Por que estão os EUA entre os mais perigosos do mundo para as mulheres?
A Fundação Thomson Reuters entrevistou 500 especialistas para determinar quais os países onde as mulheres correm mais risco. (...)

Por que estão os EUA entre os mais perigosos do mundo para as mulheres?
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 21 Africanos Pontuação: 7 Refugiados Pontuação: 5 | Sentimento -0.04
DATA: 2018-06-30 | Jornal Público
SUMÁRIO: A Fundação Thomson Reuters entrevistou 500 especialistas para determinar quais os países onde as mulheres correm mais risco.
TEXTO: Índia, Afeganistão, Síria. . . Na lista dos dez países mais perigosos para as mulheres estão sobretudo estados em conflito ou onde os direitos das mulheres não são assegurados; mas o ranking definido por 500 especialistas a convite da Fundação Thomson Reuters fecha com os EUA. Trata-se do único país ocidental na lista, equiparado àqueles que dão as piores condições em termos de direitos e segurança às mulheres. A fundação entrevistou 500 especialistas para determinar em que países as mulheres correm mais risco de vida a partir de critérios como os cuidados de saúde, violência sexual, violência não sexual, práticas culturais, discriminação e tráfico de seres humanos. Nove dos dez principais países estão na Ásia, no Oriente Médio e em África. A lista abre com a Índia, Afeganistão, Síria; segue-se a Somália, Arábia Saudita, Paquistão, República Democrática do Congo, Iémen e a Nigéria; e termina com os EUA. Este último está na lista sobretudo por causa das acusações de assédio e violação sexual que surgiram em 2017 e deram origem ao movimento #MeToo, refere a fundação. Por isso, os EUA estão ao lado da Síria, em terceira posição, no que diz respeito à violência sexual, incluindo a violação, assédio, coerção e à falta de acesso à justiça em casos de violação sexual. O país que fica no topo desta lista é a República Democrática do Congo. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. Quanto à violência não sexual, mas que inclui a doméstica, os EUA ficam na sexta posição. O país não aparece nas listas dos dez mais cujos parâmetros observados foram os cuidados de saúde, tráfico humano, discriminação ou perigos associados a tradições culturais. O topo da lista global, que abrange todos os critérios avaliados, ou seja, o país considerado mais perigoso para as mulheres é a Índia, que tem o pior desempenho em três categorias: o risco de violência e assédio sexual, o perigo associado a práticas culturais tradicionais e a ameaça de se tornar vítima de tráfico humano, escravidão sexual e servidão doméstica. O relatório dá como exemplos dos perigos enfrentados pelas indianas os ataques com ácido, mutilação genital feminina, casamento infantil e o abuso físico. Não é a primeira vez que esta listagem é feita. A primeira foi em 2011 e alguns destes países – como a Índia, o Afeganistão, a Somália, o Paquistão ou a República Democrática do Congo – são agora repetentes. “Há três anos, os líderes mundiais prometeram eliminar todas as formas de violência e discriminação contra mulheres e meninas até 2030”, recorda a fundação, citada pela Newsweek. “Apesar dessa promessa, estima-se que uma em cada três mulheres sofram de violência física ou sexual durante a sua vida”, informa.
REFERÊNCIAS:
Entidades EUA
O Sakharov também serviu para lembrar que no Mediterrâneo se continua a morrer
As organizações que tentam resgatar migrantes no Mar Mediterrâneo estão entre as finalistas do prémio e denunciam a “criminalização da solidariedade”. (...)

O Sakharov também serviu para lembrar que no Mediterrâneo se continua a morrer
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 6 Refugiados Pontuação: 5 | Sentimento 0.0
DATA: 2018-12-19 | Jornal Público
SUMÁRIO: As organizações que tentam resgatar migrantes no Mar Mediterrâneo estão entre as finalistas do prémio e denunciam a “criminalização da solidariedade”.
TEXTO: Após aquele que foi o ano mais mortífero no Mar Mediterrâneo, o Parlamento Europeu incluiu as organizações não-governamentais que operam embarcações para resgatar migrantes entre os finalistas do Prémio Sakharov. O seu trabalho é cada vez mais difícil, à medida que os Estados-membros vão endurecendo as suas políticas migratórias. A mensagem que o fundador da Sea Eye, Michael Buschheuer, quer deixar é simples: “Queremos dizer à Europa para fazer o seu trabalho porque nós só estamos no Mediterrâneo porque a Europa não está lá. ” Desde que a Operação Mare Nostrum, financiada pela Itália, foi encerrada, em 2014, e a União Europeia falhou em conseguir montar um esquema semelhante, os resgates dos milhares de migrantes que tentam chegar à Europa em pequenos barcos superlotados ficaram a cargo de organizações civis, como a Sea Eye, a Sea Watch, a ProActiva ou a SOS Mediterranée. Os Estados europeus na linha da frente das rotas migratórias no Mediterrâneo, como Malta ou a Itália, passaram então a tentar obstruir o trabalho destas organizações, acusando-as de incentivar a imigração ilegal. Os activistas denunciam a “criminalização da solidariedade”. Um dos barcos da Sea Watch esteve bloqueado num porto maltês durante quatro meses, conta ao PÚBLICO Sophie Scheytt, representante da organização. “A variedade de acusações de que somos alvo faz parte da criminalização do nosso trabalho. Somos alvo de várias acusações, desde a gestão de resíduos poluentes às questões de registo dos barcos”, explica. Os cálculos das organizações apontam para cerca de duas mil mortes no Mediterrâneo desde o início do ano, embora o balanço possa ser mais elevado uma vez que não existe um registo fiável. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. Para Michael Buschheuer, a discussão coloca-se num patamar bem mais elevado do que o das políticas de asilo. “Quando há pessoas a afogarem-se, não se trata de saber se a pessoa tem direito a vir para a Europa, a discussão é sobre se aquela pessoa é humana e merece viver”, afirma. O outro finalista do Sakharov é o activista marroquino Nasser Zefzafi, um dos líderes do movimento de protesto na região do Rif, que luta contra a corrupção e o abuso de poder das autoridades. Zefzafi passou a ser visto como uma ameaça ao regime do rei Mohammed VI e está preso desde Maio de 2017 a cumprir uma sentença de 20 anos de prisão.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave imigração prisão abuso ilegal
SPD garante que não vai haver “campos” para requerentes de asilo na Alemanha
Partido social-democrata apresenta proposta alternativa ao acordo entre a CDU e CSU para o processo de quem pede asilo. (...)

SPD garante que não vai haver “campos” para requerentes de asilo na Alemanha
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 6 Refugiados Pontuação: 5 | Sentimento 0.0
DATA: 2018-08-06 | Jornal Público
SUMÁRIO: Partido social-democrata apresenta proposta alternativa ao acordo entre a CDU e CSU para o processo de quem pede asilo.
TEXTO: Depois de um intenso conflito entre os dois partidos conservadores no Governo alemão, os sociais-democratas conseguiram fazer uma proposta que recebeu acordo dos dois de modo muito mais rápido e menos dramático. O partido, que parecia enfrentar uma escolha impossível de concordar com medidas que considera inaceitáveis ou fazer cair o Governo se não concordasse, acabou por conseguir que as suas linhas vermelhas fossem respeitadas, em especial garantir que não vai haver quaisquer campos para requerentes de asilo. A líder do Partido Social Democrata (SPD), Andrea Nahles, sublinhou que o novo acordo não implicará a criação de centros de trânsito onde requentes de asilo aguardariam encerrados o desfecho do seu processo, já que quem tiver pedido asilo num outro país da UE deve completar o seu processo nesse país. O SPD também repetiu a exigência da chanceler, Angela Merkel, de que ninguém deve ser devolvido para um Estado-membro que não concorde com isso, ou seja, que não tenha um acordo bilateral com a Alemanha, como os que Merkel assinou com 16 Estados-membros, incluindo Portugal, na cimeira europeia da semana passada. Segundo as regras europeias, o pedido de asilo tem de ser feito no país de chegada e o requerente não pode seguir para outros países, embora muito o façam, evitando fazer o pedido onde chegam (sobretudo na Grécia e Itália), ou saindo do país já depois de feito o pedido. Nahles sublinhou que não houve qualquer compromisso do SPD sobre o que tinha sido acordado entre a CDU e a CSU, mas sim uma aceitação do plano do SPD pelos dois partidos-gémeos (a CDU existe em todo o país menos na Baviera, a CSU só opera na Baviera). “Tem de ficar claro que não concordámos com um compromisso. Em vez disso, fizemos uma nova proposta com soluções razoáveis. A CDU-CSU fizeram uma peça de teatro nas últimas três semanas que não foi digna deste país”, declarou Nahles. O acordo foi elogiado pela secretária-geral da CDU, Annegret Kramp-Karrenbauer, dizendo que permite “atingir o objectivo de ordem, control e limite”, e ser “eficaz”, sem tirar a parte “humana” da política migratória da Alemanha. Também o ministro do Interior, Horst Seehofer, disse que estava contente com o compromisso. Seehofer terá, na próxima semana, uma reunião com responsáveis austríacos e italianos para “fechar” a chamada “rota” do Sul. Nahles também sublinhou que agora cabe ao ministério de Seehofer acelerar o processamento dos pedidos de asilo. As pessoas poderão ficar um máximo de 48 horas detidas, e caso tenham um pedido de asilo noutro país com acordo com a Alemanha terão de ser enviadas para esse país dentro deste prazo máximo. O ministro do Interior, Horst Seehofer, desceu nas sondagens depois de ter feito crer que o Governo cairia por Merkel não concordar com a sua proposta de mandar de volta de imediato quaisquer requerentes de asilo que tivessem iniciado o processo noutro país (independentemente deste país concordar com a medida – para Merkel era inaceitável que houvesse acção unilateral da Alemanha, não coordenada com outros Estados-membros da União Europeia). A imprensa alemã começou a chamar a atenção para o facto de as entradas na fronteira mais focada por Seehofer, a do seu estado federado, a Baviera, ter registo de pouquíssimas entradas de pessoas que já estão registadas noutros países, um máximo de cinco pessoas por dia, diz a emissora alemã Deutsche Welle, baseada numa resposta do próprio Ministério do Interior ao partido de esquerda Die Linke referentes ao ano de 2017. No ano passado, um total de 15 mil pessoas pediram asilo nas fronteiras alemãs, e apenas 1740 destes pedidos foram feitos na fronteira com a Áustria na Baviera. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. Mais, 56% dos alemães disseram que o Governo se estava a focar demasiado na política de imigração e asilo em detrimento de outras questões. “Vale a pena falar de novo do SPD”, dizia um comentário no jornal Süddeutsche Zeitung, com sede em Munique. Não porque estão em baixo nas sondagens ou pelas suas lutas internas, mas porque “conseguiram algo realmente bom”. Na discussão sobre imigração e asilo o partido agiu sempre “pondo água na fervura e não achas na fogueira”, confirmando a linha de Merkel que não poderia haver acção unilateral da Alemanha. A bola fica agora do lado de Seehofer, cujo Ministério terá de garantir um processamento rápido dos pedidos de asilo.
REFERÊNCIAS:
Entidades UE
Polícia Marítima em missão na Grécia efectua resgate de 61 migrantes
Bote foi detectado ao largo de Eftalou, ainda em águas turcas. (...)

Polícia Marítima em missão na Grécia efectua resgate de 61 migrantes
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 6 Mulheres Pontuação: 2 Refugiados Pontuação: 5 | Sentimento 0.0
DATA: 2018-08-20 | Jornal Público
SUMÁRIO: Bote foi detectado ao largo de Eftalou, ainda em águas turcas.
TEXTO: A equipa da Polícia Marítima em missão na Grécia resgatou 61 migrantes, 28 dos quais crianças. Em comunicado divulgado neste domingo, a Autoridade Marítima Nacional adianta que, na madrugada de sábado, a Viatura de Vigilância Costeira (VVC) da Polícia Marítima detectou um bote ao largo de Eftalou, ainda em águas turcas, com 61 migrantes, que foram depois resgatados em território grego. Segundo a Autoridade Marítima Nacional, os 61 imigrantes, 17 dos quais homens, 16 mulheres e 28 crianças, são oriundos do Afeganistão, Congo e de Burkina Faso. A Autoridade Marítima Nacional explica que, após o barco ter sido detectado, foram "de imediato passadas as coordenadas aos agentes da Polícia Marítima em missão na embarcação ARADE, que navegaram para as proximidades", tendo efectuado o transbordo dos migrantes para a sua embarcação, quando estes entraram em águas territoriais gregas. Os migrantes desembarcaram em segurança no porto grego de Skala Skaminia. A missão da Polícia Marítima na Grécia no âmbito da agência europeia de controlo de fronteiras Frontex tem como finalidade apoiar a guarda costeira grega com o objectivo de controlar e vigiar as fronteiras marítimas gregas e externas da União Europeia, no combate ao crime transfronteiriço.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave crime homens mulheres
Portugal vota a favor do Pacto das Migrações
Hoje mostramos mais uma vez perante o mundo inteiro que somos credíveis e confiáveis. É um dia de orgulho para nós. (...)

Portugal vota a favor do Pacto das Migrações
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 6 Mulheres Pontuação: 2 Refugiados Pontuação: 5 | Sentimento 0.0
DATA: 2018-12-19 | Jornal Público
SUMÁRIO: Hoje mostramos mais uma vez perante o mundo inteiro que somos credíveis e confiáveis. É um dia de orgulho para nós.
TEXTO: Hoje, 19 de dezembro, a Assembleia Geral das Nações Unidas votará o Pacto Global para Migrações Seguras, Ordenadas e Regulares. Não é um texto jurídico, mas um compromisso político da mais alta importância. Ele responsabiliza os países que o aprovarem (e serão provavelmente mais de dois terços dos Estados-membros), na afirmação de princípios, na definição de objetivos e na adoção de medidas tendentes a combater o tráfico e a exploração de pessoas, apoiar os países de origem e trânsito das migrações nos seus processos de desenvolvimento e fixação da população, e valorizar fluxos de migração legal e organizada. O Pacto constata que as migrações constituem uma constante da história humana e que o seu efeito tem sido geralmente positivo. É de 258 milhões, menos de 4% da população mundial, a estimativa do número atual de migrantes internacionais. A larguíssima maioria são migrantes legais, integrados nas sociedades de acolhimento e contribuindo, através de remessas, consumos e investimentos, para a economia das regiões de origem. Os naturais de nações fora da União Europeia (UE) que nela residem representam pouco mais de 4% dos habitantes. A ideia de uma “invasão” maciça não tem, pois, fundamento. Aliás, hoje em dia, para lá das migrações dos países do Sul para os do Norte, há correntes muito significativas de direção Sul-Sul e Norte-Sul. Na UE e noutras regiões do mundo, sem imigração o inverno demográfico seria ainda maior. No primeiro caso, entre 2000 e 2015, foi o saldo migratório positivo que impediu a estagnação populacional. Na raiz da emigração forçada, quer dizer, da que não corresponde a escolhas profissionais livres mas é determinada pela pressão da necessidade, estão fatores económicos como a pobreza e a falta de emprego, fatores sociais como a alta taxa de natalidade, a desigualdade extrema, a opressão das mulheres e a exclusão dos jovens, fatores climáticos como a seca e outras catástrofes, e fatores políticos como a guerra, a instabilidade, perseguições e abusos de vária sorte. A perceção de oportunidades em países de acolhimento, a existência neles de núcleos de compatriotas que forneçam um primeiro apoio e a ação de redes de tráfico contribuem também para a dimensão do fenómeno emigratório. Isto significa que ninguém o para nem parará através apenas de medidas administrativas ou policiais de proibição de entrada e expulsão. Perante os factos, o Pacto conclui que a melhor alternativa às migrações ilegais e às redes que as organizam é a promoção de migrações legais e seguras. O que significa a combinação de três coisas. Uma é o apoio aos países de origem e trânsito nos seus processos de desenvolvimento, para que gerem o emprego, os bens públicos e a dignidade que os migrantes se veem obrigados a demandar fora de portas. Outra é a defesa das fronteiras e o combate ao tráfico de pessoas, para que as políticas migratórias sejam, como devem ser, prerrogativas dos Estados, definidas em função das suas capacidades de acolhimento e integração. E a terceira é a disponibilização de canais legais e seguros de imigração, favorecendo o trabalho e a ocupação profissional, o reagrupamento familiar, a formação dos direitos sociais e condições dignas de habitação, exigindo ao mesmo tempo, aos migrantes de qualquer proveniência, condição e crença, o pleno respeito pelos valores, as normas e as instituições próprias das sociedades que os acolhem. Não se trata de proclamar um suposto “direito a emigrar”, entendido como livre circulação e residência em qualquer país do mundo, independentemente das respetivas leis; mas sim de reconhecer os direitos humanos das pessoas migrantes, incluindo as que se encontrem em situação irregular. Não se trata de impor aos países de destino uma agenda forjada contra eles; mas de reconhecer o óbvio – que não é possível regular este fenómeno global se não pela cooperação multilateral. Não se trata de “escancarar” as fronteiras, outrossim de responder efetiva e adequadamente à enorme pressão que, desregulados, os movimentos populacionais poderão representar. Não se trata de desprezar a dimensão securitária, mas sim de ligá-la com as outras dimensões. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. Hoje, o embaixador nas Nações Unidas exprimirá o voto de Portugal a favor do Pacto. Fá-lo-á por instrução do Governo, em nome do país e com o apoio de todos os partidos parlamentares. Assim mostramos mais uma vez, na UE, que não tememos o populismo e, perante o mundo inteiro, que somos credíveis e confiáveis. É um dia de orgulho para nós. O autor escreve segundo o novo Acordo Ortográfico
REFERÊNCIAS:
Partidos LIVRE
Maioria dos países da ONU adoptou o primeiro pacto para as migrações
Dos 193 países que compõem as Nações Unidas, 164 adoptaram em Marrocos o chamado Pacto Global das Nações Unidas para as Migrações Seguras, Ordeiras e Regulares. Dia 19 de Dezembro há a votação final, e não é certo quantos irão aprová-lo. (...)

Maioria dos países da ONU adoptou o primeiro pacto para as migrações
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 5 Refugiados Pontuação: 5 | Sentimento 0.375
DATA: 2018-12-11 | Jornal Público
SUMÁRIO: Dos 193 países que compõem as Nações Unidas, 164 adoptaram em Marrocos o chamado Pacto Global das Nações Unidas para as Migrações Seguras, Ordeiras e Regulares. Dia 19 de Dezembro há a votação final, e não é certo quantos irão aprová-lo.
TEXTO: A grande maioria dos países que formam as Nações Unidas adoptou nesta segunda-feira, em Marrocos, o chamado Pacto Global das Nações Unidas para as Migrações Seguras, Ordeiras e Regulares. No total, 164 (incluindo Portugal) dos 193 países que compõem a organização assinaram o documento, que será submetido a uma votação final no dia 19 de Dezembro na Assembleia Geral da ONU. No final das negociações, que se estenderam ao longo de 18 meses e ficaram encerradas em Julho deste ano, todos os países menos os Estados Unidos concordaram com este pacto, que é o primeiro relativo às migrações. No entanto, alguns países que participaram activamente na redacção do pacto, e que são nações tradicionalmente receptoras de migrantes, como a Austrália ou a Áustria, já anunciaram que não assinarão o documento. O mesmo fez os EUA. Já outros, como Itália ou Suíça, não foram à cidade marroquina de Marraquexe, pois dizem que querem realizar um debate parlamentar e depois decidir se assinam ou o não o pacto. Desta forma, não se sabe quantos países irão aprovar o documento. Ainda assim, no seio da ONU, há confiança de que será aprovado o Pacto Global das Nações Unidas para as Migrações Seguras, Ordeiras e Regulares, que conta com 23 objectivos não vinculativos aos Estados que aderirem. Presente em Marraquexe, a chanceler alemã, Angela Merkel, garantiu que “vale a pena lutar por este pacto”. “Chegou o momento de abordarmos finalmente juntos as migrações”, afirmou. O multilateralismo é o único caminho “para tornar o mundo mais seguro”, acrescentou. Já o secretário-geral da ONU, António Guterres, defendeu que é necessária uma melhor gestão das migrações e que estas podem ser benéficas para os países que recebem os migrantes: “Em muitos sítios onde a fertilidade está em declínio e a esperança média de vida está a aumentar, as economias vão estagnar e as pessoas vão sofrer sem as migrações. ”“É claro que os países mais desenvolvidos precisam dos migrantes, num amplo espectro de papéis vitais, desde cuidar de idosos até prevenir o colapso dos serviços de saúde”, acrescentou. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. Por sua vez, o primeiro-ministro português, António Costa, defendeu a importância da diáspora portuguesa e a influência desta na visão do país relativamente às migrações: "Os portugueses há muito que andam pelo mundo. É por isso que somos bons em estabelecer laços com diferentes culturas, diferentes tradições e diferentes religiões. ""Portugal também é um local de acolhimento de diferentes comunidades que dão uma importante contribuição" para o desenvolvimento económico do país e para a diversidade cultural da sociedade portuguesa, frisou o primeiro-ministro, citado pela agência Lusa. Costa defendeu em Marraquexe que uma migração "administrada com sabedoria" pode favorecer o crescimento económico e ajudar a enfrentar os crescentes desequilíbrios nas tendências demográficas entre regiões e continentes.
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Entidades ONU EUA
Morre mais uma criança sob custódia dos EUA após passar fronteira do México
Não foi divulgada a causa da morte de rapaz de oito anos da Guatemala, apenas que fora hospitalizado. (...)

Morre mais uma criança sob custódia dos EUA após passar fronteira do México
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 5 Refugiados Pontuação: 5 | Sentimento 0.0
DATA: 2018-12-26 | Jornal Público
SUMÁRIO: Não foi divulgada a causa da morte de rapaz de oito anos da Guatemala, apenas que fora hospitalizado.
TEXTO: Uma criança de oito anos, natural da Guatemala, morreu esta terça-feira quando estava à guarda do serviço de fronteiras dos Estados Unidos após ter passado ilegalmente a fronteira com o pai – é a segunda criança a morrer sob custódia da guarda fronteiriça. A criança foi internada num centro médico em Alamogordo, Novo México, e teve alta depois de ter recebido um diagnóstico de constipação. Mas horas depois de ter tido alta, começou a vomitar e foi levada de novo para o hospital, onde acabou por morrer. A causa não é conhecida. O rapaz e o pai entraram nos EUA através de El Paso, Texas, a 18 de Dezembro, e entregaram-se às autoridades. Foram transferidos para Alamogordo a 23. Um congressista do Texas disse que a criança se chamava Felipe Alonzo-Gomez e apelou para uma investigação à sua morte. “Temos de nos assegurar de que tratamos migrantes e requerentes de asilo com dignidade humana e damos os cuidados médicos necessários a qualquer pessoa sob custódia do Governo dos Estados Unidos”, disse o congressista Joaquin Castro, citado pela emissora britânica BBC. “A política da Administração afastar as pessoas dos pontos legais de entrada está a pôr as famílias e as crianças em risco. ”A força encarregada das fronteiras anunciou que irá fazer algumas alterações após esta segunda morte, segundo a estação de televisão americana CNN, incluindo check-ups médicos a todas as crianças sob sua guarda, com especial foco nas menores de dez anos. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. A primeira criança que morreu foi Jakelin Caal, de sete anos, também da Guatemala, depois de ter sido detida com o pai numa zona remota do Novo México. Oito horas depois, a criança começou a ter convulsões e morreu. A Administração Trump, que tenta desencorajar a entrada ilegal nos EUA, e classificou a caravana de migrantes que se juntam para fazer a viagem até à fronteira como um perigo para a segurança do país, culpa o pai pela morte da criança. Activistas dos direitos humanos dizem que o aumento de patrulhas leva os migrantes a correr mais perigos em zonas mais remotas, e a associação ACLU acusou os serviços de fronteira de “cultura de crueldade e falta de responsabilidade”.
REFERÊNCIAS:
Entidades EUA
Alemanha vai indemnizar sobreviventes do Kindertransport
Há 80 anos, mais de dez mil crianças eram resgatadas da Alemanha nazi e trazidas para o Reino Unido. Os actuais sobreviventes, cerca de mil, vão agora receber uma indemnização de Berlim. (...)

Alemanha vai indemnizar sobreviventes do Kindertransport
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 2 Refugiados Pontuação: 5 | Sentimento 0.0
DATA: 2018-12-19 | Jornal Público
SUMÁRIO: Há 80 anos, mais de dez mil crianças eram resgatadas da Alemanha nazi e trazidas para o Reino Unido. Os actuais sobreviventes, cerca de mil, vão agora receber uma indemnização de Berlim.
TEXTO: De Dezembro de 1938 e até 1940, dezenas de comboios que partiram de vários países do centro da Europa ocupados pela Alemanha nazi, e que tinham a Holanda como destino, transportaram mais de dez mil crianças para porto seguro. Eram quase todas judias e corriam risco de deportação para os campos de concentração e extermínio do regime de Adolf Hitler. Depois da viagem de comboio, milhares de crianças seguiam então de barco até ao Reino Unido, onde eram acolhidas por famílias voluntárias ou colocadas em pensões e quintas. Em grande parte dos casos, estas crianças seriam os únicos elementos das suas famílias a sobreviver ao Holocausto. O êxodo, organizado pelo Governo britânico e pela sociedade civil, perante a crescente ameaça nazi, ficaria conhecido como Kindertransport. Agora, 80 anos depois, estes sobreviventes vão receber em 2019 uma indemnização no valor de 2500 euros, segundo um acordo entre a Conferência sobre Reivindicações Materiais Judaicas Contra a Alemanha (mais conhecida como a Conferência de Reivindicações) e o Governo alemão. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. A Conferência de Reivindicações vai abrir um fundo Kindertransport a 1 de Janeiro, data a partir da qual será possível enviar pedidos de indemnização de sobreviventes em qualquer parte do mundo. É estimado que cerca de mil sobreviventes ainda estejam vivos. O pagamento assinala o 80. º aniversário do início do êxodo de crianças da Alemanha, Áustria e antiga Checoslováquia para o Reino Unido, e dali para todo o mundo. "Depois de suportar uma vida inteira separada dos seus pais e famílias, estes sobreviventes estão apenas a receber um pouco de justiça", disse ao jornal israelita Ha'aretz Stuart E. Eizenstat, antigo embaixador dos Estados Unidos na União Europeia e conselheiro do Departamento de Estado dos EUA para assuntos relacionados com indemnizações a vítimas do Holocausto. Por estes dias, as crianças do Kindertransport também são homenageadas com uma exposição no Museu Judaico de Londres, que vai estar em exibição até Fevereiro e apresenta testemunhos de alguns sobreviventes, agora com 80 e 90 anos, bem como alguns objectos que trouxeram na viagem.
REFERÊNCIAS:
Entidades EUA
Português acusado de ajudar imigração ilegal diz que ainda não foi contactado pelo Governo
Miguel Duarte foi acusado pelo Ministério Público italiano de auxílio à imigração ilegal e pode enfrentar uma pena de 20 anos de prisão. (...)

Português acusado de ajudar imigração ilegal diz que ainda não foi contactado pelo Governo
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 21 Refugiados Pontuação: 5 | Sentimento -0.5
DATA: 2019-06-18 | Jornal Público
SUMÁRIO: Miguel Duarte foi acusado pelo Ministério Público italiano de auxílio à imigração ilegal e pode enfrentar uma pena de 20 anos de prisão.
TEXTO: Miguel Duarte, o jovem que está a ser investigado em Itália por suspeita de ajuda à imigração ilegal, afirmou esta terça-feira que ainda não recebeu qualquer contacto do Governo português, assumindo que não esperava tanta solidariedade da campanha de “crowdfunding”. Miguel Duarte foi esta terça-feira recebido no Parlamento, em Lisboa, pela líder do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, e pelo deputado bloquista José Manuel Pureza, tendo explicado aos jornalistas, no final, que a motivação do trabalho que a ONG fez no Mar Mediterrâneo “era salvar vidas humanas, impedir que as pessoas morressem afogadas”. Questionado pelos jornalistas se já tinha recebido algum contacto do Governo português, o jovem respondeu apenas: “não, ainda não tive nenhum contacto”. Na segunda-feira, o ministro dos Negócios Estrangeiros português garantiu todo o apoio a Miguel Duarte, sublinhando que é preciso ter noção de que as suas acções “são inspiradas por razões humanitárias”. “Ninguém no colectivo que organizou esta campanha esperava tanta solidariedade por parte de tanta gente. Já houve milhares de pessoas a garantir o seu apoio, ajudar e a manifestar-se publicamente do nosso lado. E isso é espectacular para nós”, respondeu, assumindo que não estava à espera da repercussão desta campanha. Na segunda-feira, a 26 dias do prazo final, a campanha lançada pela plataforma HuBB - Humans Before Borders que pretendia angariar 10 mil euros para apoiar a defesa do estudante português, tinha angariado até às 13h desta terça-feira mais de 34 mil euros doados por mais de 1800 apoiantes, através da página de financiamento colaborativo PPL, duplicando assim o objectivo que tinha estabelecido. “Vim basicamente explicar-lhes um bocadinho do nosso trabalho, do que é que fazíamos no Mediterrâneo e que basicamente a nossa motivação era salvar vidas humanas, impedir que as pessoas morressem afogadas como, na verdade, qualquer Estado devia garantir que se faz. Todo esse trabalho foi feito sempre em coordenação com instituições do Governo italiano. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. Miguel Duarte explicou que ele e mais nove ex-tripulantes do Iuventa, um navio pertencente à organização não-governamental (ONG) alemã de resgate humanitário no Mediterrâneo, foram constituídos arguidos e estão sob investigação em Itália por suspeita de ajuda à imigração ilegal.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave imigração ajuda ilegal
Trump inventa ataque terrorista na Suécia para justificar medidas anti-imigração
Presidente dos EUA critica “os media desonestos” e inventa um ataque terrorista na Suécia para justificar medidas contra a imigração. Os suecos regiram na Internet. (...)

Trump inventa ataque terrorista na Suécia para justificar medidas anti-imigração
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 16 Refugiados Pontuação: 5 | Sentimento 0.0
DATA: 2017-02-19 | Jornal Público
SUMÁRIO: Presidente dos EUA critica “os media desonestos” e inventa um ataque terrorista na Suécia para justificar medidas contra a imigração. Os suecos regiram na Internet.
TEXTO: Cerca de nove mil pessoas reuniram-se no sábado à noite na Florida para ouvir discursar o 45º Presidente dos Estados Unidos. Em mais uma sessão de críticas generalizadas aos “media desonestos”, que “têm a sua própria agenda” e que, acusa Donald Trump, inventam notícias para condicionar a maneira como os norte-americanos percepcionam a realidade, o chefe de Estado não se coibiu de inventar um ataque terrorista na Suécia para justificar o reforço das medidas anti-imigração. “Vejam o que está a acontecer na Alemanha, vejam o que aconteceu ontem à noite na Suécia”, disse o Presidente norte-americano. “A Suécia. Quem é que havia de acreditar numa coisa desta? A Suécia”, insistiu Trump, citado pelo Huffington Post. Trump, discussing terror, seamlessly mentions incident "last night in Sweden". There was NO "incident" in Sweden last night. pic. twitter. com/XtcC4PRiNU“Eles [os suecos] receberam imensa gente e estão a ter problemas como nunca julgaram vir a ser possível”, afirmou o líder norte-americano aos milhares de apoiantes reunidos num hangar no aeroporto internacional de Orlando. O Presidente prosseguiu depois com referências a cidades europeias onde se verificaram ataques terroristas: “Vejam o que aconteceu em Bruxelas e o que está a acontecer em todo o mundo (. . . ) olhem para Nice, olhem para Paris”. Depois desta alusão a um falso ataque terrorista (do homem que afirmou na mesma noite que, “quando os media mentem às pessoas”, não os deixaria “escapar impunes”), foram várias as reacções no Twitter. Entre elas a do ex-primeiro ministro sueco, Carl Bildt, que questionou o que teria o Presidente norte-americano “andado a fumar”. Sweden? Terror attack? What has he been smoking? Questions abound. https://t. co/XWgw8Fz7tjOutros, com humor, perguntaram-se se teria havido um “roubo gigantesco de almôndegas”, se alguém teria aberto uma lata de arenque fumado num local público ou mesmo se teria nevado durante a noite, relatou a versão sueca do jornal digital The Local, num artigo intitulado “Os suecos estão baralhados com ‘o que aconteceu ontem à noite na Suécia’ de Trump”. A conta oficial da Suécia no Twitter também foi pronta a reagir e a tranquilizar os suecos e o mundo. “Não, não aconteceu nada na Suécia. Não houve ataques terroristas. Nada. A principal notícia neste momento é sobre a Melfest”, afirmou Emma, a curadora da conta, referindo-se ao festival da canção sueco, Melodifestivalen. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. No. Nothing has happened here in Sweden. There has not ben any terrorist attacks here. At all. The main news right now is about Melfest. ->Someone decided to open up Surströmming in a public place. #LastNightInSweden #DonaldTrump pic. twitter. com/fhRWRarQU4Já o jornal sueco Aftonbladet fez questão de responder a Trump com um resumo da actualidade noticiosa sueca: “Sr. Presidente, isto foi o que aconteceu na Suécia na sexta-feira à noite”, escreveu o jornal, dando conta, por exemplo, de que o famoso cantor Owe Thörnqvist teve problemas técnicos com a sua actuação no Melodifestivalen, ou que as condições climatéricas obrigaram a encerrar a estrada E10 no noroeste do país, entre Katterjåkk e Riksgränsen, e que um homem morreu no hospital depois de um acidente de trabalho na cidade de Borås.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave imigração ataque homem