Responsável argelino diz que Al-Qaeda está a adquirir armas na Líbia
A Al-Qaeda está a aproveitar o conflito na Líbia para adquirir armas, incluindo mísseis terra-ar, que transportou secretamente para uma base no norte do Mali, disse à Reuters um responsável dos serviços de segurança da vizinha Argélia. (...)

Responsável argelino diz que Al-Qaeda está a adquirir armas na Líbia
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-04-05 | Jornal Público
SUMÁRIO: A Al-Qaeda está a aproveitar o conflito na Líbia para adquirir armas, incluindo mísseis terra-ar, que transportou secretamente para uma base no norte do Mali, disse à Reuters um responsável dos serviços de segurança da vizinha Argélia.
TEXTO: A mesma fonte explicou que um grupo de oito carrinhas pick-up deixaram o leste da Líbia, atravessaram a fronteira para o Chad e depois o Niger, seguindo dali para o norte do Mali onde entregaram o seu carregamento de armas. O responsável argelino especificou que a carga incluiu granadas anti-tanque RPG-7 de fabrico russo, metralhadoras pesadas e ligeiras de marca Kalashnikov, explosivos e munições. Também disse ter informações que o braço africano da Al-Qaeda, conhecido pelo nome de Al-Qaeda do Magreb Islâmico tinha adquirido da Líbia mísseis terra-ar Strela, também de fabrico russo. “Sabemos que este não foi o primeiro carregamento e que os transportes continuam”, disse a mesma fonte, que não se quis identificar. “Vários quartéis militares foram pilhados nesta região [leste da Líbia] e os elementos da Al-Qaeda que estavam presentes não deixaram passar a oportunidade de deitar mão aos arsenais”, explicou a fonte argelina. O responsável dos serviços de segurança argelinos disse ainda que a Al-Qaeda está a aproveitar tanto o desnorte das forças leais a Khadafi como também se infiltrou nas fileiras dos rebeldes que combatem o regime líbio. Estes já negaram qualquer tipo de contacto com a Al-Qaeda.
REFERÊNCIAS:
Étnia Africano
Khadafi perde algum terreno em Adjabiya
Um dia depois de as forças de Muammar Khadafi terem intensificado os ataques contra Misurata e terem conseguido chegar de novo às portas de Ajdabiya, a rebelião, agora ajudada por ataques aéreos da missão da NATO, conseguiu recuperar as suas posições nesta cidade estratégica do Leste da Líbia. (...)

Khadafi perde algum terreno em Adjabiya
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento -0.3
DATA: 2011-04-11 | Jornal Público
SUMÁRIO: Um dia depois de as forças de Muammar Khadafi terem intensificado os ataques contra Misurata e terem conseguido chegar de novo às portas de Ajdabiya, a rebelião, agora ajudada por ataques aéreos da missão da NATO, conseguiu recuperar as suas posições nesta cidade estratégica do Leste da Líbia.
TEXTO: “Penso que as forças de Khadafi saíram da cidade”, disse este domingo um médico do hospital de Ajdabiya ao "New York Times". Pelo menos 12 pessoas morreram aqui nos confrontos do fim-de-semana, afirmam outros responsáveis hospitalares ouvidos pelas agências de notícias internacionais. A rebelião só conseguiu ganhar vantagem graças aos bombardeamentos da Aliança Atlântica, que anunciou ter destruído 25 tanques do regime ao longo do dia, incluindo 11 que se aproximavam de Ajdabiya. Esta é a última grande cidade na costa do Mediterrâneo antes de Bengasi e do grande terminal de petróleo de Tobruk, ainda mais a Leste, a chegar à fronteira com o Egipto, essencial para os opositores conseguirem exportar crude e financiar a insurreição. Outros 14 tanques foram atingidos nos arredores de Misurata, o único bastião que os combatentes que se opõe ao coronel mantém no Ocidente do país, sob certo de Khadafi há seis semanas. “A situação em Ajdabiya, e em particular em Misurata, é desesperada para os líbios que são alvo dos ataques brutais do regime”, disse, num comunicado o tenente-general Charles Bouchard, canadiano que lidera as operações desde que a NATO assumiu o comando da missão autorizada pela ONU. Com a própria NATO a assumir aquilo que quase todos os países envolvidos nas operações já tinham dito — que não haverá solução militar para esta guerra —, chegou a Trípoli uma delegação de líderes da União Africana para tentar negociar um cessar-fogo. Partidários de Khadafi, com os seus retratos na mão e agitando as bandeiras verdades do seu regime, encheram o aeroporto de Mitiga (perto da capital) para receber o Presidente sul-africano, Jacob Zuma, e os seus homólogos Amadou Toumani Touré (Mali), Mohamed Ould Abdel Aziz (Mauritânia) e Denis Sassou Nguesso (Congo), assim como o ministro dos Negócios Estrangeiros do Uganda, Henry Oryem Okello. Os mediadores descrevem assim os objectivos da sua missão: cessação imediata de todas as hostilidades, encaminhamento da ajuda humanitária e abertura de um diálogo entre o regime e a oposição. Depois de Trípoli, o grupo vai viajar 1000 quilómetros para Leste até chegar a Bengasi, que a rebelião declarou em Fevereiro “capital da Líbia libertada”. A oposição assegura que nunca negociará qualquer acordo que envolva a permanência de Khadafi ou dos seus filhos no poder.
REFERÊNCIAS:
Entidades ONU NATO
Com um olhar íntimo sobre São Paulo Manuela Marques vence BESPhoto 2010
O trabalho em São Paulo, Brasil, representou "uma tentativa de dar conta, em alguns pontos visuais, de uma cidade, de uma megalópole". É o início da sinopse apresentado por Manuela Marques ao BESPhoto. (...)

Com um olhar íntimo sobre São Paulo Manuela Marques vence BESPhoto 2010
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.25
DATA: 2011-04-13 | Jornal Público
SUMÁRIO: O trabalho em São Paulo, Brasil, representou "uma tentativa de dar conta, em alguns pontos visuais, de uma cidade, de uma megalópole". É o início da sinopse apresentado por Manuela Marques ao BESPhoto.
TEXTO: Esta noite, soube que venceu o mais importante prémio de fotografia português, escolhida por um júri composto por Agustin Pérez Rubio, director do Museu de Arte Contemporânea de Castilla y León, pelo curador Jean Hubert Martin e por Awam Ampka, director de Estudos Africanos da Universidade de Nova Iorque. Nascida em Tondela em 1959 e radicada em Paris, ali tem exposto regularmente nos últimos vinte anos. Em Portugal, apresentou-se pela primeira vez em 2002, nos Encontros da Imagem, em Braga, e do seu currículo constam também apresentações regulares no Brasil. No trabalho agora premiado, exposto até Junho no Museu Colecção Berardo, em Lisboa, Manuela Marques monta "uma coreografia do visível e do invisível a partir de um parque [. . . ] dominado pelo tráfico e pelo consumo de crack", escrevia José Marmeleira na edição de 25 de Março do Ípsilon. Dias antes, a artista explicava ao PÚBLICO: "Geralmente o meu trabalho é muito intimista. Por isso quis perceber como é que se poderia relacionar com uma cidade tão grande como São Paulo". Na sua sétima edição, o BESPhoto, iniciativa do Banco Espírito Santo e do Museu Colecção Berardo, abriu-se aos países da lusofonia, seleccionando como finalistas, além da vencedora, o português Carlos Lobo, o brasileiro Mauro Restliffe, o angolano Kiluanji Kia Henda e o moçambicano Mário Macilau. Em Julho e Agosto deste ano, todos eles estarão expostos na Pinacoteca de São Paulo, nova parceira do BESPhoto. Manuela Marques sucede a Filipa César, Edgar Martins (2008), Miguel Soares (2007), Daniel Blaufuks (2006), José Luís Neto (2005) e Helena Almeida (2004).
REFERÊNCIAS:
Grupo de contacto para a Líbia quer discutir fundo para ajudar a rebelião contra Khadafi
Os ministros dos Negócios dos Estrangeiros dos países que integram o grupo de contacto para a Líbia estão a discutir a possibilidade de criar um fundo de assistência financeira aos rebeldes cativando os bens congelados a várias figuras do regime do contestado líder Muammar Khadafi, foi revelado hoje por um responsável da delegação italiana à reunião de Doha. (...)

Grupo de contacto para a Líbia quer discutir fundo para ajudar a rebelião contra Khadafi
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.2
DATA: 2011-04-13 | Jornal Público
SUMÁRIO: Os ministros dos Negócios dos Estrangeiros dos países que integram o grupo de contacto para a Líbia estão a discutir a possibilidade de criar um fundo de assistência financeira aos rebeldes cativando os bens congelados a várias figuras do regime do contestado líder Muammar Khadafi, foi revelado hoje por um responsável da delegação italiana à reunião de Doha.
TEXTO: “A questão do financiamento é crucial. Temos que ir buscar o dinheiro dos bens congelados. Esta é uma ideia que não apenas favorecemos mas a qual vamos também pressionar para a sua discussão”, explicou esta fonte do Ministério italiano dos Negócios Estrangeiros, precisando que a ideia é de criar “um programa de petróleo por alimentos similar ao do Iraque, a funcionar como um fundo que dirija algum do dinheiro dos bens congelados directamente para a rebelião”. A reunião de hoje no Qatar do chamado grupo de contacto conta com a participação de representantes do Conselho Nacional Líbio, a “cara política” dos rebeldes criada em Bengasi, na Líbia Oriental, com a ambição de se assumir como um governo provisório no país num cenário pós-Khadafi. A rebelião rejeitara na segunda-feira uma proposta de cessar-fogo avançada pela União Africana, argumentando que nenhum plano de paz pode avançar sem o prévio afastamento de Khadafi do poder, e pretende insistir hoje em Doha junto das potências internacionais sobre a necessidade de armarem a oposição – que, até agora, não deu quaisquer sinais de ser capaz de derrubar o autoritário regime líbio, mesmo com o apoio dos raides aéreos feitos pelos aliados da NATO desde o passado dia 19 de Março. Sobre esta possibilidade de armar a rebelião, a fonte da delegação diplomática italiana fez questão de frisar que “a resolução das Nações Unidas [1973, dando luz verde a “todas as medidas necessárias para proteger a vida de civis”] não permite que se armem os rebeldes, mas essa é uma decisão política que os estados membros [da aliança] podem tomar”. “A verdade é que não é possível chegar a nenhuma solução política enquanto Lhadagi estiver no poder”, avaliou aquele responsável do Governo italiano. Pouco antes, um representante dos rebeldes anunciara que o Conselho Nacional Líbio vai pedir em Doha aos governos dos aliados uma ajuda de cerca de 1, 5 mil milhões de dólares para dar resposta às necessidades da população civil nas regiões controladas pelos rebeldes. Deixou ainda a garantia de que o órgão político da rebelião oferece petróleo em troca de ajuda humanitária. O ex-chefe da diplomacia líbia Moussa Koussa, que muito recentemente renegou o regime de Khadafi – pouco após o início da intervenção militar dos aliados internacionais mandatados pelas Nações Unidas – deslocou-se também a Doha, com o propósito de se reunir com os líderes rebeldes, à margem do encontro do grupo de contacto. Mas essa hipótese para já afastada pela própria rebelião: “Não queremos falar com Moussa Koussa, por causa do que ele fez em termos de violações dos direitos humanos”, sustentou já esta manhã o porta-voz do Conselho Nacional Líbio, Mahmud Awad Shammam, citado pelas agências noticiosas.
REFERÊNCIAS:
Entidades NATO
Regime líbio sugere eleições após seis meses de cessar-fogo
O ministro líbio dos Negócios Estrangeiros sugeriu hoje que o regime de Trípoli admite realizar eleições, supervisionadas pelas Nações Unidas, dentro de seis meses após que seja cumprido um cessar-fogo "efectivo" no conflito no país, que se arrasta desde meados de Fevereiro. (...)

Regime líbio sugere eleições após seis meses de cessar-fogo
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-04-20 | Jornal Público
SUMÁRIO: O ministro líbio dos Negócios Estrangeiros sugeriu hoje que o regime de Trípoli admite realizar eleições, supervisionadas pelas Nações Unidas, dentro de seis meses após que seja cumprido um cessar-fogo "efectivo" no conflito no país, que se arrasta desde meados de Fevereiro.
TEXTO: A haver uma suspensão das acções armadas – várias vezes declarada unilateralmente pelo regime líbio, antes e já depois do início dos raides aéreos da NATO, mas nunca cumprida no terreno – pode seguir-se um período de "talvez seis meses" para preparar o sufrágio, indicou Abdul Ati al-Obeidi, em declarações à BBC News. "Se houvesse um verdadeiro cessar-fogo e parassem os bombardeamentos [da NATO, iniciados há um mês sob mandato das Nações Unidas], podia abrir-se um diálogo entre todos os líbios sobre aquilo que querem: democracia, reformas políticas, eleições, a Constituição. Mas tal não pode ser feito com o que se está a passar”, sustentou o chefe da diplomacia líbia. Estas eleições seriam supervisionadas pelas Nações Unidas, conforme foi proposto no plano de paz e conciliação apresentado há um par de semanas pela União Africana, indicou ainda Al-Obeidi. Esta proposta da UA foi prontamente rejeitada pela rebelião que não aceita nenhuma hipótese de conversações sem que o contestado líder líbio Muammar Khadafi abandone antes o poder, o qual exerce já há mais de 40 anos. O ministro líbio sugeriu mesmo, nesta entrevista à BBC, que aquele sufrágio poderá dar resposta “a quaisquer que sejam as questões levantadas pelos líbios”, abrindo a porta a todos os cenários possíveis, incluindo o de definição do futuro do coronel como líder do regime na Líbia. Por outro lado, Al-Obeidi criticou veementemente o plano do Reino Unido, ontem divulgado, de enviar conselheiros “militares experimentados” para o bastião da rebelião, Bengasi. A presença de militares britânicos em Bengasi vai “prolongar” os combates e minar as hipóteses de uma solução pacífica para o conflito no país, estimou. “É um passo atrás", sustentou. O envio de “militares experimentados” para Bengasi – onde foi criado o Conselho Nacional de Transição líbio (CNT), como “cara política” da rebelião e ambições de se assumir como governo provisório num cenário pós-Khadafi – fora revelado ontem pelo ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, William Hague. A medida, argumentou então, está conforme aos princípios da resolução 1973 do Conselho de Segurança das Nações Unidas que permite o recurso “a todas as medidas necessárias para proteger vidas civis”, excluindo a de uma ocupação militar terrestre estrangeira da Líbia. Hague precisou que a equipa vai prestar apoio logístico e de informações ao movimento rebelde. “Não se envolverá no treino nem armamento das forças da oposição”, garantiu, nem mesmo no planeamento de operações militares terrestres. A BBC News avançava que a missão integra dez militares britânicos e outros tantos franceses, reiterando a notícia já na véspera avançada pelo diário britânico “The Guardian”, o qual dava conta que a equipa de conselheiros também integrava soldados da França (mas Paris ainda não o confirmou). Notícia actualizada às 11h15
REFERÊNCIAS:
Entidades NATO UA
TPI tem "provas sólidas" para acusar regime líbio de crimes contra a humanidade
O procurador-geral do Tribunal Penal Internacional (TPI), Luis Moreno-Ocampo, declarou que tinha “provas sólidas” de que tinham sido perpetrados na Líbia crimes contra a humanidade. (...)

TPI tem "provas sólidas" para acusar regime líbio de crimes contra a humanidade
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-05-04 | Jornal Público
SUMÁRIO: O procurador-geral do Tribunal Penal Internacional (TPI), Luis Moreno-Ocampo, declarou que tinha “provas sólidas” de que tinham sido perpetrados na Líbia crimes contra a humanidade.
TEXTO: Num relatório do TPI, o procurador adiantou ainda que os mandados de captura, que deverão ser emitidos nas próximas semanas, poderiam visar cinco pessoas. "Sim, temos provas sólidas contra a Líbia", confirmou o procurador em entrevista à AFP em Nova Iorque. "Vários indivíduos estão envolvidos, entre um a cinco”, acrescentou. O procurador não revelou nomes, mas a estação de televisão Al-Arabiya adiantou que os mandados poderiam dirigir-se a Khadafi; ao seu filho Saif al-Islam; ao antigo ministro dos Negócios Estrangeiros líbio Moussa Koussa e ainda ao antigo primeiro-ministro Abu Zeyd Omar Dorda. Moreno-Ocampo afirma deter provas de que as forças do coronel líbio teriam utilizado bombas de fragmentação contra populações civis e a investigação aponta também para violações dos rebeldes em Bengasi contra africanos suspeitos de auxiliar as tropas de Kadhafi. Entre as acusações estarão assassínios, detenções ilegais, tortura e perseguição. Os disparos para dispersar manifestações pacíficas foram considerados pelo procurador “constantes”. “Temos fortes provas de que no princípio do conflito houve disparos contra civis”, disse Ocampo à Reuters. “Também temos fortes provas de que houve perseguições”. Só no mês de Fevereiro – a onda de contestação começou em meados do mês – o relatório estima que tenham sido mortas entre 500 e 700 pessoas. De acordo com o procurador, os crimes terão sido cometidos sob ordens e instruções de algumas pessoas com poder dentro do regime líbio. A abertura de um processo formal de investigação aos crimes contra a humanidade cometidos na Líbia tinha sido anunciada no dia 3 de Março.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave filho perseguição
Poderá o disco rígido de Bin Laden ajudar a combater a Al-Qaeda?
Chamam-lhe o verdadeiro tesouro do ataque ao complexo de Abbottabad: dez discos rígidos, cinco computadores e mais de 100 DVD, disquetes e pen drives. "Podem imaginar o que é que está no disco rígido de Osama bin Laden?", disse ao site "Politico" um responsável da Casa Branca. (...)

Poderá o disco rígido de Bin Laden ajudar a combater a Al-Qaeda?
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento -0.29
DATA: 2011-05-05 | Jornal Público
SUMÁRIO: Chamam-lhe o verdadeiro tesouro do ataque ao complexo de Abbottabad: dez discos rígidos, cinco computadores e mais de 100 DVD, disquetes e pen drives. "Podem imaginar o que é que está no disco rígido de Osama bin Laden?", disse ao site "Politico" um responsável da Casa Branca.
TEXTO: É esse filão que agora ocupa centenas de pessoas no Afeganistão e no quartel-general da CIA, em Langley, Virginia. "À medida que retirarmos informações tomaremos decisões", afirmou ontem o attorney general (equivalente a ministro da Justiça), Eric Holder, adiantando que provavelmente serão "acrescentados nomes" à lista de suspeitos de terrorismo. Parece ser já seguro que Osama passou anos dentro do complexo em que foi morto, pelo que é expectável que tenha acumulado muita informação sobre a Al-Qaeda. Washington espera que isso inclua dados sobre os seus associados, localizações e planos. "Como seria gratificante encontrar nos ficheiros de Bin Laden alguma pista sobre o paradeiro do seu principal lugar-tenente, o médico egípcio Ayman al-Zawahri", escreveu ontem em editorial o jornal Chicago Tribune. A morte de Abbottabad foi a segunda de Bin Laden, escreveu o diário Le Monde. A primeira aconteceu em Janeiro com a revolução na Tunísia. Osama morreu, quando a mensagem da Al-Qaeda estava moribunda. Com o seu desaparecimento, a organização fica ainda mais fragilizada. Mas não morre, sobrevivendo na "marca" em que há muito se tornou - e que qualquer grupo pode reivindicar -, mas também em Zawahri, o sucessor mais óbvio, que tem os aliados mais próximos nos taliban e noutros grupos radicais paquistaneses, ou na Al-Qaeda na Península Arábica (AQPA). Zawahri era o rosto e a voz da Al-Qaeda central (o que permaneceu da Al-Qaeda pré-11 de Setembro depois da perda do santuário afegão), mas não tem o carisma de Bin Laden. "Quando as pessoas se voluntariavam para a jihad, estavam a oferecer-se para serem soldados de Bin Laden, não de Zawahri", escreveu o editor da Time Fareed Zakaria. Não é um combatente, é um intelectual que nunca foi popular entre os jihadistas. Com ele na liderança, acredita John Brennan, conselheiro de Obama para o contraterrorismo, os EUA têm "muito mais oportunidades de destruir a organização e criar fracturas no seu interior". Steve Coll, jornalista e autor do livro Os Bin Laden, notou num debate na PBS que o que sabemos de Zawahri nos indica "que ele vai lutar", mas admite que o egípcio tem um percurso "de alienar colegas e comprar guerras por questões dogmáticas" que não faz dele o unificador de que a Al-Qaeda precisa agora. Zawahri é a aposta mais óbvia, mas não é a única. Muitos analistas sugerem que a morte de Osama poderá ser uma janela de oportunidade para a Al-Qaeda na Península Arábica, o único ramo fundado por membros do grupo original. Há grupos ligados à Al-Qaeda, como as Al-Shabaad da Somália, que deverão perder, já que contavam com Osama e com a Al-Qaeda central para financiamento e assistência técnica. Mas não é esse o caso da AQPA, bastante independente. Líderes com carisma"A morte de Bin Laden é boa para a AQPA, que não haja dúvidas", afirmou Jarret Brachman, conselheiro da Administração Obama, citado pela Reuters. "Vai abrir espaço para a AQPA exercer mais influência sobre a direcção futura do movimento global. " Para além de ser o único ramo da Al-Qaeda que tem tido relativo sucesso - muitos ataques falhados, como o que pretendia fazer explodir um avião americano no dia de Natal de 2009, mas com recurso a tácticas ousadas -, o grupo que desde há três anos opera a partir do Iémen tem a seu favor alguns líderes carismáticos. Um deles é o religioso Anwar al-Awlaki, nascido no Novo México e cujo assassínio Obama autorizou o ano passado - a obsessão com Awlaki por parte da Administração e dos media norte-americanos é, aliás, uma das razões que explicam a sua popularidade entre jihadistas de todo o mundo, dizem os analistas. Outro nome a ter em conta é o do próprio chefe da AQPA, Nasser al-Wuhayshi, que tem a seu favor "ser um homem que estudou com o mestre", como nota Gregory Johnsen, perito em Iémen. Wuhayshi foi assessor pessoal de Bin Laden nos anos 1990.
REFERÊNCIAS:
Entidades EUA
"Criminoso nazi mais procurado do mundo" começou a ser julgado na Hungria
Começou, nesta quinta-feira, o julgamento de um dos “últimos criminosos nazis ainda vivo” em Budapeste, na Hungria. (...)

"Criminoso nazi mais procurado do mundo" começou a ser julgado na Hungria
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.049
DATA: 2011-05-05 | Jornal Público
SUMÁRIO: Começou, nesta quinta-feira, o julgamento de um dos “últimos criminosos nazis ainda vivo” em Budapeste, na Hungria.
TEXTO: Sandor Kepiro, de 97 anos, está acusado de crimes de guerra na Sérvia em 1942, nomeadamente contra judeus, e foi considerado pelo Centro Simon Wiesenthal – organização internacional de direitos humanos, focada no tema do holocausto – o “suspeito nazi de crimes de guerra mais procurado do mundo”. O tribunal húngaro alega que Kepiro foi "cúmplice de actos de crimes de guerra" no massacre que ocorreu entre 21 e 23 de Janeiro, em Novi Sad, território actualmente sérvio. Pelo menos 1200 civis, entre os quais se contam judeus e sérvios, morreram durante esses dias e Kepiro é acusado directamente da morte de 36 dessas pessoas, podendo vir a enfrentar uma pena de prisão perpétua. Em Janeiro de 1942, centenas de famílias foram raptadas e mortas por húngaros, aliados dos alemães nazis. Um sobrevivente dos ataques contou à BBC que as pessoas “eram atiradas para o rio em gelo” e que outras “eram retiradas de casa e mortas na rua”. O antigo capitão da polícia diz-se inocente – apesar de admitir ter estado presente durante o massacre, assegura que não matou ninguém - e afirmou aos jornalistas que rodeavam o tribunal que todo aquele processo era um “circo”. A idade avançada do arguido trouxe-lhe algumas complicações em tribunal, tendo-se queixado de problemas auditivos no início da audiência, eventualmente causados pelo aparelho que utilizava e que o fazia ouvir “zumbidos”. Kepiro disse nada ter compreendido da introdução que foi feita pelo Presidente do tribunal e, durante toda a audiência, a sua irmã repetiu-lhe as perguntas feitas pelo juiz ao ouvido. Ainda assim, o arguido disse sentir-se apto para participar na sessão de julgamento. “Espero que seja finalmente condenado e punido”, declarou à AFP Efraim Zuroff, dirigente do Centro Simon Wiesenthal. “Trata-se do primeiro processo de um criminoso de guerra húngaro e como a Hungria colaborou com a Alemanha nazi, é muito importante que aconteça”, acrescentou Zuroff, responsável pela localização de Kepiro que se encontrava fugido. Zuroff sublinhou que o “racismo e a xenofobia levam sempre à morte” e que a “melhor maneira de tratar esse fenómeno é pôr os culpados perante a justiça”. Ainda que isso aconteça “décadas depois”, acrescentou. “Não pode haver nem clemência, nem simpatia, não se pode ignorar os factos. ”À porta do tribunal, dezenas de estudantes empunhavam cartazes onde se podia ler “Como consegue dormir sr. Kapiro?” ou “O assassínio não tem idade”. Sandor Kepiro, por sua vez, levava um papel para o tribunal onde se lia: “Assassinos de um velho de 97 anos”, mas foi obrigado a guardá-lo. Kepiro fora já condenado em 1946 a 14 anos de prisão por crimes de guerra mas nunca chegou a cumprir a pena, tendo conseguido fugir para a Argentina onde viveu durante vários anos. Na próxima semana, deverá ser conhecido o veredicto de John Demjanjuk, também acusado de crimes de guerra relacionados com o holocausto e que começou a ser julgado em 2009.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave direitos morte guerra humanos tribunal prisão racismo circo assassínio xenofobia
Bisneto de Geronimo protesta contra nome dado pela CIA a Bin Laden
Geronimo, o nome de código dado a Bin Laden pela CIA durante a operação que levou à morte do líder da Al-Qaeda, foi criticado por várias organizações indígenas e ontem o bisneto do chefe apache afirmou num comunicado que era “um erro e um insulto” a utilização do nome para designar o terrorista ou a operação. (...)

Bisneto de Geronimo protesta contra nome dado pela CIA a Bin Laden
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-05-06 | Jornal Público
SUMÁRIO: Geronimo, o nome de código dado a Bin Laden pela CIA durante a operação que levou à morte do líder da Al-Qaeda, foi criticado por várias organizações indígenas e ontem o bisneto do chefe apache afirmou num comunicado que era “um erro e um insulto” a utilização do nome para designar o terrorista ou a operação.
TEXTO: O líder apache Geronimo foi o homem que liderou o último grupo de guerreiros apache que resistiam aos americanos brancos no século XIX e foi considerado um dos mais resistentes inimigos dos EUA. Já na quarta-feira, um representante da tribo apache exigira ao Presidente norte-americano, Barack Obama, um pedido de desculpas pela utilização "ofensiva" do nome Geronimo associado a “um assassino em massa e um terrorista cobarde” e na quinta-feira foi a vez de o próprio bisneto do líder apache se insurgir. "Baptizar uma operação para eliminar ou capturar Osama bin Laden com o nome Geronimo é uma distorção da história que é difamatória para um chefe índio-americano e um grande ser humano", disse Harlyn Geronimo, ex-combatente do Vietname e descendente do chefe indígena. O queixoso pediu ao Presidente Obama e ao secretário da Defesa, Robert Gates, que expliquem como conseguiram chegar a "uma utilização tão indigna do nome" do bisavô e exigiu também que a referência a Geronimo fosse retirada dos documentos oficiais que relatam a operação no Paquistão. A carta do bisneto de Geronimo entrou na lista de depoimentos ouvidos na quinta-feira no Congresso durante uma audiência do Comité de Relações Indígenas sobre "estereótipos racistas e as populações autóctones". Na publicação online índio-americana “nativetimes. com”, antigos combatentes índio americanos criticaram seriamente a comparação entre o terrorista e o chefe índio: “é a coisa mais racista que já vimos”, escreveram. “Isso coloca-nos na mesma categoria que os terroristas mais procurados do mundo”, criticou o antigo combatente Lloyd Goings.
REFERÊNCIAS:
Entidades EUA
A Língua portuguesa na mediação de conflitos jurídicos
Para debater o valor da língua portuguesa na resolução de conflitos internacionais mais de 200 advogados de todo o mundo juntaram-se nos passados dias 6 e 7 de Maio em Luanda, Angola, num congresso sobre condições jurídicas para investidores em África. (...)

A Língua portuguesa na mediação de conflitos jurídicos
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.2
DATA: 2011-05-10 | Jornal Público
SUMÁRIO: Para debater o valor da língua portuguesa na resolução de conflitos internacionais mais de 200 advogados de todo o mundo juntaram-se nos passados dias 6 e 7 de Maio em Luanda, Angola, num congresso sobre condições jurídicas para investidores em África.
TEXTO: Esta iniciativa foi organizada pelo Instituto de Mediação e Arbitragem (ILMAI) pela Union Internationale des Advocats (UIA) - União Internacional de Advogados - e pela Ordem dos Advogados de Angola. Foi a primeira vez que a UIA realizou um congresso num país de língua oficial portuguesa. Manifestando o seu apoio pela organização do seminário em Luanda. Fernando Tonim, presidente do ILMAI deixou claro o facto de “o nosso património comum” ser a língua portuguesa, “uma grande ferramenta na justiça alternativa que consegue resolver conflitos de forma mais directa, rápida, económica e confidencial”, defendeu. Tendo em conta o grande potencial económico dos países africanos de língua oficial portuguesa (PALOP), o ILMAI tem o objectivo de dar formação em mediação e arbitragem a advogados, recursos humanos, gestores e outros profissionais através da sua rede. Este sistema está a ser criado a nível da CPLP em parceria com os centros de formação já existentes, com as câmaras de Comércio e as Ordens dos Advogados.
REFERÊNCIAS:
Entidades CPLP