Investidores asiáticos e do Médio Oriente compraram um quarto da dívida portuguesa
A Comissão Europeia revelou, hoje, que investidores asiáticos e do Médio Oriente compraram 23 por cento da dívida nacional com maturidade a cinco anos, a leilão na quarta-feira. (...)

Investidores asiáticos e do Médio Oriente compraram um quarto da dívida portuguesa
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 16 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-05-26 | Jornal Público
SUMÁRIO: A Comissão Europeia revelou, hoje, que investidores asiáticos e do Médio Oriente compraram 23 por cento da dívida nacional com maturidade a cinco anos, a leilão na quarta-feira.
TEXTO: Os investidores asiáticos adquiriram 16 por cento dos títulos e os do Médio Oriente, sete por cento dos 4, 74 mil milhões de euros de dívida envolvidos nesta operação, realizada através do Mecanismo Europeu de Estabilização Financeira (MEEF). A nível europeu, destacou-se a compra do Reino Unido (17 por cento) e da Alemanha/Áustria (14 por cento). A procura foi dominada pelos bancos centrais e instituições (36 por cento), seguindo-se os bancos (32 por cento) e sociedades gestoras de fundos (26 por cento). O prazo para pagar os 4, 75 mil milhões de euros termina a 3 de Junho de 2016. Hoje o Financial Times avançou que a China está interessada em financiar o resgate de Portugal e vai participar no leilão que se realiza em Junho. Segundo o diário britânico, que cita o presidente do Fundo Europeu de Estabilização Financeira, a China e outros investidores asiáticos deverão representar “uma percentagem significativa” dos compradores de dívida portuguesa.
REFERÊNCIAS:
Tempo Junho
Já foram destruídos 78 ninhos de vespa asiática em Viana do Castelo
Espécie predadora instalou-se, na semana passada, na zona urbana de Viana. Desde o final de 2012 foram detectados 85 ninhos de vespa asiática no Alto Minho. (...)

Já foram destruídos 78 ninhos de vespa asiática em Viana do Castelo
MINORIA(S): Animais Pontuação: 5 Asiáticos Pontuação: 16 | Sentimento 0.0
DATA: 2013-09-29 | Jornal Público
SUMÁRIO: Espécie predadora instalou-se, na semana passada, na zona urbana de Viana. Desde o final de 2012 foram detectados 85 ninhos de vespa asiática no Alto Minho.
TEXTO: A destruição, neste sábado, de um ninho de vespa asiática numa moradia do centro de Viana do Castelo, na Abelheira, eleva para três os casos registados na última semana pelos bombeiros municipais na zona urbana da cidade. Nos últimos dias a corporação já tinha sido chamada para proceder à destruição de dois ninhos: um na mesma zona da Abelheira; e outro no parque de estacionamento do hospital da cidade. Habitualmente, os ninhos encontram-se a mais de dez metros do solo, no topo de árvores, mas também aparecem em silvados e, mais recentemente, em zonas residenciais. O segundo comandante dos Bombeiros Municipais de Viana do Castelo, António Cruz, disse ao PÚBLICO que a vantagem do aparecimento destes ninhos na zona urbana é a de serem mais rapidamente descobertos e destruídos. Pelo contrário, nas zonas rurais, os ninhos permanecem mais tempo sem serem detectado o que facilita a reprodução da espécie, que é originária do sudoeste da Ásia e foi introduzida na Europa através do porto de Bordéus, em França, em 2004. Balanço a 11 de OutubroEm 2011 a sua presença foi detectada em Portugal. No Alto Minho, os primeiros ninhos de vespa velutina, conhecida também como asiática que ameaça a produção de mel, foram descobertos no final de 2012. Desde então, segundo os últimos números apresentados pela Protecção Civil do distrito, foram destruídos no Alto Minho 35 ninhos de vespa asiática. Estes dados estão desactualizados, confirmou ao PÚBLICO o segundo comandante operacional distrital de operações de socorro, Robalo Simões, porque nos últimos tempos a atenção da Protecção Civil esteve centrada no combate aos fogos florestais. Robalo Simões adiantou que está já marcada, para dia 11 de Outubro, uma reunião solicitada pela Associação Apícola Entre Minho e Lima (Apimil) para fazer um ponto de situação. No Alto Minho, as operações de identificação e destruição de ninhos de vespa asiática estão a cargo da Protecção Civil. Já foram detectados e destruídos ninhos em Ponte de Lima, Ponte da Barca e Monção, onde, em Junho passado, o acesso à sede da Junta de Freguesia de Sá foi vedado devido à presença de um ninho no tecto da entrada do edifício. Com lança-chamas e a tiroEm Viana, concelho que regista maior número de casos, a tarefa de destruição dos ninhos está a cargo dos bombeiros municipais. De acordo com António Cruz, desde Novembro de 2012 já foram “queimados” 78 dos 85 ninhos de vespa velutina detectados na região. As freguesias de Vila Fria, Sub-Portela e Santa Leocádia de Geraz do Lima são as que apresentam mais ocorrências. A destruição é feita com recurso a um lança-chamas adaptado e sempre durante a noite, “porque as vespas só recolhem ao ninho ao final do dia”. Nos próximos dias alguns ninhos serão destruídos a tiro, por se encontrarem em zonas inacessíveis”. António Cruz explicou que são ninhos que se encontram a 35, 40 metros de altura e que serão alvejados com armas de fogo. Uma vez no chão, serão queimados. Para este dirigente dos bombeiros municipais, só dentro de um ano será possível fazer um “balanço mais exacto” e perceber se estas operações resultaram. “Quando se destrói um ninho, o objectivo é apanhar as vespas fundadoras estejam no interior. Se já tiverem saído, fazem novas colónias, e um novo ciclo de vida está garantido. É por isso que nas zonas rurais se propagam rapidamente, porque não são descobertas com facilidade”, sustentou. Estas vespas, maiores e mais perigosas do que a abelha nacional, são uma verdadeira dor de cabeça para os apicultores da região. Em Janeiro, numa conferência de imprensa realizada na Protecção Civil de Viana do Castelo, Miguel Maia, técnico da Apimil explicou que, além de concorrerem com as abelhas na disputa de alimento, estas vespas são "agressivas" e atacam mesmo colmeias, com prejuízos para a biodiversidade e producção de mel. “Fazem com que as abelhas não saiam para procurar alimento, porque estão a ser atacadas, enfraquecendo assim as colmeias, que acabam por morrer”, ilustrou então. Ainda assim, admitiu que a vespa velutina não representa um “perigo imediato” para os seres humanos. “Só se forem lá mexer”, avisou. Na altura, o responsável da Direcção-Geral de Alimentação e Veterinária presente no encontro com os jornalistas adiantou que a perigosidade desta vespa para o ser humano se traduz apenas naelevada quantidade de exemplares que cada ninho pode albergar.
REFERÊNCIAS:
“A maior parte dos chineses está ainda a tentar perceber onde fica Portugal”
Como é que um país como Portugal entra num mercado gigantesco como o asiático? Debra Meiburg, uma profunda conhecedora deste mercado complexo, veio a Portugal para o Must – Fermenting Ideas e deixou algumas conselhos. Para começar: manter um discurso simples e esquecer as harmonizações. (...)

“A maior parte dos chineses está ainda a tentar perceber onde fica Portugal”
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 Asiáticos Pontuação: 16 | Sentimento 0.25
DATA: 2018-06-30 | Jornal Público
SUMÁRIO: Como é que um país como Portugal entra num mercado gigantesco como o asiático? Debra Meiburg, uma profunda conhecedora deste mercado complexo, veio a Portugal para o Must – Fermenting Ideas e deixou algumas conselhos. Para começar: manter um discurso simples e esquecer as harmonizações.
TEXTO: Trinta anos a viver em Hong Kong e a viajar por toda a Ásia dão à jornalista, autora de livros, consultora e Master of Wine norte-americana Debra Meiburg uma segurança rara ao falar de um mercado complexo, variado – mas cada vez mais atraente para os produtores de vinho – como é o da Ásia. Na wine summit Must – Fermenting Ideas, uma iniciativa do crítico de vinhos Rui Falcão e do jornalista Paulo Salvador, que aconteceu entre os dias 20 e 22 no Centro de Congressos do Estoril, reunindo vários oradores nacionais e internacionais, Debra Meiburg fez uma excelente apresentação, durante a qual descreveu o estado do mercado do vinho em vários países asiáticos. Se, por um lado, chamou a atenção para as oportunidades que existem e aconselhou estratégias, por outro alertou contra os mais comuns erros de abordagem de um mercado culturalmente tão diferente dos outros. No final, conversou com a Fugas sobre o que pode fazer um país como Portugal perante um desafio tão complexo como é o de entrar neste universo com milhões de consumidores, na sua maior parte ainda pouco familiarizados com o vinho. Na sua conferência, disse que no caso da China, o melhor é uma abordagem província a província. Sendo Portugal um país pequeno, com um problema de escala de produção, o que é que aconselha?No mercado chinês há poucos importadores que consigam distribuir por todo o país. Os que o conseguem querem trabalhar com as grandes marcas, por isso só as maiores marcas portuguesas deveriam abordar estes importadores. Os produtores mais pequenos precisam de encontrar pessoas que tenham o coração com Portugal. E, nesse caso, seria muito importante convidá-los a visitar a adega, a conhecer o que Portugal tem para oferecer. A boa notícia é que na China ninguém tem nenhuma ideia sobre o que é Portugal e não sabem nada sobre vinho português, o que também é um desafio. Não há primeira impressão do vinho português, por isso os produtores podem tornar a história sua. É como ter uma tela branca para começar a pintar. O vinho português é muito de blends, com muitas castas diferentes e nomes difíceis. Isso complica a comunicação?Infelizmente, os países com blending complicado têm mais dificuldades. É o que acontece também com Itália, por isso a minha sugestão é manter as coisas simples. Os produtores têm sempre a tentação de mostrar toda a sua gama mas eu sugiro que procurem algumas garrafas de que se orgulhem particularmente, com nomes simples de pronunciar e concentrarem-se aí. Não tentem convencer os importadores a ficar com a gama toda. Será um fracasso. É demasiado confuso. É preciso não esquecer que a maior parte das pessoas na China está ainda a tentar perceber onde fica Portugal. A educação deles não inclui grande conhecimento geográfico da Europa, por isso o primeiro passo é garantir que eles ficam a saber onde é que fica Portugal, o que é Portugal, que elementos culturais podem contar a história. O que é maravilhoso em Portugal é ser um país de mar, que é algo com que as pessoas na Ásia se relacionam muito. Uma das vantagens de Portugal é a sua história na Ásia, poderiam jogar com isso, nunca conquistaram um país mas estiveram sempre na Ásia. É preciso uma história. A minha empresa trabalha com diferentes regiões. No caso da Geórgia, por exemplo, o trunfo são 8000 anos de história, para Portugal pode-se falar dessa longa relação de amizade com a Ásia e do comércio marítimo. O marisco, por exemplo, é algo que as pessoas compreendem bem nas regiões da China que são compradoras de vinho. Para os jovens, temos que pensar no que torna o estilo português cool. Mas essa é uma resposta que eu ainda não tenho. [Neste momento, o produtor de vinho Luís Pato aproxima-se e interrompe para pedir um conselho sobre se na Ásia será melhor apresentar brancos, tintos ou espumantes. Debra Meiburg explica que "a Ásia sempre foi um mercado de tintos, onde as pessoas acham que o tinto dá sorte e saúde e vêem-no como mais sofisticado; na China, em particular, 68% do mercado é tinto". Luís Pato argumenta que o branco combina melhor com a cozinha chinesa, mas Debra esclarece que os chineses "não fazem harmonização entre comida e vinho". O produtor português conta que uma vez esteve no Japão num "jantar fantástico" com comida local e os seus vinhos e que os brancos e os espumantes funcionaram muito bem, mas o tinto nem por isso. "A doçura e o salgado da comida conjugam-se muito melhor com os brancos e com vinhos com boa acidez e por vezes alguma doçura", diz. Debra sugere o vinho tinto "iria bem com bife Kobe" e lembra, por outro lado, que "no Japão têm uma longa história de saké, pelo que estão mais habituados a bebidas brancas e frias". Terminada a conversa, seguimos com a entrevista]. Disse também que era muito importante fazer a ligação com o turismo. Como?Há muitas facetas diferentes ligadas do turismo. Um bom exemplo é o grupo de produtores portugueses Douro Boys. Vieram para a Ásia com energia, apoiando-se uns aos outros. A primeira coisa que é importante é a capacidade de trabalharem juntos. Chegaram ao nosso mercado com excitação e energia e quando eu provava um dos vinhos o produtor dizia, se gostou prove o do meu amigo. Apoiaram-se e essa energia fê-los conquistar fãs na Ásia. Trabalhar em conjunto funciona, seja para uma região, seja apenas para um grupo de produtores que queiram convidar alguém para vir a Portugal e começar a história. Mas é importante que os responsáveis do Turismo o tornem friendly para os chineses, criando actividades que eles adoram, como comer marisco, por exemplo. O Brasil fez uma campanha na China apostando no sol e na praia e as pessoas não reagiram com interesse. Qual é a explicação?Os chineses não gostam de estar ao sol. Ainda há um preconceito contra isso. A pele mais escura é para classes mais baixas, está relacionada com pessoas que trabalham no campo, com o trabalho manual. Por outro lado, os chineses preocupam-se muito em parecer jovens e bonitos e em proteger a pele. Muitas das minhas amigas chinesas se vão para o sol, usam luvas e chapéus para tapar tudo, excepto os olhos. Por isso, promover a praia não é bom, mas promover marisco fresco, é. Jantar fora, historicamente, é para pessoas mais pobres. As pessoas bem sucedidas comiam em casa, com ar condicionado. Agora começam a ir mais jantar fora para tentar perceber o amor dos europeus por isso. Já trabalhou com regiões portuguesas?Fiz algumas coisas para a região do Tejo, no Sul da China. Foi muito interessante porque fomos para cidades não muito conhecidas, mas grandes. Mas foi apenas uma apresentação, não uma estratégia completa. O meu principal conselho é: tragam duas garrafas, mantenham a mensagem simples, tragam materiais didácticos mas muito simples, encontrem formas de ajudar as pessoas a memorizar os vinhos. Por exemplo, trabalho com a Geórgia, que foi uma enorme história de sucesso na China. Em quatro anos passámos de 700 mil garrafas para dez milhões. Uma das coisas que fizemos foram vídeos para ajudar as pessoas a memorizar os nomes das castas. Um dos nomes é Rkatsiteli – eu fiz um vídeo com o meu gato, contei que tinha quatro e que um deles gosta de ver televisão – A cat see teli – e tenho uma imagem do meu gato com o controlo remoto a ver televisão e assim agora toda a gente aprendeu o nome. Se for um blend, o que eles precisam de identificar é apenas a região. E quanto à imagem dos vinhos? É preciso fazer adaptações para o mercado chinês? Usar mais o vermelho, por exemplo?O vermelho já foi mais importante do que é hoje, as pessoas compravam muito vinho para oferecer e embrulhavam-no, com vermelho e dourado, para se perceber que era algo de festivo. Hoje bebem cada vez mais vinho como um estilo de vida, por isso o importante é garantirem que a garrafa tem um ar sofisticado. Não precisa de ser pesada mas o rótulo tem que ser sofisticado. Acho que a maior parte dos rótulos portugueses adequam-se bem, mas deixe-me comparar com a Austrália: adoram fazer rótulos engraçados, com piadas ou animais, porque querem tornar o vinho divertido. Mas os chineses bebem-no porque o acham sofisticado. Por isso, aconselho que olhem para os rótulos e pensem: se fossem propor casamento a alguém, qual seria o rótulo que gostariam de ter na foto quando colocassem o anel no dedo?Referiu a importância na Ásia dos chamados KOL’s ou Key Opinion Leaders. Até que ponto é que são conhecedores de vinho?Alguns deles têm conhecimentos de vinho mas muitos dos mais influentes não são pessoas do mundo do vinho, são mais do lifestyle, são influencers. Para eles, é importante que o vinho seja sofisticado mas divertido. Não precisa de ser fine wine, mas é bom que tenha alguma história, que tenha sido bebido por alguém importante ou que alguma pop star goste dele. Disse que outros países, como o Vietname, podem ser boas oportunidades. Para Portugal também?Adorava ter tempo para pensar numa estratégia para Portugal, mas, francamente, acho preferível uma estratégia regional. Portugal tem muitas regiões diferentes, é demasiado complexo. Adorava que Portugal apresentasse algumas regiões que definissem a imagem do país. Muitas instituições de promoção de vinho cometem erros porque têm que ser justos para todos, mas eu preferia que durante três anos Portugal seleccionasse três regiões e pusesse o seu esforço aí. 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REFERÊNCIAS:
Maior banco chinês negoceia compra de dez por cento do BCP
O Banco Comercial Português (BCP) e o Industrial and Commercial Bank of China (ICBC) têm mantido contactos com vista à tomada de posição do maior banco chinês no capital do grupo português. O negócio deverá ser abordado entre as autoridades oficiais portuguesas e chinesas no quadro dos encontros bilaterais planeados para hoje e amanhã durante a visita do Presidente da China, Hu Jintao, a Portugal, e no próximo fim-de-semana, quando José Sócrates se deslocar a Macau. (...)

Maior banco chinês negoceia compra de dez por cento do BCP
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 Asiáticos Pontuação: 16 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-11-06 | Jornal Público
SUMÁRIO: O Banco Comercial Português (BCP) e o Industrial and Commercial Bank of China (ICBC) têm mantido contactos com vista à tomada de posição do maior banco chinês no capital do grupo português. O negócio deverá ser abordado entre as autoridades oficiais portuguesas e chinesas no quadro dos encontros bilaterais planeados para hoje e amanhã durante a visita do Presidente da China, Hu Jintao, a Portugal, e no próximo fim-de-semana, quando José Sócrates se deslocar a Macau.
TEXTO: A negociação promete ser um dos temas-chave da visita. São mais de 30 as entidades e empresas chinesas que acompanham o Presidente chinês, que chega a Portugal depois de uma visita a França, onde foram assinados protocolos superiores a 14 mil milhões de euros. O porto de Sines é outro tema que estará em cima da mesa. Nas últimas semanas o Governo português tem estado a negociar com Governo chinês a possível entrada da China no parque logístico do porto de Sines, soube o PÚBLICO junto de fonte governamental. As negociações não estão fechadas e têm-se centrado nos últimos dias nas infra-estruturas, disse outra fonte governamental. A contrapartida de investimentos seria a compra de dívida pública, como a China fez recentemente na Grécia. A vice-ministra dos Negócios Estrangeiros chinesa, Fu Ying, disse recentemente que a China estava disponível para comprar mais títulos do Tesouro nacional e "participar no esforço de recuperação económica e financeira de Portugal". O PÚBLICO sabe, através de indicações do Instituto de Gestão do Crédito Público (a entidade que faz emissões de dívida nacionais), que o apetite dos investidores chineses pelas obrigações nacionais tem aumentado. Não é possível ter uma noção exacta do volume de investimento em dívida nacional, já que o grosso é feito através do mercado secundário. Numa emissão de obrigações a dez anos feita em Fevereiro, o peso dos investidores asiáticos (onde se destaca a China) era de cinco por cento, mas no mês seguinte, numa emissão a cinco anos, era de 19, 5 por cento. A entrada do maior banco chinês no maior banco privado português será uma das contrapartidas desses investimentos. O presidente do BCP, Carlos Santos Ferreira, e quadros de topo do ICBC, o megagrupo financeiro chinês, com capitais públicos, têm negociado essa aquisição. Admite-se que o ICBC possa vir a acompanhar a dimensão dos interesses angolanos, representados pela Sonangol. Detentora de mais de 10 por cento do BCP, a Sonangol já pediu autorização para reforçar essa posição até 20 por cento. E seria esta a quota que Santos Ferreira gostaria de ver o ICBC ter, para equilibrar o peso angolano. O ICBC é o maior banco comercial chinês, com 18 mil balcões, 400 mil empregados e 200 milhões de clientes. Os contactos luso-chineses decorrem há mais de um ano. A 7 de Agosto de 2009 o PÚBLICO noticiou que as duas instituições tinham assinado "um acordo de parceria estratégica" que poderia levar à entrada do ICBC no BCP. Na altura o BCP negou os contactos. Ontem, não comentou os novos desenvolvimentos. Caso este negócio se concretize, será a formalização de um projecto entre os três Estados: português (que está no BCP através da CGD); Angola (Sonangol) e China (ICBC). A eventual entrada do ICBC no BCP não é alheia ao crescente interesse que África tem para a China, enquanto fornecedor de matérias-primas necessárias à sua expansão económica. Refira-se que em declarações à SIC Notícias, o presidente da Fundação Oriente, Carlos Monjardino, revelou que estavam em cima da mesa vários negócios, podendo um deles passar pela compra, por um banco chinês, de uma posição num banco português. Um desses negócios poderá dizer respeito ao parque logístico do porto de Sines, que interessará à China depois de 2014, quando estiver concluído o alargamento do canal do Panamá, permitindo a passagem aos grandes navios porta-contentores. O PÚBLICO sabe que na próxima terça-feira uma delegação ligada ao porto de Tianjin visitará Sines, um dos raros portos na Europa (com Roterdão) preparados para receber os grandes porta-contentores. Além do terminal XXI, que está em obras de aumento da capacidade e é gerido pelas autoridades portuárias de Singapura (PSA), o porto tem também associada uma grande plataforma logística com 150 hectares que tem ainda um grande potencial de desenvolvimento. Contactado ontem pelo PÚBLICO, o presidente da Câmara de Sines, Manuel Coelho Carvalho, lembrou que continuam a existir fortes constrangimentos no transporte de mercadorias. Em causa está a falta de uma ligação ferroviária com capacidade para transportar mercadorias em direcção à plataforma do Poceirão e daí em direcção a Espanha e à Europa. O investimento em Sines prolongaria outros investimentos chineses em infra-estruturas de transportes. A empresa estatal chinesa Cosco tem o contrato de concessão do porto de Pireu e está a expandir o porto de Nápoles. Outro grupo chinês, a HNA, está em negociações para construir um terminal aéreo no Norte de Roma. O objectivo é criar bases logísticas de ligação da Europa à China para a sua indústria exportadora. Para já, no quadro da visita, está prevista a assinatura de mais uma dezena de protocolos, a começar por um memorando de entendimento entre a AICEP (Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal) e a empresa chinesa de tecnologias Huawei, o maior fornecedor chinês de redes de comunicações, que já tem aliás uma empresa representante em Portugal. Em causa está a análise do aumento de investimento desta companhia, para a criação de um centro de engenharia e desenvolvimento com 50 engenheiros.
REFERÊNCIAS:
Governo vende por mil milhões a Caixa Seguros à chinesa Fosun
A Fosun pagou mil milhões de euros por 30% do mercado segurador português (Fidelidade e Multicare) e vai desenvolver uma parceira estratégica com a CGD, que mantém 15% da Caixa Seguros. (...)

Governo vende por mil milhões a Caixa Seguros à chinesa Fosun
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 13 | Sentimento 0.0
DATA: 2015-12-01 | Jornal Público
SUMÁRIO: A Fosun pagou mil milhões de euros por 30% do mercado segurador português (Fidelidade e Multicare) e vai desenvolver uma parceira estratégica com a CGD, que mantém 15% da Caixa Seguros.
TEXTO: O Governo escolheu a sociedade de capital risco chinesa Fosun International (Xangai, com ligação a Hong Kong) para adquirir 80% da Caixa Seguros (podendo ir até 85% se os trabalhadores não comprarem as acções que lhes estão reservadas). O negócio, envolvendo um terço do mercado segurador português, foi de mil milhões de euros, mas o encaixe total ascende a quase 1209 milhões de euros, em resultado da distribuição prévia de dividendos de 208, 9 milhões de euros. Esta é a terceira privatização realizada pelo actual executivo liderado por Pedro Passos Coelho a ser entregue a investidores chineses (Caixa Seguros, EDP, REN) e que no conjunto já renderam ao Estado cerca de quatro mil milhões de euros. A oferta da Fosun afastou a entregue pelo fundo de private equity norte-americano Apollo, também seleccionado pelo Governo para disputar a fase final do concurso de venda directa da maioria do capital da Caixa Seguros (nomeadamente a Fidelidade, Multicare, Seguros de Saúde, Cares e Companhia de Seguros). “O Conselho de Ministros seleccionou a proposta da Fosun, em especial no que reporta ao encaixe financeiro, ao projecto estratégico, à minimização das condicionantes jurídicas e ao contributo para a preservação da unidade estratégica do grupo segurador", disse o secretário de Estado das Finanças, Manuel Rodrigues, no final da reunião desta quinta-feira, que aprovou a operação. O Governo explicou que a proposta da Fosun “dominou claramente” quer em termos de valores (mais de 200 milhões da proposta concorrente) quer de condições, mas não esclareceu quais as vantagens estratégicas para o Estado português resultantes da entrega de 30% do mercado segurador nacional ao grupo chinês. Os responsáveis do Ministério das Finanças lembraram, ainda, que a Fosun “é um dos maiores grupos privados chineses”, para além de ter experiência no sector segurador, sendo, nomeadamente, parceiro da norte-americana Prudencial. O secretário de Estado garantiu ainda que o grupo chinês tencionan expandir as operações da Caixa Seguros na China e em outros mercados asiáticos. A escolha da Fosun, em detrimento da Apollo, foi também reforçada pelas “posições unânimes dos assessores da privatização, a Caixa BI e o JP Morgan, e pelo parecer favorável da comissão especial de acompanhamento das privatizações. "Para as Finanças a proposta da Fosun deu maiores garantias de sustentabilidade comprometendo-se o grupo a ficar na Caixa Seguros por um período superior (pelo menos 10 anos) aos quatro anos exigidos, algo que os norte-americanos não admitiam. O Governo continua a justificar a venda da Caixa Seguros como sendo fruto de uma imposição da troika, ainda que este seja um ponto que não consta do memorando (que é conhecido) assinado com a UE/BCE/FMI. Em todo o caso, o produto da privatização destinar-se-á, garantem as autoridades, a recapitalizar o banco do Estado. Outra das condições que pesou na decisão de privatizar a Caixa Seguros a favor da Fosun deveu-se ao facto de este grupo, ao contrário do que pretendia a Apollo, não ter excluído da negociação a Caixa Poupança (seguros de capitalização), com cerca de três mil milhões de divida pública portuguesa . Os chineses mostraram-se também mais flexíveis a ser parceiros da CGD na Caixa Seguros, dado que o banco público português se manterá, com uma posição de 15%, no capital da holding que será dominada pelos chineses. Recorde-se que uma das imposições do contrato que esteve a ser negociado dava ao adquirente da Caixa Seguros (e ao vendedor, a CGD) exclusividade mútua, por 25 anos, na comercialização dos produtos da Fidelidade, aos balcões do banco estatal. A venda da Caixa Seguros à Fosun, por mil milhões de euros (valor sujeito a ajustamento decorrente de variação patrimonial das várias seguradoras da Caixa Seguros), possibilitou ao Governo anunciar um encaixe total resultante das várias privatizações (Caixa Seguros, EDP, REN, CTT, Ana) de 8, 1 mil milhões de euros. Isto, apesar do encaixe da venda da Caixa Seguros se destinar a reforçar os rácios do banco estatal, o vendedor.
REFERÊNCIAS:
Macau recebe Presidente chinês, mas guarda-chuvas são proibidos
Primeira visita de Xi Jinping como Presidente é feita dias depois do final dos protestos de Hong Kong e num dos piores anos para a indústria do jogo. (...)

Macau recebe Presidente chinês, mas guarda-chuvas são proibidos
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 13 | Sentimento 0.0
DATA: 2014-12-20 | Jornal Público
SUMÁRIO: Primeira visita de Xi Jinping como Presidente é feita dias depois do final dos protestos de Hong Kong e num dos piores anos para a indústria do jogo.
TEXTO: Uma chuva miúda, mas persistente, fazia sentir-se quando o Presidente chinês, Xi Jinping, aterrou, nesta sexta-feira, no aeroporto de Macau, para iniciar a sua primeira visita oficial desde que tomou posse ao antigo território administrado por Portugal. Porém, não se viam guarda-chuvas entre os jornalistas que o aguardavam. As autoridades do aeroporto tinham proibido a sua utilização, com a justificação dos ventos fortes, segundo a AFP, tendo sido distribuídas algumas gabardinas. Passavam poucos dias desde o final dos protestos de Hong Kong – em que os guarda-chuvas se tornaram símbolos – e em Macau não se queria correr qualquer risco. A visita de Xi a Macau – que à semelhança de Hong Kong é regida sob o princípio “um país, dois sistemas” – tem sobretudo um carácter simbólico. Trata-se de uma “viagem de afirmação de soberania”, nota o director do diário macaense de língua portuguesa Tribuna de Macau, José Rocha Dinis, em declarações ao PÚBLICO. Em Macau, Xi vai assistir, neste sábado, às cerimónias do 15. º aniversário da transferência da soberania para a China e dará posse ao chefe executivo, Fernando Chui, reeleito para um segundo mandato. Comparações com Hong Kong – onde nos últimos meses um movimento pró-democrático trouxe centenas de milhares de pessoas para as ruas para pedir eleições livres da influência de Pequim – são afastadas por Rocha Dinis. “Essa é uma opinião que só se pode ter mesmo na Europa”, observa. As diferenças têm a ver sobretudo com a “composição da sociedade” de Macau. “As pessoas de Hong Kong ainda estão muito ligadas àquela gente que fugiu em 1949 do regime comunista. Claro que agora estamos na terceira geração, mas aquilo fica presente. Em Macau as coisas são muito diferentes. As 300 mil pessoas que vieram nos anos 1970 e 1980 vieram por motivos económicos, gente com pouca educação, que trabalhava no campo. ”Esta mesma ideia já tinha sido manifestada ao PÚBLICO em Outubro, em plena efervescência dos protestos em Hong Kong. Na altura, a advogada Ana Soares afirmava que um movimento pró-democrático como o existente no território vizinho “é coisa que não pode existir em Macau”, onde vive há quase três décadas. Apesar de considerar que “há uma ideia generalizada em Macau de que o princípio deve ser o das eleições universais”, Rocha Dinis nota que “a sociedade, como um todo, não está preparada para isso”. Para já, o caminho deve ser trilhado de forma gradual. “Já vivia em Macau antes de 1999 [ano da passagem para a soberania chinesa] e estou muito contente com a Lei Básica, porque garante os direitos fundamentais”, acrescenta. Ainda assim, em Maio, o território de 600 mil habitantes assistiu à maior manifestação da sua história, com uma marcha de 20 mil pessoas contra um regime de compensação para altos funcionários e por uma melhoria dos serviços públicos. Tal como em Hong Kong, foi organizado um referendo informal por um grupo de activistas em que participaram nove mil pessoas, das quais 95% votaram a favor do sufrágio universal. Jason Chao, um dos principais activistas pró-democracia, tem por hábito organizar uma acção de protesto anual por ocasião do aniversário da passagem da soberania. À Reuters, Chao contou que foi contactado pela polícia que lhe deu autorização para organizar a manifestação “desde que não fizesse outras coisas que implicassem Xi Jinping”. O petróleo dos casinosDo “continente”, Macau é vista como um paraíso para os apostadores, uma Las Vegas asiática – apesar de já ter ultrapassado a homóloga norte-americana, desde que os casinos foram liberalizados em 2002. Dos dados, das roletas e das slot machines vêm cerca de 80% das receitas do território, tornando-o praticamente dependente do sucesso de apenas uma indústria. “É quase como se descobrissem petróleo, uma descoberta que por acaso foi em Macau”, compara o director da Tribuna. Mas o “poço” pode estar em risco. Em Setembro, o governo anunciou uma queda entre 12 a 13% nas receitas provenientes do jogo face ao ano anterior – o maior recuo desde o início da crise económica. Se a desaceleração da economia chinesa explica em parte este cenário, por outro lado, pode ser o próprio Governo de Pequim responsável pelo decréscimo das receitas dos casinos macaenses. Desde que chegou ao poder, Xi tem feito da luta contra a corrupção entre a classe política uma das suas principais prioridades. Aos casinos de Macau era comum desaguarem rios de dinheiro de dirigentes políticos que, agora, se privam de apostar as quantias desses tempos, receando chamar as atenções. A questão parece ter sido aflorada entre Xi e Chui durante o primeiro dia da visita do Presidente. De acordo com a agência estatal Nova China, Xi manifestou preocupação junto do líder macaense por a economia local “ainda enfrentar dificuldades e desafios que devem ser geridos apropriadamente”, sem serem conhecidos mais pormenores. Chui parece ter decifrado a mensagem e garantiu que o seu governo vai “promover activamente a apropriada diversificação da economia”.
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Palavras-chave direitos lei campo educação chinês
Timor-Leste no Grupo A da segunda ronda asiática para o Mundial 2018
Qualificação para o Campeonato do Mundo. (...)

Timor-Leste no Grupo A da segunda ronda asiática para o Mundial 2018
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 13 | Sentimento -0.06
DATA: 2015-04-14 | Jornal Público
SUMÁRIO: Qualificação para o Campeonato do Mundo.
TEXTO: A selecção de Timor-Leste defrontará os Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita, Palestina e Malásia no Grupo A da segunda fase do apuramento asiático para o Mundial 2018, no que será uma estreia para a equipa timorense. Em anteriores qualificações, para os Mundiais 2010 (na África do Sul) e de 2014 (no Brasil), Timor-Leste, um dos países mais jovens do mundo, depois da independência de 2002, não conseguiu ultrapassar a ronda inaugural. Para chegar a esta fase a equipa eliminou em Março a Mongólia, com triunfos por 4-1 em casa e 1-0 fora. No sorteio realizado nesta terça-feira em Kuala Lumpur, na Malásia, que dividiu as 40 equipas para esta fase preliminar em cinco grupos, destaque ainda para o Qatar, que nunca competiu num Mundial e organizará a competição de 2022, que se seguirá à de 2018, na Rússia. A selecção do Qatar terá como adversários a China, Maldivas, Butão e Hong Kong. Esta fase apurará os oito vencedores e os quatro segundo melhores para a fase final asiática de apuramento, garantindo estes 12 países a presença na Taça Asiática de 2019, nos Emirados Árabes Unidos. As restantes 28 vão lutar pelos 12 últimos lugares para a competição continental. Os jogos desta qualificação preliminar têm início a 11 de Junho e terminam em Março de 2016. Sorteio da segunda ronda – ÁsiaGrupo A EAU, Arábia Saudita, Palestina, Timor-Leste, MalásiaGrupo B Austrália, Jordânia, Tajiquistão, Quirguistão, BangladeshGrupo C China, Qatar, Maldivas, Butão, Hong KongGrupo D Irão, Omã, Índia, Turquemenistão, GuamGrupo E Japão, Síria, Afeganistão, Singapura, CambojaGrupo F Iraque, Vietname, Tailândia, Indonésia, TaiwanGrupo G Coreia do Sul, Kuwait, Líbano, Birmânia (Myanmar), LaosGrupo H Uzbequistão, Bahrein, Filipinas, Coreia do Norte, Iémen
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Étnia Asiático Árabes
Chineses da HNA aterram na TAP com cerca de 3% do capital
A HNA, sócia de David Neelman na Azul, vai adquirir uma fatia perto de 7% no consórcio privado Atlantic Gateway. (...)

Chineses da HNA aterram na TAP com cerca de 3% do capital
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 13 | Sentimento 0.0
DATA: 2017-07-01 | Jornal Público
SUMÁRIO: A HNA, sócia de David Neelman na Azul, vai adquirir uma fatia perto de 7% no consórcio privado Atlantic Gateway.
TEXTO: O grupo chinês Hainan Airlines (HNA) está prestes a entrar no consórcio privado Atlantic Gateway, onde vai ficar com perto de 7% do capital. Essa posição corresponde a cerca de 3% da transportadora área, já que a empresa formada por Humberto Pedrosa e David Neeleman detém agora 45% da TAP. O realinhamento do capital social da empresa foi oficialmente aprovada na assembleia geral da TAP que decorreu esta sexta-feira, em Lisboa, nas instalações da antiga FIL. De acordo com uma fonte ligada ao processo, neste momento faltam apenas acertar alguns detalhes da operação. Actualmente, a Atlantic Gateway, criada em 2015 (e cuja sede é a mesma do grupo Barraqueiro, de Pedrosa), é detida a 51% pela HPGB, holding pessoal de Humberto Pedrosa, e em 49% pela DGN, de David Neeleman. No memorando de entendimento assinado entre o actual Governo e a Atlantic Gateway para alterar as posições accionistas (cabendo 50% do Estado) já ficara estabelecido que o Estado autorizava a entrada da HNA no consórcio privado, e a posição da ordem de 3% na TAP tenderá a subir no futuro. Da mesma forma, foi autorizada a subscrição directa de obrigações convertíveis em acções por parte do grupo asiático. Caso tenha adquirido títulos de divida da TAP, emitidos no ano passado, a HNA fê-lo dentro da fatia que coube à Azul, transportadora área brasileira. Controlada por David Neeleman, a Azul tem a HNA como investidor de referência (é dona de 22% da empresa) e vai passar a deter uma participação directa na TAP quando as obrigações forem convertidas em acções. Na assembleia geral extraordinária de ontem um dos pontos votados favoravelmente foi o da criação de diferentes tipos de acções: A (com mais direitos), B (com menos direitos, havendo depois as C, as mais relevantes, quando se realizar a conversão de obrigações). Este processo está ligado à questão dos direitos económicos (como os lucros a distribuir ou o encaixe de venda de activos), dos quais o Estado direito a, no máximo, 18, 75%. Por parte dos trabalhadores, estes ficam com 5%, cabendo o resto aos investidores privados. A reunião de accionistas serviu também para aprovar os nomes propostos pelos privados e pelo Governo para a nova administração (embora os pelouros ainda não sejam conhecidos). Por parte da Atlantic Gateway, esta avançou com os nomes de Fernando Pinto, David Pedrosa, Otto Urbahn (que irão formar a comissão executiva), Humberto Pedrosa, David Neeleman e Neng Li. Neng Li, de 36 anos, pertence à administração da Azul, e representa os interesses da HNA. Com um bacharelato em Finanças pela Universidade de Macau, sabe expressar-se em português e desde 2013 está ligado aos investimentos internacionais do grupo (onde entrou em 2005). É também, entre outros cargos, presidente da China Civil Aviation Investment. Já o Governo propôs os nomes de Diogo Lacerda Machado (advogado, amigo pessoal de António Costa, está ligado ao grupo luso-macaense Geocapital), Ana Pinho (presidente de Serralves), António Menezes (ex-CEO da SATA), Esmeralda Dourado (gestora, ligada à unidade de missão para a recapitalização das empresas), Bernardo Trindade (ex-secretário de Estado do Turismo de Sócrates) e Miguel Frasquilho. Este último, ligado ao PSD, e que deixou há pouco tempo a presidência da AICEP (organismo estatal ligado aos investimentos e exportações), ocupa agora a cadeira de presidente do conselho de administração (terá voto de qualidade). Tanto as alterações aos estatutos que estavam em cima da mesa (para adequar a empresa aos accionistas privados), como a eleição do novo conselho de administração foram aprovados por unanimidade, de acordo com um comunicado enviado pela empresa. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. Esta foi a primeira reunião em que puderam participar os trabalhadores que compraram os 5% de acções disponíveis no âmbito da Oferta Pública de Venda (OPV). No entanto, e apesar de 557 funcionários (entre o total de 603) terem ficado com mais de 100 acções, o que lhes permitia estar presente no encontro, com poder de voto, foram poucos os que marcaram presença: cerca de 30 (0, 14% do capital). Um dos primeiros a chegar ao recinto, em Alcântara, foi Humberto Pedrosa (prevista para as 16 horas, a reunião sofreu um atraso), tendo o Estado sido representado pelo presidente da Parpública, Miguel Cruz. Na reunião, a empresa fez um balanço do que foi feito desde a entrada dos privados (Fernando Pinto foi mantido no cargo por Pedrosa e Neeleman), como da estratégia comercial e do investimento em novos aviões. De acordo com o comunicado, a gestão partilhou o plano de actividades da TAP para este ano, e “esclareceu todas as questões colocadas pelos participantes”.
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Partidos PSD
Comissão de Protecção de Dados “chumba” patrulhas conjuntas de polícias portugueses e chineses
Comissão Nacional de Protecção de Dados diz que acordo para implementação das patrulhas conjuntas de polícia no domínio do turismo “carece de algumas reformulações”. China “não oferece nível adequado de protecção”. (...)

Comissão de Protecção de Dados “chumba” patrulhas conjuntas de polícias portugueses e chineses
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 13 | Sentimento 0.0
DATA: 2018-12-28 | Jornal Público
SUMÁRIO: Comissão Nacional de Protecção de Dados diz que acordo para implementação das patrulhas conjuntas de polícia no domínio do turismo “carece de algumas reformulações”. China “não oferece nível adequado de protecção”.
TEXTO: Portugal e a China estão a negociar um acordo para implementação das "patrulhas conjuntas de polícia" nos dois países para momentos em que se realizem eventos que abranjam uma extraordinária afluência de público. As partes vão ter de voltar a sentar-se à mesa e reformular o texto que já tinham acordado, uma vez que um parecer da Comissão Nacional de Protecção de Dados (CNPD) entende que a China não garante uma protecção de dados pessoais de acordo com o que é exigido a um país da União Europeia. Diz mesmo que o país asiático “não oferece um nível adequado de protecção de dados”. O parecer, com data de dia 11 deste mês, foi pedido à CNPD pelo secretário-geral Adjunto para as Relações Internacionais e Gestão de Fundos Comunitários da Secretaria-geral do Ministério da Administração Interna. Em causa está um acordo ainda em fase negocial entre Portugal e a China que pretende estabelecer um quadro legal “para melhorar a segurança no sector do turismo durante a época alta e aquando da realização de eventos que abranjam uma extraordinária afluência de público”. Só que a CNPD entende que a China não garante o “cumprimento do quadro legal português e europeu de protecção de dados” e que, por isso, o acordo “carece de algumas reformulações”. “Sendo a China um Estado não integrante da União Europeia, importa assegurar que a transferência de dados pessoais respeite o regime jurídico de protecção de dados pessoais, em especial as disposições da Lei de Protecção de Dados Pessoais. Para o efeito, é imprescindível que o Estado para onde são transferidos os dados pessoais assegure um nível de protecção adequado ou que o mesmo assuma no acordo obrigações que garantam um nível equivalente”, diz o parecer da CNPD. A comissão entende que o que existe neste momento na legislação interna na República Popular da China são “disposições avulsas que versam matéria de protecção de dados”, considerando mesmo que não existe naquele país “uma autoridade independente que zele pela protecção de dados pessoais”. “Considera-se que a legislação em vigor na República Popular da China não oferece um nível adequado de protecção de dados. Por essa razão, deve o texto do acordo, porque vincula as partes, conter disposições em matéria de protecção de dados, que supram a ausência de legislação nacional chinesa nesta matéria. Só assim serão cumpridos os requisitos da legislação portuguesa e europeia para a transferência internacional de dados pessoais”, acrescenta o texto. Para que o projecto de acordo esteja em conformidade com a Lei Portuguesa de Protecção de Dados Pessoais, a CNPD recomenda que o mesmo “seja alterado no sentido de o articulado consagrar, pelo menos, o princípio da proporcionalidade nos tratamentos de dados pessoais, bem como a limitação dos mesmos à finalidade do acordo”. A comissão considera ainda ser “imprescindível vincular as partes à garantia do exercício do direito de acesso dos titulares dos dados - e subsequentes direitos de rectificação e eliminação dos dados. Lembra mesmo que este é “um direito fundamental” previsto da Constituição da República Portuguesa e na Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. “Devem, por isso, ser explicitamente previstas no texto do acordo as condições em que tal direito pode ser exercido, bem como a possibilidade de recurso a entidade independente, administrativa ou judicial, por parte dos titulares dos dados para fazerem valer os seus direitos”. Assim, a Comissão Nacional de Protecção de Dados considera que o acordo deve conter “disposições relativas aos princípios da finalidade e da proporcionalidade dos tratamentos de dados, regulando a eventual transmissão de dados a Estados terceiros ou organizações internacionais, bem como disposições relativas à garantia do exercício do direito de acesso aos dados por parte dos titulares”. Neste âmbito, “deve também ser acautelada a existência de mecanismos independentes de recurso”. Deve ainda ficar clara “a previsão da obrigação de adopção de medidas de segurança adequadas na transmissão dos dados, assegurando-se a confidencialidade das informações”.
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Étnia Asiático
REN negoceia financiamento superior a 1000 milhões de euros com bancos asiáticos
A REN vai negociar um financiamento adicional aos 1000 milhões de euros que já estão garantidos pelo China Development Bank, disse hoje Rui Cartaxo, presidente executivo da empresa. (...)

REN negoceia financiamento superior a 1000 milhões de euros com bancos asiáticos
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 13 | Sentimento 0.0
DATA: 2012-02-22 | Jornal Público
SUMÁRIO: A REN vai negociar um financiamento adicional aos 1000 milhões de euros que já estão garantidos pelo China Development Bank, disse hoje Rui Cartaxo, presidente executivo da empresa.
TEXTO: O responsável, que falava no final da cerimónia de assinatura dos contratos promessa de compra de venda de 40% da REN aos chineses da State Grid e aos omanitas da Oman Oil Company, indicou que “esta semana” terão início as negociações para a calendarização da nova linha de crédito, pelo que estarão fechadas “muito em breve”. Para além da linha de crédito de 1000 milhões de euros do China Development Bank, “há ainda várias intenções de três bancos asiáticos”, acrescentou o presidente executivo, que voltará a assumir esse papel no próximo mandato da REN. Estes bancos “vão elevar este valor para outro patamar”, indicou. Com a concretização do negócio, que está prevista para Abril, o Estado irá receber um total de 592 milhões de euros dos novos accionistas da REN, dos quais 160 milhões foram já hoje desembolsados. Juntamente com os 2, 69 mil milhões de euros que irão resultar da venda de 21, 35% da EDP à China Three Gorges, Portugal assegura assim 60% das receitas de privatizações previstas no programa de ajustamento, lembrou por seu turno o ministro das Finanças, num discurso. A cerimónia de assinatura dos contratos, que se realizou no salão nobre do Ministério das Finanças, contou com a presença do ministro das Finanças, dos Negócios Estrangeiros e da Economia e também com o presidente da State Grid, Lui Zhenya, além de um representante da Oman Oil Company.
REFERÊNCIAS:
Tempo Abril