“Eu tenho de começar do zero, aqui. É a minha vida, a única”
Em Março chegaram a Portugal dezenas de estudantes sírios, quase todos já refugiados. Ameer ainda não se habituou à tranquilidade de Lisboa mas sorri sem parar. (...)

“Eu tenho de começar do zero, aqui. É a minha vida, a única”
MINORIA(S): Refugiados Pontuação: 3 | Sentimento 0.0
DATA: 2014-06-03 | Jornal Público
URL: https://arquivo.pt/wayback/20140603170425/http://www.publico.pt/1638407
SUMÁRIO: Em Março chegaram a Portugal dezenas de estudantes sírios, quase todos já refugiados. Ameer ainda não se habituou à tranquilidade de Lisboa mas sorri sem parar.
TEXTO: Ameer é sírio, filho de palestinianos, nascido por acaso na Argélia e a viver desde o primeiro dia de Março em Lisboa. À primeira vista, pode parecer improvável. Mas não é. É normal na vida de palestiniano e entretanto é coisa que pode acontecer a qualquer sírio. Ameer tem a família espalhada pela Síria, por um país vizinho e pelo Norte da Europa, e amigos em sítios tão improváveis como a Tailândia. Ameer é sírio, tem 25 anos, e agora vida de sírio é assim. Nada disto é importante, mesmo que o seja. Importante mesmo é o sorriso de Ameer, tão doce e bonito, tantas vezes repetido ao longo de quase duas horas de conversa. Ameer é alto, muito esguio, quase frágil. Depois sorri e conta como começou a estudar costura e design de moda, como conseguiu abrir uma pequena loja em Damasco e chegou a produzir as fardas que a ONU encomendava para os alunos das escolas. E parece forte, quase invencível. Ameer é sírio, viveu toda a vida em Damasco. Em 2011, começou no seu país uma revolução que ele não esperava e que depois descambou numa repressão que ele nem viu chegar e a seguir numa guerra sanguinária que ele nem sequer pensava possível de acontecer assim, à sua volta. A partir de certa altura não havia nada a fazer a não ser estar em casa. “Estava a passar-me! Só conseguia pensar, ‘mas o que é que eu vou fazer, mas o que é que eu vou fazer?’. ”A idade de Ameer era a mais perigosa para ficar por ali, pelo menos se ele não quisesse acabar de arma na mão, obrigado a escolher lados e a entrar numa guerra sem sentido. E foi então que os pais lhe sugeriram que deixasse a Síria – e os deixasse a eles. A mãe, arquitecta, o pai, médico, ficaram; os filhos foram à procura de vida para outros lugares. A primeira etapa, o Líbano, dificilmente poderia ter corrido pior. “O Líbano é duro”, diz Ameer, antes de contar como arranjou trabalho na cafetaria de uma universidade. “Durou três dias. Depois, ‘sabes, tu és sírio, és palestiniano’”. Várias humilhações a seguir, Ameer estava deprimido e a considerar voltar a casa. Os momentos de desespero têm destas coisas: agarrou-se ao computador e concorreu a todas as bolsas de estudo para sírios que encontrou. Um dia recebeu um email a pedir-lhe que confirmasse a sua disponibilidade para vir estudar para Portugal, no âmbito da Plataforma Global de Assistência Académica de Emergência a Estudantes, lançada pelo ex-Presidente português Jorge Sampaio. “Estás pronto a partir?”, perguntavam-lhe. Ameer não acreditou. Nos dias seguintes procurou confirmar a veracidade do convite. Que sim, disseram-lhe no consulado. O avião está no Chipre e aterra em Beirute na sexta-feira. “Eu continuava sem acreditar. Onde é que estava o visto? Onde é que estava o bilhete?”, recorda. “Enfim, como não estava a morar muito longe do aeroporto decidi ir até lá, à hora marcada. ”No dia seguinte, Ameer aterrava com algumas dezenas de jovens sírios em Lisboa, a bordo de um C-130 da Força Aérea. “Fiquei tão feliz. No primeiro mês não podia acreditar. Estava confuso, estava feliz, eram demasiadas emoções. ” Os pais terão experimentado emoções semelhantes. “A minha mãe desatou a chorar. Mas ficou tão contente, é arquitecta, só dizia ‘tu vais ser como eu’”. Ameer veio estudar Design para o IADE – Instituto de Artes Visuais, Design e Marketing. “Não nos desapontes”, pediram os pais, muitas vezes. Ameer tem aulas das 14h às 19h e passa muitas, muitas horas a estudar. Veio para o primeiro ano e chegou a meio do segundo semestre. “Eu desenho, desenho, mas tenho de fazer dez desenhos enquanto os meus colegas acabam à primeira ou segunda tentativa”, explica. A intensidade do estudo ajuda, mas não torna tudo fácil. As aulas são em inglês, menos uma que é em português e de português Ameer ainda só consegue dizer palavras soltas e algumas expressões, nome de alimentos, pedir indicações. O professor da disciplina em português deu-lhe um livro e dispensa das aulas; ele vai na mesma, para se ir “habituando aos sons”. O silêncio de LisboaNão foi fácil combinar um encontro com Ameer. A prioridade são mesmo os estudos e, claro, não desapontar os pais. A conversa lá acabou por acontecer, no anfiteatro ao ar livre da Fundação Gulbenkian, “um sítio bom para vir desenhar”. A vida em Lisboa é muito diferente da vida em Damasco. Ameer ainda não se habitou “ao silêncio”, “à tranquilidade”, ao facto de as lojas terem hora para fechar. “Acho que nunca me vou habituar. O Bairro Alto é bom para descontrair… mas é tranquilo”, diz, quando comparado com a rua que deixou para trás na capital síria. Partilha casa com mais quatro estudantes, faz o caminho de casa para a escola e já conhece vários sítios na cidade mas tem dificuldade em decorar os nomes.
REFERÊNCIAS:
Partidos LIVRE
Antevisão da Pública: A operação secreta que abalou o Alentejo em 1944
Em Novembro de 1944 foi realizada uma vasta operação envolvendo forças portuguesas (Exército e GNR, sob supervisão da PVDE, antecessora da PIDE) e espanholas (Guardia Civil) na região de Campo Maior (Alentejo). Objectivo: cercar e prender refugiados espanhóis que viviam junto à fronteira, estimados em mais de duas centenas, considerados bandidos perigosos e comunistas. (...)

Antevisão da Pública: A operação secreta que abalou o Alentejo em 1944
MINORIA(S): Refugiados Pontuação: 3 | Sentimento -0.4
DATA: 2011-04-02 | Jornal Público
SUMÁRIO: Em Novembro de 1944 foi realizada uma vasta operação envolvendo forças portuguesas (Exército e GNR, sob supervisão da PVDE, antecessora da PIDE) e espanholas (Guardia Civil) na região de Campo Maior (Alentejo). Objectivo: cercar e prender refugiados espanhóis que viviam junto à fronteira, estimados em mais de duas centenas, considerados bandidos perigosos e comunistas.
TEXTO: Foram detidos mais de duas dezenas de espanhóis cujo destino ainda hoje continua a ser um mistério. O acontecimento está bem vivo na memória popular e os documentos inéditos encontrados permitem reconstituir o que aconteceu naquela data. Confirmam também a cooperação estreita que havia entre as autoridades dos dois países ibéricos, neste caso à margem dos canais político-diplomáticos habituais. Reportagem de Carlos Pessoa e Enric Vives-RubioOutros destaques que podem ser lidos na revista Pública, publicada com o jornal PÚBLICO de domingo, e na edição “online” para assinantes:– Ele nasceu em berço de ouro, ela surgiu do nada. Ele tornou-se num símbolo de elegância e espírito desportivo. Ela personifica a polivalência e a democratização do acesso ao automóvel. Há 50 anos, quando vieram ao mundo, o Jaguar E-type e a Renault 4L não podiam estar mais distantes. Hoje, ambos são ícones do design e da história da indústria. Luís Francisco faz a festa de aniversário. – Vítor Belanciano fala-nos do designer de moda e fotógrafo, Hedi Slimane, que marcou os primeiros dez anos do séc. XXI e que, nesta edição, nos revela alguns dos seus extraordinários trabalhos. O artista francês criou imagens e ideias. Definiu a silhueta do homem moderno. Um livro antológico, uma exposição em Paris e rumores sobre o regresso à Dior fazem com que ele esteja nas bocas do mundo. – Os japoneses são os maiores compradores de bens de luxo do mundo, algo bem visível nas ruas de Tóquio. Mas, depois do sismo de 11 de Março, a voragem pelas grandes marcas europeias foi substituída pela contenção, observou Joana Amaral Cardoso. A paixão pelos monogramas é da classe média e é uma janela para a cultura japonesa actual. – Um acordo entre a Google e editores e autores americanos relativo à digitalização de livros foi recusado por um juiz federal de Manhattan. O professor Robert Darnton sugere agora que se estude o que tem sido feito na Europa com a livraria digital que engloba vários países e que se chama Europeana. Isabel Coutinho explica “a ideia boa que nasceu torta”.
REFERÊNCIAS:
Autor de disparo contra GNR detido depois de se refugiar em edifício
O autor de um disparo que atingiu na cabeça um militar da GNR esta manhã em Quarteira foi já detido, depois de se ter refugiado no interior de um edifício residencial, lançando uma vasta operação policial. (...)

Autor de disparo contra GNR detido depois de se refugiar em edifício
MINORIA(S): Refugiados Pontuação: 3 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-06-12 | Jornal Público
SUMÁRIO: O autor de um disparo que atingiu na cabeça um militar da GNR esta manhã em Quarteira foi já detido, depois de se ter refugiado no interior de um edifício residencial, lançando uma vasta operação policial.
TEXTO: O homem detido é um jovem de 18 anos, que há poucas semanas ter-se-á envolvido numa rixa, tendo nessa altura sido ferido. O jovem reagiu à detenção, disparando mais um tiro contra agentes da autoridade, mas sem consequências. O guarda da GNR foi alvejado na cabeça quando chegou ao bar Cadillac, na avenida Francisco Sá Carneiro, onde se encontrava um homem munido de uma caçadeira de canos serrados, cerca das 7h30. Uma hora antes, o autor do disparo forçara a entrada no bar, no momento em que um funcionário saía para levar o lixo para fora e encerrar o estabelecimento. Chamada ao local, a GNR enviou dois agentes. Quando um deles abriu a porta do carro, foi baleado. O guarda terá sido atingido de raspão por um chumbo e foi levado para o hospital de Faro, onde se encontra consciente. O autor do disparo fugiu para dentro do edifício do próprio bar Cadillac, um prédio com sete pisos de ocupação residencial. A avenida foi cortada e cercada de forças policias, lançando um clima de tensão no local. “Espero que ele não entre dentro de algum apartamento”, disse ao PÚBLICO um agente da PSP, quando a polícia ainda procurava pelo autor do disparo no interior do prédio. Impedidos de sair, muitos moradores permaneceram à janela ou nas varandas. Às 10h27, ouviu-se um tiro no edifício. O jovem foi posteriormente localizado e acabou por ser detido. Notícia actualizada às 15h10
REFERÊNCIAS:
Ex-primeiro-ministro tailandês condenado a dois anos de prisão por abuso de poder
O ex-primeiro-ministro tailandês, Thaksin Shinawatra, deposto há dois anos após um golpe de Estado, foi condenado – ainda que na ausência do próprio – pelo Supremo Tribunal nacional a dois anos de prisão por um delito de abuso de poder cometido durante o seu mandato. O tribunal declarou Shinawatra, exilado no Reino Unido e fugido da Justiça tailandesa, culpado de abusar da sua autoridades a fim de a sua mulher poder comprar uns terrenos estatais a um preço abaixo do seu valor de mercado. A mulher de Thaksin, Pojaman, foi porém declarada inocente. O procurador Sakesan Bangsomboon declarou à AFP que irá ser apresen... (etc.)

Ex-primeiro-ministro tailandês condenado a dois anos de prisão por abuso de poder
MINORIA(S): Refugiados Pontuação: 3 | Sentimento 0.0
DATA: 2008-10-21 | Jornal Público
URL: https://arquivo.pt/wayback/20081021130903/http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1346915
TEXTO: O ex-primeiro-ministro tailandês, Thaksin Shinawatra, deposto há dois anos após um golpe de Estado, foi condenado – ainda que na ausência do próprio – pelo Supremo Tribunal nacional a dois anos de prisão por um delito de abuso de poder cometido durante o seu mandato. O tribunal declarou Shinawatra, exilado no Reino Unido e fugido da Justiça tailandesa, culpado de abusar da sua autoridades a fim de a sua mulher poder comprar uns terrenos estatais a um preço abaixo do seu valor de mercado. A mulher de Thaksin, Pojaman, foi porém declarada inocente. O procurador Sakesan Bangsomboon declarou à AFP que irá ser apresentado um pedido de extradição ao Reino Unido. Trata-se da primeira condenação contra Thaksin, cujos aliados, que chegaram este ano ao poder em Banguecoque, estão a ser confrontados com manifestações diárias. Thaksin, poderoso homem de negócios, governou a Tailândia entre 2001 e 2006.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave tribunal mulher prisão homem abuso
Reportagem: Milhares de estrangeiros tentam deixar a Líbia de barco
Uma fila interminável serpenteia junto ao navio. "Não sei para onde vamos", diz uma rapariga de 19 anos, Mary Rose. Está há várias horas à espera para entrar no paquete Alger, que vai zarpar para Alexandria, no Egipto, com dois mil refugiados a bordo. "A agência mandou-nos vir para aqui, não sabemos para onde vamos". Mary Rose é indiana e, desde há um ano, trabalha como baby-sitter em Bengasi. "Vamos todos embora, por causa dos problemas. Não sei se voltaremos." (...)

Reportagem: Milhares de estrangeiros tentam deixar a Líbia de barco
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 6 Africanos Pontuação: 2 Mulheres Pontuação: 5 Refugiados Pontuação: 3 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-03-01 | Jornal Público
SUMÁRIO: Uma fila interminável serpenteia junto ao navio. "Não sei para onde vamos", diz uma rapariga de 19 anos, Mary Rose. Está há várias horas à espera para entrar no paquete Alger, que vai zarpar para Alexandria, no Egipto, com dois mil refugiados a bordo. "A agência mandou-nos vir para aqui, não sabemos para onde vamos". Mary Rose é indiana e, desde há um ano, trabalha como baby-sitter em Bengasi. "Vamos todos embora, por causa dos problemas. Não sei se voltaremos."
TEXTO: Os "problemas" terminaram por agora em Bengasi, desde que as forças leais a Muammar Khadafi foram vencidas pelos rebeldes, mas Mary Rose e os milhares de imigrantes que tentam embarcar não vêem assim a questão. "Isto está muito mau. É uma guerra, ninguém pode ficar aqui". Mohamed, 20 anos, argelino que veio para a Líbia estudar, observa da janela do seu carro os milhares de indianos, argelinos e sírios que chegam em camiões de caixa aberta, com malas e sacos às costas e o pânico nos olhos. "São paranóicos", diz ele. "Não há problemas com os líbios. Nenhum me fez mal, eu apoio a revolução deles, e quero ficar cá. " Rafiq, que trabalha para o comité dos revolucionários, pergunta a vários indianos se algum líbio lhes fez mal. "Não, não. Os líbios são nossos amigos", responde Santokh Kumar, 30 anos, imigrante do Punjab. "Eu vou-me embora por causa da guerra. Mas quando tudo acalmar, volto". Santokh trabalha numa fábrica de transformação de madeira e vive num campo de operários, com outros imigrantes da Índia e alguns do Gana. Ganha 600 dólares por mês, que envia na totalidade para a Índia. Vive dos 75 dinares mensais do subsídio de alimentação. "O nosso patrocinador é líbio. Chama-se Amar Ali. A empresa fechou e ele mandou-nos regressar. Não temos nenhuma razão de queixa dele. E são os líbios que estão a ajudar-nos a vir para aqui. Pessoas que emprestam camiões e vão buscar os indianos, por várias povoações". Rafiq fica satisfeito com as respostas. "Dizem que nós perseguimos os estrangeiros. Não é verdade. Podem trabalhar, fazer a sua vida. Só fazemos mal aos mercenários, de países africanos, que Khadafi contratou". Atrás do Alger está outro navio, o Europe Palace, e noutro terminal do porto atracou um navio militar sírio. Tem capacidade para mil pessoas, provavelmente menos do que os homens, mulheres e crianças que se empurram para conseguir chegar aos dois funcionários que, sentados em cadeiras de plástico, carimbam os passaportes. Um deles é Mustafa Ahbara, 33 anos, que trabalha no aeroporto, o outro Mahmoud, 24 anos, do Crescente Vermelho. Trouxeram dois carimbos da sede dos serviços de imigração e estão a autenticar a saída dos sírios. Colaboram com o comité. Mortos por todo o lado"Eu não vou regressar mais à Líbia", diz Sfr, sírio de 23 anos. "Não é por mim, mas pela minha família. Têm muito medo. Viram coisas que uma pessoa não devia ver nunca. " A mãe, Safira, o irmão, Mustafa, de 17 anos, e a irmã, Fátima, de 13, não conseguem dizer nada. Vivem em puro terror desde que começou a revolução. "Houve combates em frente do local onde trabalhamos", explica. "Mortos por todo o lado, carros a arder. Tenho de levar a minha família para fora deste país. "A revolução líbia começou em Bengasi no dia 17 de Fevereiro, de forma pacífica, tal como na Tunísia e no Egipto. Mas o que aconteceu a seguir foi muito diferente. As forças de Khadafi dispararam sobre os manifestantes. Usaram metralhadoras e armas pesadas, como baterias antiaéreas. Os buracos das balas são ainda visíveis. Mas a seguir os rebeldes reagiram. Vários comandantes do Exército passaram para o lado dos revoltosos e deram luta às forças especiais do Presidente. Contaram com o apoio de centenas de soldados, e distribuíram armas à população. Os combates decorreram durante três dias, centrados na praça Berka, onde se situa a sede das forças de Khadafi, a Katiba. É um complexo militar cercado por muros altos. No interior, há vários edifícios onde se aquartelavam as forças especiais, um palco onde o Presidente, quando vinha à cidade, fazia os seus discursos ao povo, e vários luxuosos palácios onde ele e os seus apaniguados se hospedavam.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave homens guerra imigração campo medo mulheres imigrante pânico
Sitiado de Chelas entregou-se à PSP ao fim de dez horas de cerco
Ao fim de dez horas de cerco, o homem de 28 anos que se encontrava refugiado em sua casa, em Chelas, Lisboa, acabou por se entregar à PSP. (...)

Sitiado de Chelas entregou-se à PSP ao fim de dez horas de cerco
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 Refugiados Pontuação: 3 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-11-02 | Jornal Público
SUMÁRIO: Ao fim de dez horas de cerco, o homem de 28 anos que se encontrava refugiado em sua casa, em Chelas, Lisboa, acabou por se entregar à PSP.
TEXTO: A detenção aconteceu cerca das 11h15 depois de as autoridades terem reforçado a presença da polícia no local para afastar os vizinhos que se juntavam à porta do prédio onde o jovem estava barricado desde a noite de terça-feira. A captura foi feita sem recurso a arrombamento, tendo o jovem aberto a porta de casa e sido levado no meio de vários elementos da polícia para um carro que o conduziu à esquadra. A PSP estava desde a meia-noite de terça-feira a cercar a casa do jovem no bairro da Boavista, em Chelas, sendo que no interior do apartamento estava igualmente o seu pai, o seu irmão e dois cães pitbull, disse à Lusa fonte policial. A mesma fonte revelou que os indivíduos cercados possuem uma caçadeira e que os agentes aguardam a autorização de um juiz para entrar em casa e executar o mandado. Ao início da madrugada, um agente da PSP foi ferido quando tentava executar um mandado de detenção, disse fonte dos bombeiros. O polícia terá perseguido o homem depois de o ter localizado na rua e por saber que o mesmo tem pendente um mandado de detenção para cumprimento de uma pena efectiva de dois anos de cadeia. O elemento policial, que ficou ferido num pulso, foi transportado para o hospital de São José, tendo sido suturado com 15 pontos.
REFERÊNCIAS:
Entidades PSP