca de 50 milhões –, mas principalmente devido aos constantes casos de corrupção de que é acusado. Uma investigação independente concluiu que o Presidente sul-africano tinha “beneficiado indevidamente” de um financiamento estatal para comprar uma residência privada, avaliada em cerca de 28 milhões de euros. Estas eleições são as primeiras desde a morte, em Dezembro, de Nelson Mandela – o primeiro Presidente negro do país – e marca os 20 anos desde o fim do regime de minoria branca. A comissão eleitoral fez saber que a votação correu pacificamente na maioria das áreas, com participação de pouco mais de 73% dos eleitores inscritos. Dos 29 partidos que participaram nas eleições, 11 obtiveram assentos parlamentares, três são estreantes absolutos, o EFF, o National Freedom Party (NFP) e o African Independent Congress (AIC). O analista político sul-africano Somadoda Fikeni considera que é possível que alguns eleitores possam ter involuntariamente votado a favor da AIC, pensando que estavam a votar no ANC. “Que eu saiba, o partido nem sequer tinha responsáveis seus nos centros de escrutínio. Estou certo de que eles ainda estão a recuperar do choque positivo destas eleições. ”Notícia editada por Ana Gomes Ferreira
REFERÊNCIAS:
Étnia Africano
Sudão do Sul está à beira de uma epidemia de fome, diz a ONU
Se a ajuda não chegar com urgência, morrerão 50 mil crianças nos próximos meses. (...)

Sudão do Sul está à beira de uma epidemia de fome, diz a ONU
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2014-05-10 | Jornal Público
SUMÁRIO: Se a ajuda não chegar com urgência, morrerão 50 mil crianças nos próximos meses.
TEXTO: O Sudão do Sul está à beira de uma epidemia de fome, que poderá ser a mais grave no continente africano em muitas décadas, adverte um relatório da agência para a agricultura das Nações Unidas, FAO. A Unicef, o departamento da ONU para a infância, diz que nos próximos meses poderão morrer 50 mil crianças. Adverte a FAO que "um nível excepcional de insegurança alimentar” está a afectar 11, 5 milhões de pessoas e que o problema se vai agravar "nos próximos meses" se não forem criadas condições para fazer chegar alimentos à população. O Sudão do Sul é um país jovem - declarou a independência em 2011 - que viveu, nos últimos cinco meses, uma guerra civil que opôs o antigo vice-presidente Riek Machar e o Presidente Salva Kiir. Os dois assinaram, na sexta-feira, um acordo de cessar-fogo, que deverá entrar em vigor este sábado. A guerra - esta e as anteriores, já que durante anos o Sudão esteve mergulhado em conflitos que debilitaram os recursos - matou milhares de pessoas e deslocou 900 mil, além de ter levado ao abandono dos campos. O relatório da FAO diz que se o conflito não parar, permitindo que as agências humanitárias entrem nos territórios controlados pelas duas partes para levarem ajuda às populações carenciadas, a fome instala-se. O risco viu-se agravado com a chegada da estação das chuvas, que cria mais um obstáculo à circulação dos comboios humanitários que eventualmente sejam enviados. "A fome ainda pode ser evitada, mas é necessário que antes que seja tarde as agências sejam autorizadas a chegar a dezenas de milhares de pessoas”, disse, em comunicado, o director do Programa Alimentar Mundial (PAM, outra agência da ONU) para o Sudão do Sul, Mike Sackett. Sackett indicou que, na sequência do relatório da FAO, o Programa Alimentar Mundial vai disponibilizar ajuda para 2, 3 milhões de pessoas ainda este ano, o que é insuficiente. Por isso, a ONU apela aos dadores, uma vez que são necessários 190 milhões de euros para fazer chegar alimentos aos sul-sudaneses. A FAO já tinha feito um pedido idêntico, mas só conseguiu 54% dos 77 milhões de euros de que necessita.
REFERÊNCIAS:
Entidades ONU