Chineses despem-se por Ai Weiwei
Primeiro foram as notas dobradas em aviões de papel a atravessarem os muros de casa do artista dissidente Ai Weiwei, para o ajudar a pagar uma multa a que fora condenado. Agora, internautas chineses estão a manifestar a sua solidariedade com Ai através de uma forma de protesto mais improvável: despindo-se. (...)

Chineses despem-se por Ai Weiwei
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 Asiáticos Pontuação: 12 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-11-21 | Jornal Público
SUMÁRIO: Primeiro foram as notas dobradas em aviões de papel a atravessarem os muros de casa do artista dissidente Ai Weiwei, para o ajudar a pagar uma multa a que fora condenado. Agora, internautas chineses estão a manifestar a sua solidariedade com Ai através de uma forma de protesto mais improvável: despindo-se.
TEXTO: Hoje, de acordo com a Reuters, 70 pessoas tinham já colocado fotos em que aparecem nuas no site “Nudez dos fãs de Ai Wei – Ouve, Governo chinês: A nudez não é pornografia”. É uma forma de protesto invulgar, sobretudo num país onde a nudez em público é um tabu. Entre os que se fotografaram despidos estão vários artistas chineses contemporâneos, adiantou o jornal britânito "The Guardian". As fotos foram colocadas depois de a polícia ter interrogado, na quinta-feira, um videógrafo, Zhao Zhao, por alegadamente ter difundido pornografia online ao tirar uma fotografia de Ai nu, juntamente com quatro mulheres. Os apoiantes de Ai, cuja detenção de 81 dias este ano provocou uma onda de indignação internacional, afirmam que o interrogatório à volta da fotografia de Ai é mais uma tentativa da China de intimidar o seu mais famoso crítico social. Zhao afirmou que foi interrogado durante cerca de quatro horas sobre os motivos por trás das imagens: “Eles disseram-me: ‘Não sabes que as fotografias que tiraste são obscenas?’”, contou à Reuters por telefone. “Eu respondi: ‘Não sabia disso’ e disse ‘como podem ser consideradas obscenas?’ Eles disseram que as tinham classificado como tal”. “Disseram-lhe claramente que se tratava de investigação que agora estavam a fazer sobre mim, por pornografia”, disse então Ai Weiwei à AFP. O artista chinês pagou recentemente 8, 45 milhões de yuans (9, 87 milhões de euros) de um total de 15 milhões de uma multa por alegada evasão fiscal. A quantia foi recolhida numa acção de angariação de fundos, para a qual contribuíram muitos chineses. Os apoiantes de Ai afirmam tratar-se de perseguição política.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave social mulheres chinês perseguição
Autoridades chinesas pagam compensação a mulher que foi forçada a abortar
Feng Jianmei estava grávida de sete meses e não tinha dinheiro para pagar uma multa por violar a lei que obriga a ter um único filho na China. Foi forçada a abortar, e agora as autoridades chinesas concordaram em pagar-lhe 70.000 yuans, cerca de 8970 euros. (...)

Autoridades chinesas pagam compensação a mulher que foi forçada a abortar
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 Asiáticos Pontuação: 12 | Sentimento -0.15
DATA: 2012-07-12 | Jornal Público
SUMÁRIO: Feng Jianmei estava grávida de sete meses e não tinha dinheiro para pagar uma multa por violar a lei que obriga a ter um único filho na China. Foi forçada a abortar, e agora as autoridades chinesas concordaram em pagar-lhe 70.000 yuans, cerca de 8970 euros.
TEXTO: “É muito pouco, 70. 000 yuans por uma vida”, considera o advogado da família, Zhang Kai. O que aconteceu a Feng Jianmei indignou milhares de pessoas que puderam ver na Internet a sua fotografia ao lado de um feto morto, já de sete meses. Apesar de o aborto forçado ser ilegal na China, a família foi sujeita a uma forte pressão por parte das autoridades locais de Ankang, na província chinesa de Shaanxi. O caso de Feng Jianmei já levou à demissão de dois responsáveis locais, após os relatos em que foram denunciadas perseguições, insultos e vários tipos de coacção. O marido de Feng, Deng Jiyuan, contou que ela foi forçada a entrar num carro e injectada com uma substância que provoca o aborto, que acabou por acontecer num hospital. A família não tinha conseguido pagar a multa de 40. 000 yuans imposta a quem tiver um segundo filho. O casal foi acusado de traição por denunciar o caso, agora Deng Jiyuan diz que a família só quer voltar à vida normal. “Isto foi uma tragédia, mas agora a vida tem de continuar”, disse, citado pelo The New York Times. O advogado que acompanhou o caso disse à AFP que nenhum dinheiro poderá compensar o sofrimento sofrido por Feng, de 22 anos, que já é mãe de uma menina de cinco. Inicialmente chegou a ser referido que o casal concordou com a realização do aborto, o que foi posteriormente negado. A assinatura de um acordo com as autoridades que levou ao pagamento de 70. 000 yuans significa que não poderá ser apresentado qualquer processo relativo a este caso, adiantou à agência noticiosa Xinhua um responsável governamental que não foi identificado. Desde os anos 1970 que, numa tentativa de controlar o crescimento da sua população de 1300 milhões, a China impõe duras políticas de natalidade. Cada família pode ter apenas um filho, nas zonas urbanas, e dois, nas rurais e apenas se o primeiro for menina. Os abortos forçados são frequentes, mas são proibidos após o sexto mês de gestação. “A história de Feng Jianmei mostra que a política de um filho continua a permitir a violência contra as mulheres todos os dias”, disse à AFP Chai Ling, do grupo de defesa dos direitos humanos sedeado nos Estados Unidos All Girls Allowed.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave aborto direitos humanos violência filho mulheres morto ilegal
Bo Xilai expulso do parlamento chinês
Depois de ter sido expulso do Partido Comunista Chinês, o ex-dirigente Bo Xilai foi também excluído da Assembleia Nacional Popular (ANP), perdendo a imunidade parlamentar, anunciou nesta quinta-feira a agência oficial chinesa Xinhua. (...)

Bo Xilai expulso do parlamento chinês
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 Asiáticos Pontuação: 12 | Sentimento 0.0
DATA: 2012-10-26 | Jornal Público
URL: https://arquivo.pt/wayback/20121026151848/http://www.publico.pt/1568892
SUMÁRIO: Depois de ter sido expulso do Partido Comunista Chinês, o ex-dirigente Bo Xilai foi também excluído da Assembleia Nacional Popular (ANP), perdendo a imunidade parlamentar, anunciou nesta quinta-feira a agência oficial chinesa Xinhua.
TEXTO: A expulsão do parlamento foi decidida pela comissão permanente da ANP, reunida na quarta-feira em Pequim. No centro do maior escândalo político-financeiro dos últimos anos na China, Bo Xilai, de 63 anos, será agora formalmente acusado por abuso de poder, corrupção e “relações impróprias com mulheres”. O homem que já foi um dos mais importantes e promissores políticos chineses acabou por cair em desgraça depois de um escândalo de suspeitas de corrupção e da condenação da mulher, Gu Kailai, a pena de morte suspensa pelo homicídio do empresário britânico Neil Heywood. Na semana passada, um grupo de professores universitários e antigos responsáveis conotados com a ala mais à esquerda do PC chinês assinou uma carta aberta em defesa do ex-dirigente caído em desgraça, que está a a ser visto como uma vítima da luta interna pelo poder entre as alas comunista e reformista.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave morte homicídio mulher homem mulheres chinês abuso
Artista chinês Ai Weiwei recebeu a visita da família ao fim de seis semanas de prisão
O mais famoso artista chinês da actualidade, Ai Weiwei, um dissidente do regime que estava em paradeiro desconhecido desde o dia 3 de Abril, foi finalmente visitado pela sua família, que explicou aos media internacionais que Weiwei está com bom aspecto. (...)

Artista chinês Ai Weiwei recebeu a visita da família ao fim de seis semanas de prisão
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 Asiáticos Pontuação: 12 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-05-16 | Jornal Público
SUMÁRIO: O mais famoso artista chinês da actualidade, Ai Weiwei, um dissidente do regime que estava em paradeiro desconhecido desde o dia 3 de Abril, foi finalmente visitado pela sua família, que explicou aos media internacionais que Weiwei está com bom aspecto.
TEXTO: A mãe de Ai, que pôde acompanhar a mulher do artista, Lu Qing, indicou que o seu filho, de 53 anos, não perdeu peso e tem bom aspecto. Ai Weiwei garantiu às duas mulheres que não foi alvo de torturas durante este tempo. Ai Weiwei foi detido no passado dia 3 de Abril no aeroporto internacional de Pequim quando se preparava para apanhar um avião. A sua detenção provocou um coro internacional de críticas e várias homenagens. A Tate Modern londrina, por exemplo, exibiu uma mensagem onde se lê "Libertem Ai Weiwei", a galeria Neugerriemschneider, em Berlim, inaugurou uma exposição do artista e colocou na fachada um pano com a pergunta "Onde está Ai Weiwei?", e em Paris o artista britânico Anish Kapoor inaugurou no Grans Palais uma escultura monumental, intitulada Leviathan, e dedicou-a a Ai Weiwei, ao mesmo tempo que apelava aos museus e galerias de todo o mundo para fecharem um dia em protesto contra a detenção do artista chinês. Activistas chineses sublinharam que a detenção de Ai Weiwei se insere numa campanha de repressão contra a dissidência chinesa, iniciada em Outubro, quando se anunciou o Prémio Nobel da Paz de 2010 para o dissidente Liu Xiaobo.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave filho mulher mulheres chinês
Isaac tem 10 anos e aprende mandarim para traduzir os negócios dos chineses
São João da Madeira é o único município do país onde o chinês é uma disciplina curricular no 1.º ciclo e facultativa no 5.º ano. Um projecto pioneiro que, neste momento, envolve 669 alunos e que vai crescer até ao final do secundário. Uma iniciativa com os olhos postos no outro lado do mundo. (...)

Isaac tem 10 anos e aprende mandarim para traduzir os negócios dos chineses
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 6 Asiáticos Pontuação: 12 | Sentimento 0.05
DATA: 2015-02-17 | Jornal Público
SUMÁRIO: São João da Madeira é o único município do país onde o chinês é uma disciplina curricular no 1.º ciclo e facultativa no 5.º ano. Um projecto pioneiro que, neste momento, envolve 669 alunos e que vai crescer até ao final do secundário. Uma iniciativa com os olhos postos no outro lado do mundo.
TEXTO: São 12h25 e uma turma do 5. º ano está preparada para mais uma aula de mandarim na Escola Básica e Secundária Dr. Serafim Leite, em São João da Madeira. Isaac quer aprender a língua para entender os negócios dos chineses. Vitória não se importará de ser tradutora dos turistas que cheguem do outro lado do mundo. Bruna já ajudou a mãe a perceber o número do tamanho de uma camisola numa loja de chineses. Mafalda quer ser médica, mas caso tenha de partir para a China terá uma grande vantagem na ponta da língua. A campainha acaba de soar e à quinta-feira, uma vez por semana, durante 50 minutos, a turma de 16 alunos aprende chinês. Rafael Figueira coloca em cima da mesa os apontamentos dos anos anteriores, do 3. º e 4. º ano, fichas com desenhos, caracteres, exercícios, frases. A professora Zhang Ying apresenta-se na primeira aula com essa turma com uma curta saudação em chinês. Isaac põe imediatamente o dedo no ar para garantir que tinha percebido tudo. “Olá, sou a professora Cristina”, traduz. Joana Oliveira, a outra professora da sala, confirma que está certo. É hora de começar a correcção da ficha de revisão dos conteúdos leccionados nos anos anteriores. São nove páginas de exercícios para escrever no quadro. São João da Madeira é o único concelho do país que ensina chinês no 1. º e 2. º ciclos do ensino público e em que no 3. º e 4. º é uma disciplina obrigatória que faz parte do plano curricular das nove escolas. No 5. º ano, aprender chinês é facultativo. O projecto pioneiro, coordenado pela Universidade de Aveiro e monitorizado pelo Ministério da Educação e Ciência (MEC), começou no ano lectivo 2012/2013 com 300 crianças do 3. º ano. Em 2013/2014, o número aumentou para 582 alunos do 3. º e 4. º. Este ano, tem 669 no 3. º, 4. º e 5. º. A meta está traçada: subir um ano por cada ano lectivo até chegar ao 12. º do secundário. É a primeira vez que o 5. º ano tem mandarim. As aulas começaram excepcionalmente em Janeiro. O MEC aprovou esse novo ano ainda antes do período lectivo arrancar, mas a autorização só foi dada em Dezembro. A turma do 5. º tenta recuperar tempo perdido. O sumário é escrito em português nos cadernos, Joana Oliveira pergunta quem quer ir ao quadro, enquanto Zhang Ying circula pela sala a tirar dúvidas, a corrigir detalhes, a apagar um minúsculo traço de um caracter chinês, a mostrar como se escrevem e se pronunciam frases. Ajudar nos negóciosEscrevem-se números, fazem-se contas. Rafael Figueira tem 10 anos e entre as aulas e o futebol encaixou o mandarim. “Nos outros anos, gostei muito de aprender chinês e era um desperdício não continuar porque é muito importante para o meu futuro”, garante. Surgem os termos de unidade. “Primeiro o número, depois o termo de unidade e depois a palavra”, explica a professora Joana. É preciso ir ao quadro escrever sete coisas, 35 pessoas, 73 livros. Há também uma sopa de caracteres, pronomes pessoais no singular e no plural e verbos. “Os verbos são muito importantes”, avisa a professora. Rafael vai ao quadro para ligar os verbos ter, ser, olhar e amar aos caracteres chineses. Seguem-se mais revisões para interiorizar como se escreve e pronuncia eu, tu, ele e ela. Isaac Soares tem 10 anos e explica o que a turma aprendeu nos últimos dois anos. “Sabemos contar até 99, sabemos os pronomes, os países, as cores, os membros da família, as partes do corpo humano, alguns verbos e escrever caracteres”. Isaac quer ser médico e quer continuar a aprender mandarim. Nunca se sabe as voltas que o mundo dá. “Gosto muito de andar no mandarim, pode ajudar-nos no futuro. Se formos para outros países podemos traduzir os negócios dos chineses”. A colega Mafalda Pinheiro está plenamente de acordo. Também tem 10 anos, também quer ser médica. “Sei que o chinês é bom para ajudar nos negócios. Eu quero ser médica, mas se não encontrar emprego aqui e se tiver de emigrar para a China já sei falar essa língua”, diz de um fôlego. Os caracteres, volta e meia, dão-lhe algumas dores de cabeça, mas não desiste. “Gosto de aprender chinês, é importante aprender outras línguas. A minha mãe também diz que é importante saber coisas novas. ”Vitória Babeshko fala em negócios, em traduções, em dominar línguas. Vitória é russa, tem 11 anos, é uma aluna aplicada sempre com o dedo no ar para ir ao quadro. “É muito divertido. A minha mãe diz que é importante aprender novas línguas”. Vitória fala português, russo e agora aprende mandarim. “Saber chinês ajuda-nos nos negócios para o futuro. Poderei ir para a China e para vários países e posso ser tradutora quando os chineses vierem para Portugal de férias”, diz a Vitória que quer ser veterinária. E o que Bruna Santos, de 10 anos, aprendeu nas aulas de mandarim já deu para ajudar a mãe numa loja de chineses. Traduziu o número da camisola sem precisar de ajuda do empregado. A prima também está aprender mandarim e, volta e meia, juntam-se para estudar e partilhar o que sabem. “Gosto de aprender esta língua”, assegura Bruna que quer ser psicóloga.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave escola educação ajuda corpo chinês
Exportações chinesas caem 15% em Março e ameaçam nível de crescimento económico
Autoridades chinesas reconhecem que a economia está a enfrentar "pressões em baixa". (...)

Exportações chinesas caem 15% em Março e ameaçam nível de crescimento económico
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 12 | Sentimento 0.1
DATA: 2015-05-02 | Jornal Público
SUMÁRIO: Autoridades chinesas reconhecem que a economia está a enfrentar "pressões em baixa".
TEXTO: A principal alavanca do poderio económico chinês sofreu em Março um profundo abalo. As vendas ao estrangeiro caíram 15% face ao mesmo mês de 2014, acentuando os receios de que a segunda maior economia do mundo entrou num cenário de declínio que as políticas públicas são incapazes de conter. No mais recente congresso do Partido Comunista, os principais dirigentes chineses deixaram claro que os anos dourados de crescimentos a dois dígitos ficaram para trás e passaram a falar de uma “nova normalidade” que significa aumentos do produto interno bruto situados em torno dos 7%. Mas com as exportações a caírem 15% e com as importações a recuarem também (12, 3% em Março), a mensagem que sai é a de que às dificuldades em vender para o estrangeiro soma-se uma clara estagnação do mercado interno, o que lança nuvens cinzentas sobre as expectativas das companhias locais. “A economia doméstica está a enfrentar pressões em baixa nesta fase em que está a entrar na ‘nova normalidade’”, afirmou Huang Songping. Este porta-voz da administração chinesa sugere que “a situação é muito severa e complicada” e reconhece que vai ser “uma tarefa árdua e difícil conseguir atingir as metas que foram fixadas para o crescimento do comércio externo em 2015”. O recuo substancial das vendas chinesas para o estrangeiro em Março contrasta com um crescimento de 15%, na comparação homóloga, que tinha sido alcançado nos dois primeiros meses do ano. O excedente comercial caiu, no mês passado, para 3100 milhões de dólares, face aos 60 mil milhões apurados para Janeiro e Fevereiro. Huang Songping refere que os dados do comércio externo têm essencialmente a ver com um recuo acentuado da procura por parte dos clientes estrangeiros e pela queda do preço das principais matérias-primas. Os dados do comércio externo em Março vieram aumentar a expectativa em relação aos dados do crescimento económico no primeiro trimestre do ano, que serão revelados esta quarta-feira. Atento a um abrandamento da economia, o governo chinês tem posto em prática um conjunto de medidas estímulo, que passou pelo lançamento de um pacote de investimento em infraestruturas e na redução das tarifas eléctricas para as famílias e as empresas. O banco central chinês acompanhou este esforço, recorrendo, desde Novembro passado, a dois cortes na taxa de referência como forma de tornar mais barato o crédito para as empresas. Esta medida, apesar de ter facilitado o investimento, acabou por gerar também uma fuga de capitais do país, mais a mais agora que a Reserva Federal se prepara para começar a subir as suas taxas de referência. A política monetária chinesa determinou, igualmente, um fortalecimento da moeda local contra algumas das principais divisas mundiais, o que acabou por tonar mais caras as exportações chineses para alguns dos principais blocos económicos do planeta. Manter o crescimento próximo dos 7% não é apenas uma questão de metas. O aumento do produto interno bruto dentro deste nível é fundamental para manter o emprego nos níveis actuais, algo que a alta direcção política chinesa considera um ponto fundamental da sua política e forma a evitar uma revolta social interna. Mas se o êxodo da população dos campos se mantiver, o desempenho económico pode não ser suficiente para acolher todos os que se transferem para as cidades com o objectivo de encontrar um emprego que gere um rendimento superior ao que auferiam nas suas terras. Na semana passada, numa visita às zonas mais industrializadas do norte da China, o primeiro-ministro Li Keqiang avisou os responsáveis locais que não podem falhar os objectivos de crescimento. “A garantia dos postos de trabalho e a melhoria das condições de remuneração não são castelos no ar. Eles devem ser garantidos através do grau certo de desenvolvimento económico”, afirmou o responsável de acordo com a nota oficial emitida pelo Governo. Shen Jianguang, economista do banco Mizuho, estima que o crescimento do produto interno bruto no primeiro trimestre do ano fique entre os 6, 8% e os 6, 9%, mas acrescenta que dados fundamentais, como os da produção industrial, poderão ser “ainda piores”.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave social doméstica chinês
Farfetch une forças com o maior retalhista online chinês
Gigante de comércio electrónico chinês JD.com investe quase 400 milhões de dólares e torna-se num dos principais accionistas da empresa criada por José Neves. (...)

Farfetch une forças com o maior retalhista online chinês
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 12 | Sentimento 0.0
DATA: 2017-09-24 | Jornal Público
SUMÁRIO: Gigante de comércio electrónico chinês JD.com investe quase 400 milhões de dólares e torna-se num dos principais accionistas da empresa criada por José Neves.
TEXTO: O site chinês de venda a retalho online, www. JD. com, vai investir 397 milhões de dólares (cerca de 356 milhões de euros) na Fartech, a plataforma online de moda criada em 2008 em Londres pelo português José Neves. A Ásia é um mercado em foco na estratégia da empresa portuguesa, e esta parceria agora anunciada criará "a primeira plataforma de venda de artigos de luxo para a China", salienta o comunicado divulgado a partir de Pequim, capital de um país conhecido por ser uma fonte de falsificação de artigos de luxo. De acordo com o comunicado da JD. com – o retalhista electrónico que mais factura no gigantesco mercado de consumo chinês – , esta “parceria estratégica” vai permitir à Farfetch ter uma dimensão relevante no mercado chinês, avaliado em cerca de 80 mil milhões de dólares. No âmbito do acordo, a empresa chinesa vai tornar-se um dos maiores accionistas da Farfetch, com Richard Liu, fundador e CEO da JD. com, a ter assento na administração. A parceria significa que as duas empresas irão juntar esforços no "marketing, na logística e nas soluções tecnológicas para construir a marca na China". "Esta combinação de forças beneficiará todas as 700 marcas e boutiques que fazem parte da comunidade Farfetch, permitindo-lhes tirar vantagem de um novo canal de acesso ao mercado de luxo na China", prossegue a empresa chinesa. “Não podíamos ter encontrado um parceiro online mais forte do que a Farfetch”, sublinha Richard Liu. Já José Neves diz estar “profundamente entusiasmado” com a parceria, referindo-se a Liu como um dos “maiores e lendários empreendedores da Internet”. No conselho de administração está também Jonathan Newhouse, presidente da Condé Nast International, a quem a Farfetch comprou recentemente o site style. com. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. Na prática, explica o jornal Financial Times, de Londres (onde a Farfetch está aliás sediada), a Farfetch ganha acesso à plataforma de marketing da JD. com, aos canais de redes sociais e ao sistema de entrega do parceiro chinês – que é capaz de entregar produto no mesmo dia da compra. Em troca, acrescenta aquele jornal, Richard Liu ganha posição numa empresa que é a única startup fundada por um português cujo valor de mercado ultrapassa os mil milhões de dólares – os chamados "unicórnios" – e que em 2016 esperava facturar 800 milhões de dólares. "O rendimento dos nossos clientes está a subir e as nossas vendas de bens de luxo crescem mais do que a venda de artigos do dia a dia", revelou Ding Xia, presidente da unidade de moda do site JD. com em entrevista ao Financial Times. Por outro lado, salienta este jornal, com acesso à plataforma da Farfetch, a JD. com ganha acesso à venda de marcas de luxo que, de outra forma, poderiam estar renitentes em entrar num mercado conhecido pela contrafacção de artigos de luxo. Na mais recente ronda de financiamento, em 2016, já se tinha registado a entrada de um parceiro estratégico chinês. Numa entrevista em Setembro desse ano ao PÚBLICO, José Neves afiançava que seria a última ronda, apontando para a possibilidade de a próxima dispersão de capital se fazer com a entrada na bolsa de Nova Iorque.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave comunidade consumo chinês
Chineses põem Fidelidade a investir em cerveja, roupa e turismo
Seguradora detida em 85% pela Fosun e em 15% pela CGD passou a ser accionista, desde Março passado, da cervejeira chinesa Tsingtao. É mais uma diversificação na carteira de investimento da Fidelidade, que nos últimos quatro anos se tornou accionista da cadeia hoteleira Club Med, do operador turístico Thomas Cook e da retalhista de pronto-a-vestir Tom Tailor. (...)

Chineses põem Fidelidade a investir em cerveja, roupa e turismo
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 12 | Sentimento 0.0
DATA: 2018-05-28 | Jornal Público
SUMÁRIO: Seguradora detida em 85% pela Fosun e em 15% pela CGD passou a ser accionista, desde Março passado, da cervejeira chinesa Tsingtao. É mais uma diversificação na carteira de investimento da Fidelidade, que nos últimos quatro anos se tornou accionista da cadeia hoteleira Club Med, do operador turístico Thomas Cook e da retalhista de pronto-a-vestir Tom Tailor.
TEXTO: Por 6, 6 mil milhões de dólares de Hong Kong (cerca de 712 milhões de euros ao câmbio actual), o grupo chinês Fosun concluiu em Março a aquisição de 17, 99% do grupo Tsingtao Brewery, dono da segunda maior cervejeira da China e uma das maiores do mundo. Os vendedores foram os japoneses da Asahi, que decidiram em final de 2017 sair da produtora chinesa. E um dos compradores, pelo grupo Fosun, foi a Fidelidade. O negócio cervejeiro, anunciado no final de Dezembro, envolveu, pelo lado do comprador, a “Fosun Industrial Holdings Limited, a Peak Reinsurance Company Limited, a Fidelidade, a Star Insurance Company e a China Momentum Investment Limited”. A operação foi concluída 19 de Março deste ano, com a Fidelidade a deter 2, 55% da Tsingtao, como foi comunicado ao mercado, uma vez que a Fosun é cotada na praça de Hong Kong. E está igualmente reiterado no relatório e contas consolidado da Fosun, que os accionistas do conglomerado chinês analisam e votam no próximo dia 6 de Junho. No documento, disponível no site da Fosun, é resumido o desempenho da Fosun Insurance Portugal, que representa os activos seguradores do grupo em Portugal: ou seja, 85% da Fidelidade (os restantes 15% mantêm-se na Caixa Geral de Depósitos), 80% da Fidelidade Assistência e 80% da Multicare – Seguros de Saúde. Fosun e Fidelidade detêm, em conjunto, mais de 98, 79% da Luz Saúde. Ao ler o relatório e contas da Fosun de 2017 fica-se ainda com a relação das compras do grupo chinês em que a Fidelidade (adquirida no início de 2014) entrou e as participações que detinha, à data de 31 de Dezembro passado: 19, 53% do Club Med (a mais longa disputa de uma cotada francesa, que durou 21 meses e terminou em 98, 29% do capital controlado pelo consórcio liderado pela Fosun e os seus accionistas, em Março de 2015), 7, 225% do operador turístico britânico Thomas Cook (controlado em 11, 16% pelo mesmo universo accionário chinês), e 10, 49% da retalhista de vestuário alemã Tom Tailor, da qual o agrupamento controlado por Guo Guangchang tem 28, 89%. Quando, no início de 2014, a Fosun levava o relatório e contas do ano anterior a assembleia magna de accionista, a cotada chinesa explicava que o agrupamento segurador português que acordara adquirir por mil milhões de euros, que designa por Fosun Insurance Portugal, detinha “cerca de 12 mil milhões de euros em activos de investimento” a 31 de Dezembro de 2013. A compra, acrescentava, permitia “ao grupo aumentar o retorno à Fosun Insurance Portugal ao alavancar a sua capacidade de investimento ímpar”. Um ano depois, no R&C de 2014, a Fosun descrevia a compra da Fidelidade como “uma das mais importantes aquisições" para a holding chinesa "nos últimos 23 anos, adicionando mais de 13 mil milhões de euros de novos activos ao grupo”. No final de 2017, o valor dos activos de investimento da Fosun Insurance Portugal ascendiam a 14, 97 mil milhões de euros, segundo as contas da Fosun. Contactada a Fosun sobre a estratégia de investimento para a Fidelidade, e em que empresas participava além da Tsingtao, Club Med e Thomas Cook, fonte oficial do grupo chinês respondeu, por escrito, ao PÚBLICO: “seria inviável detalhar todos os investimentos feitos pela Fidelidade, até porque desconhecemos esse detalhe”, confirmando apenas as participações no operador turístico e na cervejeira. “Importa referir”, respondeu a Fosun, “que estes investimentos representam, em valor absoluto e em qualquer dos casos, menos de 1% do total dos activos sob gestão da Fidelidade”. Na mesma resposta, a mesma fonte ressalvou ainda que numa “linha de prudência, a exposição a activos da Fidelidade em que a contraparte era um dos seus accionistas limitava-se, no final de Dezembro 2017, a apenas 3, 0% de exposição a activos relacionados com a Fosun e 4, 4% de exposição a activos relacionados com o accionista CGD, muito longe do limite que se encontra estipulado nos 10% por cada um dos accionistas". Sobre a estratégia futura da seguradora portuguesa, o grupo chinês disse: “a Fosun não pode responder quanto a futuros investimentos que venham a ser efectuados pela Fidelidade”. Em termos de capital aplicado em Portugal, a Fosun rivaliza com o Estado chinês, dono de 28% da EDP via China Three Gorges (CTG) e CNIC – lançou agora uma OPA via CTG para dominar mais de 50% da eléctrica – e de 25% da REN através da State Grid. E, tal como o Estado chinês, a Fosun aproveitou a onda das privatizações para entrar no mercado nacional. Em Janeiro de 2014, já com Pequim a afirmar-se como o maior accionista da EDP e da REN, a Fosun tornou-se conhecida em Portugal ao ganhar a corrida aos 80% da Fidelidade vendidos pela Caixa Geral de Depósitos (deixando de lado o fundo norte-americano Apollo). Após a oferta de 5% para os trabalhadores ter ficado quase deserta, a Fosun acabou por ficar com perto de 85%, cabendo ainda os outros 15% ao banco público, que se tornou numa espécie de parceiro silencioso. Logo em Abril desse ano, a Fosun, via Fidelidade, entrou no capital da REN (ao lado da State Grid), da qual detém hoje 5, 3%. Cinco meses depois, em Setembro, a Fosun, novamente através da Fidelidade, entra na corrida à Espírito Santo Saúde (hoje Luz Saúde) protagonizada após o colapso do BES. Depois de ter dispersado 49% do capital em bolsa em Fevereiro, a empresa viu-se alvo de uma OPA, lançada em pleno Agosto pelos mexicanos da Ángeles e que envolvia também a compra dos 51% detidos por entidades ligadas ao BES/GES, já sob gestão controlada. Esta acabou por ser tornar na OPA mais concorrida de sempre em Portugal, com a entrada em cena do grupo José de Mello e da Fidelidade, além de uma proposta directa, fora de bolsa, dos norte-americanos da Unitedhealth. No final, ganhou a Fosun através do factor preço. Hoje, é dona de 98, 78% do capital da Luz Saúde, estando em curso uma operação de compra do resto das acções para tirar a empresa da bolsa, reduzindo assim sua presença no mercado de capitais a pouco mais de quatro anos. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. O preço que a Fosun oferece aos pequenos accionistas é de 5, 71 euros por acção (o valor final será determinado pelo regulador do mercado de capitais, a CMVM) o mesmo que foi praticado numa operação dentro de casa: em Janeiro deste ano, a Fidelidade vendeu 49% do capital à Fosun International, o que gerou a entrada de 267 milhões de euros nas contas da seguradora. “Quanto à venda de 49% do capital referida”, respondeu agora a Fosun ao PÚBLICO, a operação “mais não é do que uma realocação de participações dentro do grupo, e não implica qualquer alteração do modelo de gestão da Luz Saúde, ou da estratégia de parceria há muito estabelecida entre a Luz Saúde e a Fidelidade”. A influência da Fosun alargou-se também à banca, com o grupo chinês, após ter falhado o controlo do Novo Banco, a assumir uma posição de relevo no BCP no final de 2016. Através de um aumento de capital exclusivo, e com a instituição financeira a precisar de liquidez para reembolsar o empréstimo do Estado, a Fosun pagou 175 milhões por 16, 7% e assumiu-se com o maior accionista. Hoje, já detém 27%, com autorização para chegar aos 30%. Em segundo lugar está a petrolífera Sonangol, com 19, 49%, seguindo-se depois a EDP a larga distância, com 2, 11%.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave espécie chinês
Xi diz que é “inadmissível” questionar soberania chinesa sobre Hong Kong
Vários líderes da oposição foram detidos após confrontos com apoiantes do regime chinês. (...)

Xi diz que é “inadmissível” questionar soberania chinesa sobre Hong Kong
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 12 | Sentimento 0.0
DATA: 2017-07-01 | Jornal Público
SUMÁRIO: Vários líderes da oposição foram detidos após confrontos com apoiantes do regime chinês.
TEXTO: Pôr em causa a “soberania chinesa” sobre Hong Kong será visto como “absolutamente inadmissível”, afirmou o Presidente chinês, Xi Jinping, num discurso realizado neste sábado durante a sua primeira visita à antiga colónia britânica. À margem da cerimónia, activistas da oposição envolveram-se em confrontos com participantes numa marcha pró-Pequim. Numa altura em que Hong Kong atravessa uma das fases politicamente mais sensíveis das últimas duas décadas, as palavras de Xi não podiam ser mais directas. “Qualquer tentativa de pôr em risco a soberania ou a segurança da China, desafiar o poder do Governo central e a Lei Básica de Hong Kong, ou usar Hong Kong para levar a cabo actividades de sabotagem e infiltração contra o continente, são actos que ultrapassam uma linha vermelha. É algo absolutamente inadmissível”, afirmou o líder chinês. O momento também não poderia ser mais simbólico. Xi Jinping falava durante a cerimónia de tomada de posse da nova chefe-executiva do território, Carrie Lam, no dia em que se assinala também o 20. º aniversário da transferência da soberania britânica sobre Hong Kong para a China. Nos últimos anos, a divisão política que tomou conta de Hong Kong tornou-se num dos principais desafios à liderança chinesa. Um sector considerável da sociedade, especialmente entre as gerações mais novas, tem questionado a soberania chinesa sobre a antiga colónia britânica. No centro dos protestos está a convicção de que Pequim tem apertado o cerco a Hong Kong, reduzindo a autonomia garantida pela fórmula “um país, dois sistemas” – que garante um desenvolvimento político e económico distinto da China continental. A data foi aproveitada pelos grupos da oposição a Pequim para se fazerem ouvir. Cerca de uma hora antes do discurso de Xi, um grupo de manifestantes que se concentrava junto de uma praça onde estava a ser hasteada uma bandeira chinesa envolveu-se em confrontos com a polícia e com apoiantes do regime chinês. Vários líderes de organizações pró-democráticas foram detidos, incluindo Joshua Wong, um dos rostos da chamada “revolução dos guarda-chuvas”, que paralisou o centro da metrópole em 2014. Hong Kong police try to prevent marchers from baiting pro-Beijing flag wavers. pic. twitter. com/68x7MUQ4qnNos últimos dias, as autoridades locais mobilizaram um dos maiores contingentes de segurança da sua história para assegurar que nada corre mal durante a primeira visita de Xi desde que subiu ao poder. O presidente da Liga dos Social-Democratas, da oposição, Avery Ng, criticou um ambiente de “intimidação e violência directa” sobre os activistas. Durante o discurso, Xi mencionou a necessidade de o novo executivo de Hong Kong “melhorar os seus sistemas que garantam a soberania nacional e os interesses de segurança e desenvolvimento”. A alusão à segurança foi interpretada como uma tentativa de influenciar a aplicação de uma controversa lei contra actos de traição e de secessão, prevista por um artigo da Lei Básica. Uma tentativa de aprovar este diploma, em 2003, suscitou um dos maiores protestos populares nas ruas de Hong Kong e acabou por ser abandonada. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. O debate sobre a lei de segurança nacional regressa numa altura em que crescem os apelos a favor da independência de Hong Kong. Um inquérito recente mostra que 40% dos jovens entre os 15 e os 24 anos defende a independência de Hong Kong a partir de 2047. Nas últimas eleições para o Conselho Legislativo, no ano passado, seis candidatos designados como “localistas” conseguiram lugares. Nos últimos dias, Pequim e Londres também tiveram um desentendimento por causa de Hong Kong. No estatuto de antiga potência colonial e co-signatária do documento que regulou a transferência da soberania, o Reino Unido lembrou o seu “compromisso” com o desenvolvimento democrático de Hong Kong. Em resposta, o ministério dos Negócios Estrangeiros chinês afirmou que Londres “não tem soberania, nem poder governamental, nem poder de supervisão” sobre a antiga colónia.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave lei violência social chinês
Gestor da Azul vai ser o representante da chinesa HNA na TAP
Neng Li, administrador da transportadora brasileira de Neeleman onde o grupo chinês detém 22%, vai ter assento na TAP. (...)

Gestor da Azul vai ser o representante da chinesa HNA na TAP
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 12 | Sentimento 0.0
DATA: 2017-07-03 | Jornal Público
SUMÁRIO: Neng Li, administrador da transportadora brasileira de Neeleman onde o grupo chinês detém 22%, vai ter assento na TAP.
TEXTO: O consórcio privado Atlantic Gateway, formado por Humberto Pedrosa e David Neeleman, vai colocar no conselho de administração da TAP Neng Li, ligado ao grupo chinês HNA, segundo informações recolhidas pelo PÚBLICO. Actualmente, Neng Li já é administrador não executivo (cargo que irá exercer na TAP) na Azul, a transportadora aérea brasileira controlada por Neelman e onde a HNA é dona de 22% (via Hainan). O PÚBLICO tentou confirmar oficialmente a informação junto da Atlantic Gateway, mas não foi possível ter uma resposta até ao momento. Numa primeira fase, e tal como o PÚBLICO noticiou, o consórcio privado avançara com o nome de Zhimin Ma (ou Jimmy Ma) para ser votado na assembleia geral extraordinária de accionistas que se realiza esta sexta-feira em Lisboa. Este responsável, agora substituído por Neng Li, é presidente da low cost Hong Kong Express (da HNA). Quanto a Neng Li, que tem um bacharelato em Finanças pela Universidade de Macau, entrou para a administração da Azul em Outubro do ano passado, onde é o gestor mais novo da empresa (faz 37 anos em Outubro). Já ocupou várias funções na HNA, onde entrou em 2005, e desde 2013 está ligado aos investimentos internacionais do grupo. Além de Neng Li, a Atlantic Gateway avançou com outros cinco nomes para o conselho de administração: Fernando Pinto, David Pedrosa, Trey Urbahn (que irão formar a comissão executiva), Humberto Pedrosa e David Neeleman. A Azul, que já está a fazer ligação entre São Paulo e Lisboa (em code-share com a TAP) foi um dos compradores de obrigações convertíveis em acções emitidas pela transportadora área portuguesa, havendo ainda o cenário de o grupo HNA ter adquirido parte destas obrigações de forma directa. Deste modo, a HNA poderá vir a deter uma participação directa, além de ser accionista indirecto via Azul. Conforme já escreveu o PÚBLICO, por parte do Estado foram escolhidas também seis personalidades para o conselho de administração, com destaque para Diogo Lacerda Machado. Advogado e amigo pessoal do primeiro-ministro, Lacerda Machado está ligado ao grupo de raízes macaenses, a Geocapital (criada por Jorge Ferro Ribeiro e Stanley Ho). A Geocapital esteve aliada à TAP na compra da VEM, empresa brasileira de manutenção de aeronaves, mas de onde depressa saiu, e que tem apresentado profundos prejuízos e afectado a condição financeira do grupo TAP. Depois, foi escolhida a economista Ana Pinho, presidente da Fundação Serralves - e que esteve com o actual presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, na Associação Comercial do Porto - e António Menezes, ex-presidente da Sata, companhia área dos Açores, e que passou pela EuroAtlantic e pela suíça PrivatAir. A lista inclui também Bernardo Trindade, ex-secretário de Estado do Turismo de José Sócrates, e Esmeralda Dourado, gestora que o actual Governo convidou para fazer parte da unidade de missão ligada à recapitalização das empresas. Por fim, a presidência do conselho de administração ficará entregue a Miguel Frasquilho, ligado ao PSD e que deixou há pouco tempo a presidência da AICEP (organismo estatal ligado aos investimentos e exportações). Miguel Frasquilho terá voto de qualidade nas deliberações do conselho de administração (CA), o que pressupõe alguma influência na gestão da empresa. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. Na assembleia geral extraordinária vão estar presentes, além do Estado (via Parpública) e do Atlantic Gateway, vários pequenos accionistas, no âmbito da Oferta Pública de Venda aos trabalhadores. De acordo com as informações recolhidas pelo PÚBLICO, dos 603 trabalhadores que ficaram com acções, 557 conseguiram ficar com mais de 100 acções, o limite mínimo para participar na reunião magna. Quanto aos outros 46, podem unir-se esforços até atingir essa fasquia, elegendo depois um representante. Além dos nomes para o conselho de administração, na sexta-feira os accionistas vão pronunciar-se também sobre as contas e actividades da empresa e sobre as alterações às acções. Segundo se lê na convocatória, o ponto 3 diz respeito à “conversão de parte das acções ordinárias da sociedade em acções das categorias A e B”. Este processo está ligado às negociações dos privados com o actual Governo, que quis ficar com 50% do capital. Em troca, os privados negociaram um reforço dos direitos económicos, com a criação de diferentes tipos de acções: A (com mais direitos), B (com menos direitos), e C (que se assumem como as mais relevantes, via conversão de obrigações emitidas no ano passado e compradas pela Azul, e pela Parpública). O Estado terá no máximo 18, 75% dos direitos económicos (como os lucros a distribuir ou o encaixe de venda de activos), entre acções B e C.
REFERÊNCIAS:
Partidos PSD