Manuel António Pina ganha prémio Camões
O escritor português Manuel António Pina ganhou o Prémio Camões, o maior prémio literário de língua portuguesa. (...)

Manuel António Pina ganha prémio Camões
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.3
DATA: 2011-05-12 | Jornal Público
SUMÁRIO: O escritor português Manuel António Pina ganhou o Prémio Camões, o maior prémio literário de língua portuguesa.
TEXTO: “É a coisa mais inesperada que poderia esperar”, disse o poeta Manuel António Pina, que acabara de saber que lhe fora atribuído o Prémio Camões de 2011, no valor de cem mil euros. “Nem sabia que estava hoje a ser discutida a atribuição do prémio”, acrescentou. Todos os jurados levavam nas suas listas o nome de Manuel António Pina e não precisaram sequer de meia hora para chegar a uma decisão unânime na reunião que mantiveram esta manhã na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro. Pina torna-se assim o 23º Prémio Camões e o décimo português a receber esta consagração, se excluirmos o autor angolano nascido em Portugal, Luandino Vieira, que recusou o prémio em 2006. O júri integrou dois jurados portugueses (a ensaísta e poetisa Rosa Martelo e o ensaísta e professor de literatura brasileira Abel Barros Baptista), dois brasileiros (o poeta António carlos Secchim e a ficcionista Edla Van Steen) e ainda dois representantes dos países africanos de expressão portuguesa: a poetisa e ficcionista angolana Ana Paula Tavares e a ensaísta são-tomense Inocência Mata. Nascido no Sabugal, Guarda, em 1943, Manuel António Pina foi jornalista durante várias décadas e estreou-se na poesia em 1974 com o livro “Ainda Não É o Fim nem o Princípio do Mundo Calma É Apenas Um Pouco Tarde”. No ano anterior publicara o seu primeiro livro para crianças, “O País das Pessoas de Pernas para o Ar”. Consensualmente reconhecido como um dos melhores cronistas de língua portuguesa – ainda hoje assina uma crónica diária no Jornal de Notícias –, Manuel António Pina publicou dezenas de livros de poesia e de literatura para crianças, mas só em 2003 se aventurou na ficção “para adultos”, com “Os Papéis de K. ”. Se a sua obra de ficção é menos conhecida internacionalmente, a sua poesia está traduzida na generalidade das línguas europeias. O seu mais recente livro de poemas, intitulado “Os Livros” (Assírio & Alvim, 2003) venceu os prémios de poesia da Associação Portuguesa de Escritores e a da Fundação Luís Miguel Nava. Notícia actualizada às 16h27
REFERÊNCIAS:
Tempo Janeiro
Direitos humanos vivem “momento histórico” com revoltas pela democracia
As revoltas pró-democracia no Médio Oriente e Norte de África e o crescimento sem precedentes das redes sociais poderão produzir uma mudança ímpar – e que pode acontecer a qualquer momento – no que diz respeito aos direitos humanos, lê-se no relatório anual da Amnistia Internacional. (...)

Direitos humanos vivem “momento histórico” com revoltas pela democracia
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.045
DATA: 2011-05-13 | Jornal Público
SUMÁRIO: As revoltas pró-democracia no Médio Oriente e Norte de África e o crescimento sem precedentes das redes sociais poderão produzir uma mudança ímpar – e que pode acontecer a qualquer momento – no que diz respeito aos direitos humanos, lê-se no relatório anual da Amnistia Internacional.
TEXTO: A publicação do relatório global sobre direitos humanos coincide com o 50º aniversário da organização. “A revolução dos direitos humanos vive agora um momento de mudança histórico”, afirma Salil Shetty, secretário-geral da Amnistia Internacional (AI). “As pessoas cansaram-se de viver com medo e estimuladas por lideranças jovens resolveram erguer-se em defesa dos seus direitos, enfrentando balas, tanques, gás lacrimogéneo e agressões”, continua Shetty. “Esta coragem – combinada com as novas tecnologias que estão a ajudar os activistas a denunciarem e a ultrapassarem a repressão governamental à liberdade de expressão e às manifestações pacíficas – é um sinal para os Governos repressores de que os seus dias estão contados”. Mas nada está ainda garantido e as “forças da repressão reagem fortemente” e batalham pelo controlo do acesso à informação, lê-se ainda. “A comunidade internacional deve aproveitar esta oportunidade única de mudança e deve garantir que o despertar dos direitos humanos, a que assistimos em 2011, não se torne numa ilusão”. A AI aponta para a “necessidade de existir uma política consistente de tolerância zero, da parte do Conselho de Segurança da ONU, para os crimes contra a humanidade”. A organização alerta ainda para a deterioração da situação em países onde os activistas correm sérios riscos, como na Ucrânia, na Bielorrússia e no Quirguistão; para a espiral de violência na Nigéria; e a escalada da crise provocada pelos rebeldes armados maoistas nas regiões centrais e no Nordeste da Índia. O relatório da AI documenta restrições específicas à liberdade de expressão em pelo menos 89 países, destaca casos de prisioneiros de consciência em pelo menos 48 países, documenta casos de tortura e outros maus-tratos em pelo menos 98 países e relata a ocorrência de julgamentos injustos em pelo menos 54 países.
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Entidades ONU
Procurador do TPI pede mandado de captura contra Khadafi
O procurador-geral do Tribunal Penal Internacional (TPI) pediu um mandado de captura para o líder líbio Muammar Khadafi e o seu filho, Saif al-Islam, por crimes contra a humanidade. Luis Moreno-Ocampo quer ainda ver o chefe dos serviços de espionagem, Abdullah al-Senussi, cunhado de Khadafi, responder pela repressão às manifestações pró-democracia, adianta a Reuters. (...)

Procurador do TPI pede mandado de captura contra Khadafi
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento -0.05
DATA: 2011-05-16 | Jornal Público
SUMÁRIO: O procurador-geral do Tribunal Penal Internacional (TPI) pediu um mandado de captura para o líder líbio Muammar Khadafi e o seu filho, Saif al-Islam, por crimes contra a humanidade. Luis Moreno-Ocampo quer ainda ver o chefe dos serviços de espionagem, Abdullah al-Senussi, cunhado de Khadafi, responder pela repressão às manifestações pró-democracia, adianta a Reuters.
TEXTO: A medida, pedida hoje, justifica-se pelos “ataques generalizados e sistemáticos a civis”, adiantou Moreno. Mas será quase seguramente ignorada pelos seus visados, avisou antecipadamente o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros, Khalid Kaim, que adiantou que o TPI é um “bebé da União Europeia criado para políticos e líderes africanos”, cita a BBC. Tal como a maioria dos países africanos, e também os Estados Unidos, a Líbia não reconhece o TPI. Caberá agora aos juízes do TPI decidir se os mandados de captura serão, ou não, emitidos. O gabinete de Luis Moreno-Ocampo afirmara já ter analisado mais de 1200 documentos e realizado 50 entrevistas com responsáveis e testemunhas, e que há razões suficientes para exigir a detenção dos três responsáveis, suspeitos de crimes contra a humanidade (assassínio e perseguição) depois das manifestações anti-Governo que começaram a 15 de Fevereiro na Líbia (só durante esse mês terão morrido entre 500 e 700 pessoas). Moreno-Ocampo considerava ter “provas que mostram que as forças de segurança líbias efectuaram ataques generalizados e sistemáticos contra a população civil e levar à identificação daqueles que têm a maior responsabilidade criminal por esses crimes”, lê-se num comunicado do seu gabinete. “Para além disso, há informação relevante sobre alegados crimes de guerra quando a situação evoluiu para um conflito armado. O gabinete vai analisar esses crimes com os mesmos padrões, em particular as alegações de violações e ataques contra africanos sub-sarianos que foram erradamente reconhecidos como mercenários”.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave guerra assassínio perseguição
Apenas dois casos de sarampo em Portugal apesar de surto europeu
A subdirectora-geral da Saúde garantiu hoje ao PÚBLICO que os dois únicos casos de sarampo detectados em Portugal desde o início do ano foram importados. Mesmo assim, Graça Freitas apela à vacinação, perante alguns surtos registados noutros países. (...)

Apenas dois casos de sarampo em Portugal apesar de surto europeu
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-05-16 | Jornal Público
SUMÁRIO: A subdirectora-geral da Saúde garantiu hoje ao PÚBLICO que os dois únicos casos de sarampo detectados em Portugal desde o início do ano foram importados. Mesmo assim, Graça Freitas apela à vacinação, perante alguns surtos registados noutros países.
TEXTO: “Há sarampo em vários países da Europa e de África mas nós não temos nenhum caso de sarampo autóctone, apesar de corrermos o risco de importar casos. Desde o início do ano já importámos dois casos, um que foi detectado numa estrangeira que viajou para Portugal e um outro num jovem que esteve a residir temporariamente em França”, concretizou a subdirectora-geral da Saúde que, de momento, não confirma a necessidade de emitir uma circular de alerta. Graça Freitas salientou que nenhum destes dois casos deu origem a uma bolsa de sarampo, destacando que em Portugal a taxa de vacinação contra a doença é “bastante boa”, isto é, “superior a 95 por cento”, ainda que em algumas regiões persistam taxas bastante inferiores. Por isso, a responsável apelou a todos os cidadãos que não tiveram a doença que confirmem se têm as duas doses da vacina do sarampo feitas e, em caso de dúvida, que se aconselhem no centro de saúde a que pertencem. A vacina contra o sarampo, a VASPR, faz parte do Plano Nacional de Vacinação português e é composta por duas doses, a primeira das quais deve ser dada ainda em bebé, aos 15 meses, e a segunda por volta dos cinco/seis anos. Nos últimos meses vários foram os casos de sarampo detectados em países europeus, o que tem colocado as autoridades de saúde em alerta. Em França o número de notificações já ultrapassou as 5000, sendo este um dos 33 países (14 dos quais europeus) em alerta devido à situação. Inglaterra e Angola são outros dos destinos onde têm sido detectados vários casos, assim como Espanha, com 600 notificações na região de Andaluzia. A actual ocorrência de surtos de sarampo em muitos países europeus e africanos representa um risco acrescido para a importação da doença em Portugal. Apesar das elevadas taxas de cobertura de vacinação serem teoricamente impeditivas da circulação do vírus na comunidade, a acumulação de eventuais bolsas em zonas de baixa imunidade, em dado momento, pode permitir a ocorrência de surtos, recorda a Direcção-Geral da Saúde, que recentemente também apelou à vacinação ou reforço dos profissionais de saúde. OMS quer erradicar doença até 2015O sarampo é uma das doenças infecciosas mais contagiosas, que se transmite apenas “pessoa-a-pessoa”. Habitualmente, a doença, provocada por um vírus, é benigna, mas, em alguns casos, pode ser grave ou mesmo mortal. As pessoas não vacinadas e que nunca tiveram sarampo, se forem expostas ao vírus, têm uma elevada probabilidade de adquirir a doença que a Organização Mundial de Saúde pretendia erradicar até 2010 – uma meta que já foi adiada para 2015. Em Portugal, a grande maioria das pessoas está protegida por vacinação ou por ter tido a doença. O Inquérito Serológico Nacional realizado em 2001/2002 revela que 95 por cento dos cidadãos têm imunidade contra o sarampo o que é compatível com as taxas de cobertura vacinal de 95 a 98 por cento alcançadas em Portugal e com uma eficácia de seroconversão da vacina de 90 a 95 por cento. Já os cidadãos nascidos antes de 1969, estima-se que 97 por cento sejam imunes em consequência da imunidade natural resultante do contacto com o vírus num período de elevada incidência da doença (anterior à utilização da vacina). No grupo de pessoas nascidas entre 1970 e 1977 há algumas com imunidade natural e outras que receberam apenas uma dose da vacina, já que foi nestes anos que a vacina foi introduzida no Plano Nacional de Vacinação. As pessoas que nasceram entre 1978 e 1996 foram, em princípio, vacinadas com duas doses e estão imunes. Neste período ocorreram dois surtos de sarampo, em 1989 e 1994, que levaram a um reforço da vacinação.
REFERÊNCIAS:
Entidades OMS
Lars Von Trier já não é bem-vindo em Cannes
A simpatia por Hitler valeu a Lars Von Trier um sinal proibido em Cannes. O cineasta foi declarado persona non grata pela direcção do festival de cinema francês, depois de ontem assumir-se “nazi” e declarar que compreendia e tinha simpatia por Hitler. (...)

Lars Von Trier já não é bem-vindo em Cannes
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.8
DATA: 2011-05-19 | Jornal Público
SUMÁRIO: A simpatia por Hitler valeu a Lars Von Trier um sinal proibido em Cannes. O cineasta foi declarado persona non grata pela direcção do festival de cinema francês, depois de ontem assumir-se “nazi” e declarar que compreendia e tinha simpatia por Hitler.
TEXTO: “O conselho de administração condena muito fortemente os seus comentários e declara Lars Von Trier persona non grata no Festival de Cannes, com efeito imediato”, disse em comunicado a direcção do festival, citada pela AFP. A história começou ontem, durante a apresentação da nova película do dinamarquês, Melancholia, um filme-catástrofe protagonizado por Charlotte Gainsbourg e Kirsten Dunst, que está em competição no festival. "Eu compreendo Hitler. Sei que fez coisas más, sem dúvida, mas posso imaginá-lo sentado no seu 'bunker', na parte final", disse na conferência de imprensa. Apesar do moderador da sessão ter tentado desviar a conversa, Lars Von Trier continuou. “É claro que não defendo a II Guerra Mundial, nem sou contra os judeus. Defendo-os, mas não em demasia, porque Israel é verdadeiramente irritante. "O realizador acabou por pedir desculpas mais tarde. "Se ofendi alguém com as minhas declarações desta manhã, peço sinceras desculpas. Não sou nem anti-semita, nem racista, nem nazi. " Mas a tentativa de reconciliação já veio tarde. Hoje, o ministro da Cultura francês criticou duramente o dinamarquês. “É uma vergonha, é inaceitável”, disse Frédéric Mitterrand numa conferência de imprensa, à margem de uma reunião em Bruxelas, com os seus homólogos da União Europeia. O filme de Von Trier mantém-se em competição. Um participante da reunião do conselho de administração disse à AFP que foi pedido ao realizador para ser discreto. “Se ele ganhar o prémio no domingo, ordenou-se que não venha recebê-lo”, disse a fonte. Gilles Jacob, presidente do festival, convocou esta quinta-feira de manhã a reunião extraordinária do conselho de administração para se decidir quais as sanções a aplicar ao realizador. “O Festival de Cannes oferece aos artistas de todo o mundo uma tribuna excepcional para apresentarem as suas obras e defenderem a liberdade de expressão e criação” e “e arrepende-se profundamente que esta tribuna tenha sido utilizada por Lars Von Trier para se exprimir com declarações inaceitáveis, intoleráveis, contrárias aos ideais de humanidade e de generosidade que regem a própria existência do festival”, defenderam os responsáveis no comunicado.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave guerra cultura racista vergonha
Portugal reconhecerá “a breve prazo” conselho rebelde da Líbia, garante Luís Amado
O ministro dos Negócios Estrangeiro, Luís Amado, disse hoje que Portugal irá reconhecer em breve o Conselho Nacional de Transição da Líbia, numa altura em que o governo português prepara o envio de uma missão diplomática a Benghazi. (...)

Portugal reconhecerá “a breve prazo” conselho rebelde da Líbia, garante Luís Amado
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.05
DATA: 2011-06-09 | Jornal Público
SUMÁRIO: O ministro dos Negócios Estrangeiro, Luís Amado, disse hoje que Portugal irá reconhecer em breve o Conselho Nacional de Transição da Líbia, numa altura em que o governo português prepara o envio de uma missão diplomática a Benghazi.
TEXTO: “Essa decisão será tomada por parte deste governo ou do próximo a breve prazo dado que é esse o sentido que as perspetivas da comunidade internacional tem vindo a assumir”, disse Luís Amado. O ministro dos Negócios Estrangeiros falava aos jornalistas à saída da sessão de abertura da assembleia anual do Banco Africano de Desenvolvimento, que decorre hoje e sexta-feira em Lisboa.
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Étnia Africano
Número dois da Al-Qaeda promete continuar o caminho de Bin Laden
É a primeira mensagem divulgada por um dirigente da Al-Qaeda após a morte de Bin Laden. Ayman al-Zawahiri ameaçou continuar o caminho da jihad traçado pelo líder da organização terrorista. (...)

Número dois da Al-Qaeda promete continuar o caminho de Bin Laden
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-06-16 | Jornal Público
SUMÁRIO: É a primeira mensagem divulgada por um dirigente da Al-Qaeda após a morte de Bin Laden. Ayman al-Zawahiri ameaçou continuar o caminho da jihad traçado pelo líder da organização terrorista.
TEXTO: Ayman al-Zawahiri, o número dois da Al-Qaeda, já era, antes da morte de Bin Laden num ataque das forças norte-americanas no Paquistão, a 2 de Maio, o autor de grande parte das mensagens da organização. Agora, num novo vídeo divulgado pelo centro norte-americano de vigilância de sítios islamistas na Internet, dirigiu-se à “nação islâmica” e ameaçou prosseguir o rumo traçado por Bin Laden. “Devemos continuar no caminho da jihad [guerra santa] para expulsar os invasores da terra do Islão”, disse Zawahiri no vídeo de 28 minutos, em que fez também o elogio fúnebre de Bin Laden, “um pioneiro da jihad que será sempre uma fonte de medo e temor para os Estados Unidos e Israel, os seus aliados e os seus agentes corruptos”. O número dois da Al-Qaeda pediu ainda “a todos os mujahidines no Afeganistão, no Paquistão, Iraque, Somália, Península Arábica e Magrebe islâmico” para “redobrar esforços na jihad contra os cruzados e os seus agentes”. Ao condenar os EUA por terem deitado ao mar o corpo do antigo líder da Al-Qaeda, Zawahiri deixou novas ameaças: “Hoje a América não está a enfrentar um indivíduo ou um grupo, mas uma nação rebelde, que acordou do seu sono para um renascimento da guerra santa”. E ao referir-se às revoltas nos países do Médio Oriente e do Norte de África defendeu a insurreição e a aplicação da lei islâmica (“sharia”) no Egipto e apelou aos jovens que se rebelam nos vários países para apoiarem a Al-Qaeda. “Estamos no mesmo combate contra os Estados Unidos e os seus agentes”, disse. Alertou ainda os líbios contra a acção militar da NATO que, adiantou, “pretende substituir Khadafi por um regime tirânico apoiado pelo Ocidente”. Zawahiri é apontado como um dos prováveis sucessores de Bin Laden, apesar de a organização já ter anunciado que o seu líder interino é o egípcio Saif al-Adel. Está entre os terroristas mais procurados pelo FBI, que oferece 25 milhões de dólares por informações que levem à sua captura, tanto quanto oferecia por Bin Laden.
REFERÊNCIAS:
Entidades EUA NATO
Filho de Khadafi propõe eleições na Líbia e admite saída do pai
Muammar Khadafi está pronto a enfrentar eleições e a sair do poder caso não as vença. Quem o disse foi Saif al-Islam Khadafi, filho do coronel líbio, numa entrevista ao jornal italiano “Corriere della Sera”. (...)

Filho de Khadafi propõe eleições na Líbia e admite saída do pai
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-06-16 | Jornal Público
SUMÁRIO: Muammar Khadafi está pronto a enfrentar eleições e a sair do poder caso não as vença. Quem o disse foi Saif al-Islam Khadafi, filho do coronel líbio, numa entrevista ao jornal italiano “Corriere della Sera”.
TEXTO: Segundo o filho do líder líbio, apresentado como um possível sucessor do pai, “as eleições poderão acontecer em três meses. No máximo, no final de ano”. E a “garantia da sua transparência poderá estar na presença de observadores internacionais”, acrescentou, referindo que tanto a União Europeia, a União Africana, as Nações Unidas ou “até a NATO” poderiam ser observadores “aceitáveis”. “Aquilo que é importante é termos um voto transparente. . . o mundo irá depois descobrir o quão popular Khadafi ainda é no seu país”, disse o jovem Khadafi. Saif al-Islam sublinhou que o seu pai, há mais de 40 anos no poder, aceitaria abandonar o poder caso sofresse uma derrota eleitoral, mas afastou veemente a ideia de que Khadafi abandonaria a Líbia para partir em exílio. “Ele nunca abandonará a Líbia. Ele nasceu aqui e pretende morrer e ser enterrado aqui”, assegurou. Sobre os rebeldes líbios, o filho de Khadafi não poupou críticas e apelidou-os de “islamistas fanáticos e fundamentalistas, terroristas apoiados pelos estrangeiros, mercenários de Sarkozy”. Quanto ao povo líbio em geral, Saif al-Islam disse acreditar que “a esmagadora maioria dos líbios apoiam” o líder, mostrando-se seguro de que na eventualidade de acontecerem eleições, a vitória caberia ao seu pai. Al-Islam chegou mesmo a falar em números: “Somos pouco mais de cinco milhões de líbios, pelo menos os dois milhões residentes em Trípoli estão connosco e até em Bengasi temos a maioria. Simplesmente as pessoas não podem falar por medo de represálias”. Aos membros do Conselho Nacional de Transição, o órgão político da rebelião líbia, – já reconhecido por vários países ocidentais -, Saif al-Islam chamou-os de “miseráveis oportunistas” por, depois de terem servido durante anos o Governo de Khadafi, terem “saltado no último minuto” para o lado dos manifestantes anti-Governo, cuja onda de contestação começou em Março. As declarações do filho do líder líbio acontecem numa altura em que o sentimento em relação ao conflito é de frustração, já que não há nenhum sinal claro de que a situação esteja perto de sair do impasse. A intervenção da NATO (que decorre há três meses) não conseguiu ajudar a oposição a entrar em Trípoli ou a travar Khadafi, e os avanços dos rebeldes são lentos. Enquanto dentro da Aliança Atlântica há opiniões divergentes e dúvidas sobre a capacidade de a NATO manter uma operação de longa duração na Líbia, Saad Djebbar, um ex-conselheiro de Muammar Khadafi, disse à Reuters que o coronel vai continuar a sua estratégia de forma a desmoralizar e enfraquecer a aliança. “O pensamento de Khadafi é: se eles não triunfam, eu não perco".
REFERÊNCIAS:
Entidades NATO
Amin Maalouf eleito membro da Academia Francesa
O escritor franco-libanês Amin Maalouf foi eleito membro da Academia Francesa, sucedendo assim o antropólogo francês Claude Lévi-Strauss, que morreu em Outubro de 2009. (...)

Amin Maalouf eleito membro da Academia Francesa
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-06-24 | Jornal Público
SUMÁRIO: O escritor franco-libanês Amin Maalouf foi eleito membro da Academia Francesa, sucedendo assim o antropólogo francês Claude Lévi-Strauss, que morreu em Outubro de 2009.
TEXTO: Prémio Goncourt em 1993 com a obra “Rocher de Tanios”, Amin Maalouf foi eleito à primeira volta com 17 votos, em 24 votantes, ultrapassando o filósofo francês Yves Michaud, que apenas recebeu três votos. Nascido a 25 de Fevereiro de 1949 em Beirute, numa família cristã, Amin Maalouf, que fala árabe e francês, dedicou a sua obra à aproximação das civilizações. Foi jornalista do “an-Nahar”, um jornal libanês de relevo, mas em 1975, uma onda de violência assolou o Líbano e, com o rebentamento de uma guerra civil, Amin Maalouf optou, em 1977, por se exilar com a família em Paris, onde continuou a exercer a carreira, contribuindo para o “Jeune Afrique” e para a edição internacional do “an-Nahar”. Os temas do exílio e da identidade ocupam uma grande parte da sua obra, analisados em detalhe nas obras "As Identidades Assassinas", de 1989, e "Um Mundo Sem Regras", de 2009. Publicou o seu primeiro livro, já instalado em Paris, no ano de 1983, "As Cruzadas Vistas pelos Árabes", uma obra histórica. Mas foi com o romance "Leão, o Africano" que Amin Maalouf se tornou conhecido do grande público, em 1986, passando a dedicar-se exclusivamente à literatura. Esta era a terceira vez que o nome de Amin Maalouf surgia nos boletins de votos, depois de ter sido candidato à Academia Francesa em 2004 e 2007. O escritor estreou-se ainda na ópera em 2000, ao escrever um libreto de ópera "L'Amour de Loin", que conta os amores do trovador do século XII Jaufre Raudel pela Condessa de Tripoli. Com arranjo musical da compositora finlandesa Kaija Saariaho, a ópera estreou em Salzburgo em 2000 e em Paris no ano seguinte, sob a direcção de Peter Sellars. Depois desta eleição, seguem-se outras nos próximos meses para eleger os sucessores da helenista Jacqueline de Romilly, que morreu a 19 de Dezembro de 2010, aos 97 anos, e do escritor Jean Dutourd, falecido a 18 de Janeiro de 2011, aos 91 anos. Amin Maalouf foi distinguido em 2010 com o Prémio Príncipe das Astúrias de Letras. O júri do prémio destacou na altura a "linguagem intensa e sugestiva" que nos transporta "no grande mosaico mediterrâneo de línguas, culturas e religiões para construir um espaço simbólico de encontro e entendimento". A Academia Francesa foi criada em 1635 por Richelieu com o objectivo de preservar a língua francesa e escrever seu dicionário. Actualmente, a Academia é constituída por 40 membros, conhecidos como os “Quarenta” ou os “Imortais”.
REFERÊNCIAS:
A "marcha do perpetrador"
Texto publicado originalmente no PÚBLICO de dia 21/05/2011O "choque de culturas" entre americanos e franceses a propósito da prisão de Dominique Strauss-Kahn (DSK) gira em torno de duas perguntas. Têm os poderosos direito a um tratamento especial? E, inversamente, a celebridade de um homem pode privá-lo da presunção de inocência? (...)

A "marcha do perpetrador"
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-07-01 | Jornal Público
SUMÁRIO: Texto publicado originalmente no PÚBLICO de dia 21/05/2011O "choque de culturas" entre americanos e franceses a propósito da prisão de Dominique Strauss-Kahn (DSK) gira em torno de duas perguntas. Têm os poderosos direito a um tratamento especial? E, inversamente, a celebridade de um homem pode privá-lo da presunção de inocência?
TEXTO: Antes de ser julgado - e de ser sequer acusado - o director do Fundo Monetário Internacional (FMI), e favorito às eleições presidenciais francesas, foi sumariamente "executado" através das imagens. Na América "não é a justiça que é violenta, são as imagens (. . . ) e a queda é mais dura quando se é poderoso", resume um advogado francês que frequenta os tribunais de Nova Iorque. O tempo da justiça é longo, exige investigação e prova. O tempo mediático é instantâneo - agora é o tempo do Twitter. A "execução" de DSK começou a ser encenada logo nas primeiras notícias - eco de declarações policiais ou de fontes não identificadas. Violação e fuga, a agressão de uma modesta africana, empregada de hotel, por um homem célebre, rico e poderoso - um "bruto nu" que sai da casa de banho. É uma história mal contada. As muitas contradições e zonas de sombra fizeram evocar a hipótese de cilada e suscitaram delirantes teorias conspirativas, sobretudo em França. Ao mesmo tempo, a imprensa americana iniciava uma arriscada derrapagem: a lista de "proezas sexuais" de DSK e o sentimento de impunidade atribuído às elites francesas explicavam o crime. Nestes termos, de "devasso" a "agressor sexual" iria um passo, que alguns não hesitaram em dar. O ponto crítico foi a exibição de DSK algemado. Interrogou-se um jornal francês: "Porquê a cruel indecência de exibir assim, perante as televisões e fotógrafos do mundo inteiro, antes da verdade dos factos ter sido estabelecida, um Dominique Strauss-Kahn esgotado por horas de interrogatório, humilhado publicamente, algemado e escoltado por cinco polícias como um vulgar criminoso?" Os americanos dão um nome a esta cerimónia - perp walk, abreviatura de perpetrator walk, a marcha de perpetrador ou do suspeito. É uma instituição da polícia americana. Uma prática secular, sem fundamento legal, que no início visava os grandes criminosos. Hoje, privilegia as pessoas ricas ou célebres. O objectivo é exibir em público, de forma humilhante, o suspeito de um crime. A polícia de Nova Iorque algema todas as pessoas detidas e conduzidas a um comissariado, célebres ou anónimas - excepto em delitos apenas sujeitos a multa. Não é uma prática de toda a América. Em Los Angeles, por exemplo, a polícia evita expor as pessoas célebres. A generalização da perp walk em Nova Iorque remonta aos anos 1980, quando o então procurador (district attorney) Rudi Giuliani lançou uma ofensiva contra traders de Wall Street. Ao fim de poucos meses, as acusações foram retiradas. Mas Giuliani tinha alcançado o objectivo: mostrar que não havia "intocáveis". Foi aplaudido e, a seguir, eleito mayor da cidade. A perp walk combina os interesses das televisões, que diziam precisar de imagens para ilustrar os feitos da polícia; e, para esta, é o reconhecimento mediático do seu trabalho ou, até, um troféu de caça. É uma prática popular. Em 1987, a Newsweek noticiou que o procurador Charles Hynes queria pôr fim à perp walk. O procurador teve de recuar perante a revolta dos polícias. A perp walk é criticada pelos defensores da presunção da inocência e dos direitos constitucionais. Um jornalista escreveu há anos: "Até Madre Teresa pareceria extremamente suspeita, com as mãos algemadas atrás das costas". Em 2003, os tribunais recusaram declarar a sua inconstitucionalidade. Oliver Stone mostrou, no filme Wall Street, Charlie Sheen algemado e a deixar cair as calças, sem cinto, perante as câmaras. O cantor Michael Jacskon, o ex-governador de Illinois Ron Blagojevich ou Ken Lay, antigo presidente da Enron, são exemplos recentes. "Uma perp walk mata uma carreira política", escreveu há dias no Washington Post, a propósito de DSK, o colunista Eugene Robinson.
REFERÊNCIAS:
Entidades FMI