Líderes mundiais ponderam imposição de zona de exclusão aérea na Líbia
Os Estados Unidos, junto com alguns dos parceiros na NATO, estão a analisar com cada vez maior determinação a possibilidade de levar a cabo uma intervenção militar na Líbia – incluindo a de uma zona de exclusão aérea – mesmo sem mandato expresso das Nações Unidas, antes tentado ganhar o apoio de outras organizações internacionais. (...)

Líderes mundiais ponderam imposição de zona de exclusão aérea na Líbia
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-03-09 | Jornal Público
SUMÁRIO: Os Estados Unidos, junto com alguns dos parceiros na NATO, estão a analisar com cada vez maior determinação a possibilidade de levar a cabo uma intervenção militar na Líbia – incluindo a de uma zona de exclusão aérea – mesmo sem mandato expresso das Nações Unidas, antes tentado ganhar o apoio de outras organizações internacionais.
TEXTO: Responsáveis norte-americanos e europeus avançaram ao jornal “The Washington Post” que a luz verde para avançar sobre a Líbia, onde prosseguem os combates violentos entre as forças leais ao líder Muammar Khadafi e o movimento de revolta, poderá vir de grupos regionais como a Liga Árabe, a União Africana ou mesmo a União Europeia – onde, de resto, a ideia de intervenção militar contra o regime líbio é defendida pelo Reino Unido, França e Itália. Aquelas mesmas fontes lembraram que os ataques aéreos da NATO sobre a Sérvia em 1999, durante a guerra dos Balcãs, foram feitos sem um mandato das Nações Unidas. De resto, a NATO pôs já em marcha uma operação de 24 horas de apertada vigilância sobre o espaço aéreo e marítimo da Líbia, que os analistas leram como provável medida precursora da imposição da zona de exclusão aérea, que deverá impedir as forças leais a Khadafi de continuarem a bombardear as cidades “libertadas” pela rebelião. Além da zona de exclusão aérea, os norte-americanos e outros parceiros no seio da Organização do Atlântico Norte estão a analisar uma série de “opções militares” que não requerem a aprovação de uma resolução da ONU – a qual foi já demonstrado ser de difícil concretização dada a expressa oposição da Rússia e China. Entre essas alternativas está a criação de uma ponte aérea ou naval para fazer chegar ajuda humanitária ao território líbio nas mãos dos rebeldes – com muitas dessas cidades “libertadas” cercadas ou continuamente bombardeadas por Khadafi – assim como patrulhas marítimas para impedir a entrega de armamentos ao Governo líbio, é ainda avançando pelo “The Washington Post”. A hipótese da zona de exclusão aérea, de entre “uma panóplia total de várias respostas possíveis” à recusa de Khadafi em abandonar o poder, foi discutida ontem à tarde numa conversa telefónica entre o Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e o primeiro-ministro britânico, David Cameron – foi indicado pela Casa Branca. Já esta manhã, no programa The One Show da BBC1, Cameron precisou que a conversa com Obama serviu para discutirem “o planeamento que tem que ser feito no caso de [o conflito na Líbia] continuar e no caso de ele [Khadafi] fazer coisas horríveis ao seu povo”. “Acho que não podemos ficar de lado a ver e deixar isto acontecer”, explicou Cameron, que, a par do Governo francês, tem sido um forte defensor na Europa da aplicação imediata da zona de exclusão aérea sobre a Líbia – a qual envolve a destruição das defesas aéreas do país. Porta-voz de Downing Street avançou entretanto que o Presidente norte-americano e o chefe do Governo britânico tiveram “uma conversa muito detalhada sobre as opções militares e diplomáticas” para a Líbia e “acordaram em pressionar para que se avance com um planeamento, incluindo no seio da NATO, sobre todas as respostas possíveis, incluindo a vigilância, a assistência humanitária, a aplicação do embargo ao armamento, e a zona de exclusão aérea, tendo-se ambos comprometido a coordenar os próximos passos”. Ainda segundo o “Washington Post”, responsáveis militares da NATO começaram ontem à noite a prestar informação detalhada aos governos dos países membros sobre as várias opções que vão ser apresentadas – amanhã – aos ministros da Defesa, numa reunião em Bruxelas. Tanto Estados Unidos como Reino Unido têm insistido que uma intervenção militar na Líbia precisa de receber um largo apoio internacional. Hillary Clinton insiste na necessidade de apoio da ONUCom todas estas movimentações de bastidores em curso, a diplomacia norte-americana mantinha ontem a posição firme de que uma eventual decisão de impor a zona de exclusão aérea é uma questão para as Nações Unidas, não devendo ser os Estados Unidos a tomar a iniciativa.
REFERÊNCIAS:
Entidades ONU NATO
Jornalistas do "Guardian" e do "Estado de São Paulo" detidos na Líbia
O correspondente do “The Guardian” na Líbia e o jornalista Andrei Netto, do jornal brasileiro “Estado de São Paulo”, foram detidos pelas forças leais a Khadafi, segundo a organização Repórteres sem Fronteiras. Os jornalistas desapareceram no domingo. (...)

Jornalistas do "Guardian" e do "Estado de São Paulo" detidos na Líbia
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-03-10 | Jornal Público
SUMÁRIO: O correspondente do “The Guardian” na Líbia e o jornalista Andrei Netto, do jornal brasileiro “Estado de São Paulo”, foram detidos pelas forças leais a Khadafi, segundo a organização Repórteres sem Fronteiras. Os jornalistas desapareceram no domingo.
TEXTO: Os dois jornalistas desapareceram na cidade de Zauia, no ocidente do país, cenário de violentos confrontos entre as forças revoltosas e as de Muammar Khadafi. Segundo a organização Repórteres Sem Fronteiras, foram detidos em local desconhecido. O jornalista brasileiro parece ter sido detectado entretanto – estará preso e a embaixada brasileira na Líbia está a tentar libertá-lo, avança o site do “Estadão”. As autoridades brasileiras estarão já a negociar a libertação, o "Estado de São Paulo" tinha deixado de conseguir contactar o repórter no domingo. "Tudo o que sabemos é que Netto está bem, fisicamente, e que o embaixador brasileiro na Líbia está a negociar a libertação", adiantou à Reuters Luciana Constantino, do "Estado de São Paulo". O embaixador da Líbia em São Paulo adiantou, por outro lado, que Netto está detido junto a Trípoli e será libertado em breve. Quanto a Ghaith Abdul-Ahad, que entrou na Libia através da Tunísia e tem feito reportagens para o “Guardian” durante as duas últimas semanas, não há ainda notícias, adianta o jornal, numa notícia assinada pelo editor do Médio Oriente, Ian Black. O último contacto com a redacção foi indirecto, através de uma outra pessoa, no domingo, quando estava em Zauia. O jornal britânico relata ter pedido ajuda ao Governo líbio de Trípoli, para que dê toda a assistência possível a Abdul-Ahad, que é um cidadão iraquiano e colaborador do “Guardian” desde 2004. Passou longos períodos a trabalhar como jornalista na Somália, Sudão, Iraque e Afeganistão e ganhou vários dos mais prestigiados prémios para correspondentes estrangeiros no Reino Unido, diz o jornal. Na quarta-feira, soube-se que forças de segurança leais a Khadafi mantiveram presa, durante 21 horas, uma equipa da BBC, cujos elementos foram agredidos e sujeitos a falsas execuções. Segundo o site da própria BBC, o trio de homens que constituía a equipa foi agredido com murros, joelhadas e coronhadas. Os guardas também simularam que iam executar a tiro a equipa. A Alta-Comissária das Nações Unidas para os Direitos do Homem, Navi Pillay, disse que a violência a que foram submetidos estes jornalistas "poderia constituir" actos de tortura. Os três homens tentavam chegar à cidade de Zauia, na segunda-feira, quando foram capturados. Já estão fora da Líbia. Notícia actualizada às 15h40
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave direitos homens violência ajuda homem
Comunidade internacional permanece dividida sobre intervenção na Líbia
O desentendimento na comunidade internacional sobre a forma de agir em relação à crise na Líbia permanece, com uma divisão acentuada no que toca à imposição de uma zona de exclusão aérea ao regime de Muammar Khadafi, que muitos temem poder conduzir a uma guerra aberta. (...)

Comunidade internacional permanece dividida sobre intervenção na Líbia
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DATA: 2011-03-16 | Jornal Público
SUMÁRIO: O desentendimento na comunidade internacional sobre a forma de agir em relação à crise na Líbia permanece, com uma divisão acentuada no que toca à imposição de uma zona de exclusão aérea ao regime de Muammar Khadafi, que muitos temem poder conduzir a uma guerra aberta.
TEXTO: Esse receio foi expresso de novo hoje pelo ministro italiano dos Negócios Estrangeiros, Franco Franttini, que em audiência no Senado garantiu que uma intervenção militar na Líbia está fora de questão. “Não podemos ter uma guerra. A comunidade internacional não deve fazê-lo, não o quer, nem pode”, avaliou. Franttini disse ser a favor de uma cimeira a ser convocada para a próxima semana, reunindo os líderes da União Europeia, da Liga Árabe e da União Africana, “as três partes que podem fazer a diferença” na Líbia. Qualquer opção, e em especial a de zona de exclusão aérea, “já viria tarde”, argumentou por seu lado o antigo ministro francês dos Negócios Estrangeiros Bernard Kouchner, em declarações fortemente críticas da acção da comunidade internacional. “A questão está em querer ajudar o povo [líbio] ou deixá-lo morrer. Se é para o deixar morrer sejamos diplomatas e o tempo para a paz acabará por chegar. Mas se queremos salvar as pessoas, salvar vidas, há que tomar decisões agora em nome da comunidade internacional”, sustentou numa entrevista transmitida hoje (e gravada ontem) pela rádio suíça WRS. “Temos a responsabilidade de proteger. Isso foi aceite pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas e votado pela Assembleia geral das Nações Unidas e não estamos a fazer nada. Sabemos há três semanas que a sociedade civil, as pessoas pobres, estão a morrer. E não estamos a fazer nada”, insistiu Kouchner, argumentando que a adopção da zona de exclusão aérea – que impediria as forças leais a Khadafi de bombardear as cidades “libertadas” pelos rebeldes – é “o mínimo”. “Mas mesmo isso já vem tarde de mais”, observou, em referência ao avanço constante nos últimos 11 dias das tropas do regime líbio pelo território Leste que a rebelião conquistara nas primeiras semanas da contestação, iniciada a 15 de Fevereiro. As potências internacionais, individualmente e em bloco, condenaram veementemente a repressão de Khadafi das primeiras manifestações, assim como as acções militares contra a rebelião, mas tem-se mantido aquém de qualquer acção que ajude os rebeldes no terreno. São esperadas hoje novas negociações no seio das Nações Unidas, a incidir sobre uma proposta de resolução elaborada pela França, Reino Unido e Líbano que prevê a imposição da zona de exclusão aérea – mas, como em ocasiões anteriores, é esperada a firme oposição tanto da Rússia como da China, ambos com poder de veto em qualquer decisão do Conselho de Segurança.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave guerra exclusão comunidade
Ana Moura e Terrakota nomeados para prémios da revista “Songlines”
A fadista portuguesa está nomeada na categoria de melhor artista do ano, enquanto os portugueses Terrakota distinguem-se na categoria de melhor grupo do ano nos prémios Songlines Music Awards 2011, promovidos pela revista britânica “Songlines”. (...)

Ana Moura e Terrakota nomeados para prémios da revista “Songlines”
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-03-17 | Jornal Público
SUMÁRIO: A fadista portuguesa está nomeada na categoria de melhor artista do ano, enquanto os portugueses Terrakota distinguem-se na categoria de melhor grupo do ano nos prémios Songlines Music Awards 2011, promovidos pela revista britânica “Songlines”.
TEXTO: Ana Moura está nomeada com o seu mais recente trabalho, o álbum “Leva-me aos Fados”, competindo agora com Femi Kuti, Youssou N’Dour e Cheikh Lô (Burkina Fasso). Cheikh Lô está nomeado pelo álbum “Jamm on World Circuit”, Femi Kuti por “Africa for Africa on Wrasse” e Youssou N’Dour por “Dakar-Kingston on Universal”. Os Terrakota, grupo que mistura várias sonoridades, da música africana ao reggae, estão nomeados com o álbum “World Massala on Ojo Musica”, ao lado dos Bellowhead, dos Hanggai e do duo Lepistö & Lehti. A revista britânica “Songlines”, dedicada à world music, pretende distinguir os melhores projectos de cada ano nesta área da música, atribuindo prémios em quatro categorias: melhor artista, grupo, colaboração multi-cultural e grupo revelação. Os nomeados são votados pelo público e os vencedores seleccionados pela equipa editorial da revista. Em 2010, na segunda edição dos Prémios Songlines, os Deolinda venceram na categoria de revelação, com o álbum “Canção ao Lado”, para o qual estavam ainda nomeados “Invisible System”, “Speed Caravan” e “Mamer”. Este ano, na categoria revelação estão nomeados os The Creole Choir of Cuba, Raghu Dixit, Syriana e Tamikrest. Para o prémio de melhor colaboração multicultural os nomeados são: AfroCubism, Ballaké Sissoko & Vincent Segal, Kronos Quartet with Alim & Fargana Qasimov and Homayun Sakhi e Vishwa Mohan Bhatt & Matt Malley. No dia 21 de Março, a “Songlines” vai pôr à venda um CD com todas as músicas nomeadas. Os vencedores vão ser anunciados depois na edição de Junho.
REFERÊNCIAS:
Tempo Junho Março
Aviões militares franceses sobrevoam a Líbia
Aviões militares franceses estão a sobrevoar território líbio em “missões de reconhecimento”, adiantaram fontes militares. As forças de Khadafi continuam a atacar a região de Bengasi, o bastião dos rebeldes. (...)

Aviões militares franceses sobrevoam a Líbia
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DATA: 2011-03-19 | Jornal Público
SUMÁRIO: Aviões militares franceses estão a sobrevoar território líbio em “missões de reconhecimento”, adiantaram fontes militares. As forças de Khadafi continuam a atacar a região de Bengasi, o bastião dos rebeldes.
TEXTO: Vários aviões Rafale começaram a sobrevoar “todo o território líbio”, depois de terem descolado ao início da tarde da base de Saint-Dizier, na parte Oriental de França, onde estão habitualmente estacionados. A “missão de reconhecimento” deverá prolongar-se durante toda a tarde, segundo uma fonte militar citada pela AFP. A operação estará a decorrer sem dificuldades. A estação de televisão Al Arabiya noticiou que aviões italianos estariam também a realizar uma missão de observação na Líbia, mas a informação foi desmentida pelo primeiro-ministro Silvio Berlusconi, que adiantou que a Itália está apenas a fornecer bases para as operações mas que poderá vir a participar em raides aéreos. Os Rafale são aviões de combate habitualmente usados em missões de reconhecimento e de defesa aérea. O Presidente francês, Nicolas Sarkozy, adiantou que o objectivo desta missão é impedir ataques aéreos das forças leais ao coronel Muammar Khadafi sobre Bengasi, a primeira cidade libertada pelos rebeldes que se opõem ao regime. E sublinhou que os aviões estão “prontos a intervir contra os blindados” das forças de Khadafi. Sarkozy falou aos jornalistas durante a cimeira que está a decorrer em Paris e que reúne representantes da União Europeia, Washington, da Liga Árabe e da União Africana para debater a situação na Líbia e a questão da intervenção militar internacional no país. Disse que “a porta da diplomacia se abrirá logo que terminem as agressões contra a população”, mas do território chegam relatos de ataques junto a Bengasi, apesar do ultimato feito a Khadafi por vários países depois de, na quinta-feira, o Conselho de Segurança da ONU ter aprovado a aplicação de “todas as medidas necessárias” para travar a violência. O Presidente francês apelou a Khadafi para respeitar "sem demora e sem reservas" a resolução da ONU para "evitar o pior", enquanto o primeiro-ministro britânico, David Cameron considerou que "está na hora de passar à acção". E adiantou: "Devemos pôr em prática a vontade da ONU, não podemos permitir a continuação do massacre de civis. " No encontro em Paris vários países já manifestaram disponibilidade para participar numa operação militar. É o caso do Qatar, Bélgica, Holanda, Dinamarca, Noruega, Espanha e Itália, que se juntam à França e ao Reino Unido, que têm assumido a liderança deste processo diplomático e militar. Na noite de sexta-feira o Presidente norte-americano Barack Obama referiu-se à situação na Líbia pela primeira vez após a aprovação da resolução do Conselho de Segurança pela ONU e ameaçou o regime de Khadafi com uma intervenção militar se continuarem os ataques contra civis. O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, considerou, por outro lado, que Khadafi "perdeu toda a legitimidade" e deve abandonar o poder. Khadafi defendeu nesta manhã que os países ocidentais não têm o direito de intervir no país. "É uma injustiça, uma clara agressão", disse numa carta divulgada pelo porta-voz do Governo, Mussa Ibrahim, numa carta dirigida à França, Reino Unido e ONU. "Irão lamentar se avançarem para uma interferência nas nossas questões internas", adiantou. Ao início da manhã, um avião militar caiu na cidade e os rebeldes chegaram a anunciar que o tinham abatido. Pouco depois, um porta-voz da oposição veio corrigir a informação, adiantando que o aparelho estava em poder dos rebeldes e despenhou-se quando tentava atacar as forças leais a Khadafi. Desconhecem-se as causas do incidente. Notícia actualizada às 16h45
REFERÊNCIAS:
Entidades ONU
NATO planeou operação dos aliados na Líbia para durar três meses
As forças da coligação internacional prosseguiram esta noite e madrugada os ataques aéreos contra as posições militares do contestado líder líbio Muammar Khadafi – incidindo sobre as cidades de Ajdabiya e a capital, Trípoli – pelo sexto dia da ofensiva, que responsáveis da NATO prevêem vir a durar três meses. (...)

NATO planeou operação dos aliados na Líbia para durar três meses
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DATA: 2011-03-25 | Jornal Público
SUMÁRIO: As forças da coligação internacional prosseguiram esta noite e madrugada os ataques aéreos contra as posições militares do contestado líder líbio Muammar Khadafi – incidindo sobre as cidades de Ajdabiya e a capital, Trípoli – pelo sexto dia da ofensiva, que responsáveis da NATO prevêem vir a durar três meses.
TEXTO: O chefe de estado-maior francês, almirante Edouard Guillaud, frisou hoje que a missão dos aliados – mandatada pela resolução 1973 das Nações Unidas para usar “todas as medidas necessárias para proteger os civis [na Líbia]” – irá prolongar-se, mas expressou expectativas de que não durante meses. “Duvido que seja uma questão de dias. Creio que serão semanas, e espero que não sejam meses”, disse numa entrevista à rádio France Info. Um responsável da NATO – que ontem assumiu o comando das operações de imposição da zona de exclusão aérea e do embargo de armas – avaliou por seu lado, esta manhã, que a missão está planeada “com a assumpção de que durará cerca de três meses”. “Mas se [o comando da NATO] concluir que é necessário prolongá-la, apenas terá que o dizer. A minha expectativa é que dure mais ou menos esses 90 dias”, disse esta fonte, sob anonimato, citada pela agência noticiosa britânica Reuters. “Não haverá um impasse militar no sentido estrito do termo, uma vez que evidentemente a solução é política. Há que encontrar soluções políticas, mas essa já não é a minha função”, prosseguira Guillaud, cujo país abriu as hostilidades contra o exército de Khadafi, no passado sábado, num primeiro raide aéreo sobre os arredores de Bengasi, a “capital” da rebelião que entrou em confronto armado com o regime há já mais de um mês, após as forças de segurança líbias terem reprimido as primeiras manifestações contra o coronel, a 15 de Fevereiro. Aquele responsável militar relatou ainda que um caça francês destruiu na noite de ontem uma bateria de artilharia líbia perto de Ajdabiya – na frente oriental de batalha, a uns 160 quilómetros para sul de Bengasi – , um dia depois do ataque contra a base “histórica” do regime líbio de Al-Joufra, a segunda maior do país, onde foram “destruídos depósitos de munições, instalações de manutenção militar e também o centro de comando [das forças de Khadafi]". Guillaud reiterou ainda naquela entrevista a ideia – mantida já ao longo dos últimos dias pelos aliados – que o espaço aéreo líbio está já “sob controlo”, impedindo assim que as forças de Khadafi bombardeiem as cidades que se encontram nas mãos dos rebeldes. “Provámo-lo ontem”, sustentou, exemplificando com o abate de um avião do regime dez minutos apenas depois de ter descolado dos arredores de Misurata para atacar aquela mesma cidade, posição isolada da rebelião no oeste da Líbia. A juntarem-se aos aliados ocidentais que mantiveram as operações ao longo destes últimos seis dias, os Emirados Árabes Unidos anunciaram hoje que vão enviar 12 aviões – seis F-16 e seis Mirage – para participarem, “já nos próximos dias”, nas patrulhas da zona de exclusão aérea imposta ao regime líbio. Nesta declaração foi frisado que aqueles aviões são uma extensão das “operações humanitárias” que o país tem em curso na Líbia. Entre os países árabes, o Qatar tinha já contribuído com dois caças e dois aviões de transporte militar para a missão das Nações Unidas. União Africana em reunião sem representantes dos rebeldes líbiosCom olhos postos na tentativa de negociar uma solução para a crise na Líbia, a União Africana (UA) está hoje reunida em Addis Abeba, numa sessão em que participa uma delegação enviada pelo regime de Khadafi – mas nenhum representante dos rebeldes, foi constatado pelo correspondente da AFP na capital etíope. “A situação é de uma gravidade extrema, tanto para a Líbia como para a região no seu todo”, frisou à entrada para o encontro o presidente da Comissão da UA, Jean Ping, dando conta que a reunião visa “possibilitar uma troca de pontos de vista orientados para a acção sobre a situação na Líbia e encontrar vias e meios para uma saída rápida desta crise”.
REFERÊNCIAS:
Entidades NATO UA
Pena de morte: número de execuções diminui 25% desde o ano passado
A pena de morte ainda não foi abolida mundialmente, mas o número de executados está a abrandar. O último relatório da Amnistia Internacional, publicado nesta segunda-feira, revela que o número de execuções diminuiu 25 por cento de 2009 para 2010. (...)

Pena de morte: número de execuções diminui 25% desde o ano passado
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DATA: 2011-03-28 | Jornal Público
SUMÁRIO: A pena de morte ainda não foi abolida mundialmente, mas o número de executados está a abrandar. O último relatório da Amnistia Internacional, publicado nesta segunda-feira, revela que o número de execuções diminuiu 25 por cento de 2009 para 2010.
TEXTO: Até à data, dois terços dos países do mundo eliminaram a pena de morte, enquanto 58 outros ainda aplicam a pena capital. Entre os executores, a China, o Irão, a Arábia Saudita, os EUA e o Iémen lideram na lista daqueles onde se verifica o maior número de execuções. Ainda assim, a organização de direitos humanos registou uma descida de 714 execuções em 2009 para 527 em 2010. Actualmente, são 96 os países que não prevêem a pena de morte como sanção para nenhum tipo de crime; nove eliminaram-na para delitos comuns e 34 não a aplicam na prática. O total é de 139 países onde a pena capital já não se aplica, seja porque a lei foi alterada, seja porque, na prática, o Estado deixou de a aplicar. A organização avalia como positivo o declínio de 25 por cento no número de execuções mas sublinha que, apesar disso, “um número de países continua a aplicar a pena de morte para crimes relacionados com droga, crimes económicos, relações sexuais consentidas entre adultos, e blasfémia – violando o direito internacional que proíbe o uso da pena de morte, excepto nos casos mais graves. ”O relatório revela que as regiões onde mais se executam pessoas são a Ásia e o Médio Oriente, mas os números revelados pela Amnistia não incluem a China, onde se sabe que a pena de morte é aplicada mais do que em todos os outros países do mundo juntos. No relatório pode ler-se que se estima que na China tenham sido executados “milhares em 2010” mas o país “continua a manter o segredo sobre o seu uso da pena de morte”. Na China a pena de morte terá sido aplicada em crimes que “incluem ofensas não violentas e depois de procedimentos que não se coadunam com os critérios internacionais de um julgamento justo”. Os métodos de execução incluem electrocussão, decapitação, enforcamento, injecção letal, e vários tipos de disparos de armas. Não foram relatados mortes por apedrejamento em 2010 mas foram registadas sentenças de apedrejamento na Nigéria, no Paquistão e no Irão, onde só em 2010 mais de 250 pessoas foram executadas. O relatório, que revela que foram 23 os países onde se registaram penas de morte no ano passado, sublinha outros factos como a situação de quatro dos países onde aconteceram execuções serem do G20 ou o facto de no Irão uma pessoa ter sido condenada à morte por um crime que cometeu enquanto era menor. “Apesar de alguns contratempos, os desenvolvimentos em 2010 levam-nos para uma abolição global”, diz Salil Shetty, secretária-geral da Amnistia Internacional.
REFERÊNCIAS:
Entidades EUA
Lula fala da “estratégica relação” entre Portugal e Brasil
Mais do que os fastidiosos discursos oficiais, foi um estudante brasileiro que, com uma só frase, melhor sintetizou a importância simbólica do doutoramento honoris causa do ex-presidente do Brasil. “É uma lição aos que criticavam o Brasil por ter eleito um presidente que nem curso superior tinha”, atirou Mauro Gold Schimdt, 23 anos e um dos cerca de mil brasileiros a estudar em Coimbra. (...)

Lula fala da “estratégica relação” entre Portugal e Brasil
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DATA: 2011-03-30 | Jornal Público
SUMÁRIO: Mais do que os fastidiosos discursos oficiais, foi um estudante brasileiro que, com uma só frase, melhor sintetizou a importância simbólica do doutoramento honoris causa do ex-presidente do Brasil. “É uma lição aos que criticavam o Brasil por ter eleito um presidente que nem curso superior tinha”, atirou Mauro Gold Schimdt, 23 anos e um dos cerca de mil brasileiros a estudar em Coimbra.
TEXTO: A pairar sobre esta cerimónia estava a hipótese de o Brasil comprar títulos da dívida soberana portuguesa, mas, sobre este assunto, no discurso de Lula da Silva, nem uma vírgula. Sobre a importância das relações entre os dois países Lula falou, mas apenas para sublinhar o óbvio. “Julgamos estratégica a relação com Portugal e com os países africanos de língua portuguesa. O que nos une é infinitamente mais importante do que aquilo que nos separa. Somos uma comunidade de destino a ser potencializada com entusiasmo tanto na esfera linguística quando no terreno económico e comercial”, afirmou, dizendo fazer votos para que a sua presença sirva para “estreitar ainda mais” os “laços históricos” e as “parcerias produtivas” entre Portugal e o Brasil. Dilma Rousseff, que ontem admitiu a hipótese de o Brasil ajudar Portugal a sair da crise, não falou à entrada. Cavaco Silva, sim. Mas apenas para dizer que Lula da Silva é “um grande amigo de Portugal”. Logo, “é uma honra a sua presença”. José Sócrates também não falou. Entreteve-se a deixar-se fotografar ao lado dos estudantes brasileiros que o bombardearam munidos de máquinas digitais, ansiosos de se verem fotografados ao lado do, ainda que demissionário, primeiro-ministro português. Só em Coimbra são cerca de mil os estudantes brasileiros. Nas contas de Lula da Silva, são 51 as universidades brasileiras que desenvolvem projectos de ensino e de pesquisa em parceria com a Universidade de Coimbra. Uma realidade tornada possível também por causa do esforço que o ex-Presidente diz ter feito e que se traduziu, nos oitos anos da sua presidência, na criação de 14 novas universidades federais e 126 extensões universitárias. Não está mal para o metalúrgico que nunca frequentou uma universidade. Mas nem tudo são rosas. Num sms que um estudante brasileiro enviava a alguém, lia-se “Falei a Dilma para aumentar nossas bolsas, pode ser que dê sorte”. "Doutoramento é homenagem à revolução feita pelo povo brasileiro"Lula da Silva considerou que a distinção que hoje recebeu é uma homenagem ao “povo brasileiro que nos últimos anos desenvolveu uma verdadeira revolução economia e social”. O ex-chefe de Estado disse ter recebido “com imensa honra” o doutoramento, que considerou que “mais do que um reconhecimento pessoal”, é "uma homenagem ao povo brasileiro, que nos últimos oito anos realizou, de modo pacífico e democrático, uma verdadeira revolução económica e social”. Lula da Silva realçou ainda o “enorme salto qualitativo” dado pelo Brasil “no rumo da prosperidade e da justiça”, deixando “para trás um passado de frustrações e cepticismo”. “Após uma prolongada estagnação, o Brasil voltou a crescer de modo vigoroso e continuado, gerando empregos, distribuindo renda e promovendo uma vasta inclusão social”, reforçou Lula, destacando o papel importante que ministros como Dilma Rousseff (foi ministra das Minas e Energia e ministra chefe da Casa Civil) tiveram para o Brasil alcançar este desenvolvimento. Lula da Silva não esqueceu também a colaboração do seu “parceiro de todas as horas”, o “inesquecível” José de Alencar. O antigo vice-presidente morreu esta terça-feira, Lula tinha já prometido que iria homenageá-lo esta manhã ao receber o prémio.
REFERÊNCIAS:
Manifestação pela liberdade de expressão junta meia centena de pessoas em Luanda
Cerca de meia centena de pessoas, sobretudo jovens, participou neste sábado numa manifestação em Luanda pela liberdade de expressão em Angola. (...)

Manifestação pela liberdade de expressão junta meia centena de pessoas em Luanda
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DATA: 2011-04-03 | Jornal Público
SUMÁRIO: Cerca de meia centena de pessoas, sobretudo jovens, participou neste sábado numa manifestação em Luanda pela liberdade de expressão em Angola.
TEXTO: Os jovens que convocaram a manifestação fazem parte do grupo de cerca de 20 pessoas -- entre as quais jornalistas -, que foram detidas no passado dia 7 de Março em Luanda, quando pretendiam participar numa manifestação convocada anonimamente nas redes sociais para exigir o fim da "ditadura de 32 anos do Presidente José Eduardo dos Santos". A manifestação foi autorizada pelo governo provincial de Luanda e foi seguida de perto pelas forças de segurança, sem que, até ao final da tarde, tenham sido relatados quaisquer incidentes. Os manifestantes empunharam cartazes a apelar à liberdade de expressão e ao fim do governo do Presidente José Eduardo dos Santos. Também hoje, numa cerimónia para assinalar o nono aniversário do estabelecimento da paz em Angola, o MPLA (Movimento Popular de Libertação de Angola, no poder) pediu aos seus militantes para estarem vigilantes em relação aos que agora convocam manifestações a contestar o regime angolano. “Fiquem atentos com esses indivíduos oportunistas, que foram estudar no exterior do país sem conseguirem terminar os cursos e querem vir falar em nome dos jovens angolanos”, disse o segundo-secretário provincial do MPLA, Jesuino Silva, citado pela Angola PressO mesmo dirigente admitiu que ainda muito a fazer no país, mas pediu “paciência” aos agolanos, sublinhando que, em nove anos, não se constroem Estados.
REFERÊNCIAS:
Tempo Março
Vigário apostólico de Trípoli pede fim dos bombardeamentos
Pelo terceiro dia consecutivo, rebeldes e forças leais governamentais defrontam-se em Brega, importante porto petrolífero no Leste da Líbia, sem que nenhuma das partes tenha conseguido avanços significativos. Um impasse que ameaça arrastar-se e que levou o vigário apostólico de Trípoli a alertar o Ocidente para a urgência de parar os bombardeamentos e negociar uma saída com o regime de Muammar Khadafi. (...)

Vigário apostólico de Trípoli pede fim dos bombardeamentos
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DATA: 2011-04-03 | Jornal Público
SUMÁRIO: Pelo terceiro dia consecutivo, rebeldes e forças leais governamentais defrontam-se em Brega, importante porto petrolífero no Leste da Líbia, sem que nenhuma das partes tenha conseguido avanços significativos. Um impasse que ameaça arrastar-se e que levou o vigário apostólico de Trípoli a alertar o Ocidente para a urgência de parar os bombardeamentos e negociar uma saída com o regime de Muammar Khadafi.
TEXTO: A continuação dos ataques “apenas tornará Khadafi mais intransigente”, disse Giovanni Martinelli, bispo nascido na Líbia e conhecedor do regime líbio, numa entrevista à televisão britânica Sky News. O líder da Igreja Católica em Trípoli acredita que o coronel “poderá abandonar o poder em determinadas circunstâncias”, mas dificilmente aceitará “deixar o país”. Do que Martinelli não tem dúvidas é que a rebelião não está em condições de vencer o regime e a continuação dos combates conduzirá apenas “a um impasse sangrento”. “Eu compreendo o sentimento das pessoas no Leste, mas não vão conseguir vencer. Não são suficientes nem fortes o suficiente para vencer o Exército”, afirmou o vigário, que se declarou “chocado” com a violência em Zauia, uma das cidades no Oeste do país onde a rebelião foi rapidamente eliminada, e em Misurata, também no Oeste, cercada há semanas pelos tanques do regime. O Vaticano tem manifestado reservas quanto aos ataques da coligação e deu o seu apoio às tentativas de mediação de Itália, que propõe oferecer a Khadafi uma saída para o exílio. Uma solução que foi ontem defendida pelo arcebispo sul-africano Desmond Tutu. “Num mundo ideal seria muito bom dizer ‘vamos capturá-lo e entregá-lo à justiça’, mas não vivemos num mundo ideal”, disse à BBC o Nobel da Paz, alegando que dar imunidade a Khadafi e deixá-lo sair do país seria “a solução menos má” para salvar vidas. No terreno, contudo, o tempo é ainda das armas. Em Misurata, a artilharia de Khadafi voltou a disparar contra posições no centro da cidade, provocando pelo menos um morto e vários feridos, denunciou a rebelião. E em Brega, o dia voltou a ser de intensos combates nas entradas Leste e Oeste da cidade. Depois de sábado terem conquistado o campus da universidade, os rebeldes foram ontem obrigados a recuar sob o fogo da artilharia, ripostando depois com rockets contra as posições das forças governamentais. “Se compararmos as posições de hoje com a de há duas semanas vemos que estamos exactamente no mesmo local”, relatou um correspondente da Al-Jazira. O chefe da diplomacia britânica, William Hague, desvalorizou, no entanto, os receios de um impasse, afirmando que o regime líbio não tem futuro, pois está isolado internacionalmente e "não pode vender petróleo", que era até agora a sua principal fonte de rendimento.
REFERÊNCIAS:
Étnia Africano