O mundo trocou as voltas a Obama
O guião que o Presidente dos EUA apresentou para construir uma nova relação da América com o mundo foi demasiadas vezes posto em causa nestes últimos anos da sua presidência. (...)

O mundo trocou as voltas a Obama
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 Asiáticos Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2014-08-10 | Jornal Público
SUMÁRIO: O guião que o Presidente dos EUA apresentou para construir uma nova relação da América com o mundo foi demasiadas vezes posto em causa nestes últimos anos da sua presidência.
TEXTO: Quem diria que, três anos depois de pôr termo a uma guerra a que sempre se opôs, Barack Obama se visse confrontado com a decisão de intervir militarmente no Iraque?Trata-se de uma intervenção limitada, também de natureza humanitária, para evitar um massacre e para impedir que os jihadistas do “Estado Islâmico” (uma nova versão mais radical da Al Qaeda) cheguem à cidade de Erbil, capital do Curdistão iraquiano. Desde Junho que o Iraque está a ferro e fogo, com uma poderosa e violenta a ofensiva do “Estado Islâmico do Iraque e do Levante” que ninguém viu chegar, correndo o risco sério de desagregação. “Bagdad pediu oficialmente a Washington que bombardeie a ofensiva jihadista” escreve o Monde no dia 20 de Junho a toda a largura da sua primeira página. Obama ignorou o apelo. Na quita-feira, subitamente, invocou razões humanitárias para lançar raids aéreos no Norte do país. Mas também garantiu aos americanos que “não haverá botas no terreno” nem os EUA se deixarão arrastar para um novo conflito. Simbolicamente, esta decisão do Presidente mostra até que ponto o guião que apresentou para construir uma nova relação da América com o mundo foi demasiadas vezes posto em causa. O Presidente, como reconhecem muitos analistas em Washington, fez muitas coisas certas. Quis dar prioridade à diplomacia e reduzir o uso da força ao último recurso. Quis partilhar a responsabilidade da América pela segurança mundial com os aliados regionais e através das organizações multilaterais. Prometeu estender a mão aos “inimigos” para abrir um caminho à negociação. Dirigiu-se directamente ao mundo islâmico (no Cairo) para lhes garantir que a América não era sua inimiga. O mundo trocou-lhe as voltas. Talvez porque amigos e inimigos se deixaram cair na tentação de sobrestimar o declínio do poder americano, que a Grande Recessão veio acentuar. Obama prometeu uma nova forma de liderar o mundo. Os seus adversários entenderam a mensagem como um sinal de fraqueza. Os seus aliados também. África foi, provavelmente, o continente que mais vibrou com a sua eleição e também aquele que menos lhe exigiu. Só agora Obama teve tempo para organizar uma cimeira africana, com uma nova estratégia que vá além do combate ao terrorismo. A África começa hoje a ser olhada como a nova “economia emergente”. O Presidente sabe que ainda tem capital político para gastar. “A influência americana no continente é pateticamente pequena, quando comparada à chinesa e à europeia”, escreve o colunista do New York Times David Brook. Mobilizou as empresas americanas, que corresponderam com um montante de 14 mil milhões de dólares para investir. Provavelmente, Obama não poderia imaginar, quando preparou a cimeira que devia aos africanos, que, na mesma semana, teria de ordenar raids aéreos sobre o Iraque, reforçar as sanções económicas contra a Rússia ou tentar pôr cobro à guerra de Gaza, lembrando-lhe que falhou na promessa de resolver um conflito que retirava aos palestinianos a sua própria dignidade. A incerteza e a imprevisibilidade são as características que predominam em períodos de transição da dimensão daquele que estamos a viver. Obama queria dedicar-se à “reconstrução” da nação americana e envolver-se o menos possível num mundo cuja segurança continua a depender, em grande medida, da América. Não teve essa sorte. A invasão do Iraque foi a guerra desnecessária que a América travou, que Obama sempre criticou e à qual quis pôr termo o mais depressa possível. Não antecipou o risco de fragmentação. Entretanto, a Primavera Árabe transformou-se num triste Inverno (a única excepção é a Tunísia), sem sequer dar tempo aos EUA para rever a sua estratégia regional. “Felizmente”, escreve Robert Kagan, um crítico de Obama, “o Presidente ignorou os realistas que o aconselhavam a manter-se ao lado dos ditadores em colapso”. A Síria trava uma guerra civil sem fim à vista, que se traduz numa gigantesca tragédia humana. A Líbia está em desagregação. Um embaixador americano morreu em Bengazi. O Presidente recebeu na Casa Branca o Presidente egípcio Mohamed Morsi (membro da Irmandade Muçulmana) democraticamente eleito. Agora precisa do novo poder militar instalado no Cairo para intermediar a guerra em Gaza. O Grande Médio Oriente, que Bush queria democratizar à força, está mergulhado no caos. A dúvida paira sobre as negociações com o Irão para encontrar uma solução pacífica para o seu programa nuclear, que foram o maior êxito da sua política. Teerão partilha com os EUA a mesma preocupação perante o risco de desagregação do Iraque entre xiitas (no poder), sunitas e curdos. Pelo contrário, a Arábia Saudita, velha aliada da América, olha com desconfiança essa aproximação, enquanto arma as forças jihadista na Síria e no Iraque. Também as alianças já não são o que eram nesta perigosa rivalidade entre xiitas e sunitas pela hegemonia regional.
REFERÊNCIAS:
Entidades EUA
Brasil: as feridas ainda abertas de uma potência em ascensão
A violência urbana, a infra-estrutura arcaica, os danos de um sistema político clientelar ou a dependência das matérias-primas são o lado B do Brasil. (...)

Brasil: as feridas ainda abertas de uma potência em ascensão
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 Asiáticos Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-09-25 | Jornal Público
SUMÁRIO: A violência urbana, a infra-estrutura arcaica, os danos de um sistema político clientelar ou a dependência das matérias-primas são o lado B do Brasil.
TEXTO: Quando Luís Inácio Lula da Silva iniciou a corrida que o levaria ao Palácio do Planalto, o risco-país do Brasil prenunciava o corte do crédito internacional e uma nova ofensiva do FMI para meter as contas do Estado em ordem. Este ano, o Brasil emprestou 14 mil milhões de euros à instituição. Em 2001, ano de eleição de Lula, as taxas de juro situavam-se nos 45 por cento. No final do ano passado, estavam nos 8, 75 por cento. Se a estas façanhas juntarmos o facto de dez milhões de brasileiros terem saído da pobreza para engrossar a fileira da classe média, a revolução agrária que colocou o país no topo da produção mundial de bens alimentares ou a conquista iminente do quarto lugar da indústria automóvel (à frente da Alemanha. . . ), pode, com justiça, afirmar-se que a profecia feita em 1941 Stefan Zweig se cumpriu: o Brasil não é o país do futuro, é já uma potência do presente. E Lula da Silva, um operário metalúrgico que, há uma década, era tido como um líder da esquerda terceiro-mundista, aparece agora como obreiro de um milagre. O seu lugar na galeria dos heróis nacionais está já garantido ao lado de Juscelino Kubitschek, o presidente que lançou a industrialização e criou Brasília (e que também deixou um rasto de dívida pública que estaria na origem da ditadura militar e da inflação descontrolada). Há, no entanto, em todo este cenário festivo, zonas cinzentas que levam muitos a amenizar a euforia. Uma espécie de "sim, mas" que aponta para as fragilidades de uma potência com pés de barro. O relatório global de competitividade do World Economic Forum, que é um guia imprescindível para os investidores internacionais, espelha bem essa condição, ao colocar o Brasil no segundo patamar do desenvolvimento económico, ao lado de países como a Turquia, a China ou Cabo Verde (Portugal integra o pelotão das economias avançadas que dependem da inovação). O Brasil, que é considerado aí a 58. ª economia mais competitiva do mundo (Portugal está na 46. ª posição), peca por ter níveis de educação débeis, uma infra-estrutura pouco desenvolvida e, principalmente, pela má qualidade das suas instituições (93. º lugar mundial) e pela pesada burocracia, que trava a eficiência dos mercados. A avaliação deste componente aponta directamente para o sistema político e o sistema eleitoral, que desde 1991 foi alvo de 283 propostas de reforma sem grande sucesso. O principal flanco dos que propõem mudanças de fundo relaciona-se com as listas abertas para deputados, nas quais os eleitos são os donos dos seus mandatos e não respondem a qualquer regra de disciplina partidária. Com esta liberdade de acção, os deputados podem mudar de partido, desde que conservem a sua base eleitoral de apoio, de programa. O escândalo do "mensalão" é produto desta liberdade, que levou vários deputados a apoiar os projectos do Governo em troca de subornos. Casos como estes abundam no Congresso e em toda a máquina pública federal e local. Francisco Wellfort, sociólogo que fundou o PT e foi ministro do Governo de Fernando Henrique Cardoso, calculou que a "bancada do crime", composta por eleitos com antecedentes criminais em partidos "nanicos" (de fachada), chegou a representar dez por cento dos 513 depurados federais. Esta falta de transparência na política corrói não apenas as estruturas de deliberação e decisão política como toda a cadeia administrativa. Investidores internacionais queixam-se de que o ambiente para os negócios é mau e o relatório do Banco Mundial Doing Business comprova-o: o Brasil está no lugar 129 numa lista de 183 países. Para os autores do relatório, fazer negócios no Brasil é mais difícil do que na Nigéria. Ao nível da corrupção, medida pela Transparency International, o Brasil está ao lado da Colômbia, do Peru ou do Suriname. O paradigma chinês
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Sócrates: Opinião de Amado é também a do governo, mas oposição não quer assumir responsabilidades
José Sócrates assegurou hoje que as declarações do ministro Luís Amado sobre a necessidade de um governo de coligação para Portugal não o surpreenderam. Sócrates foi mais longe e disse que essa é uma vontade de todo o executivo socialista; o problema é que a oposição não quer assumir responsabilidades, acusou. (...)

Sócrates: Opinião de Amado é também a do governo, mas oposição não quer assumir responsabilidades
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DATA: 2010-11-13 | Jornal Público
SUMÁRIO: José Sócrates assegurou hoje que as declarações do ministro Luís Amado sobre a necessidade de um governo de coligação para Portugal não o surpreenderam. Sócrates foi mais longe e disse que essa é uma vontade de todo o executivo socialista; o problema é que a oposição não quer assumir responsabilidades, acusou.
TEXTO: “O ministro há muito tempo que tem essa opinião, tal como todo o governo”, disse José Sócrates aos jornalistas, em Macau. Em entrevista à edição de hoje do jornal “Expresso”, Luís Amado diz que Portugal precisa de um governo de coligação. O ministro dos Negócios Estrangeiros afirma mesmo estar disponível para deixar o cargo em nome da estabilidade. “Eu compreendo as declarações. Compreendo que Portugal precisa de estabilidade política”, comentou José Sócrates, sublinhando que mantém a confiança em Amado. Porém, o primeiro-ministro acusou a oposição de não estar disponível para partilhar responsabilidades governativas. “Eu já tentei fazê-lo, logo no início do governo, propondo um diálogo e uma forma de entendimento, quer através de coligações, quer através de acordos parlamentares, ” disse Sócrates. “Todos os outros partidos, sabendo que a governação é difícil, que as medidas são duras e exigentes, não querem partilhar essa responsabilidade”, acusou. “Mas o Partido Socialista fá-lo-á, responsavelmente e com coragem, fazendo aquilo que deve fazer para defender o nosso país. ”Wen Jiabao confiante na capacidade de Portugal para superar a criseO primeiro-ministro está em Macau para participar na terceira conferência ministerial do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa, que termina amanhã. Esta manhã (hora local), Sócrates manteve um encontro bilateral de meia hora com o primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao. Nos curtos minutos abertos à comunicação social, o governante chinês reconheceu que Portugal passa por “algumas dificuldades” devido à crise financeira internacional, mas mostrou-se confiante que o país “tem capacidade para ultrapassar” a situação. “Caso necessário, a China está disposta a prestar total apoio” a Portugal, sublinhou Wen Jiabao. Já Sócrates disse que o governo de Lisboa leva “muito a sério” a parceria com a China. “Queremos desenvolvê-la e ampliá-la”, acrescentou. Entretanto, durante a cerimónia de abertura da conferência ministerial do Fórum, o primeiro-ministro chinês anunciou o objectivo de que as trocas bilaterais entre a China e os países lusófonos batam a fasquia dos 100 mil milhões de dólares norte-americanos até 2013. Nos primeiros nove meses deste ano, atingiram já os 68, 2 mil milhões de dólares, de acordo com os Serviços de Alfândega da China. Wen Jiabao anunciou também a criação de um fundo de cooperação entre a China e os países de língua portuguesa no valor de mil milhões de dólares norte-americanos, totalmente financiado pelo lado chinês. Além disso, o governante revelou ainda a criação de vários programas de apoio ao desenvolvimento destinados a Timor-Leste e aos países africanos de língua portuguesa. Notícia substituída às 10h00
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Palavras-chave social chinês
Dívidas às construtoras portuguesas em Angola ainda por pagar
As empresas portuguesas envolvidas em projectos de construção em Angola ainda não receberam os pagamentos por parte do Governo, apesar de já ter sido accionada a linha de crédito acordada em 2009 de 500 milhões de euros. (...)

Dívidas às construtoras portuguesas em Angola ainda por pagar
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DATA: 2010-07-15 | Jornal Público
SUMÁRIO: As empresas portuguesas envolvidas em projectos de construção em Angola ainda não receberam os pagamentos por parte do Governo, apesar de já ter sido accionada a linha de crédito acordada em 2009 de 500 milhões de euros.
TEXTO: O ministro angolano do Urbanismo e Construção, José da Silva Ferreira, garantiu hoje, em conferência de imprensa, que “está a decorrer um processo de validação da dívida, que prevê que até Outubro ou Novembro as dívidas às construtoras portuguesas referentes a 2008/2009 sejam pagas”. Já António Mendonça, ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, afirmou que “há compreensão por parte do governo português”. A linha de crédito, acordada em 2009 entre Portugal e Angola, foi já accionada pelo governo angolano. Contudo, as dívidas às construtoras envolvidas em projectos de construção do país africano, que ascendem ao valor de 500 milhões de euros, ainda não foram pagas. No mês de Maio, fonte oficial do gabinete do ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, adiantou ao Jornal de Negócios que até Junho as dívidas seriam pagas, porém tal não aconteceu. Angola tem um atraso total de dois mil milhões de dólares (1, 5 mil milhões de euros ao câmbio actual) em pagamentos a construtoras estrangeiras, incluindo portuguesas, brasileiras e chinesas. Novas parcerias entre Portugal e AngolaNum encontro entre o ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações (MOPTC), António Mendonça e o ministro do Urbanismo e Construção de Angola (MUC), José da Silva Ferreira, foram assinados novos memorandos de entendimento nos domínios do ordenamento do território, das infra-estruturas rodoviárias, do urbanismo, da habitação, da informação geográfica e da construção. Um dos memorandos de entendimento, assinado hoje entre os ministérios das Obras Públicas e do Ambiente portugueses e o MUC angolano, pretende "fortalecer as relações de cooperação entre os três ministérios, tendo em atenção a importância e o impacto que exercem na qualidade de vida das populações e o seu contributo para o desenvolvimento sustentável", segundo se pode ler no documento. Este acordo prévio visa ainda "estabelecer e aprofundar a cooperação técnica entre os três ministérios e promover o estabelecimento de novas parcerias, privilegiando o sector privado e organizações internacionais e não-governamentais". Para assegurar o acompanhamento da implementação deste memorando são criados dois grupos de trabalho. Um dos grupos será um comité ministerial, que reunirá de dois em dois anos e que será responsável pela orientação e implementação global do acordo prévio. O outro irá ser um grupo técnico, que será composto por organismos de tutela dos signatários e terá a seu cargo a competência de elaborar programas executivos e planos de trabalho para as acções acordadas no memorando. Numa conferência realizada hoje no LNEC – Laboratório Nacional de Engenharia Civil, foi também assinado um protocolo entre o InCI (Instituto da Construção e do Imobiliário) e a congénere angolana CONICLE (Comissão Nacional de Inscrição e Classificação de Projectistas de Obras Públicas, Empreiteiros de Obras Públicas, Industriais de Construção Civil e Fornecedores de Obras), que visa o estabelecimento de bases de cooperação entre as duas instituições, no quadro do exercício das respectivas funções reguladoras do sector da construção e do imobiliário. Outro dos objectivos é a criação de condições de investimento para os agentes económicos portugueses e angolanos. O Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, irá em visita oficial de quatro dias a Angola entre domingo e sábado da próxima semana, de 18 a 24 de Julho. No dia 23, Cavaco Silva estará presente na VIII Cimeira da CPLP, que decorrerá em Luanda, a convite do Presidente angolano José Eduardo dos Santos.
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Entidades CPLP LNEC
Bank of China admite possibilidade de entrar no capital do BPI
O vice-presidente executivo do Bank of China, Xen Siqing, não descartou a possibilidade de entrada no capital do BPI. Mas salientou que a matéria não foi abordada no quadro da assinatura do acordo de cooperação comercial celebrado ontem. (...)

Bank of China admite possibilidade de entrar no capital do BPI
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DATA: 2010-11-08 | Jornal Público
SUMÁRIO: O vice-presidente executivo do Bank of China, Xen Siqing, não descartou a possibilidade de entrada no capital do BPI. Mas salientou que a matéria não foi abordada no quadro da assinatura do acordo de cooperação comercial celebrado ontem.
TEXTO: A afirmação do dirigente chinês decorreu durante uma conferência de imprensa realizada hoje ao início da manhã na sede do BPI em Lisboa, para comunicar os termos do protocolo comercial luso-chinês. Na altura Fernando Ulrich, considerou muito positivo para o BPI o entendimento “dada a importância que a China tem no mundo económico dos nossos dias”, o que faz com que o acordo seja “muito importante” para o banco a que preside. Sobre uma eventual parceria de capital, Ulrich garantiu que esta não foi abordada entre ambos os grupos no contexto do acordo comercial (captação de financiamento e de capital no mercado financeiro chinês por parte dos grupos nacionais), que tem como vector prioritário o mercado africano, nomeadamente, o angolano, onde o BPI possui uma posição accionista no maior banco comercial, o BFA, e o moçambicano. Do mesmo modo o vice-presidente do Bank of China declarou que “agora estamos aqui só para resolver este acordo de cooperação entre os dois bancos. Nesta altura não discutimos isso”. Mas quando questionado sobre a possível entrada do quarto maior grupo financeiro chinês no capital do BPI, Xen Siqing disse que primeiro “queremos aprofundar essa cooperação e no futuro podemos discutir esse tema”. De seguida Ulrich adiantou que “com o aprofundamento das relações e correndo bem os projectos futuros podemos vir a discutir essa possibilidade”, mas avisou que é preciso tempo e um conhecimento conjunto dos países, nomeadamente de Portugal, por parte da China, para que o entendimento possa vir a ganhar uma dimensão de capital. O presidente do BPI salientou que em muitos anos, pois os dois bancos colaboram em Macau desde a década de noventa, que é a primeira vez que se realizam encontros entre dirigentes do BPI e do Bank of China ao mais alto nível. E revelou que foi convidado por Xen Siqing para visitar a sede do Bank o of China em Pequim o que pensa fazer no início de 2011. O BPI e o Bank of China estão numa fase de “construção de um relacionamento de confiança mútua que não se faz de um dia para o outro”. E notou que a parceria “é muito importante para o BPI”, mas é preciso “ir construindo relações sólidas, que demoram tempo mas que se tornam mais fortes e mais profundas”.
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Étnia Africano
Preço do petróleo recua, mas mantém-se acima dos 110 dólares
O preço do barril de petróleo negociado no mercado de Londres recuou ligeiramente para os 111 dólares, depois de membros da oposição ao regime líbio terem garantido a retoma das exportações petrolíferas a partir do Leste da Líbia. (...)

Preço do petróleo recua, mas mantém-se acima dos 110 dólares
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 Asiáticos Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-03-01 | Jornal Público
SUMÁRIO: O preço do barril de petróleo negociado no mercado de Londres recuou ligeiramente para os 111 dólares, depois de membros da oposição ao regime líbio terem garantido a retoma das exportações petrolíferas a partir do Leste da Líbia.
TEXTO: O Brent do Mar do Norte, que serve de referência à Europa, para entrega em Abril seguia, por volta das 22h00, 0, 37 por cento abaixo do valor a tinha fechado na sexta-feira, nos 112, 14 dólares. Ainda assim, os mercados continuam de olhos postos na Líbia, o terceiro maior produtor africano de petróleo (com 1, 49 milhões de barris exportados por dia), tanto mais numa altura em que a maioria dos postos petrolíferos e de gás já não é controlada pelo regime de Khadafi – confirmou hoje a União Europeia. Bruxelas acredita que “os grandes campos de exploração” estão nas mãos de “tribos e de forças provisórias que assumiram o poder”, disse o comissário europeu para a Energia, Günther Oettinger, citado pela agência AFP. E a situação, acredita, vai levar a um novo pico do preço do petróleo “nos próximos dias” nos mercados internacionais se os outros países produtores de petróleo do Norte de África e do Médio Oriente puserem em causa as exportações. Fethi Faraj, responsável da empresa líbia Arabian Gulf Oil em Tobruq, no Leste da Líbia, cujo posto de produção é controlado pelos rebeldes, confirmou hoje a saída de uma embarcação com um milhão de barris com destino à China (a última vez que um barco saiu daquele terminal foi a 19 de Fevereiro). Nos próximos dias, a empresa espera que sejam escoados mais 600 mil barris de forma a “cumprir um contrato de longo prazo” com a China e diz mesmo que está ultrapassada a situação crítica dos últimos dias. Pelo contrário, o maior produtor chinês de petróleo na Líbia anunciou a suspensão da produção no país.
REFERÊNCIAS:
Étnia Africano
Washington retira China da sua lista negra dos direitos do Homem
Os Estados Unidos retiraram hoje a China da sua lista dos piores violadores de direitos do Homem, à qual juntaram a Síria, o Sudão e a Eritreia, apesar de reconhecerem que o regime chinês continua a “incomodar, encarcerar e torturar”. No seu relatório anual sobre os direitos do Homem, publicado pelo departamento de Estado, Washington cita dez países nos quais, em 2007, o poder permaneceu concentrado nas mãos de um só líder: Coreia do Norte, Birmânia, Irão, Síria, Zimbabwe, Cuba, Bielorrússia, Uzbequistão, Eritreia e Sudão. A China, que figurou nos dois últimos anos na lista dos “piores violadores sistemáticos dos... (etc.)

Washington retira China da sua lista negra dos direitos do Homem
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 Asiáticos Pontuação: 2 | Sentimento -0.08
DATA: 2008-03-11 | Jornal Público
URL: https://arquivo.pt/wayback/20080311212823/http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1322266
TEXTO: Os Estados Unidos retiraram hoje a China da sua lista dos piores violadores de direitos do Homem, à qual juntaram a Síria, o Sudão e a Eritreia, apesar de reconhecerem que o regime chinês continua a “incomodar, encarcerar e torturar”. No seu relatório anual sobre os direitos do Homem, publicado pelo departamento de Estado, Washington cita dez países nos quais, em 2007, o poder permaneceu concentrado nas mãos de um só líder: Coreia do Norte, Birmânia, Irão, Síria, Zimbabwe, Cuba, Bielorrússia, Uzbequistão, Eritreia e Sudão. A China, que figurou nos dois últimos anos na lista dos “piores violadores sistemáticos dos direitos do Homem no mundo”, sai no ano em que organiza os Jogos Olímpicos, apesar dos Estados Unidos reconhecerem que a reforma social no país não tem acompanhado a económica, pelo que “continua a negar aos seus cidadãos os direitos do Homem e as liberdades fundamentais básicas”. “Este relatório é redigido com a esperança de que nenhuma parte do mundo seja condenada à perpétua tirania”, sublinhou a secretária de Estado norte-americana, Condoleezza Rice, na apresentação do relatório. O relatório refere que o balanço do regime chinês em 2007 continua a ser “mau”, registando-se casos de tortura e de controlo abusivo dos nascimentos, mas nota que o governo procedeu “às várias reformas importantes”, nomeadamente mudando alguns aspectos da legislação sobre a pena de morte. “O governo continuou a supervisionar, incomodar, deter, parar e encarcerar jornalistas, escritores, activistas e advogados, bem como as suas famílias, que procuravam para a maior parte exercer direitos previstos na lei”, acrescenta o relatório. Na lista figura também a Venezuela, a Nigéria, a Tailândia, o Quénia e o Egipto. Estados Unidos negam que decisão se relacione com Jogos OlímpicosPerante a polémica, o departamento de Estado procurou minimizar a retirada do regime chinês da lista, por “não ter nenhum valor estatutário”, nem estar relacionada com os Jogos Olímpicos. Tom Casey, porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros dos Estados Unidos, recordou que a inscrição de um país na lista traduz-se em sanções por parte de Washington. Contudo, fonte do mesmo ministério mas que não se quis identificar, garante que não foram encontradas nenhumas melhorias sociais que justifiquem que a China saia este ano. O relatório explica, ainda, a inclusão de alguns países: “Os direitos do Homem na Síria agravaram-se e o regime continuou a cometer graves abusos como a detenção crescente de activistas, responsáveis da sociedade civil e outros críticos do regime”. Já o balanço dos direitos no Sudão é “horrível”, registando-se sucessivos “assassinatos, torturas, golpes e violações, cometidos pelos serviços de segurança governamentais e pelas milícias no Darfur”. No Uzbequistão, o governo dominado pelo Presidente islamita Karimov “domina a vida política e exerce um controlo quase total sobre os outros ramos do Estado”, já que os serviços de segurança “torturam, golpeiam e abusam de maneira rotineira dos prisioneiros nos interrogatórios para obter confissões para os incriminar”, lê-se no relatório. Por outro lado, verificou-se uma melhoria na Mauritânia, Gana, Marrocos e Haiti.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave direitos morte lei homem social chinês
O país onde as granadas são mais baratas que Coca Cola
República Centro-Africana: "O Séléka inundou de armas um país que já estava cheio delas". (...)

O país onde as granadas são mais baratas que Coca Cola
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 10 Asiáticos Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2015-04-29 | Jornal Público
SUMÁRIO: República Centro-Africana: "O Séléka inundou de armas um país que já estava cheio delas".
TEXTO: À República Centro-Africana chegam armas de todos os géneros e de todas as proveniências. Circulam granadas chinesas e búlgaras, morteiros sudaneses, rockets iranianos; as balas são britânicas e checas mas os carregadores das metralhadoras são espanhóis e camaroneses, revela um relatório encomendado pela União Europeia ao Britain Conflict Armament Research Group. O relatório foi redigido depois de uma pesquisa no terreno. O grupo de pesquisa sobre armamento em zonas de conflito tentou perceber qual a origem das armas que chegam a um país totalmente desmembrado pela guerra civil que, desde 2013, opõe as milícias anti-balaka, de maioria cristã, e as forças Séléka, a coligação de antigos rebeldes muçulmanos que impôs o terror no país entre Março e Dezembro de 2013. As Nações Unidas decretaram um embargo de venda de armas ao Séléka em 2013. "As granadas de mão tipo 82-2 estão entre as mais disseminadas no país", diz o relatório. "São tão comuns que podem ser compradas por preços entre os 50 cêntimos e um dólar, ou seja menso do que custa uma Coca Cola". "Sendo pequenas e fáceis de esconder, têm um impacto importante, causando ferimentos e mortes em Bangui [a maior cidade e considerada a capital] e por todo o lado", diz o relatório, citado pela BBC. Detectar a proveniência das armas e perceber o tráfico é um dos objectivos deste levantamento. Alguns arsenais encontrados pertenciam a arsenais governamentais e foram roubados e contrabandeados. Outros foram claramente produzidos para chegarem a países como a República Centro-Africana. A embalagem de um carregamento de 25 granadas tipo 82-2 que os investigadores encontraram dizia que tinham sido produzidas na China e que o seu destino seria o exército nepalês. Porém, "o exército nepalês negou alguma vez ter usado aquele tipo de material". Muitas das armas chegam à República Centro-Africana a partir de estados vizinhos, sobretudo do Sudão. "Os novos fornecimentos de armas incluíram pelo menos duas entregas por via aérea feitas a partir do Susão", diz o relatório. "Independentemente do local de proveniência das armas, o resultado é claro: o Séléka, através do poder da sua garra, inundou de armas um país que já estava cheio delas", disse à BBC Lewis Mudge, da Human Rights Watch.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave guerra